Dear Werewolf || Ziam Mayne F...

Door lovinamazayn

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· Ziam Mayne Fanfiction · "Ele é um monstro, uma criatura incompreendida por todos. Um ser que tira vida de... Meer

Prologue - The Predator
New Life
The Blonde New Friend
Picnic Time
You Are Safe And Sound With Me
I Am Not A Stranger For You
Introducing... Larry!
What Are We, Zayn?
Stephen Is Coming To Town
You Look Like An Angel
Its So Good To See You Again, Steph!
I Guess I'm Selfish
Nobody's Home, Baby!
Something I Need To Say
The Moon Is Ours
It's Time To Come Back Home
She
Photographs
Red
Ultraviolence
Bloodstream
Strong
A Scream To Be Heard
With A Little Help From My Friends
Drunk In Love
Guess Who's Dating A Werewolf
An Afternoon With My Boyfriend
Live And Let Die
Another Picnic Time
Stay
Letters
Self-titled
Clyde & Clyde - Part I
Clyde & Clyde - Part II
Epilogue - A Predator Just Like Him

Make Love And Not War

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Door lovinamazayn

Pov Harry

Acredito que ver Liam quase aos prantos, segurado pela criatura horrenda e desumana foi a última gota para Zayn. Sabíamos que uma hora ou outra isso aconteceria, assim como também conhecíamos as futuras consequências daquela atitude, mas devo admitir que eu faria o mesmo em seu lugar.

Sua pele se cobriu por pêlos familiares, que marcavam aquela maldição que ele carregava nas costas todos dias, e as presas mostravam quem realmente ele é. Vi que Niall também estava apreensivo e até desistiu de conter o resto das criaturas.

- Niall, para! - intervi-o, quando percebi que ele tentaria atingir o monstro de alguma maneira. - Zayn vai tomar conta disso, eu te garanto! Agora, se concentra e faz algum feitiço pra tentar paralisar os outros! Vai, eu te dou cobertura!
- Mas, o Josh, ele...
- Cala a boca, fadinha! - gritei, interrompendo-o outra vez.

Óbvio que Niall não havia gostado da maneira autoritária que eu havia dito aquilo, mas ele se sentiu obrigado a obedecer quando viu que três lobisomens vinham em nossa direção.

Com um soco consegui afastar um deles mas o outro, mais forte e robusto, veio em seguida segurando meus braços com um aperto descomunal. Tive que girar meu corpo na direção contrária para me livrar dele, erguendo o corpo imenso da tal fera no ar e fazendo-o cair por terra. Isso me custou bastante fôlego e eu já estava esgotado e aparentemente cansado.

- Já terminou com isso? - perguntei, arfando para conseguir assimilar palavras pra dizer. Niall permaneceu estático em sua posição de concentração, com as mãos untadas e os olhos fechados.
- Calma, ainda não...eu nunca fiz isso sob pressão e...não acho que deva funcionar.
- COMO NÃO? - me irritei. - ANDA LOGO, SUA FADINHA!
- Cala a boca! Para de me chamar assim! - revidou ele, e pude ver pequenas faíscas ao redor de sua mão. Estávamos quase lá, e então eu tive uma ideia.
- Chamar como? Fadinha? Mas é isso que você é!
- Cala a boca!
- Você é um fraco, insignificante...
- Harry, eu já falei, deixa eu me concentrar!
- Pra quê? Se você nem mesmo consegue fazer a porra de uma mágica para salvar o gay do seu namorado? Patife! - aquilo foi até aonde ele pôde suportar, e um clarão reluziu de seu corpo, cobrindo todos que estavam ao redor com um pó de coloração dourada.

Caí quando me deixei alucinar pela luzinhas que desciam ao chão lentamente, aquilo era uma mágica e assegurei que não só eu, como todos que estavam ali se deixaram levar pelo truque da falsa Tinker Bell. Era inevitável.

Meus olhos reviraram e mal tive tempo de verificar se Zayn havia conseguido derrotar o tal lobo de asas, ou se Louis havia se machucado durante a luta. Eu não podia fazer nada naquele momento, exceto contar carneirinhos e esperar pelo contra-feitiço.

Pov Liam

Uma espécie irritante de pó adentrou em meu nariz, me fazendo saltar repentinamente à procura de ar. Deus, era mil vezes pior do que serragem, mas havia servido para alguma coisa: eu havia recobrado os sentidos. Sim, lembro-me de ter me deixado levar por algumas luzes que iam abaixo, até que acompanhei-as e desmaiei. Foi algo muito estranho, assim como os últimos acontecimentos.

Pisquei inúmeras vezes na tentativa de crer que aquilo fora um sonho, mas tudo à minha frente ainda restara: a fumaça, os destroços do castelo e toda a imundice, porém a Lua estava dando lugar para o novo Sol e eu quase podia sentir o cheiro matinal dos morangos ao longe.

- É, agora você voltou ao normal. - assustei-me com a voz de Niall, que esteve ali o tempo todo mas eu simplesmente não o havia notado.
- O que aconteceu? - uma voz rouca, como se eu tivesse dormido a noite toda, saiu de mim.
- Hum, digamos que foi um feitiço chamado "Luzes Vão Abaixo". Na verdade, o feitiço é dito em latim mas você não entenderia, então traduzi. Você se sente bem?
- Sim, mas sinto como se quisesse espirrar.
- Ah, foi o contra-feitiço. Você vai ficar com isso por um tempo, mas logo passa. Vamos? - Niall estendeu a mão para mim e me ajudou a levantar. Começamos a caminhar entre as outras criaturas, que estavam inconsciente enquanto ressecavam à luz do sol, mesmo que ele nem tivesse nascido ainda. Era como um abate canino.

Chegamos a parte de trás do castelo, e lá havia uma pequena aglomeração formada por Harry, Louis, Josh, um desconhecido e...Zayn. Meu coração falhou quando o vi ali, de costas, a poucos metros de distância. Ele pareceu ter pressentido que eu havia chegado, e virou-se em minha direção, e o mesmo choque de sempre se instalou em mim, desativando qualquer defesa que eu havia tido algum dia e descobrindo todos os meus mais preciosos segredos. Era como se eu fosse a página de um livro sendo avaliada por um especialista.

E eu fui levado ao céu quando ele me tomou em seus braços, em uma velocidade instantânea, e nada pude eu fazer além de chorar. Só eu sei o quanto eu almejei esse abraço e meu vazio fora preenchido no momento em que ele fez aquilo, e o sentimento contido tranbordou em meus olhos, por fim.

- Zayn, eu...eu tive medo! Me perdoa, por favor! - solucei inúmeras vezes até que consegui dizer algo, que soou mais do que desesperado, mas não liguei por realmente demonstrar o que estava sentindo. Eu estava quebrado por dentro e não esconderia mais isso de ninguém.

- Está tudo bem, baby...você está comigo agora, não há o que temer...seremos só eu e você a partir de agora, eu prometo! - Zayn acalentava minha cabeça como só um pai faria, e eu chorei mais ainda por lembrar do meu. Mas, eu sabia que aqueles braços que me envolviam de forma tão segura eram minha casa de agora em diante, por isso suspirei fundo e conti as lágrimas restantes após uns quinze minutos, até ter certeza que aquele alívio não era uma ilusão.

Assim que Zayn limpou as outras que teimavam em sair, me virei em direção dos outros, que nos olhavam de maneira terna, como se assistissem um filme de romance. E aos pés deles, totalmente amarrada e amordaçada com tiras de camisa, Perrie grunhia furiosamente, me fazendo encolher na jaqueta de Zayn.

- Calma, babe, ela não vai nos oferecer mais nenhum perigo. Nunca mais! Agora, resta a você decidir isso?
- E-eu? - perguntei, estático e ainda confuso sobre como eles conseguiram contê-la. Supus que tivesse sido da mesma maneira que aconteceu comigo, deve ter sido enfeitiçada e o contra-feitiço deve ter tirado-a do transe logo depois.

- Sim, você. - o tal desconhecido me apavarou quando chegou mais perto, porém Zayn me deu um aperto como se dissesse "Está tudo bem, eu o conheço". - Bem, você não me conhece, mas me chamo Drew e sou bastante conhecido por ser direto. Então, como você está muito abalado ainda, creio que não queira fazer isso, então, me deixe fazer às honras e acabar com ela? - apontou para Perrie.
- Não, escolhe eu, Liam, por favor! - gritou Louis ao longe, e logo reconheci o bastão que ele girava animadamente no ar. Era o mesmo que Perrie usou para me atingir.
- Matar?
- Sim, matar! Consentimos quem e se a mataríamos somente você permitisse, já que você foi o que mais sofreu em toda essa história. - respondeu Zayn, com tanta frieza que nem parecia que ele estava falando sério.

- Mas gente... - aproximei-me da tal "reunião" em círculo quando senti que já podia caminhar, e Zayn veio junto. Entrei no meio deles e encarei Perrie, que me fez recuar mais uma vez ao tentar me engolir com seus orbes esverdeadas. - Matar? Isso é cruel até pra alguém como ela!

Perrie resmungou, como se quisesse falar, e eu decidi enfrentar meu próprio medo e retirar a mordaça de sua boca.
- Liam, por favor, não deixe que eles te manipulem! Tudo bem, eu admito...você venceu. Mas, por favor, não deixe que eles me matem. Piedade, por favor.

Os olhos felinos da garota se acalmaram como num piscar de olhos, e eles adquiriram um tom inocente e desesperado.

- Não, Zayn, deixe que ela vá em paz. Ela mesmo já se castigou. - respondi, e Louis se alterou ao meu lado, me empurrando em direção de Zayn.

- Haha, agora chegou minha vez, cadela! - gritou Louis, e Zayn me puxou para si quando percebeu o que estava por vir: - Você pode enganar meio mundo de gente com esses seus olhos verdes de gatuna,MENOS A MIM, SUA PUTA! EU NÃO ACREDITO EM NENHUMA PALAVRA QUE SAIA DA SUA BOCA. TUA HORA CHEGOU, VADIA! - tudo que pude ouvir foi um estalo enorme, como o abrir de um champanhe multiplicado várias vezes, e a cabeça de Perrie rolou pescoço abaixo, misturando-se com a areia do chão, fazendo com que ela ficasse suja enquanto se remexia por quinze segundos antes de ficar imóvel para sempre.

Aquilo era demais para mim e tudo que lembro depois daquilo foi de ouvir todos os outros comemorarem e, em seguida, apaguei.

--------------------

Quando a luz surgiu pelo lado externo de minhas pálpebras senti como se fosse a milésima vez que eu fazia aquilo. É como se eu vivesse por cair, desmaiar e fechar os olhos para tudo, como um sequelado.

Mas, eu estava sequelado, de fato. Pesadelos ruins continuam a me prender dentro daquela caverna pavorosa mas, quando o medo prevalece, sinto alguém puxar-me pela mão e me resgatar. Um corpo robusto, seguido de olhos vermelhos e cruciais, que a todo instante parecem querer me devorar. Oh, eu não posso acreditar no que está acontecendo: eu me vejo totalmente submisso por esses tais olhos.

Levanto-me como num susto e acabo fazendo Stephen gritar ao meu lado. Não acredito que fiz com que ele voltasse até aqui.
- Liam, pelo amor de Deus! - abraçou-me forte, enquanto eu olhava ao redor para assimilar o ambiente. Parecia familiar, e realmente era: meu quarto. Suspirei por estar em casa, finalmente, são e salvo. - Não acredito que você acordou! Acredite, eu já estava pensando que você...
- Calma, Steph, tudo bem! Eu só estou meio...confuso com tudo o que aconteceu. É informação demais para um simples ser humano. - disse, pensando alto e percebendo que eu realmente não havia sonhado. Tudo veio à tona, desde o rapto até a morte de Perrie.

- Ai, graças a Deus, você está bem! Eu preciso contar aos seus tios que você acordou! Vou ter que avisar pros seus tios, volto logo! - disse, correndo de modo tão eufórico que esqueceu de fechar a porta. Quinze segundos depois, Louis adentra pela porta, trancando-a em seguida. Veio como quem não queria nada, agindo naturalmente, até que jogou-se na cama e me deu um "abraço de urso". Ali eu notei o quão forte Louis era.

- Baaaaaaaby! Nem acredito que você saiu do coma! Eu te amo, eu te amo muito, Liam Payne! - gritou, me apertando forte mais uma vez. Estava quase sendo sufocado, mas não reclamei, pois era um sufoco fraternal.

- Er...okay, Louis, agora você poderia me soltar? Tá começando a doer...
- Oh, me desculpa, eu...ah, eu tô tão animado! - dizia o menino folgando o tal aperto enquanto me fitava extasiado. - Você se sente bem? Precisa de algo?

- Não, estou bem, Loueh, obrigado. - agradeci. - Só me sinto um pouco atordoado com o fim daquilo tudo, nem acredito que saímos vivos de lá.

- É... - Louis concordou, mas algo em sua voz me incomodou. E milhares de pensamentos invadiram minha mente, como uma caixa de e-mails ao se sobrecarregar. - Saímos todos vivos de lá, não saímos, Louis? Por favor, não me diga que...

- Oh não, não, Liam! Nem pense nisso! Estamos todos bem. - gritou Louis, como se tivesse com medo de me assustar. - Tem certeza que não precisa de nada? Eu gosto de ser útil.

- Então, seja útil e me responda: onde ele está? - posso ter soado rude, mas no momento a minha única preocupação era ele.
- Ele quem?
- Ora Louis, por favor, não se faça de desentendido! Onde ele está?

Louis titubeou, fazendo círculos na colcha de cama, como se procurasse palavras certas pra me dizer alguma coisa. Por fim, disse:
- Ele está bem, mas só está querendo manter distância de você.

- Ai, voltei, finalmente. Seus tios não estão com condições de ter verem agora. Eles quase morreram de felicidade quando eu disse a eles que você... - Stephen nos interrompeu, fechando a cara assim que fixou os olhos em Louis. Parece que os dois não haviam se dado bem enquanto eu dormia. - Ah é, você já está por aqui...vem cá, eu não te falei para vir até aqui nos sábados? Hoje não é seu dia de vigiá-lo!

- Escuta aqui, garotinho de Londres - revidou Louis, com seu jeito áspero de ser. - Liam é meu amigo e eu senti que ele havia acordado, então resolvi verificar!
- Oh, não me diga! - continuou Stephen. Aquela briga não era justa, era os dois piores gênios da história. Era tão difícil quanto escolher entre café ou chá. - Eu já era amigo de Liam antes de você sair das fraldas, ok? E "eu senti que ele havia acordado? Agora, além de de lobisomem você é feiticeiro?

- Parem vocês dois! - interrompi quando Louis já ia revidar mas, por incrível que pareça, os dois se calaram. - E Stephen, que negócio é esse de que Louis é um lobisomem?

- Digamos que eu peguei ele e o namorado dele com as presas de fora em um "momento íntimo", enquanto deveriam estar vigiando você! - disse Stephen, simulando aspas com os dedos ao explicar um flagra embaraçoso. Então, quer dizer que Harry e Louis também era um deles? Eu deveria imaginar... - Isso não me assustou, mas o fato de alguém querer pegar Louis é aterrorizante! E ainda me fizeram prometer que eu manteria segredo. Como se alguém fosse acreditar em mim se eu dissesse que havia presenciando dois lobisomens transando...
- Cala a boca, garoto! - disse Louis, visivelmente irritado. - Você tem inveja de não poder sentir a pegada de um lobisomem. Não é, Liam?

- E-eu não sei do que vocês estão falando. - respondi e eles se entreolharam, cúmplices, como se fosse a primeira vez que ele haviam feito aquilo.

- O QUÊ? VOCÊ AINDA NÃO TRANSOU COM ZAYN? - gritou Stephen, tapando a boca após dizer tais palavras "sutis".

- Oi, oi, gente... - um Josh entusiasmado interrompeu a conversa, trancando a porta como Louis havia feito anteriormente. - Ufa, quase que eu não chego por aqui. O carro falhou no meio do caminho e agora Niall está lá em baixo, na garagem, consertando-o junto com seu tio, enquanto sua tia está espalhando pela cidade inteira que você acordou. Não sabe o quão noites eu fiquei aqui, aflito, ao lado da sua cama. E aí, como você se sente?

- Bem, Josh. Obrigado. Por tudo. - respondi quando o tagarela terminou de falar e pela primeira vez eu senti que ele não me olhava torto como antes, parecia bem mais seguro agora. Parece que o sequestro serviu para nos unir. Logo, ele deixou a bolsa em uma cadeira ali perto e sentou-se na cama ao lado de Louis e Stephen. Era impressionante como todos couberam perfeitamente ali, me fitando como se eu tivesse algo a dizer.

- E então, eu peguei metade da conversa. Vocês falavam de sexo? - iniciou Josh, após um silêncio constrangedor se instalar ao redor da cama.

- Sexo com lobisomens, especificamente. - disse Louis.
- Ou a falta dele, né? Liam continua virgem. - alfinetou Stephen.

- Sério? Eu pensei que Zayn já houvesse te pegado de jeito. - indagou Josh, e Stephen continuou dizendo "Era o que todos nós achávamos."

- Nós nem tivemos tempo pra tentar. Desde que nos conhecemos tudo foi intenso e baseado em ciúme, insegurança, mal-entendido e tudo só piorou depois do sequestro. - respondi, meio constrangido, por sentir que estava rodeado de três velhas raposas experientes.

- Mas você pretende continuar a vê-lo? Mesmo depois de tudo que aconteceu? - perguntou Josh.
- É tudo que tenho em minha cabeça desde que abri os olhos. - respondi. - Aliás, por falar em abrir os olhos, por quanto tempo eu dormi?

- Duas semanas, pra ser exato. - disse Josh. - Você desapareceu durante as férias, e estamos em Agosto. Falando nisso, você teve sorte, pois só perdeu algumas aulas iniciais, mas acho que você consegue recuperar o assunto se realmente quiser se formar ainda este ano. - continuou, e só ali me toquei que fui estudante algum dia.

- Tá, tá, chega de falar sobre colégio, isso me dá náuseas. - disse Stephen. - Vamos falar de coisa boa: sexo! Quando você pretende liberar, Liam?!
- Quando eu sentir que estou pronto. E bem...eu me sinto cada vez mais pronto. Tudo que eu mais quero é abraçar Zayn agora. - respondi, e todos gemeram em forma de "Awnnn", apenas para zombar de mim.

- Hey meninos, o que acham de darmos dicas para o Liam ter a melhor noite de todas? - perguntou Stephen, pulando em cima da cama de forma estusiasmada.
- Olha, até que enfim você teve uma boa ideia, londrino. Eu topo! - concordou Louis, imitando o pulo de Stephen.
- Vamos lá, então! E vai ser hoje! - gritou Josh.

- Oh, não, não vou ser o cobaia de vocês...não mesmo! - intervi nos planos deles, mas eles me encaravam em reprovação como se eu vestisse a pior roupa do planeta.
- Como se você tivesse escolha...vou indo comprar velas com sua bicicleta! - disse Louis.
- Pois é! O que vocês acham: essa branca ou aquela polo azul?- Josh continuou, revirando o meu armário.
- Sem chances, Liam, você é nosso agora e mais tarde pertencerá a Zayn! A polo, Josh! Traga gel lubrificante também, Louis, bastante gel! Eu vou escolher a sua melhor cueca! - completou Stephen, gritando bem alto como de costume.

Passaram-se algumas horas e eram cinco da tarde quando eles praticamente me obrigaram a tomar banho e quando saí de lá, eles ordenaram que eu vestisse q que fora combinado entre eles.

Saí do banheiro, desta vez já produzido com um topete alto, uma camisa polo azul, calça jeans apertada (que eram de Stephen) e meu clássico Converse. Eu não me sentia bem, mas ao vê-los me admirar maravilhados, decidi que era melhor não contrariar.

- Perfeito. - disse Josh.
- Críamos um monstro da moda. - falou Louis.
- Se Zayn não te comer, eu como. - Stephen e suas piadas fora de hora. Eu me sentia preso numa lata de sardinha com aquelas calças que paralisavam meu sistema circulatório.

Oh, eu tenho os melhores e piores amigos ao mesmo tempo que já existiram...agora sim, é hora de ficar tenso.

Pov Zayn

Faziam duas semanas que tudo havia acabado e eu continuava sem saber notícias do meu Liam. Tinha prometido a mim mesmo que me manteria longe dele, para evitar que ele se envolvesse em problemas como ou piores do que aquele. Mas, tudo mudou quando ouvi um carro estacionar ao lado de fora. Saí para verificar de quem se tratava, e logo Josh saiu de lá, seguido de Louis e Stephen. E, por último, ele desceu, segurando uma pequena nécessaire e uma expressão emburrada no rosto. Ele mal podia imaginar o quão lindo ele ficava quando estampava aquele bico involuntário, como se implorasse por carinho.

- Josh, você por aqui? E ainda por cima com o carro de Niall? - perguntei ao garoto quando ele se aproximou, girando a chave no ar e sendo seguido por Stephen e Louis, que mais pareciam escoltas dele.
- Você tem três horas até eu vir buscá-lo. - disse ele, enfiando a ponta da chave no meu peito e me encarando com um semblante sério. Quem diria que o tal simpático pintor pudesse esboçar emoções do tipo. - Faça tudo do jeito certo, e se não fizer, nós saberemos.
- Isso. - disse Louis.
- Exatamente. - completou Stephen e os três viraram de costas ao mesmo tempo, como se as falas e os movimentos estivessem programados e eu só pude rir após toda aquela cena de superproteção.

Cada um cochichou algo no ouvido de Liam, entraram no carro e Josh deu a partida, porém não sem antes de me encarar em tua tentativa de me intimidar. Eu fiquei sem entender o porquê daquilo tudo, mas fiquei sem poder raciocinar após finalmente dar uma olhada geral em Liam e perceber o quão gostoso ele estava dentro daquele jeans. Era surreal e meu sangue fervia a cada passo desajeitado (ele parecia reclamar do quanto o velho sapato estava apertado) que ele dava. Até que ele chegou próximo da porta e toda a sua reclamação e a minha tensão foram embora assim que nossos olhares se encontraram.

Acredito que ficamos um tempo sem falar nada, mas ele decidiu tomar iniciativa:
- O-oi.
- Oi, apertadinho. - disse, rindo com a língua entre os dentes em seguida, mas parece que ele não achou engraçado.
- Para, Zayn! Você notou? Eu vou matar aqueles três por terem me colocado em um jeans abatedouro como esse! - continuar a resmungar, mas eu não prestei muita atenção por ainda reparar no seu volume explícito e as coxas bem posicionadas.

- É impossível não notar, Liam. - disse, e tentei beijá-lo, mas hesitei por um instante. - Não vai entrar?
- Ah, claro. - dito isso, entrou na minha velha cabana. - Continua a mesma. Incrível, até a bagunça é a mesma.
- Eu não tenho feito nada desde que você desapareceu, Liam. Esse tempo que passei sem você só me fez perceber que já não consigo fazer mais nada sem você. Nem mesmo bagunçar minha própria casa.

Ele se aproximou cada vez mais de mim, e chegou perto o bastante para medir sua altura com a minha como sempre faço. Pouca diferença, mais ainda assim era meu baixinho.

- Então, por que...por que se afastou de mim durante essas duas últimas semanas?
- Eu...eu queria te manter longe de problemas, Liam. Tenho medo de que algo pior aconteça com você, caso você fique comigo. Você é precioso demais pra mim, e eu não tenho mais medo de dizer que...que te amo, porque...é isso que sinto por ti. Eu te amo e a vida me deu mais uma chance para provar isso e é exatamente isso que vou fazer de agora em diante, e a melhor forma de fazer isso é me afastando de você.

As palavras fluidas dificilmente com o silêncio emocionado de Liam foi o suficiente para nossos corpos se grudarem como ímã e geladeira. Um beijo, o primeiro da noite, o curandeiro de feridas emocionais, o exilador de desconfianças e o alívio para nossos corações, ambos inseguros e apaixonados.

- Não, Zayn, isso está errado. Você é um problema, meu melhor problema e eu jamais me arrependeria de te ter, assim, imperfeito como é. Eu te amo bem mais e jamais permitirei que você cumpra essa promessa. Em nome do amor que sinto por você, ela está oficialmente...quebrada. - quando Liam falou tais palavras, meu coração saltou da caixa e eu simplesmente avancei para mais um beijo, desta vez mais quente e segurando-o pela cintura. Quando o joguei contra a cama, a bolsinha que ele segurava foi ao chão, revelando o que tinha dentro dela.

- Velas perfurmadas, algemas, gel lubrificante, bandana e...camisinhas? - ri, ao perceber o quão constrangido Liam estava, a ponto de se encolher na cama de tanta vergonha.
- Eu pareço um idiota, não é? - perguntou.
- É, você parece.
- Eu vou matar aqueles três, definitivamente! Acredita que eles cismaram que nós devíamos transar hoje? - perguntou e só então entendi o "Faça do jeito certo" de Josh.

- Bem, não vamos desapontá-los então, não é mesmo? Sabe, eu estou morrendo de medo das ameaças de Josh, então vamos lá, vou te dar a melhor noite da sua vida. Você acha que está pronto?

- Você é perfeito. Vai ser perfeito porque você é quem vai estar comigo. Obrigado.
- No final quem vai ser grato será eu. - disse e avancei mais uma vez contra seus lábios, em um golpe de mestre para aumentar a temperatura do quarto. Parece ter funcionado, pois o membro de Liam já apertava cada vez mais a calça que ele usava.

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