Secret Service - Segredos

By TaisGabriela7

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Christian e Thayla estão casados a dois anos, mas se conhecem a doze. Christian acha que sabe tudo sobre Thay... More

Dúvidas
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
O Começo do Inferno
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17 - Lembranças

Surpresa

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By TaisGabriela7

Era uma bela tarde de sol, e Christian e Thayla estavam voltando da praia. Conversavam alegremente enquanto viam o pôr do sol pelo vidro da frente do carro. A estrada de terra que pegaram para desviarem do trânsito caótico da cidade estava bem cuidada, então a viagem prosseguia tranquila.

- Amor, o que é aquilo lá na frente? Parece que a Polícia Rodoviária está interditando o final da estrada.
- Bem, seja o que for vão ter que me deixar passar, Chris. Eu não vou dar retorno e voltar por essa estrada imensa até a praia novamente, e acima de tudo iríamos perder o por do sol!
- Meu Deus, você é impossível Thayla!

Enquanto riam, Thayla foi reduzindo a velocidade ao chegarem perto da faixa.
Um policial logo apareceu ao lado da porta, e ela abaixou o vidro.
- Boa tarde moça, poderia nos acompanhar, por favor?
- Do que se trata?
O policial hesitou com a pergunta, enquanto olhava para ela e para Christian. Olhou para um de seus companheiros e ele deu de ombros.
- Trata-se de um assunto de seu interesse.

Thayla ficou imediatamente desconfiada. O policial não falou com firmeza, e aquela troca de olhares com o policial da frente poderia significar muitas coisas. Mas mesmo assim abriu a porta e saiu do carro. Christian abriu a porta e saiu prontamente do carro também, mas logo entendeu que o convite não se estendia a ele também, pelo olhar severo que recebeu do policial.
- Sou marido dela. Suponho que os assuntos de interesse dela sejam dos meus também.
- Supôs errado - respondeu duramente o policial.
Christian ficou surpreso com o atrevimento do homem.
Ah, seu filha da...
- Ao contrário, senhor. Ele supôs muito bem certo. O assunto que o senhor quer tratar comigo certamente interessa a nós dois - respondeu Thayla, olhando-o diretamente nos olhos com os braços cruzados.
Quem você pensa que é?

O policial a olhou de cima a baixo, então deu um "tanto faz" com os olhos, e os guiou para dentro de um casarão abandonado lá perto.

Então era para esse lugar que ele queria trazer minha esposa e não queria minha companhia? Se ele não se explicar, sangue vai rolar...

Ao chegarem ao centro da sala, Thayla já estava em alerta.

Algo não está certo...

O policial então deu meia volta, enquanto isso as janelas subitamente se fecharam, cada cortina se fechando ao redor deles.

Merda...

- Bem vinda, Thayla, não esperava que você estivesse acompanhada mas tudo bem.

Christian já estava puto.
Mas que raios que esse merda está falando?

Thayla não entendia nada, mas estava protetoramente à frente de Christian.

- Do que você está falando? De onde me conhece?
- Ah, todos os meus colegas e chefes te conhecem, Thayla. Estou surpreso com sua capacidade de dissimulação. A uma hora dessas, já deve saber do que se trata.
- Thayla, do que...
- Espere, Chris. Exijo que me fale, do que está falando?

Nessa hora, de trás de duas cortinas da parede à esquerda saíram dois homens de terno andando em direção à eles.

Merda...

Ao olhar para o outro lado, mais dois homens engravatados se revelaram. Um deles segurava uma maleta, e os quatro se dirigiam pro lado do policial.

Esse símbolo na maleta...

- Thayla, desculpe-nos nossos métodos, acontece que não somos tão requintados quanto seu antigo chefe. Ou atual? Não sei, faz tanto tempo que você não está em campo...

A Libélula! São eles, não há dúvida! Mas o que raios estão fazendo aqui?

- Atual... Eu ainda trabalho para Marcus...

- Ah, que pena. Então não será hoje que trabalhará para nós, mas quem sabe, a vida é cheia de surpresas...

Christian estava totalmente confuso. Porque havia quatro homens de terno diante deles num lugar como esse? Por que esse policial parece conhecer tanto sua mulher? Quem era Marcus? O chefe da clínica onde ela trabalha não se chama Marcus, disso ele tinha certeza.

- Thayla...
- Um momento, Chris. Por que vocês estão aqui e o que querem comigo?
- Acontece que temos um assunto de seu interesse. Trata-se deste homem.

O rapaz com a maleta a abriu e retirou de lá uma foto. Aproximou-se de Thayla e a estendeu diante de seu rosto.
Mais uma vez, como sempre acontecia quando ela pensava naquele maldito homem ou lembrava dele, seu mundo desmoronou, seu coração se abriu com as muitas feridas deixadas por ele e de seu ser nasceu uma raiva sobrenatural.
- O que tem ele?
- Ele fugiu.

Aquilo foi como um soco em seu estômago. Não podia ser verdade.
- O QUÊ???
- Entendo a surpresa. A prisão de seu chefe é uma das melhores, mundialmente reconhecida. Mas olha, nem a minha daria tanta bobeira. Ele fugiu tem três dias. O Marcus te disse algo? Ligou para você ou lhe contatou de alguma forma?

Não. Marcus não havia feito isso. Ela sentiu raiva dele porque ele deveria tê-la contatado imediatamente. Ele não poderia e nem deveria esperar tanto. Mas ela preferiu pensar que ele não a teria avisado porque estava ocupado tentando recuperá-lo com vários homens disponíveis, para não atrapalha-la em suas novas esferas de vida, casa, família, casamento, emprego... Conquistar uma vida normal para ela foi difícil, ele decerto não queria atrapalhar ela nessa fase importante.

Mesmo assim... Marcus, você vai ter que me explicar muito bem isso!

- Não, ele não me avisou. Mas deve haver um bom motivo para isso!
- Ah, é claro que tem! É porque ele não queria provocar sua ira ao deixar você saber que ele não foi capaz de manter preso o homem que desgraçou sua vida, e mais:
Não foi capaz de mantê-lo à distância daquilo que mais te importava em sua vida...

Mas o que?

- Do que ele está falando Thayla?

Não, não pode ser... Seria impossível ele ter acesso...

- Você está caluniando e acusando Marcus injustamente, só pode! Ele nunca deixaria algo assim acontecer!
- Nada é impossível neste mundo, Thayla. Acontece que ao contrário dele, eu decidi fazer algo e te ajudar. Claro, não vai sair de graça. Para isso irei querer um favor em troca, mas o que é um pequeno favor se você terá sua vingança?
- Como?
- Ah, isso lhe interessa. Que bom!
- Fale logo.
- Bem, quando você o prendeu, há muitos anos, Marcus não deixou você o matar. "Ele irá viver o resto da vida dele miseravelmente, já é vingança o bastante", foi o que ele disse. Mas eu, generosamente irei deixar você liquidá-lo.
- Em troca?
- Ora mas é esperta, já pegou a ideia principal. Um favor em troca de outro. Mas isso irei pedir depois do seu divertimento estar feito. Não quero que isso a atrapalhe.
- Está bem.

Thayla deu meia volta e ia saindo, Christian continuava parado olhando de um para o outro, sem saber ao certo o que tinha acontecido. Correu atrás de Thayla.

- Não vai querer saber onde ele está? - perguntou o policial.
- Estou acostumada a descobrir minhas próprias pistas.

Ao entrarem no carro, Thayla socou incontrolavelmente o teto do carro, deixando Christian atordoado. Temia perguntar o que fora aquilo e levar um soco. Ao se acalmar ela pegou no volante e foi pisando fundo em frente.

- Han, Thayla...

Ela freiou bruscamente e virou o carro, barrando a estrada. Agarrou o rosto dele com as mãos e olhou em seus olhos.

- Chris, você terá que vir comigo.
- Para onde?
- Para qualquer lugar em que ele estiver.
- Ele quem?
- O homem que odeio... e que vou matar.
- Matar por que ele...?
- Uma dívida pessoal. Mas, Christian, eu quero que me prometa duas coisas.
- O que?
- A primeira é que confie em mim e faça tudo o que eu mandar. Faça, e se tiver alguma dúvida sobre isso, faça e pergunte depois, porque tudo que eu pedir pra você fazer, será para salvar nossas vidas.
- Hum... Salvar nossas vidas... Acho que isso é importante, não? Está bem, prometo. E a segunda coisa é...?
- Christian, eu lhe imploro que me prometa que se estiver em uma situação de risco, que você mate, sem hesitar! Homem, mulher, criança, velho, não importa! Se tiver que matar, mate... Faça isso para voltar para mim... Você seria capaz disso?
- Por você seria capaz de tudo, você sabe.
- Então você promete?
- Sim.
- Ótimo... Não posso te perder, ainda mais por minha culpa.
- Não é sua culpa...
- É sim, se eu não tivesse levado você comigo, ou se...
- É, e então você continuaria a mentir para mim sobre isso?

Ela pegou firme no volante e mais uma vez acelerou para longe dali.

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