Te Encontrei Quando Não Procu...

By lariramos22

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Ravenna Garcia tem 19 anos, é brasileira e cursa Dança na Juilliard em Nova York, é orgulhosa e chegou aonde... More

Bem-vindo!
01 - Ravenna
02 - Eric
03 - Ravenna
04 - Ravenna
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06 - Eric
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10 - Eric
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19 - Ravenna
20 - Ravenna/Eric
21 - Ravenna/Eric
22 - Eric/Ravenna
23 - Ravenna/Eric
25 - Ravenna/Eric
26 - Kyle (BÔNUS)
27 - Ravenna/Eric
28 - Ravenna/Eric
29 - Ravenna
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41 - Ravenna/Eric
42 - Ravenna
43 - Ravenna
44 - Ravenna/Eric
45 - Eric
46 - Ravenna/Eric
Epílogo
Agradecimentos! ❤
AVISO IMPORTANTE!
MUDEI O TÍTULO DOS LIVROS 😱😂

24 - Eric/Ravenna

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By lariramos22

Point of View - Eric

Estou dormindo no sofá de conchinha, agarrado à Ravenna, quando sinto um leve cheiro que queimado.

Levanto rapidamente e ando rápido pra cozinha. Uma fumaça preta está saindo do forno e quando eu o abro, a mesma se espalha por toda a cozinha.

A pizza está preta e torrada, tenho certeza que se eu bater com isso na cabeça de alguém é traumatismo na certa.

A minha sorte é que a Marinha e todo o meu treinamento me fez ter um sono leve e um faro bem apurado, se não...

Bom, vamos dizer apenas que eu só cozinho bem quando Ravenna não está por perto.

E não precisamos entrar em detalhes sobre o motivo disso.

Volto pra sala e a encontro ainda em um sono pacífico no sofá.

Essa sim dorme feito uma pedra.

Eu me agacho ao seu lado e acaricio seus cabelos:

- Anjo, nosso jantar queimou. - ela suspira e se vira pra mim, adormecida - Na verdade, aquilo ali pode se passar por arma branca sem problema algum.

Ravenna abre um pequeno sorriso ainda com os olhos fechados.
Dou alguns selinhos na sua boca e pergunto:

- Quer sair pra jantar?

Agora ela desperta e me encara atentamente.

- E se alguém... - começa a se preocupar com sermos pegos, mas eu logo a tranquilizo.

- Conheço um lugar mais afastado. A comida e o ambiente são muito bons e eu tenho certeza que você vai gostar. Vai ser uma surpresa.

Ravenna me olha com um sorriso desconfiado por alguns segundos e depois concorda.

Eu a pego nos braços e vou com ela para o meu banheiro.

Depois de um banho bem tomado com muitas carícias, nós chegamos no restaurante que falei.

É em uma região tranquila do Brooklyn e quando Ravenna lê o nome pintado na entrada do lugar ela ri:

- "Miss Favela"? Você me trouxe em um restaurante brasileiro? Não acredito, Eric!

- Você gostou? - pergunto, preocupado se agradei com a minha escolha.

- Eu amei! - ela se vira pra mim e me abraça. - É bom lembrar da minha terra, sinto saudades.

- Foi o que imaginei, por isso escolhi esse lugar. Claro, por isso e porque aqui vende a famosa picanha de vocês.

Ela ri divertida e me puxa pela mão para entrar no lugar.

A decoração é quase toda em verde e amarelo e tem pequenas bandeiras penduradas na prateleira de bebidas no bar.

- Olha, Havaianas coladas no teto. - Ravenna aponta para os chinelos. - Já adorei!

O lugar está bem cheio, mas não avisto nenhum conhecido.

Eu escolho uma mesa um pouco mais para o fundo de uma maneira que tenhamos privacidade e que dê pra assistir a banda que está tocando ao vivo.

- O melhor lugar de Nova York, Eric! - diz, sentando na cadeira que eu puxei pra ela e observando os detalhes em volta.

O garçom logo chega para nos atender, muito simpático e com um forte sotaque.

- Pensei em pedir a picanha com uma guarnição. É sem dúvida o melhor prato daqui. - sugiro pra Ravenna e ela logo concorda.

O garçom se afasta e nós aguardamos, assistindo a banda tocar uma música bem brasileira, que eu acredito ser um samba.

Ravenna se vira pra mim com aquela carinha que ela faz quando vai aprontar e abre um sorriso enorme.

- Quer aprender a sambar, professor Petrovich?

- O quê? Não, não mesmo. - ela já está de pé ao meu lado, tentando me puxar pela mão, como se ela fosse conseguir arrastar meu corpo com mais de cem quilos. - Ravenna, um russo, mau humorado, com quase dois metros de altura, sambando? Não vai dar certo nunca.

- Ok - faz um biquinho - então eu vou sozinha.

- Tudo bem, só não chama muito a atenção dos homens. - digo carrancudo, olhando para os lados e conferindo a situação.

Ravenna apenas sorri mandando um beijo soprado pra mim, e caminha em direção ao centro do semi-círculo que a banda composta por vários integrantes fez.

Ela diz alguma coisa para um cara que tem um cavaquinho e logo em seguida ele está tocando uma música animada e ela está dançando enquanto as pessoas aplaudem e cantam junto.

Ela samba, rebola e joga os cabelos, sendo o centro das atenções.

Só colocando uma burca e se escondendo debaixo de uma cama pra Ravenna não chamar atenção.

Outras mulheres chegam para dançar com ela, animadas e desinibidas, e eu dou graças a Deus que tem bastante perna e bunda alheia agora pra esse bando de marmanjo olhar.

Elas seguem os passos de Ravenna e a mesma está com um imenso sorriso no rosto, se divertindo como nunca.

Saber que fui eu, mesmo que indiretamente, quem proporcionou essa alegria à minha mulher me deixa cheio de orgulho.

Ela é linda, é maravilhosa, e quando dança então vira a porra de uma Deusa.

Ravenna contagia todo mundo, ela aproxima as pessoas e torna cada detalhe mais especial e feliz.

Ela é como um sol aquecendo o coração de cada um que cruza seu caminho.

É impossível ficar perto dessa mulher por cinco minutos sem sorrir, encantado.

Isso tudo é perceptível pra mim, mas é sempre mais visível quando ela dança, como se nesse momento ela derrubasse qualquer barreira que pudesse estar colocando entre ela e as pessoas e deixasse suas emoções fluírem livres.

Porra, como ela é perfeita.

Estou sorrindo como um idiota, perdido em pensamento, quando Ravenna volta pra mesa, ofegante, agitada e radiante.

- Os brasileiros são realmente os melhores. - diz, divertida, enquanto se senta e dá alguns goles na sua água. Eu finjo fazer uma cara de decepcionado e ela logo se corrige - Os brasileiros e os russos, claro.

Nossa comida chega, eu peço ao garçom uma caipirinha e Ravenna pede uma também.

Olho de cara feia pra ela, mas a abusada me ignora, finge que não vê e começa a comer.

Ô mulher pra dar trabalho...

Point of View - Ravenna

O lugar é demais, tão aconchegante que eu me sinto em casa.

Eric sempre fazendo a escolha certa e me surpreendendo positivamente.

A música é maravilhosa, tocaram samba, pagode, bossa nova...
E a comida é divina.
Uau!

Eric até tentou que eu não bebesse essa noite, mas eu não perderia a oportunidade de experimentar uma caipirinha.

Pois é, nunca tomei uma!

E como eu já aprendi a lidar com esse macho mandão, simplesmente o ignorei e fiz a linha desentendida.

O jantar foi perfeito, Eric pagou, deixou uma gorjeta gorda pro garçom e nós saímos para a rua.

- Aqui perto é a Williamsburg não é? A rua é conhecida pelos brechós e lojas de artesanato. É bem bonito, podemos dar uma volta. - sugiro e ele concorda.

Caminhamos juntos pela rua, olhando as lojas e os trabalhos manuais muito bem feitos e detalhados.

Eu olho para as nossas mãos unidas com os dedos entrelaçados.

É tão, tão diferente.

Andar assim com ele pela rua, sem as preocupações de quem vai nos ver ou o que vão pensar...

Nós realmente chamamos atenção, Eric com todo esse porte e eu nanica do seu lado - o topo da minha cabeça não chega nem no seu ombro - mas não é um olhar crítico ou de censura como teríamos se fosse na Juilliard, ou no Central Park...

- Até que eu gostei. - Eric diz, também olhando para as nossas mãos unidas. - É novo pra mim, mas a sensação é muito boa. - ele sorri e fala por fim - Até porque assim eu mostro pra todo mundo à quem você pertence.

Tenho que sorrir nessa hora também.
Quando que esse homem vai ser um pouquinho menos possessivo?

Andamos mais pela rua e vejo uma loja com uma arara na vitrine de vestidos com estampa indiana maravilhosos.

- Quer entrar pra ver? - Eric pergunta quando percebe que eu estou de olho nas roupas.

Eu afirmo empolgada e entro no brechó, trazendo Eric comigo.

O lugar tem um cheirinho leve de incenso. É tudo bem colorido e tem tecidos e cristais pendurados por todos os lugares.

A atendente, super simpática por sinal, usa até um tilak, aquela manchinha pintada na testa entre os olhos.

Enquanto eu experimento cada vestido, Eric me espera sentado em uma poltrona de frente para a cabine de troca de roupa, dando pitaco em cada uma que eu visto.

A opinião de sempre?
Curto demais!

Nem a vendedora aguentou e ficou rindo discretamente das caras de desgosto que ele fazia.

Depois de muitas trocas eu encontro um lindo de morrer, longo e no gosto do Eric.

Tento pagar, mas ele não deixa.
Não diz nada também, simplesmente passa na minha frente e dá o dinheiro à atendente.

Quando chegamos no apartamento já eram quase dez horas.

Eu fui direto tomar um banho e Eric sentou no sofá com uma cerveja pra assistir à um jogo de futebol.

Depois de um tempo, estava saindo do banheiro quando vi uma gaveta do criado mudo um pouco aberta e algo parecido à um livro apontando pra fora.

Assim que o peguei, percebi que era um álbum de foto de quando Eric parecia ter uns nove, dez anos.

Me sento na cama e começo a folheia-lo.

As primeiras fotos são dele com os pais. Deduzi assim pois o homem à sua direita é exatamente a versão atual do Eric, a única diferença são os olhos castanhos. A mulher à direita dele tem a pele branca e os cabelos negros também. Já os olhos são idênticos aos do meu russo.

O casal é maravilhoso, dá pra notar de onde Eric puxou tanta beleza.

A combinação foi perfeita.

Nas fotos seguintes ele aparece sempre com quatro amigos, dois garotos e duas garotas.

Mas na grande maioria e no fim de todo o álbum ele está na companhia só dos dois meninos.

O mais baixinho com cara de atentado é ruivinho e cheio de sardas.

Eric e o outro são do mesmo tamanho, mas as semelhanças acabam aí.

Enquanto Eric é exatamente como agora só que muito menor e com feições infantis, o outro tem o cabelo comprido na altura dos ombros, sua pele é bem bronzeada e seus olhos são negros como a meia-noite.

- Esse é o L.A. - Eric diz atrás de mim, me assustando. Nem percebi que ele tinha entrado no quarto. - E esse era o Bryan. - ele aponta para o ruivinho que está fazendo uma careta engraçada na foto.

"Era"

Me lembro dele contando que o amigo morreu em um acidente na guerra por culpa de uma desilusão amorosa.

Pelas fotos é fácil perceber que ele era o lado leve entre os três.

Eric e L.A. não eram de muitos sorrisos e só esbanjavam qualquer divertimento quando Bryan fazia alguma palhaçada.

Ele devia ser aquele amigo brincalhão e bobão que todos nós temos.

Eu tento imaginar o que esses meninos sentiram quando essa alegria contagiante se foi.
Não posso nem mensurar uma perda assim.

Sinto Eric colar seu corpo no meu por trás, me distraindo de todos os meus pensamentos.

- Porque a gente não esquece essas fotos antigas e fode gostoso a noite toda? - ele pega o álbum da minha mão e coloca no criado mudo enquanto beija meu pescoço e morde minha orelha, tirando um longo gemido de mim. - Amanhã é domingo e eu posso continuar te comendo o dia inteiro também.

- Oh Deus... - é a última coisa que eu consigo dizer antes de Eric tomar minha boca num beijo exigente e delicioso, em promessa de uma noite quente e muito intensa.

Nada diferente do que eu poderia esperar desse homem.

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