Mais outro dia passou. Desta vez, não lamentei por acordar. Abri meus olhos, estiquei o corpo mas permaneci deitada. Não queria levantar, a preguiça era maior.
_Ei, Rose! _Carl ao ver que despertei leva uma tigela com cereal para mim.
_Olha só ganhei um escravo! _Rimos.
_Cala a boca.
Comecei a comer quando Carl me fez uma pergunta, ainda não tinha pensado a respeito.
_Como se sente?... sabe, sobre o Daryl.
_C-c-como!? _não sabia como esconder minha aflição.
_Eu sei que vocês estavam juntos, tá.
_Não, não estávamos juuuntos, como um casal mesmo. _respirei fundo _acho que ele nem me via como uma mulher, acho que só como uma amiga... ou nem isso.
_Por que fala assim? Dava para ver que ele gostava de você.
_E daí? Do que importa? Ele pode estar morto agora. Ou longe... ah tanto faz.
_Eu não acredito que ele esteja morto. Talvez, esteja por aí... ele é forte.
Abaixei a cabeça, ameaçava chorar e não queria. Não podia.
_Mas de que adiantaria? _ continuei.
_Como assim?
_Sabe, ele é mais velho e... tem a idade do papai... e eu acho que o papai não iria permitir.
_Eu acho que ele iria ficar em alerta, ou sei lá... _riu _é tarefa dos pais proteger seus filhos. Ele conhece o Daryl, seria diferente.
_Nós estamos falando como se o Daryl sentisse o mesmo por mim. _rio. Era só o que me restava por hora.
_Cadê papai? _perguntei. Tentando sair daquele assunto antes que começasse a chorar.
_Lá dentro. Ele est...
Alguma coisa - ou alguém- bateu na porta. Pai logo correu até nós. Ele levou o dedo na boca, fez um gesto para ficarmos quietos.
Foi até a porta, através do olho mágico viu quem - ou o que - estava fazendo o barulho.
Não entendemos o motivo logo de cara, o porquê ele ter ficado feliz.
_ É para vocês.
Eu e Carl trocamos um curto olhar. Ambos fazendo careta, até que Carl tomou uma atitude e foi a porta.
Sorriu para mim. Eu fui checar quem era e ao ver, me senti feliz.
Era Michonne.