Dear Werewolf || Ziam Mayne F...

Por lovinamazayn

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· Ziam Mayne Fanfiction · "Ele é um monstro, uma criatura incompreendida por todos. Um ser que tira vida de... Más

Prologue - The Predator
New Life
The Blonde New Friend
Picnic Time
You Are Safe And Sound With Me
I Am Not A Stranger For You
Introducing... Larry!
What Are We, Zayn?
Stephen Is Coming To Town
You Look Like An Angel
Its So Good To See You Again, Steph!
I Guess I'm Selfish
Nobody's Home, Baby!
Something I Need To Say
The Moon Is Ours
It's Time To Come Back Home
She
Photographs
Red
Bloodstream
Strong
A Scream To Be Heard
With A Little Help From My Friends
Make Love And Not War
Drunk In Love
Guess Who's Dating A Werewolf
An Afternoon With My Boyfriend
Live And Let Die
Another Picnic Time
Stay
Letters
Self-titled
Clyde & Clyde - Part I
Clyde & Clyde - Part II
Epilogue - A Predator Just Like Him

Ultraviolence

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Por lovinamazayn

  Pov Zayn

Três dias se passaram desde que finalizaram as buscas, e tudo o que eu sentia era um vazio enorme, como alguém que passa dezenas de dias sem se alimentar. E realmente, eu não tenho me alimentado desde que descobri o quanto Liam era especial para mim. Sei lá, desde que o tive em meus braços pela primeira vez, ele me fez sentir algo que nunca mais havia sentido, como se quisesse ser como ele: Normal. E foi essa vontade que me fez procurá-lo de leste a oeste, mas acabou. Foram dias maravilhosos, e enquanto estive ao seu lado, esqueci as nuvens negras que preenchiam as lacunas em minha cabeça. Então, era assim a felicidade? Ou algo próximo a isso?

"Acabou", repetia novamente em minha cabeça, acrescentando que eu devia seguir em frente mais uma vez, afinal, eu devia estar acostumado, não? Já que, desde meu primeiro abrir de olhos, sempre tive coisas que a todo tempo eram tiradas de mim, como uma maldição. Mas vamos lá, Zayn, hora de arrumar a velha mala e seguir em frente, mais uma vez.

Optei por tomar um chá antes, mesmo que o gosto daquilo fosse terrível e, ainda que eu o tomasse várias vezes, eu continuaria insaciável, já que não faz efeito algum para mim. Mas era uma espécie de "dieta" que eu estava fazendo, fiz isso em honra a Liam e prometi continuar, mesmo que ele já não estivesse mais comigo.

Nossa, já era estranho ouvir aquilo, pior ainda repetir em minha mente e eu nem mesmo me atrevia a dizer aquilo em voz alta. Então apenas pensava. "Liam se foi." "Ele se foi." "Um mês."

Um mês desde que vi seu olhar em tom acinzentado, com lágrimas prontas a desabar, dizendo-me palavras pesarosas e entrando naquele carro. Impossível não lembrar, impossível esquecer.

Eu sei, deveria ter seguido ele como sempre fiz, eu sei que sim. Mas ele parecia que estava desapegando de mim e, naquele instante, desejei que aquilo fosse verdade. Ele não merecia ter a vida que eu pretendia dá-lo. Ele merecia bem mais, e tudo por sua felicidade, já que ele poderia sentir isso sem mim. Mas eu nunca senti isso, e a única vez que pensei estar perto disso foi quando estive com Payne, então por mim, estava normal. Me conformei, após correr a floresta inteira praguejando os ventos e me perguntando o porquê de tanto sofrimento. "Por que não eu?"

Agora, eu não havia mais nada pra fazer aqui, o barraco parecia querer me sufocar. E quando eu tenho um problema como esse, eu corro. Corro para qualquer lugar que me faça bem, ou no máximo, estável. É, estabilidade era tudo que eu queria naquele momento.

Ouço passos se aproximando ao longe. Exalava um cheiro familiar, e eram dois. Não era animais, nem humanos. Harry e Louis, supus. Eles e o seu aroma sexual sempre conseguiam distorcer a minha percepção. Como sempre, entram sem bater a porta, mas desta vez vieram arfando, e com um olhar estranho, como se quisesse me contar algo.
- Contem. - disse, assim que descobri que era mais que uma intuição, era uma certeza. Eles queriam me contar algo.

Após se entreolharem, Harry tomou um passo a frente, como se fosse o líder de um bando. Engoliu em seco, e lentamente fechou os olhos, antes de proferir o que queria dizer: - Zayn, ele...há uma certa...possiblidade...bem, foram o que alguns de nós disseram... - ouvir aquilo foi como um jogar um fósforo aceso em uma fogueira quase morta no meu coração. Ele. Liam. Só de pensar aquilo, consegui decifrar todas as palavras não ditas por Harry.
- Onde ele está? Fala, Harry! - disse, puxando a gola de sua camisa, como se tentasse arrancar as respostas por lá.
- Zayn, calma! É só uma possibilidade!
- Onde ele está?! - Drew é um detector, um especialista em farejar... - iniciou Louis, como se interviesse entre mim e Harry. - Ele estava em Londres a procura de caça, e disse que sentiu uma pequena aglomeração, três de nós, em uma ruína de castelos, ao sul. Ele ainda conseguiu distinguir que havia uma fêmea no meio, além de ouvir batidas de um coração humano no meio dele . Não quero te dar esperanças, Zayn, mais isso não te lembra alguém? - Louis, por fim, terminou e eu lentamente soltei a gola de Harry que ainda segurava entre meus punhos. Um choque percorreu toda a minha cabeça, como um quebra-cabeça que se monta automaticamente. Era óbvio: Ela.
- Zayn, calma, tá legal? Lembre-se que é apenas uma possibilidade. - Harry advertiu, mas eu não dei ouvidos a ele, meu coração já acelerava e meus músculos já dilatavam, a ponto de rasgar a camiseta que eu vestia.
- Vamos até esse Andrew, quero que ele me leve até as tais ruínas. E não me fale de calma, é algo que não está ao meu alcance nesse momento. - disse, jogando no chão a mala ao meu lado, cerrando os punhos em seguida. E lá se foi a tal da "estabilidade".

Pov Liam

Faíscas reluzentes pareciam se dissipar enquanto que abria meus olhos e recuperava meu juízo. Cara, parecia que eu havia dormido há séculos. Minha cabeça doía em um dos lados e meus olhos mal ficavam abertos, além de uma enorme fraqueza em todos o meu corpo. Tudo era quieto e escuro, nada além de ruídos - que me pareciam ser de roedores - e gotas quebrando aquele silêncio negro. Minha visão ainda era turva, e tudo que conseguia ver era uma luz distante, como se fosse uma enorme abertura em uma parede. Ótimo, uma saída. Levantei com uma força quase escassa, mas fui impedido por um enorme puxão em minha perna direita, que me fez ir ao chão. Gritei de dor com o impacto, e gelei após perceber que a tal coisa ainda estava segura em mim. Tentei de todas as maneiras me livrar daquilo, mas era impossível. Tateei em direção daquilo, e percebi uma corrente ali. Segui o rastro dela, e logo encontrei uma esfera enorme, maçiça e pesada. Eu estava preso por aquilo. Olhei ao redor e a luz, por fim, acostumou-se em minhas pupilas - que por sinal, estavam extremas e dilatadas - e tudo que consegui ver foi um enorme arsenal, repleto de faca, lanças, machados, arcos, flechas e dinamites, em um canto meio distante. Que porra era aquilo? Eu me sentia num campo de guerra, só que escuro e úmido. Eu não sentia nada além de um frio horripilante no meu estômago, que percorria meu corpo através de um longo arrepio. E então, ouço passos e me rapidamente me viro, em busca da direção do som, como pegadas que pisam em poças d'água.
- Hey! Socorro! Estou preso aqui! Me ajude! - gritei, finalmente conseguindo tirar minha voz do hiato, embora ainda parecesse.

- Oh, é...eu sei que você está aqui. - ouvi uma voz feminina dizer, seguido de um riso abafado. Sua silhueta ainda era escura enquanto se aproximava, acompanhada de outras duas, me fazendo tremer internamente. A voz já havia me impactado por soar familiar, como uma lembrança de algumas horas atrás que você tem ao acordar. Mas o que realmente me assustou foi quando a luz atingiu os rostos daquelas pessoas. Dois homens mal-encarados, trajando couro preto, um de cada lado da mulher à minha frente, que carregava um taco de beisebol em mãos.

Todos tinham olhares vagos, mas nenhum se comparava ao dela. Era frio e intimidador e, como um choque em minha mente, suas orbes claras me levaram até o parque escuro onde estive. Sim, é isso. "Não vai uivar ficar para uivar conosco?" foi o que eu ouvi antes de sentir uma imensa vontade de dormir. Isso me fez congelar cada vez mais, o medo ainda mais evidente em meu rosto.

- Ele lembrou. - avisou o comparsa que estava ao seu lado direito, como se tivesse descobrido o que estava pensando.
- Ótimo. Fica mais fácil. - disse ela, agitando o bastão nas mãos, como em forma de ameaça. Ainda estava extasiado com a sua aparência, como a de alguém que não dormia há dias, e que precisava urgentemente retocar a maquiagem, que escorria líquida e negra em seu rosto. - Agora, saiam daqui, eu vou ter uma conversa particular com ele. - disse, e seus capangas se enteolharam, como se temessem pelo estado desequilibrado que ela se encontrava. - CAIAM FORA! - gritou, acompanhada de um eco estrondoso ao longo da caverna, e assim os dois se retiraram.

- Ótimo, agora só somos você e eu. Liam, não é? - iniciou ela.
- Como sabe meu nome? Quem é você? O que você quer de mim? Ouça, eu não tenho dinheiro algum, não vou ser útil a você, eu só quero que me tire daqui. - conseguir falar, mesmo que me sacudisse o tempo toda em busca de liberdade.
- Ora Liam, vou poupá-lo de todo esse vendaval de respostas, qual é? E a recepção que eu lhe dei? Gostou da minha fortaleza? Esse é meu castelo, o qual eu sempre sonhei ter um dia. O que falta é um rei para assumir isso tudo comigo... - respondeu ela, e eu fiquei procurando a tal da "fortaleza". Aquilo não era nada se comparado a um castelo, não chegava nem a ser um calabouço de tal. Era apenas uma caverna fria e úmida, deteriorada pelo tempo.
- Ok, mas o que eu tenho a ver com isso? Não sei se você notou, mas eu não aparento ter sangue real...
- Hahahaha veja, como você é tolo! - riu, e eu já estava sem paciência com aquilo. - Não é nada com você, sua bicha! Você não seria capaz de assumir um terço de tal título! O que eu procuro não é você, e sim o que você vai me trazer...você é minha isca, Liam! Olhos negros, corpo esbelto, temperamento difícil...isso não te lembra alguém, Liam?

Zayn. Meu Deus, tudo se encaixou perfeitamente em questão de segundos. "Z.M/P.E".
- CADELA! - gritei, me levantando em um surto, mas continuei impedido pela bola de ferro em meus pés, e ela gargalhava, de costas para mim, o bastão esquecido em um canto, enquanto ia até uma caixa pendurada na parede, e logo o sistema de luz se ativou, o que fez meus olhos fecharem pela quantidade enorme e repentina de luz. E me espantei ainda mais que o possível depois que consegui enxergar: fotos idênticas as que vi ao lado da lareira de Zayn, mas desta vez estavam por todos os lados, milhares, como se houvessem se proliferado por todas as paredes daquela caverna. Aquilo era tortura. - ME TIRA DAQUI, O QUE VOCÊ FEZ COM ZAYN! Me solta! - eu gritava como se ela tivesse pisado em um dos meus pés com salto alto, as lágrimas rolavam só de pensar milhões de coisas que poderiam ter acontecido com o meu Zayn. Tudo aquilo que eu descobri entre ele e Perrie ainda doía, mas nada comparado com a ideia de perdê-lo. Agora, eu era o desequilibrado da história e mantinha minha cabeça baixa.

- Agora olha! Olha, seu idiota! - disse ela, segurando minha boca com uma força tão desumana, que senti o gosto do sangue pelo contato da bochechas com meus dentes. - Eu não fiz nada com Zayn, mas eu vou fazer algo contra você se não calar essa sua boca.
- Eu odeio você. - respondi, com sangue escorrendo no canto dos lábios e ódio morfado em lágrimas, e ela me arremessou para o lado com a mesma força, e apesar de querer gritar por causa do meu pé, eu não o fiz. Não poderia estragar a minha chance de acabar com a cabeça oxigenada de Perrie, já que a corrente se estendeu com o arremesso, e eu fui parar bem próximo do bastão que, minutos atrás, estava em posse dela. Ela olhava para a parede, como se contasse onde aquela foto foi tirado, mas eu não dava a mínima. A minha chance de fugir estava ali. "Pegue-o! Pegue-o, Liam!" minha mão quase gritava junto com a minha mente, até que peguei o bastão, evitando sentir o choque térmico das mãos geladas com o taco. Assim que peguei, em questão de segundos, golpeei-a como um voô, em um movimento rápido. Perrie se enganou por deixar minhas mãos livres, mas eu me enganei por subestimá-la, e logo ela segurou meus dois pulsos e os girou, fazendo o bastão cair e o que permaneceu foi dor.

- VOCÊ IA ME MATAR? - disse ela, me encarando. A voz alterada e os olhos desregulados indicavam tudo: ali seria meu fim. E, mesmo que quase já não sentisse meus braços pelo forte aperto, eu ainda consegui dizer o que eu queria: - Eu faria até algo bem pior do que isso, vadia.
- EU DEVIA ACABAR COM VOCÊ, AGORA MESMO!
- Vá em frente, sua infeliz. Destrua o seu próprio plano, eu ia adorar que fizesse isso. Zayn não viria até aqui só pra pegar meu corpo em decomposição, não teria utilidade. - eu disse, já deixando um sorriso sarcástico sair no canto da minha boca. Eu estava tão inebriado de tristeza e ódio que o medo não me afrontava mais.
- Eu não vou te matar - respondeu - mas posso te ferir lentamente. - agora ela apertava o bastão contra a minha garganta, me causando uma enorme dor e falta de ar. E eu ria. Oh, Deus, estou ficando louco, posso morrer a qualquer momento. O ar já não se fazia mais presente...

- Perrie! Perrie! Para com isso! - ouvi alguém dizer, e eu senti um enorme alívio na minha laringe ao perceber que ele havia retirado Perrie de perto de mim, que ainda esperneava e gritava ao longe, dizendo que queria me matar, mas parece que alguém a levou dali.
- Você está bem? - senti uma mão quente na minha barriga, como se afagasse ali. Minha visão voltou a ficar turva, mas eu ainda conseguia enxergar algo.
- Zayn? - perguntei fracamente, na esperança que fosse ele. Aquele calor no corpo era semelhante ao dele, mas não tão intenso quanto.
- Não. Eu sou o Tom. - consegui ouvir, antes de, por fim, apagar. A decepção de querer que fosse ele foi o suficiente pra me desligar daquela bruta realidade. Mas, quem quer que você seja, obrigado, Tom.  

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