Dear Werewolf || Ziam Mayne F...

By lovinamazayn

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· Ziam Mayne Fanfiction · "Ele é um monstro, uma criatura incompreendida por todos. Um ser que tira vida de... More

Prologue - The Predator
New Life
The Blonde New Friend
Picnic Time
You Are Safe And Sound With Me
I Am Not A Stranger For You
Introducing... Larry!
What Are We, Zayn?
Stephen Is Coming To Town
You Look Like An Angel
Its So Good To See You Again, Steph!
I Guess I'm Selfish
Nobody's Home, Baby!
Something I Need To Say
The Moon Is Ours
It's Time To Come Back Home
She
Photographs
Ultraviolence
Bloodstream
Strong
A Scream To Be Heard
With A Little Help From My Friends
Make Love And Not War
Drunk In Love
Guess Who's Dating A Werewolf
An Afternoon With My Boyfriend
Live And Let Die
Another Picnic Time
Stay
Letters
Self-titled
Clyde & Clyde - Part I
Clyde & Clyde - Part II
Epilogue - A Predator Just Like Him

Red

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By lovinamazayn

  Pov Liam

Depois de tudo o que disse para Zayn, eu quis ir para o quarto e chorar, mas eu sabia que tinha uma festa para ir, além de estar em um carro cheio de gente, e não seria ali que iria desabar.

Segurei minhas lágrimas e pus meus fones de ouvido, colocando músicas agitadas para evitar lembrar do ocorrido. As batidas eram ligeiras e fortes, mas as letras eram sentimentais e pareciam querer me contar algo, me fazendo concentrar apenas nelas. "Calma, Liam, agora não é hora, você vai para uma festa e vai se divertir muito", dizia para mim mesmo.

A noite já era vista pela janela do carro, e em pouco mais de uma hora e meia, estávamos em Londres, que parecia a mesma: as luzes nostálgicas, o frio constante, as inúmeras cafeterias ao longo do caminho...ah, como foi (e ainda está sendo) difícil me desvencilhar desse lugar.

Quando entramos em uma rua populosa, eu instantaneamente reconheci-a. Era cheia de casas de show, e eu já estive uma vez lá. Era uma rua extensa, movimentada, e também perigosa, além de ser um famoso ponto de prostituição nas madrugadas. Mas, acima de tudo era divertida, e era pra isso que eu estava ali.

- Vamos! - disse Frank, estendendo a mão para me ajudar a sair do carro, e fechei a porta do carro assim que estava fora. Olhei em volta, e estávamos defronte a uma casa de shows, que era bastante colorida externamente, tendo no topo um letreiro feito de luzes neon intitulado "Salt & Pepper". Podia ouvir-se um certo alvoroço dentro do local, e havia uma fila considerável na porta, e assim que vi os amigos de Frank indo até lá, resolvi segui-los.

Não demorou menos de meia hora e estávamos dentro da boate, que parecia dançar junto ao som de Hardwell. O DJ era um aquecimento para a atração principal da noite, e confesso que, naquele momento, não sabia de quem se tratava.

O grupo com quem eu vim se dispersou em meio a multidão, e logo me vi perdido, inclusive de Frank. Sem outra alternativa, vou até o bar, onde estava tão tranquilo, que, se não fosse o barulho externo, não parecia que estava no mesmo lugar de antes. Olho ao redor e procuro uma mesa vaga, porém não havia alguma, já que estava cheio de casais e amigos por ali, exceto por uma mesa ao fundo, onde uma única pessoa estava sentada.

- Com licença, senhor, este lugar está reservado? - pergunto, indo até lá com o meu típico jeito educado de um bom britânico. O homem virou-se, me tombando com seus olhos verdes, que pareciam contrastar com a luz fraca do bar. Ele também tinha o cabelo rubro reluzia no topo da sua cabeça, acompanhado de um sorriso cheio e simpático.
- Não, por favor, sente-se. - disse, oferecendo a cadeira vazia para mim. Mesmo sem jeito, acabo aceitando e, assim que me acomodo, o garçom vem até mim e eu faço o pedido de uma bebida qualquer, mas priorizo o fato de que seja álcoolica.
- Esse é um pedido meio peculiar, não acha? "Uma bebida embriagante" não é um pedido específico, e nem comum. - diz o ruivo, rindo em seguida.
- É, eu acho. Nada normal. Mas hoje, meu intuito é só me embebedar mesmo. O álcool ajuda bastante quando o assunto é esquecer coisas.
- Nossa, deve ser algo bastante inesquecível para se pedir algo do tipo. Não me diga que estou dividindo mesa com um serial killer? - disse, e pela primeira vez naquela noite eu achei algo engraçado. Não que ele fosse um palhaço de turma, mas ele se esforçava, e isso é interessante.

- Na verdade não, mas poderia ser não é? O que você acha sobre matar ou torturar pessoas que fere seus corações? - perguntei, girando o drink recém-chegado em minhas mãos.
- Apoio totalmente. Se precisar de ajuda, eu sou um bom voluntário. - respondeu, me fazendo rir mais uma vez. - Mais acho que você devia ser mais direto. Dizem que desabafar com estranhos ajuda. E eu sou um bom ouvinte, ou melhor, um estranho curioso.

Ele disse, e eu ri mais uma vez. Definitivamente, ele merece o prêmio de "Simpático da Noite". Mas eu estava com o pé atrás, acabei de ser desiludido pelo cara com quem passei os últimos dias e isso não foi nada legal, então melhor me conter, e resolvi guardar o que houve hoje apenas para mim. - Vamos, conta, vai.
- Tem certeza que quer mesmo saber? É uma história chata! - adverti, quase esquecendo o que havia acabado de decidir.
- Chatas? Meu gênero favorito! Vamos lá, diz aí.

Já cedendo ao cansaço, eu acabei desabafando, e depois que terminei, percebi que não poderia ter feito nada melhor. O tal ruivo raramente piscava ao ouvir o que eu contara, e acompanhara tudo atentamente, inclusive os gestos manuais que eu produzia enquanto despejava o ocorrido.

- Certo, okay. Mas tem uma coisa que eu não entendi na história toda: ele não era gay? - perguntou, e eu me assustei com sua pergunta instantânea. O motivo? Eu não havia, em nenhum momento, mencionado que Zayn era homem, nem que a tal Perrie era uma garota, e muito menos que eu era gay. Eu tenho quase certeza que me referi a eles como "essa pessoa" e "outro alguém", então como ele soube? Eu continuei pasmo.

- N-não, acho que você entendeu errado, eu...
- Ou talvez não. Não esquenta, você não deixou nada escapar, é que minha intuição é muito aguda. E conheço quem joga no meu time. - disse o ruivo, piscando após insinuar que também beijava rapazes, e eu me senti meio aliviado com aquela revelação. - Mas e aí, responde, ele não era gay? Como poderia estar com uma garota?
- Bem, eu... eu sei lá. Eu nunca soube exatamente o que ele era. Pra falar a verdade, eu não sabia nada, ou pouca coisa sobre ele.
- Ops... - ele deixou escapar. Que ruivo mais insinuador.
- O quê?
- Histórias incompletas. Isso não acabou ainda. - disse ele.
- Como assim?
- Quer dizer que você tem muito mais pra descobrir, e que quando se tem tesouros a encontrar, esse não é o fim da caçada, pelo contrário. Você vai perceber o quão errado está nessa história.
- Eu, errado? - me excedi. - Ele que me traiu!
- Talvez sim, talvez não. É isso que você vai descobrir, mais cedo ou mais tarde. - disse, e levantou-se, deixando na mesa uma certa quantia.

- Agora eu preciso ir, mas foi ótimo conversar com você, ... - disse, dando espaço para que eu me completasse a frase com o meu nome. Depois de um tempo pensando, decidi revelar: - Payne. Liam Payne.
- Ótimo, Payne. Liam Payne. Agora, tchau. - disse, virando as costas e caminhando.
- Hey! - gritei, e ele virou em minha direção.
- Sim?
- Seu nome. Você esqueceu de me dizer.
- Nah, você vai saber um dia, talvez essa noite, quem sabe... - disse, e dessa vez apressou o passo, até sumir atrás da porta do bar, me deixando atônito. Mas que porra de cara é aquele?

xx

Já passavam das duas da manhã, eu estava meio bêbado, e tudo que eu queria era ir embora, mas os amigos de Frank eram bem festeiros, e prometeram ficar até de manhã.

Eu estava devastado, ontem não havia sido um dia bom, e as palavras daquele homem ruivo não saíam da minha cabeça. Será que eu estava errado? Será que deveria ouvir o que Zayn tinha pra me dizer?

Estava com milhões de "Será?" em minha mente, quando ouço uma voz ecoar pela boate. Era uma voz doce, e a música implorava por amor. Viro-me em direção ao palco, e depois que separo as luzes turvas em minha vista, percebo que há um cantor naquele palco e era dele que vinha a tal música.

A melodia soava bastante familiar, como se aquela canção houvesse sido um grande sucesso em paradas musicais. O jeito como o "it's too cold outside" entoava...é claro, The A Team! Por meses aquela música foi uma trilha sonora constante no meu celular. Mas, aquele cantor...era Ed Sheeran, certo? Então era ele a atração principal? Sim, respondi pra mim mesmo. Mas agora, por que ele me parecia outro alguém? Oh, não. Não pode ser. Não acredito que o ruivo com quem me confessei anteriormente era Ed Sheeran. "Sim, era".

Ainda estava pasmo quando seus olhos me encontraram em meio a multidão, e me enviou um largo sorriso. Oh sim, era ele. Mas que porra que eu bebi? Como não consegui distigui-lo? Sim, ele me pareceu familiar, mas nada que eu pudesse adivinhar.

Naquele momento, minha cabeça parecia louca, meus pensamentos tortos, e cada vez mais eu me sentia mais arrependido. Afinal, se eu realmente havia recebido conselhos de Ed Sheeran, eu deveria considerar, afinal, alguma coisa (ou muita coisa) sobre amor ele deveria saber. Oh, eu precisava de ar. E dormir. Sim, era disso que eu precisava.

Resolvo sair da boate e andar um pouco, talvez assim o álcool parasse de mesclar meus pensamentos. Errado, eu estava cada vez mais perdido, mas o que eu realmente queria era estar em uma cama king size ao lado de Zayn. Sim, isso seria um bom remédio.

Me distanciei um pouco da zona barulhenta e movimentada daquela rua, até chegar em um parque. Eu já havia caminhado por ali, era um lugar bem vago, e tinha um Starbucks por ali, mas eu estava com muita preguiça de ir até lá.

Decido esticar as pernas, e caminhar pelo parque, vendo alguns animais, muitos casais, e cada vez menos luzes. Acabei parando em um lugar bastante reservado, onde algumas árvores pareciam fazer um teto de tão fechadas que suas copas pareciam. Logo, eu não ouvia nada, além de rosnados. Pensei ser cachorros, então recueei. Lentamente, passo a passo, comecei a andar para trás, mas os rosnados pareciam me seguir. Não conseguia ver nada, as copas das árvores tapavam até mesmo a luz fraca da Lua.

Ali, naquele momento, admiti para mim mesmo, que estava começando a ficar com medo. Porque eu tinha que estar ali? Era escuro, frio e distante do parque, eu jamais iria ali se estivesse sóbrio. Por falar em sobriedade, meus pés começavam a tremer, e o álcool parecia se remexer dentro de mim (é por isso que não costumo beber, sempre sinto essas tonturas), e acabo por tropeçar em meu próprio cadarço, caindo para trás em seguida.

- A-afaste! - gritei, pegando um galho que estava ali perto, e atirando, na esperança que o cachorro fosse embora. Ao longe, vi seus olhos ficarem rubros, a medida que se aproximava de mim, em sinal de força maior. De repente, a penumbra envolta de sua pele pareceu tomar outra forma, desta vez bípede, de modo que ficou em pé na minha frente, causando uma reação nada boa em meu coração, que hesitou uma batida.

A criatura tomou em suas mãos o galho que eu havia jogado, e rodeou-o com seus dedos, que desta vez eram humanos, mas os olhos continuaram vermelhos e intensos, e eu não conseguia olhar nada além deles. Era tanto fascinante quanto aterrorizante.

Por um certo tempo, a vermelhidão foi ofuscada por outras duas sombras, que surgiram atrás dela. Tinham olhos da mesma cor, porém parecia fisicamente difirentes, como se fossem outros corpos. Três olhos de rubi me encarando, e a minha reação foi súbita, levantei para tentar sair dali, mas a sombra do meio disparou em meu peito seu dedo indicador, me fazendo recuar até encostar em um tronco firme, que imaginei ser de um carvalho, mas aquele não era o melhor momento para se avaliar uma árvore.

- Oh, você já vai? Não vai ficar pra uivar conosco? - e foi tudo que consegui ouvir uma certa voz feminina dizer, antes de ir ao chão como o último dominó de uma pilha inteira, além de sentir o gosto de sangue em minha boca.  

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