Legião [EM REVISÃO]

By EricaSantossss

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Seis adolescentes com habilidades singulares são reunidos através do destino e são intimados a usar seus raro... More

Conhecendo a Equipe [REVISADO]
A Equipe a se Formar 1# [REVISADO]
A Equipe a se Formar #2 [REVISADO]
A Equipe a se Formar #3 [REVISADO]
Curiosidades A Equipe a Se Formar [REVISADO]
Intrigas do Passado 1# [REVISADO]
Intrigas do Passado 2# [REVISADO]
Intrigas do Passado 4# [REVISADO]
Intrigas do Passado 5# [REVISADO]
Intrigas do Passado 6#
Curiosidades Intrigas do Passado
Encontros Perdidos 1#
Encontros Perdidos 2#
Encontros Perdidos 3#
Encontros Perdidos 4#
Encontros Perdidos 5#
Encontros Perdidos 6#
Encontros Perdidos 7#
Encontros Perdidos 8#
Encontros Perdidos 9#
Encontros Perdidos 10#
Encontros Perdidos 11#
Entrelinhas Ano 1
Entrelinhas Ano 3
Entrelinhas Ano 5
Entrelinhas Ano 7
Último Fôlego 1#
Último Fôlego 2#
Último Fôlego 3#
Último Fôlego 4#
Último Fôlego 5#
Último Fôlego 6#
Último Fôlego 7#
Último Fôlego 8#
Último Fôlego 9#
Último Fôlego 10#
Último Fôlego 11#
Último Fôlego 12#
Nova Perspectiva 1#
Nova Perspectiva 2#
Nova Perspectiva 3#
Nova Perspectiva 4#
Nova Perspetiva 5#
Nova Pespectiva 6#
Nova Pespectiva 7#
Nova Pespectiva 8#
Nova Perspectiva 9#
Nova Perspectiva #10
O GAROTO ME PERSEGUE.
EU ENCONTRO UMA VELHA INIMIGA
EU DESENCALHO.
EU CRIO UMA GIRAFA.
Agradecimentos.
10k = Supresas!
13 FATOS?!
5k
Especial Perguntando 10k
ESPECIAL DE 15K
ESPECIAL DE 17K!!!!!!!!
SUPER ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO
SUPER ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO PARTE 2 - A FESTA
A MAGNÍFICA SEGUNDA FUCKING TEMPORADA!

Intrigas do Passado 3# [REVISADO]

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By EricaSantossss

Allice observava seu reflexo na água calma do laguinho que costumava nadar em sua infância. Achava-se realmente diferente desde última vez em que esteve por lá. Antes era apenas uma criança loira e brincalhona que apenas sonhava em conhecer seu cantor favorito da bandinha adolescente que passava na tv. Agora, em sua frente naquele reflexo estava uma garota machucada, sozinha, isolada.

Claro, sua versão mais nova também era uma francesa. Allice não se considerava mais uma francesa, não quando havia fugido do seu país, fugido da sua cultura de sua língua natal, embora ainda tivesse seu sotaque natural de uma típica garota crescida na França.

Ao passar sua mão pela água fria sua imagem tremeluziu. Uma lágrima escorreu por seus olhos. Isso porque queria ter a mesma inocência que tinha quando mergulhou em sua última vez naquele lago.

Queria apenas ser uma garotinha outra vez. Sem uma Legião, sem um cara querendo matá-la por ter um tal fragmento que entrou em seu DNA por culpa de uma pessoa curiosa demais de seu passado.

O lago estava calmo como da última vez em que esteve por lá. As nuvens enfeitavam o céu, em certos momentos pareciam apenas um grande desenho de algum pintor francês. Os pássaros cantarolavam felizes, alheios à tempestade que era Allice.

- Ah meu Deus. - Allice ouviu de longe uma voz soar espantada. Ela falava claramente em francês, aquilo mostrava à Allice como sua língua natal ainda estava bem afiada. Com seu polegar limpou algumas das lágrimas que caíram. Estava pronta para negar ser Allice Dubvouyer, até que a pessoa a deixasse em paz para continuar com toda a sua melancolia.

A morena se virou para encontrar a figura de uma garota com cabelos castanhos e curtos. Ela vestia um jeans surrado, uma camisa laranja de algum filme desconhecido por Allice e um par de All Star preto com carinhas desenhadas, claro, Allice sabia que aquilo era típico daquela garota. Ela não a reconheceria se não fossem os mesmos olhos verdes expressivos. A linha rígida de sua testa, e claro, a cicatriz acima de sua boca.

- Allice. - Continuou. Ela se aproximava cada vez mais, o sorriso também se estendia.

Allice sabia exatamente quem ela era. Era Louise, sua melhor amiga de infância. As duas costumavam a brincar juntas durante tardes inteiras. Ou então tomavam o sagrado chá da tarde com a companhia de todos os seus ursinhos de pelúcia.

Allice e Louise somente se separaram quando a garota deixou sua cidade natal para morar em Paris com toda a sua família. Allice ainda podia claramente se lembrar da última noite em que Louise dormiu em sua casinha. "Papai logo desiste desta ideia, e eu voltarei para tomar chá com você e o senhor Urso". Essa era a promessa de Louise. Ela somente não contava que seu pai não iria desistir, ou que sua mãe iria se encantar por Paris, ou que até ela mesma iria preferir a cidade luz.

- Desculpe. - Ainda assim, a morena desmentiu sua verdadeira identidade. Não queria meter Louise em problemas, embora se segurasse para não abraçá-la.

- Você pode estar com esse cabelo preto, essas roupas azuis e legais, mas sei que você é você. - Disse ela se embolando com as palavras. Naquele momento Allice percebeu que seu francês estava realmente ótimo, afinal, qualquer pessoa que não falasse francês fluente não entenderia uma palavra sequer do que ela havia dito. - Sou eu, Allice.

- Louise. - A garota elétrica esboçou um riso curto, enfim. Não um sorriso realmente feliz, era mais do tipo sem graça por fingir tão miseravelmente que não era ela mesma. Não poderia mais negar. Apenas poderia sorrir e orar para que Louise não queira uma reaproximação.

[...]

- Olívia, ajusta a quantidade da vacina que vai para o córtex. - Disse Jack. Seus olhos estavam arregalados, isso por quase perder seu amigo há poucos minutos, quando Kile teve uma quase falência dos seus órgãos vitais.

Finalmente ele conseguia respirar normalmente, sem toda aquela tensão. Tudo o que não precisava era de mais uma crise de Kile, contando com o estado físico e emocional de sua equipe.

Jack tinha um grande ferimento em sua testa, um nem tão pequeno resultado de queda no momento da explosão da usina. Ele havia caído em um cano de pressão, e após aquilo, somente se lembrava de ser levado por bombeiros.

Olívia ainda estava pior. Pela primeira vez em sua vida havia se queimado, e não da forma mais agradável, como uma queimadura ao fritar algo. A garota tinha grandes marcas pelo corpo, queimaduras de terceiro grau. Ainda assim, queimando de verdade como uma pessoa comum, ela não deixou de cumprir seu trabalho principal que era sugar aquele calor, talvez por esse motivo a radiação não se espalhou por toda a cidade.

- Quantidade alterada. - Disse ela observando Kile. Havia uma pequena ruga de preocupação em sua testa. - Uma pessoa comum já teria morrido, Jack, talvez fosse melhor deixarmos ele simplesmente partir. - Sua voz esmaeceu aos poucos.

Jack odiava aquilo, mas não podia negar que concordava com Olívia. Eles não poderiam mantê-lo ali para sempre em um coma sem fim. Não sabiam se Kile realmente iria acordar ou viver.

O homem-animal respirou fundo e passou sua mão pela extensão de sua nuca. Era o que sempre fazia quando estava nervoso, aquela era a situação, estava nervoso.

- Conversaremos com toda a equipe, e também Lucy, ela é irmã dele e merece decidir. - Seu tom denunciava os sentimentos confusos. Isso porque estava confuso a respeito do que seria a Legião sem Kile Mahhid. Não podia deixar de lembrar do fracasso que foi a primeira missão sem o seu líder.

Olívia somente assentiu olhando para o rosto sereno de Kile. Talvez ele estivesse descansando das péssimas horas que passou momentos antes quando seu coração falhou.

A ruiva saiu dali em passos rápidos, precisava de um pouco de ar, aquela sala a sufocava. A base estava mais silenciosa do que nunca. Não havia o tão comum som dos treinos, ou os gemidos de dor de quem ousava lutar com Kile, somente o luto, e repouso.

John não estava lá. Havia ido para sua casa para tentar se recuperar de seus ferimentos. Nenhum grave, mas isso não significa que não foram dolorosos.

Já Isabelle estava pior do que ele, pior do que todos. Sofreu queimaduras graves por causa de sua sensibilidade. Ainda assim não morreu por ser salva por sua irmã. Ainda que até mesmo Olívia tenha se queimado, coisa que nunca aconteceu em toda sua vida.

- Toc toc. - Disse com um sorriso nos lábios ao entrar no quarto que dividia com Isabelle e também Allice.

Também era estranho não tê-la por perto. Allice havia simplesmente sumido, apenas deu uma simples explicação e se foi.

O quarto estava com uma iluminação baixa. Apenas o abajur estava aceso deixando tudo em um tom de rosa, é o que acontece quando John, Kile e Jack decidem dar um presente para o quarto das garotas.

Isabelle estava deitada em sua cama, que era como uma beliche que dividia com Olívia. Era algo que já estava acostumada, quando se é gêmea, dividir uma beliche é mais comum do que se pode imaginar.

Isabelle tinha algumas bandagens espalhadas por seus  braços, cobriam parte de suas feridas, algumas poderiam ser vistas, bolhas avermelhadas com secreção e uma mistura de pomadas, a mistura perfeita para deixar qualquer pessoa enjoada.

- Belle, como está se sentindo? - Olívia se sentou ao lado de Isabelle e também acariciou suas madeixas alaranjadas.

Isabelle respirou fundo e fechou os olhos por um momento. Ela queria responder que já estava pronta para mais uma explosão sinistra de usinas ou sabe-se mais o que, mas aquela não era a verdade. Estava se sentindo agoniada com toda aquela pomada pegajosa e a ardência das queimaduras.

- Odeio fogo ainda mais do que odiava. - Respondeu arrancando um riso fraco de Olívia. Não seria Isabelle se não deixasse claro que odiava o fogo. - Acho que também deveríamos ir para casa, sabe, vê-lo vai me deixar muito melhor, sempre deixa.

Olívia assentiu levemente. Sabia que vê-lo também a deixaria melhor, ele tinha um super-poder surpreendente de melhorar o humor de qualquer pessoa.

- Vamos para casa então. - Deu de ombros.

[...]

- Eu não tomo um chá no fim de tarde há muito tempo. - Falou um pouco antes de tomar mais um pouco de chá em sua xícara. Era um chá de erva-cidreira, o favorito da garota elétrica.

As duas garotas estavam em uma praça do centro da antiga cidade de Allice. Ela agradecia por somente Louise a reconhecer, na verdade ficava feliz por ao menos encontrá-la e tomar um chá barato em uma pracinha normal. Era isso o que aquele momento estava sendo, normal como sua vida há muito tempo não era.

Allice também havia retirado sua jaqueta azul. Não podia colocá-la considerando o grande símbolo de um L no braço da roupa, era sua identificação da Legião, e ser identificada como parte da equipe que todos cientistas estavam loucos para fazer experimentos malucos não era lá a melhor ideia.

- Não sei como conseguiu sobreviver sem chá. - Disse Louise sorrindo também. No momento ela somente observava uma velhinha que jogava migalhas de pão para os pombos. Allice também havia visto aquela senhora, imaginava que aquela seria sua imagem daqui uns anos, sozinha, sem ninguém, em uma praça alimentando pombos. - Ainda não acredito que é você, onde você estava?

- Eu me mudei, digo, depois que minha mãe morreu, eu fui para uma cidade chamada Owens. - Falar em sua mãe fez com que sua expressão se tornasse algo mais triste. Não gostava de lembrar de Marrie, não quando ela havia sido a última pessoa ao ver os olhos de sua mãe perderem a vida pouco a pouco.

Louise não pareceu perceber aquele sentimento de Allice. Mas claro, ela teve um treino específico para aquilo, não deixar as pessoas lerem suas emoções. Era algo que Kile exigia muito em seus treinos, ainda assim Allice sempre recebia broncas, mas não podia negar as emoções que sentia ao ver Kile em sua frente com o rosto mais amável possível, isso além dos beijos.

- Eu sinto muito por sua mãe. - Disse a garota somente encarando as crianças que brincavam no parque. - Me sinto culpada, Allice, eu deveria estar aqui com você quando aconteceu, e eu estava em Paris.

- Não se sinta culpada, já passou e você está aqui agora, Lou. - Allice sorriu para sua amiga. Desde cedo aquele era o efeito de Louise em Allice e vice-versa. Allice sempre teve o poder de arrancar boas gargalhadas de sua amiga.

O sol começava a se pôr deixando um clima agradável para aquela tarde. O famoso cheiro dos pinheiros da praça deixavam um clima acolhedor, como se a cidade de Allice estivesse a recebendo com os braços abertos. Talvez estivesse mesmo fazendo aquilo.

Allice não deixava de pensar em como Louise quase não a reconheceu, talvez as pessoas também não o fizessem e talvez pudesse recomeçar onde tudo começou.

A garota olhava para sua amiga, tentava rever os traços que ela tinha quando criança, ainda se parecia muito com a garotinha que gostava de falar a noite inteira quando as duas eram apenas duas menininhas que gostavam de dormir uma na casa da outra.

Allice não deixou de reparar em uma movimentação estranha do outro lado da rua. Uma mini-van estava estacionada na frente de um pequeno restaurante. Aquilo era mais uma coisa que Kile havia lhe ensinado, ele lhe ensinou a ter atenção em tudo que acontecia em sua volta. Por isso enrrijeceu seu corpo ao ver uma pistola com uma das pessoas que entrava no lugar.

- Louise, podemos ir? Você paga o chá e eu vou até ali, preciso usar o banheiro. - Disse ela já se afastando da garota que a olhava confusa. Bem ao fundo um raio caiu, quase imperceptível, porém Allice podia sentí-lo perfeitamente.

Já a caminho, a morena vestiu sua jaqueta de couro azul. O emblema de sua equipe parecia ter um efeito sobre si. Em seu bolso, a pequena máscara parecia pesar, por isso sem perder tempo a colocou no rosto. Naquele momento não era mais a garota francesa que matou sua mãe, era Malignétrica, parte da Legião, grupo de heróis movidos a salvar pessoas inocentes.

Antes que entrasse no restaurante pôde ouvir um tiro, certamente o tiro de pânico, comum quando os bandidos queriam avisar que aquilo era um assalto.

Malignétrica respirou fundo antes de entrar pela porta da frente. Haviam três deles, todos encapuzados com uma máscara estilo ninja falido. Um tinha a arma para cima, certamente causando terror naquelas pessoas, outro pegava o dinheiro do caixa enquanto o último deles tirava os bens pessoais dos clientes.

As pessoas estavam todas encolhidas nos fundos do lugar. Algumas arregalaram os olhos surpresas por reconhecerem Malignétrica. As mesas estavam derrubadas, certamente por conta da correria.

- Parem com o roubo, a não ser que queiram um chute em suas bundas. - Disse tentando esbanjar a confiança que não tinha. Torcia para que eles desistissem por sabia que não daria conta de todos eles. Não quando eram três caras que tinham o dobro de sua altura.

- Acho que não, princesa. - Falou um homem apontando a arma para Allice. Naquele momento um calafrio passou por seu corpo, aquele seria o momento perfeito para ouvir Kile sussurrar para que John acabasse com aquele cara. Infelizmente não iria acontecer.

Sua voz era rígida, como se tivesse sido estragada por drogas ou algo assim. Já seus olhos eram como fogo, quase dava medo em Allice.

Antes que ele pudesse atirar, Allice projetou em uma frente um escudo feito em pura energia. As cores claras dançavam em seu escudo enérgico. O homem não deixou de arregalar os olhos ao ver o objeto feito por Malignétrica. Ao fundo, Allice pôde ouvir alguém nurmurar sobre Legião. Sim, ela era da Legião.

Allice projetou um feixe elétrico e o lançou contra o cara que atirou fazendo-o cair ao chão agonizando por conta da alta voltagem que percorria seu corpo.

Enquanto isso outro cara, aparentemente com dois metros e uma cara mal-encarada, surpreendeu Malignétrica com um soco no rosto. O choque de sua bochecha contra seus dentes com certeza fez um estrago por dentro de sua boca, o gosto comum do sangue já poderia ser sentido por Allice.

Antes que pudesse perceber, aquele homem a empurrou contra parede enquanto suas fortes mãos prensavam aquela pequena região de seu pescoço.

O ar faltava, seus pulmões suplicavam por oxigênio, ainda assim estava cada vez pior para a garota respirar contando o homem que a sufocava.

Allice enviou a ele uma tensão elétrica fazendo com que ele a soltasse de imediato. A única coisa que fez foi desabar ao chão tossindo.

Normalmente um simples homem de quase dois metros não conseguiria machucá-la tanto, porém tendo em vista seu incidente de pouco tempo atrás quando o homem de metal quase a matou, ela sabia que estava bem demais.

Allice respirou fundo ao ver aquele cara voltando em sua direção. Tudo o que fez foi levantar e usando toda a sua força restante, correu em sua direção pegando-o de surpresa ao lançá-lo contra outra parede. Algumas garrafas de bebidas se espatifaram durante aquele trajeto violento, Allice tinha certeza que eram bebidas alcoólicas, o cheiro do álcool tomava o lugar. Alguém teria um bom prejuízo, afinal.

Antes que pudesse comemorar com um mínimo sorriso, Allice pôde ouvir um click comum de uma pistola vindo de trás. Ao se virar encontro o terceiro homem com a arma perfeitamente mirada em seu peito.

- Fica bem quietinha aí, vadia - Disse ele segundos antes de um disparo.

Allice fechou com força seus olhos, entretanto, ao notar que não havia sido machucada, os abriu um tanto confusa, ainda mais ao ver o mesmo homem caído no chão sangrando.

- Parados, polícia. - Um outro cara com o uniforme da polícia francesa ainda tinha a arma mirada.

Allice enviou sinais elétricos para as luzes do restaurante desviando o foco por ao menos alguns segundos. Em seguida, desapareceu.

[...]

- Então é de uma casinha fofa que saíram Icegirl e Firegirl? - Jack sorriu. Tentava aliviar a tensão que havia se instalado desde o momento em que se acomodaram no ônibus que os levaria até a casa de Kate.

Ele não sabia ao certo o porquê de as duas estarem tão nervosas. Mas de fato elas duas estavam muito nervosas desde o momento em que Jack disse que iria junto.

Olívia já poderia ver de longe a casinha onde cresceu. Lembrava-se de andar de bicicleta naquela rua e correr o mais rápido que podia. Era uma lembrança boa.

- Qual é, onde tá escrito que para ser uma super-heroína badass precisa sair de um laboratório do mal? - Olívia ironizou. 

- Jack, escute, antes de chegarmos, eu preciso te falar algo importante. - Disse Isabelle um tanto hesitante. Suas mãos estavam atrás de seu corpo, talvez para disfarçar o nervosismo.

Jack franziu o cenho e voltou seu olhar para Isabelle. Ainda assim não deixava se sorrir, era algo comum dele. Quando Jack não sorria, era a certeza de que algo estava muito errado.

- Então, é que você não sabe, eu sei que deveria ter contado, considerando que moramos na mesma casa e lutamos juntos, e também tem a sexta da batata. - Isabelle não sentia, mas realmente estava tagarelando como nunca. Talvez seja seu subconsciente apenas atrasando.

- A sexta da batata é mesmo importante. - Comentou bem baixinho fazendo com que Olívia sorrisse por um momento. Ela também estava nervosa pela a irmã.

A casa já estava bem mais perto. Olívia podia reconhecer o jardim dos Cicers, seus vizinhos com quem arranjou uma pequena briga por sem querer queimar parte de suas flores que eles usariam em um concurso. Foi um grande problema para Kate explicar como que uma criança de doze anos fez todo aquele estrago.

- Jack, eu...

- Mamãe! - Isabelle foi interrompida ao ouvir a tão típica vozinha dele. Era fininha e rouca, coisa que o deixava ainda mais fofo.

No fim da rua, ela pôde ver seu pequeno garotinho soltar a mão de Kate e correr em sua direção. Ele era Robin Massey, seu filho.

O garotinho tinha um rosto completamente suado e um sorriso enorme que fez com que sua mãe abrisse um tão igual ao dele.

- Mamãe? - Jack perguntou baixinho para Olívia.

Isabelle segurava forte seu filho nos braços. Pensava como resistiu tanto tempo sem ele.

- Jack, esse aqui é o meu filho, Robin. - Isabelle tinha o menino em seus braços. Jack sorriu e também assentiu. Havia perdido todas as palavras possíveis ao ouvir Robin chamar por sua mamãe.

- E aí, bro. - Robin estendeu sua mãozinha em direção à Jack com toda a sua fofura de criança. Aquelas palavrinhas fizeram os três sorrirem de imediato.

- Crianças. - Uma Kate ofegante apareceu. - Robin, não solte a mão da vovó. - Ela repreendeu o menino, mas ainda assim sabia que era uma reação esperada. Sabia que Robin estava com saudades de Isabelle.

O pequeno se escondeu no pescoço de sua mãe ainda sorrindo. Isabelle podia sentir o risinho sapeca de seu filho. Era a mesma risada desde três anos atrás quando seu filho nasceu.

- Como vai, Jerry. - Kate sorriu em sua direção. Por algum motivo ele se sentiu um tanto envergonhado em meio tantos Masseys.

- É Jack, tia Kate. - Corrigiu não sem antes corar involuntariamente.

- Jerry era o ex-namorado da Olívia. - Kate pareceu falar com ela mesma. - Por que só namora caras com J, filha? - Novamente abriu um largo sorriso o que fez Olívia queimar em vergonha. Literalmente, já que sua pele estava mais quente do que o comum.

Olívia não evitou arregalar os olhos com a constatação de sua mãe. Sequer tinha reparado no J de Jack.

- Mãe, ele não é meu namorado, não me faça passar vergonha. - Disse rapidamente. - Agora vamos entrar ao invés de fingirmos que estamos em Indiana, 1983. - Jack riu pela referência que só ele e Olívia sabiam.

Kate deu de ombros e rumou para a casa assim como Isabelle e seu filho. A mulher não deixou de reparar nas marcas avermelhadas nos braços de Isabelle, também não pôde deixar de se preocupar com aquilo, era sua natureza de mãe, afinal.

- Jack, por favor, não conte para os outros. Temos medo de algo acontecer com ele - Jack ficou impressionado com o tom de voz de sua amiga. Não parecia com FireGirl ou simplesmente Olívia Massey. Era uma personalidade diferente. -, Rob é tudo para nós.

- Seu segredo está a salvo, senhorita Massey. - Jack estufou o peito ficando de frente para sua amiga. - Eu sou ou não sou o seu herói?

- Sim, você é o meu herói. - Olívia sorriu ao ver Jack naquela forma que julgava engraçada. Ele podia não saber, mas ainda assim era o seu herói.

[...]

- Lou, eu me perdi no meio da confusão e... - Suspirou ao contar aquela mentira na ligação que fazia de um telefone público. - Eu estou bem, espero que você também esteja. Em breve nos vemos. - Involuntariamente sorriu ao desligar. Também agradecia mentalmente por Louise não ter atendido, afinal, uma mensagem na caixa postal seria mais fácil de encarar do que os vários porquês.

O céu estava limpo demais em Owens. Era estranho considerando que seu clima habitual era chuvoso e certamente com tempestades. Aquilo era uma das melhores coisas daquela cidade, os raios, raios fortes e ensurdecedores que muitas pessoas tinham medo, bem, exceto Allice Dubvouyer.

Ela sentia-se mais forte naquele lugar, como se aquelas tempestades fossem sua força vital que era renovada sempre.

Andando sem pressa, Allice observava os arredores da casa onde morava. Onde morava com seus quatro amigos e Kile. Ele era diferente, não era só seu simples amigo, era mais que um amigo, mas menos do que um namorado.

A fachada da casa já poderia ser vista por ela. Aquele lugar nem tão grande que abrigava seis super-adolescentes bobos. Era um bom lugar, afinal. Ninguém desconfiava, isso porque os vizinhos pensavam que ali morava apenas uns amigos que estudavam longe de casa e decidiram dividir o custo.

Logo ao entrar na sala e se livrar de seus sapatos, Allice achou um pequeno post ir it grudado na tv. Ele dizia que Isabelle, Olívia e Jack saíram, mas logo voltariam.

Allice agradecia por eles não estarem em casa, não queria contar todas as coisas que viveu naquele espaço de tempo. Imediatamente ela amassou o papel e o colocou no bolso.

Normalmente iria  direto subir para o segundo andar e aproveitaria um longo banho, porém era como se aquela sala a chamasse, implorasse por sua presença, e foi isso o que ela fez, foi pra lá.

Mais uma vez uma dor interna se espalhou em seu corpo ao vê-lo. Talvez nunca iria se acostumar em ver Kile sem toda a sua hiperatividade andando de um lado para o outro.

- Ei, temos que conversar, grandão. - Sua voz estava mais fina do que o normal. Odiava aquilo, mas sempre que estava perto dele, era como se uma menininha apaixonada assumisse o seu lugar.

Talvez fosse isso que ela era, uma menininha apaixonada por Kile Mahhid.

[...]

- Como conseguiu perdê-la? - Ele estava bravo. Normalmente já era intragável, bravo era pior ainda.

Henry Malkovich, talvez um pouco desconhecido sem todo aquele metal reluzente em seu corpo. Ele era Ferrero.

- Ela vai voltar, senhor. - O mais novo interviu. Lucca, irmão mais novo de Louise.

Ele era parecido com sua irmã, em sua infância, Allice costumava dizer que era a versão mais nova de Louise. Lucca tinha olhos escuros e determinados, determinados em seu objetivo, por mais sujo que fosse.

Seus lábios grossos se reprimiram em uma linha rígida. Precisava passar uma imagem forte para Henry, por mais que sua vontade fosse renunciar tudo aquilo.

- Ela vai voltar logo, senhor, e então poderá matar Allice, fazer o que quer que seja com ela, e enfim nos pagar o que deve. - Louise reforçou.

- É bom que ela volte, ou farei de vocês meus objetos de decoração. - Disse ele friamente. Também encarou os dois e enfim deixou a pequena casa dos irmãos em passos rápidos. Na verdade estava se segurando para não matar os dois ali mesmo, e não poderia fazê-lo já que eram sua única forma de atrair Allice.

- Louise, temos que trazer Allice de volta. - Disse Lucca esbaforido. Ainda encarava com medo a entrada de sua casa, na verdade tinha medo de Henry mudar de ideia e matá-los. - Não seremos pagos se não o fizermos.
- Fique calmo, irmão, Allice confia em mim, e acredita que tudo o que quero é minha amiga de volta.

>°<°>°<°>°<°><°>°<°>°<°>°<°>°<°>°<°>°<°>

ACAAAABAAASTEEESSSS.... ORA ORA ORA... PARECE QUE TEMOS UMA FALSIANE

TADINHA DA ALLICE.

PERDEU O NAMORADO

PERDEU O ROLÊ COM OS AMIGOS

E GANHOU UMA AMIGA FALSIANE... PARECE ATÉ EU (KHE? HEUEHUSJSUSHAUAHAHAHuahauaj)

E AGORA VAMOS FALAR DELE....

A COISA MAIS FOFA DESSE LIVRO.. ROBINHO MAAAASSEYYYY

SIM, A BELLE TEM UM FILHINHO QUE VAI SER O MOZAUN DE TD MUNDO SHUAHSUSHSUSHEUEE

BEM, É ISSO AÊ POVIN

SEUS




















ANTIALÉRGICO DE MORANGO (MELHOR COISA DA VIDAAAAAAAA SHUSHSUSHSUSHEUEHEU)















FUUUIZ

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