A Verdade Sobre Hermione

By BlackAdhara

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ATENÇÃO! Essa fanfic está sendo postada no meu perfil do Nyah! Quando Hermione descobre sua verdadeira ident... More

Capítulo 1 - Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo sem título 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50 -Epílogo

Capítulo 33

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By BlackAdhara


Um breve P.O.V. de Rodolphus Lestrange

–Acho que já sabe por que eu lhe chamei, não é, Rodolphus? – o Lord perguntou balançando seu copo de whisky de fogo.

–Faço ideia, meu lorde.

Na verdade, Rodolphus Lestrange tinha 99,9% de certeza do porquê o Lord tinha o chamado em sua sala particular (NA: Só os tolos tem 100% de certeza de algo). Porém ele preferia sempre pensar que era outro assunto qualquer, e não que o Lord das Trevas fosse pedir a mão de sua recém-encontrada e jovem filha, da qual ele não pode nem mimar como ele pretendia fazer assim que Bella lhe contou da gravidez.

–Sabe que Hermione, sua filha, é uma bruxa espetacular. Tanto no talento para a magia como na beleza.

Rodolphus sabia que o Lord estava gostando da atual situação em que eles se encontravam. Quem o conhecia sabia que Rodolphus Lestrange sempre foi muito ciumento. Seja com seus brinquedos, na infância, que se recusava a dividir com seu irmão mais novo, ou seja quando ele se casou com Bellatrix Black, que a beleza era invejável e o talento, espetacular.

–Sim, meu Lord, eu sei. Lembra-me a Bella ás vezes.

–Você sempre foi muito inteligente, Rodolphus, você e a Bella. Creio que já sabe que vou pedir a mão de sua filha e está pensando em algo para adiar essa situação.

–Longe de mim, meu Lord – Rodolphus se ajeitou na cadeira. – Mas ela é tão jovem e são tempos difíceis.

–São tempos difíceis para nossos inimigos, Rodolphus. Hermione pode ser jovem, mas já fez coisas espetaculares – Voldemort indicou a mão de Rodolphus com a cabeça, onde ficava o anel que Hermione lhe dera, com parte da alma dela.

Sempre que se lembrava de que carregava parte da alma da filha para cima e para baixo, Rodolphus se enchia de um misto de orgulho e medo. Orgulho por sua filha ser tão talentosa e inteligente e medo de que algo acontecesse a ela ou com a Horcrux dela, e que fosse sua culpa.

–Eu entendo, meu lorde – na dúvida era melhor concordar.

–Sabe Rodolphus, eu vou começar a achar que não me acha digno para sua filha.

–Não, mestre. Isso é só ciúme de pai – Rodolphus bebeu um gole de sua bebida. – Eu não convivi com ela, entende, e ela já vai casar...

–Você se casou com Bella assim que terminaram a escola.– interrompeu o Lord. – Acha que o pai dela também ficou assim?

–Ele teve toda a vida dela para saber que nos iriamos nos casar. E eu acho até que Cygnus ficou aliviado por Bella sair de casa, ela era impossível.

–Bellatrix ainda é impossível – disse o Lord. – Então o fato é você ter de se separar da sua filha antes mesmo de ficar junto à ela?

–Basicamente isso, meu Lord. – Rodolphus deu outro gola em seu whisky.

–Então como nem eu ou Hermione planejamos morrer, nem você e Bella, espero eu, teremos muito tempo para aproveitar a nossa nova família. – Voldemort deu um sorriso, aqueles que ele dava quando queria convencer ou encantar alguém.

–É claro. Mas ainda tem as questões... Sentimentais, mestre.

–Hermione me disse não uma, mas várias vezes que me ama e que quer passar a eternidade ao meu lado. Eu acho que tenho uma carta dela aqui onde ela diz isso... –Voldemort começou a procurar entre seus papéis em cima da mesa.

–Isso não será necessário, meu Lord.

–Tudo bem, então. Voltando ao assunto, ela me disse que me ama e quer passar a eternidade ao meu lado, a eternidade é muito tempo a meu ver. E eu também tenho sentimentos iguais em relação a ela. Nada vai acontecer de mal a ela, porque eu vou matar cada pessoa que se atrever a pensar em fazê-la algum mal, ela não ficará triste, ela será a pessoa mais feliz e satisfeita do mundo, porque isso vai ser minha meta diária.

–Eu compreendo, mestre.

Rodolphus estava assustado com tamanha eloquência que Voldemort falou de sua filha, era sem dúvidas um homem apaixonado. Ninguém acreditaria que Lord Voldemort fosse capaz de amar, mas ouvindo-o falar assim de sua filha, Rodolphus percebeu que ele era sim capaz de amar como qualquer outra pessoa. Só sabia esconder bem demais.

–Então permite o casamento? Está dando as benções e tudo mais?

Rodolphus virou o conteúdo do seu copo de uma vez, e assim que o whiskey desceu pela sua garganta ele responde:

–É claro, meu Lord. Serei uma das pessoas mais felizes com essa união.

Agora, o P.O.V. da Hermione como sempre.

Hermione disse a si mesma para ignorar os cochichos que ouvia enquanto caminhava pelos corredores de Hogwarts, ela devia ignorá-los e continuar concentrada em parecer triste. Porém isso parecia quase impossível, visto que ela estava radiante de alegria e com raivas dos alunos que cochichavam sobre como ela deixou de ser amiga de Harry Potter e Ronald Weasley da noite para o dia e agora andava sempre triste e ficava de segredinhos com Gina Weasley.

Sentou-se na ponta da mesa da Grifinória, longe de todos e sozinha, e olhou saudosa para onde Harry, Ron, Gina e Lilá estavam sentados. Eles perceberam o olhar dela e logo a encararam também, então ela virou o rosto e fingiu enxugar uma lágrima.

Ouviu Lilá perguntar algo para Harry, provavelmente o porquê deles estarem brigados, já que mesmo com raiva (ou decepcionado, tanto faz), ele não contou nada para quase ninguém. Segundo Gina, Dumbledore disse para Harry que Hermione não tinha culpa de se apaixonar por Tom Riddle, visto que o garoto era muito bonito e inteligente, além de ser um exímio mentiroso, de modo que Hermione não poderia saber suas verdadeiras intenções.

Viu, pelo conto do olho, Gina se levantar de onde estava e ir até onde ela, Hermione, estava sentada. Estava fazendo seu papel de amiga compreensiva, já que ela sabia como era ser seduzida por Tom Riddle, e não culpava sua amiga por nada.

–Draco me disse que sempre fica com lágrimas nos olhos quando vê você andando pela escola quase se afogando com suas lágrimas de pura tristeza – Gina disse baixinho quando se sentou na frente da amiga.

–Acho meio difícil ele me ver por aí, já que sempre que não estamos em aula ou nas refeições, vocês dois estão trancados em uma sala qualquer se agarrando.

Gina deu um sorrisinho malicioso e olhou para a mesa da Sonserina, provavelmente procurando por Draco.

–Acredita que ele disse que os pais dele estão ansiosos por me conhecer? – ela perguntou meio avermelhada.

–Sim. Meus pais e Tom também, eles acham extraordinário ter nascido um Weasley com cérebro suficiente para saber o lado vencedor. – depois olhou para a amiga que sorria. - E não sorria, eles estão observando e eu estou afogando na minha tristeza, lembra-se?

–Devo eu começar a chorar então? – Gina perguntou sarcástica – Harry está quase te perdoando. Sempre que ele te vê triste se enche de culpa. E com Dumbledore e eu dizendo para ele que você não tem culpa e tudo mais, não dou uma semana para que ele venha te pedir perdão.

–E seu irmão? – ela perguntou distraída.

–Rony é um idiota. Está mais assustado por você ser filha de Bellatrix. Ele tem mais medo dela do que o Neville. Tenho certeza que se o Harry for pedir o seu perdão ele vai também.

– Que seja... Novidades sobre as aulas do Potter com Dumbledore? – Hermione perguntou entre as mordidas que dava em sua torrada.

–Aparentemente, Dumbledore sabe onde fica uma das Horcruxes, e eles vão atrás dela juntos. Harry está mais inclinado em te perdoar depois que soube que foi você que falou o local onde ela estava para Dumbledore. O que o... mestre acha disso?

–Isso foi plano dele, a maior parte pelo menos – verificou se alguém estava perto demais para ouvir algo. – Sirius, Regulus e tio Rabastan trocaram a verdadeira por uma falsa, isso é uma armadilha. Totalmente secreto.

–Eu não vou contar para ninguém. Mas por que ter todo o trabalho de fazer isso?

–Ele não me falou ainda, mas como eu o conheço sei que ele vai tentar algo quando Hogwarts estiver desprotegida.

.

Hermione estava na biblioteca, lendo um livro qualquer sobre um assunto qualquer, quando percebeu que alguém estava se aproximando dela. Não foi nenhuma surpresa quando viu Harry Potter e Rony Weasley vindo até ela, Gina a tinha dito que eles já tinham decidido perdoá-la na noite passada.

Ela fingiu que não os tinha visto e voltou à sua leitura.

–Hermione? – chamou Harry assim que ficaram de frente para ela.

–Ah, oi Harry. Oi Ron – ela disse com sua voz triste.

–Podemos nos sentar? – perguntou Ron

–Sim, Ron. – esperou até os dois se sentarem. – O que querem?

–Peço que nos perdoe por tudo que aconteceu desde aquela noite. Foi um choque saber de... Tudo. – começou Harry. -Gina nos disse como ele é bom em seduzir pessoas. E você estava sozinha no passado, sem amigos e sabendo que seus pais são....

– Comensais da Morte que destruíram a vida de várias pessoas, inclusive a do nosso amigo Neville – interrompeu Ron. – Mas nada contra você. Digo, você teve que conviver por muito tempo com Sonserinos mesmo que alguns deles sejam seus avós e tal. Isso já é castigo o suficiente.

–Rony, - disse Harry – estamos aqui para fazer as pazes com nossa amiga Hermione, não para falar mal de Sonserinos. Embora eu ache que seja a única coisa que você sabe fazer ás vezes.

Ron olhou Harry indignado e Hermione deu um mínimo sorriso.

–O que interessa, Hermione, é que sabemos que fomos idiotas, muito idiotas, em ficar bravos e chateados com você em algo que praticamente você não teve culpa. Você estava sozinha em um tempo que não era o seu e descoberto que praticamente toda a sua vida foi uma mentira. Eu sei como você deve ter se sentido, porque foi a mesma coisa que eu senti quando descobri a verdade sobre mim e a minha história. Era de se esperar que Tom Riddle fosse se aproveitar do seu estado para saber de coisas do futuro.

–Ah, Harry! –ela exclamou, recebendo logo em seguida um olhar repreendedor da bibliotecária – Estou tão feliz!

–E sem falar que você disse para Dumbledore onde estava uma Horcrux, então... - disse Rony.

Hermione riu e abraçou os dois por cima da mesa. Harry e Ron se surpreenderam com a atitude da garota, mas a abraçaram de volta.

–Já sabe quando você e Dumbledore vão atrás da Horcrux. Harry? – ela perguntou inocentemente.

–No fim do mês, eu acho. Assim que tiver uma data, você será a primeira a saber.

Ao que tudo parecia, o Trio de Ouro estava de volta.

.

Querido e amado Lord,

Estou com saudades, como sempre. Não vejo a hora de estar junto a ti para sempre e todo o sempre.

E é com grande alegria que eu te digo que Harry e Dumbledore vão atrás da Horcrux no fim dessa semana, ao anoitecer.

Não tenho grandes novidades para contar, espero que você o tenha. Já falou com meu pai? O que ele disse?

Espero suas instruções.

Eternamente sua,

Hermione B. Lestrange.

.

Minha amada,

Também estou com saudades, mais do que um dia julguei possível.

Seu pai aceitou, ficou meio... Bem, não sei exatamente como um pai fica nessa situação. Quando tivermos nossos filhos e vierem pedir a mão de uma de nossas filhas eu saberei.

O que importa é que vamos passar a eternidade juntos.

Preste atenção: Assim que os dois saírem dos terrenos de Hogwarts, você, a Weasley e os Sonserinos que nos apoiam deverão ir até o Salgueiro Lutador, você e mais duas pessoas vão passar pela passagem e assim que você sair na Casa dos Gritos, me chame através da Marca.

Confio a minha vida a você. Sei que não vai me decepcionar.

Para sempre seu,

Tom M. Riddle, Lord Voldemort.

.

–Mione, Gina? Para onde vocês vão? – as duas ouviram a voz de Ron no começo do corredor.

Elas estavam indo para a entrada do castelo, se encontrar com os amigos e botar em prática o plano que Tom os dera. Não que elas fossem dizer isso a ele, claro.

–Lugar nenhum! – respondeu Hermione rapidamente – Nós vamos... Chamar a Ordem!

–Isso! – concordou Gina – Estou com um mau pressentimento.

–Agora acredita em Adivinhação? – ele debochou – Vem, vamos para a Sala Comunal.

Assim que Ron se virou, Gina lançou um Etupefaça nele. O feitiço foi tão forte que Ron voou pelo corredor e bateu em uma parede. Gina e Hermione se entreolharam e correram para pegar o corpo inerte de Ron antes que alguém aparecesse.

–Vem, vamos botá-lo em um armário de vassouras. – começou Hermione – Vamos deixa-lo com a varinha, mas vamos trancar a porta.

–Assim ele não saí por aí procurando a gente. – concordou Gina.

E as duas saíram procurando um armário para botar Ron, carregando o mesmo com um feitiço de levitação.

.

–Explique de novo porque só vocês três vão e nós devemos ficar aqui? – perguntou Pansy, pela milésima vez naquela noite.

–Por que eu tenho a Marca para chamar o Lord, e como vocês vão ficar aí para despistar qualquer pessoa, a presença de Gina ia fazer qualquer pessoa ficar desconfiada. O Draco só vai porque quer apresentar Gina aos pais dele, como se ele não já se conhecessem. Agora vamos logo.

Deixaram os Sonserinos no Salgueiro Lutador para despistar ou impedir qualquer pessoa de passar pela passagem. E juntos, Hermione, Gina e Draco passaram pela escura e apertada passagem que os levou até a Casa dos Gritos.

–Meio sujo esse lugar. – comentou Draco, passando o dedo por uma mesa quebrada que tinha ali. – Os chame logo antes que morramos de tanto respirar poeira.

Hermione rolou os olhos e pôs o dedo na sua Marca Negra, era a primeira vez que a usava, mentalizou Tom, como se o estivesse chamando, quando sentiu uma leve ardência. No segundo seguinte um grupo de Comensais estava aparatando na minúscula casa.

–Tom! – ela gritou e correu para ele assim que o avistou, sem se importar com o resto dos Comensais.

Tom também ignorou os Comensais e a puxou para um longo beijo apaixonado. Só se separaram quando Sirius pigarreou, fazendo Hermione ficar vermelha de vergonha.

–Mamãe! Papai!

Ela abraçou seus pais e depois seu tio Rabastan. Lucius a cumprimentou e disse que Narcisa estava ansiosa para vê-la. Gina estava olhando Sirius assombrada, certamente lembrando-se que viu ele morrer e até chorou sua morte, quando Tom a chamou:

–Então essa é a tão famosa Ginevra Weasley? – Tom perguntou olhando a garota de cima a baixo.

–Sim, senhor.

–Iremos ver como se saí essa noite, eu não posso deixar qualquer um com a minha Marca fazendo coisas pelo meu nome.

–Compreendo, senhor.

–Draco realmente fez uma bela escolha – comentou Sirius, pouco tempo depois, quando Tom foi passar as instruções para outros Comensais.

Gina ficou vermelha pelo comentário, que atraiu a atenção do senhor Malfoy.

–Pai, essa é a Gina. Você sabe... – Draco começou nervoso.

–Chegue um pouco mais perto, menina. – mandou Lucius com sua costumeira voz autoritária. – Ainda namora Potter, certo?

–Sim, senhor –as orelhas de Gina ficaram vermelhas, como sempre acontecia quando ficava nervosa. – Alguns sacrifícios são necessários para conseguirmos o que desejamos.

–Muito inteligente... – observou Lucius – Outro dia teremos mais tempo para conversar, minha esposa, Narcisa, está ansiosa para te conhecer.

–Eu também, senhor, Draco fala muito bem dela.

Tom chamou os três adolescentes e mandou que voltassem para o castelo, Hermione e Gina iriam se juntar aos amigos delas e causar o caos quando a luta começasse. Draco iria, junto com os Sonserinos que estavam guardando a passagem, para o dormitório reunir o máximo de alunos ("Maiores de idade, e bons duelistas, por favor.") para ajudar os Comensais.

.

Depois de entrarem e irem até o armário onde prenderam Ron, tudo escondido, as garotas o encontraram soado e vermelho de tanto berrar e socar a porta. Elas fizeram o seu melhor papel dizendo que Ron tinha saído para dar uma caminhada e sumiu do nada.

Ron, como o idiota que era, acreditou cegamente nas garotas, certo de que ouviu alguém lançar um Conffundos nele.

Encontraram o pessoal da Ordem e juntos começaram a patrulhar os corredores, quando Hermione e Gina estavam perto da Torre de Astronomia, o caos reinou.

.

Mesmo depois de dias, Hermione não conseguia lembrar-se com clareza do que aconteceu naquela noite. Ouviu o relato de Harry várias vezes e demorou processar que Dumbledore estava morto e quem o matou foi Tom, Harry só escapou porque estava coberto pela capa da invisibilidade.

Agora, no Expresso Hogwarts, ela aguardava ansiosamente para ver os Granger de novo. Harry, Ron e Gina estavam calados na viajem toda, e ela também, já que não tinha com quem conversar.

Gina e ela combinaram de se encontrar nas férias, e quem sabe irem juntas para a Mansão Malfoy, Hermione tinha certeza de que os Granger não a impediriam de ver a sua família.

–Mamãe! Papai! – ela gritou assim que chegou na estação e vou seus pais trouxas esperando por ela.

Hermione largou seu malão e saiu correndo para abraçar eles, surpreendendo-os pela reação da garota ao vê-los.

Depois de seus amigos cumprimentarem seus pais trouxas, os três foram em bora no carro do senhor Granger, e Hermione ia falando as novidades do ano letivo. Deixando para contar as grandes novidades quando estivessem em segurança na terra firme, sem o rico do senhor Granger perder o controle do carro.

Assim que chegaram na modesta casa, Hermione foi guardar seu malão no quarto que sempre fora dela, depois desceu paraa sala de estar e encontrou seus pais trouxas sentados no sofá, olhando ansiosos para ela.

–Bem, mamãe e papai, - ela começou – Meus pais são Bellatrix e Rodolphus Lestrange.

–Os Comensais? – Jean Granger perguntou, lembrando-se de outras conversas que tivera coma filha adotiva.

–Sim, os Comensais. – ela concordou calmamente.

–Você disse que os conheceu... Eles não machucaram você? Você nos disse que essa mulher, Bellatrix, matou o padrinho do Harry.

–Não, pai. Eles me trataram muito bem, também conheci outros familiares. Certamente se lembram de Draco Malfoy. – quando os dois adultos concordaram ela prosseguiu. – Ele é meu primo. A mãe dele e a minha mãe bruxa são irmãs.

–Harry e Ron sabem que você é filha deles? – perguntou Jean perguntou com os olhos já molhados.

–Sim, eles sabem. Mas não sabem que eu fui vê-los. Eles estão foragidos, sabe, e eu não acho que seria legal denunciar eles... Mas não fiquem tristes, vocês me criaram, me educaram e me deram amor. Eu ainda sou filha de vocês, só que com mais pais! E não é como se eu fosse morar com eles e abandonar vocês, ainda estarei aqui amanhã, e depois, e depois... Porque eu amo vocês.

Hermione abraçou seus pais trouxas e eles disseram que amavam ela e a melhor coisa que fizeram foi adotá-la.

Os dias se passaram e a convivência com os Granger era ótima. Quase como se nada nunca tivesse acontecido. Doía para Hermione não contar toda a verdade para os Granger, mas era melhor para eles não saber de nada ainda.

.

Era de manhã quando tudo aconteceu, Jean chamou Hermione para o café e quando ela estava descendo as escadas, pensando em como pediria para seus pais para Gina passar uma semana com ela. Seus pensamentos foram interrompidos quando a porta foi arrombada e duas figuras de preto entraram, eles usavam máscaras que Hermione identificou como as que os Comensais usavam.

Estranhou a presença deles ali, porém eles ignoraram a presença dela no alto da escada e foram para a cozinha, onde ouviam os dois adultos conversando e rindo. Hermione viu os dois Comensais entrarem na cozinha com violência, e então desceu correndo as escadas e foi atrás dos dois homens.

Ouviu sua mãe gritar e uma cadeira bater no chão, Hermione pulou nas costas do Comensal que bloqueava a passagem, mas ele a jogou para trás como se ela fosse um inseto. Hermione caiu de costas na mesa de centro e a dor que sentia a impediu de se levantar e tentar salvar seus pais do que quer que fosse que os Comensais fossem fazer.

Ouviu sua mãe gritar mais uma vez e seu pai pedir por misericórdia. Viu uma luz verde, uma forte luz verde. E os dois homens saíram pela porta da frente, ainda sem notá-la.

Levantou-se com dificuldade pela dor e foi para a cozinha. A cena que viu fez seu mundo cair.

Seus pais trouxas, como passou a chamá-los, jaziam deitados no chão, os olhos abertos e aterrorizados. Mortos. Hermione abraçou os corpos, chorando desesperadamente. Não soube quanto tempo ficou no chão, chorando e agarrada nos corpos de seus pais agora mortos.

Quando a compreensão do que aconteceu veio, Hermione se levantou e numa crise de fúria começou a quebrar tudo o que vira pela frente, destruiu a cozinha e metade da sala quando o foco da sua raiva mudou.

Quem matou seus pais trouxas não foram os Comensais da morte, não.

Quem matou seus pais trouxas foi Tom.

E quando esse pensamento apareceu na cabeça de Hermione, ela deu um grito de puro ódio.

Sem se importar de estar de pijamas, ela aparatou para frente da Mansão Malfoy.


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