O resto da tarde fiquei ouvindo as teorias de Sydney sobre Joshua, eram teorias ruins seguidas de teorias ridículas.
- Então o que você acha dessa? -ela perguntou, me encarando.
- Eu parei de prestar atenção em você quando falou sobre ele ser um fugitivo que vive de baixo do tal porão. -falei, enrolando uma mecha do meu cabelo ruivo com o meu dedo.
- Faz sentido, você não disse que ele sumiu de repente?
- Sydney, que droga! Ele não é nenhum fugitivo ou fantasma, apenas cometeram um erro... Vamos parar de falar nisso!
- Eu ainda acho que...
- Não acha nada, se continuar falando eu vou espancar você até sair leite pelo seus olhos.
- Isso é possível? -ela perguntou confusa e curiosa
- Vamos descobrir se você não fechar a boca. -falei de forma rude.
- Por que você ainda briga comigo desse jeito? -ela perguntou com uma voz triste. Jesus, que menina dramática
- Porque você ainda me dá motivos!
- Eu só queria te ajudar com o caso do seu amigo. -ela abaixou o olhar de modo mais triste ainda.
- Primeiro, não tem caso nenhum. Segundo, ele não é meu amigo, é alguém que conheci.
- Você não gosta de mim, não é mesmo? -ela disse fazendo cara de choro, se levantou da minha cama e foi para a sua.
- Sydney, para com isso, não chora.
Meu pedido foi totalmente ignorado e logo a garota já estava em lágrimas.
- Sydney, que droga, eu falei p...
Parei de falar, ela já estava chorando, não precisava de mais uma patada. Por algum motivo, eu não queria que ela continuasse chorando, mas não sabia o que fazer.
Levantei da minha cama, me sentei ao lado dela e passei meus braços por cima dos ombros dela de forma desajeitada. Isso sempre foi estranho para mim, não demorou para as lágrimas dela cessarem.
- Você me abraçou!- Ela exclamou com a voz um pouco fanha
- Não gostei de te ver chorar- Acabei admitindo e ela sorriu e pulou em cima de mim me esmagando um abraço
- Você gosta de mim?
- Sydney eu...
- Você precisa responder.
- Não preciso não.
- Então você não gosta de mim? -ela disse recomeçando o drama
- Pára, nada de choro Sydney... OK, OK, eu gosto um pouco de você.
Quando ela ouviu isso soltou um gritinho histérico e me abraçou de novo.
- Então somos amigas?
- É... Somos amigas
Mesmo um pouco contrariada, tive que admitir que ela é o mais perto de uma amiga que eu sempre tive. Ela é meio irritante, mas é legalzinha.
- Você está com fome? -ela perguntou.
- Na verdade, estou com um pouco de fome sim.
Como de costume, ela agarrou meu pulso e saiu me puxando pelo corredor à fora. Fomos até o refeitório e estava praticamente vazio.
- Eu sou amiga da Dorothea, a merendeira. -Sydney começou a falar. -Ela geralmente não dá comida para ninguém fora do horário! mas eu sou incrível então...
- Olha, nunca vi você falando desse jeito. É até estranho.- falei enquanto eu soltava uma gargalhada sem querer.
- É que eu sou humilde, e geralmente não me gabo tanto. -ela deu de ombros e me segurei para não rir de novo.
- Nossa pode parar, é bem estranho ver você agindo assim.
- Tem razão... É estranho agir assim. -ela respondeu sorrindo e entrou na cozinha, mas eu não fui atrás dela.
Fiquei um tempo esperando ela voltar da cozinha, o que não demorou muito para acontecer, já que, minutos depois, ela chegou com duas bandejas com um monte de coisa que eu não consegui identificar.
Comemos em silêncio e quando terminamos Sydney resolveu me levar para dar uma volta no reformatório. Ela me levou para ver tudo em todo lugar. O que eu não faço pra passar o tempo...
Chegamos em um lugar que era até bonito demais para ser um reformatório, na verdade era algo bem simples, era só uma árvore com poucas flores em volta. Syd me puxou pelo pulso até a árvore e quando nos aproximamos acabamos presenciando uma cena completamente desnecessária...
***
Oi gente, tudo bem? Gostaram do capítulo? Estão gostando da amizade Savi & Syd? Que cena desnecessária elas acabaram de ver no jardim, hein? Dêem suas opiniões e obrigada por lerem o capítulo.
P.S. quero agradecer às mil visualizações da história! Fiquei muito surpresa já que eu publico essa história faz pouco tempo! Muito obrigada, caros leitores, amo vocês!