REVISADO
Que tal dar uma estrelinha?;)
-Han... esse papel? - pergunto me fazendo de mal entendida.
- Sim, esse papel Julia. O que têm nele? - pergunta pegando-o da minha mão e lendo. Assim que lê o nome "José" dispara irritado.
- Você viu ele? Quando?! - ele olha para os lados como se para achar José pelo estacionamento.
- Felipe... - digo como se estivesse falando com um animal machucado.
- Felipe nada Julia! Você o viu? - pergunta irritadíssimo.
- Eu o encontrei no elevador... - antes que eu pudesse concluir ele me interrompeu novamente.
- O quê esse filho da puta estava fazendo nesse prédio e ainda por cima com você? - dispara.
- Ele tem família aqui Felipe! - disparo também.
- Engraçado ele aparecer justo no dia que você decide dormir longe de mim, não é Julia? - pergunta.
- O quê você está querendo insinuar com isso, Felipe?-pergunto duvidando do que meu próprio namorado acabou de dizer para mim.
- O que você ouviu! Não se faça de sonsa Julia! Você passou a noite com ele, não é isso? Por isso me quis longe está noite. - começa a disparar irado.
Sem conseguir segurar mais dou-lhe um tapa na sua cara, dexando a marca dos meus cinco dedos em sua face e Felipe quase soltando fumaça pelo nariz de tanta raiva.
Quem ele pensa que é? Insinuar coisas absurdas sobre mim assim, como se eu fosse uma vagabunda qualquer e sem escrúpulos.
- Nunca mais... Nunca mais insinue esse tipo de coisas sobre mim! Eu não te dei esse direito! - rosno com dentes cerrados enquanto ele me olha com um olhar além de enraveicido, espantado. Então em um segundo, ele pega meus braços apertando mais do que o necessário para chamar minha atenção e me puxa para ele.
- Por que? Han? Só José tem esse direito não é? - ele rosna com uns pouquíssimos centímetros entre seu rosto e o meu.
- Estúpido! O quê foi? Han? Você bebeu? Ficou louco? O que que deu em você Felipe? Deu pra insinuar que sou uma puta hoje? - pergunto tentando me desvencilhar dele. Inútil, claro. Já viram o tamanho dele?
- Eu não disse nada que você já não tenha feito. - diz ainda sem me soltar. Com certeza meu braços vão ficar com belas marcas de dedos roxas. Agora devo ter ficado vermelha igual um pimentão de tanta raiva que estou sentindo.
- Quer saber? Se você me namorou achando que sou uma puta por tanto tempo, você é mais idiota do que eu imaginei que fosse. E quer saber? Se você acha que saio dando pra todo mundo incluindo José e o Leandro, deve ser verdade. - digo com o olho lacrimejando de tanto ódio dele.
- Eu não estou ouvindo isso! Eu... - diz me soltando totalmente irritado e virando-se com as mãos em seu rosto.
- Está sim porra! Quer saber? Acabou! Pra mim já deu disso! Deixa eu viver minha vida de puta sozinha e você viva a sua de santo. - digo com lágrimas saindo dos meus olhos.
- Você não vai terminar comigo! Não acabou porra nenhuma! - diz virando-se para mim.
- Acabou sim! E quer saber? Arrume outra secretária! Porque naquela empresa eu só piso novamente se for para assinar minha demissão! - digo enquanto tiro minha aliança e dou para ele. Ele olha nos meus olhos e depois olha a aliança. Repete os movimentos novamente até que vejo uma lágrima brilhar no olho dele. Isso dói na minha alma.
- Julia... - ele sussurra.
- O quê? - disparo.
- Nunca pensei que desceria tão baixo. - diz com uma voz irreconhecível, vira-se e entra em seu carro, me deixando confusa, desolada e furiosa.
Ele sai da garagem e posso jurar que vi lágrimas no reflexo dele pelo espelho retrovisor. Novamente uma dor invade meu coração, me lembrando da infeliz sensação de solidão que me segue desde tempo mais antigos, quando quem eu amo simplesmente se vai me deixando para trás sem que minha opinião importasse.
Antes que eu sucumba a cachoeira que meus olhos querem virar, corro para o elevador vazio esperando na garagem, aperto o botão freneticamente até que o mesmo se fecha e eu tento não chorar enquanto essa lenta caixa de metal sobe.
Para minha infelicidade, ele para no segundo andar e para minha supresa (para não dizer decepção) José aparece. Assim que me vê se surpreende por me ver novamente e ainda por cima com essa cara horrível de quem acabou de chorar. Ele se apressa em entrar.
- Aconteceu alguma coisa Julia? Você está bem? - ele pergunta enquanto examina meu rosto. Eu gostaria muito de poder jogar na cara dele que eu briguei feio com meu namorado justamente por causa dele, que acabei de perder o cara que eu achava que era o homem da minha vida por causa do maldito ciúme dele de você e do meu melhor amigo! Mas como sou educada, digo apenas:
- Nada demais José. - digo suavemente.
- Julia não minta pra mim, está estampado na sua cara que foi algo demais.- ele diz me encarando sériamente.
- É coisa minha e do Felipe - digo tentando dar um fim a este tópico como se fosse uma explicação. Ele me encara e suaviza sua expressão.
- Quer conversar? - ele pergunta docemente.
- Agora a única coisa que quero fazer é procurar outro emprego para mim - digo me arrependendo logo em seguida já que ele não sabe que pedi demissão. Na verdade, ninguém sabe ainda.
- O quê? Você pediu demissão da ATC? - ele pergunta totalmente surpreso.
- Pedi - repondo.
O elevador então abre no meu andar e ao me preparar para sair, José segura o meu braço e me puxa para um abraço. De surpresa não me movo, mas após dois segundos retribuo colocando meu rosto no seu pescoço sentindo aquele aroma, que um dia foi o meu refúgio. Uma sensação boa me invade, acalmando um pouco esse furacão de emoções dentro de mim.
Ficamos assim abraçados por o quê? Três minutos? Só sei que quando resolvi me soltar dele o elevador continuava no meu andar aberto, já que felizmente ninguem o reclamou.
- Se precisar de mim... para qualquer coisa... sabe onde me encontrar Julia - ele diz carinhosamente enquanto me desgrudo dele.
- Obrigada José, mas no momento só preciso ficar sozinha.
- Certo então, até mais. - despede-se quando saio do elevador.
- Até - respondo enquanto caminho até meu apartamento e pego as chaves da minha bolsa. Entro e feho a porta.
Jogo a bolsa no chão e desabo no sofá, deixando minhas lágrimas fluirem livremente sem nenhum pudor.
Oh! Deus! Tenho boliche ainda hoje com Leandro! Oh Leando! Preciso muito do meu amigo agora! Mas ele deve estar no trabalho a essa hora!
Começo a soluçar. Sei que brigas entre casais acontecem quase todo dia, mesmo que eu já tenha passado por coisas bem piores... brigar com a pessoa que a gente ama é difícil mas não impossível de se superar.
Pego meu celular e mando uma mensagem de texto para Leandro.
"Não amanheci muito bem hoje, podemos remarcar o boliche por favor? :("
"Não! Foi alguma coisa com Felipe néh? Ele chegou aqui com uma cara..."
"Sim, acabei também por me demitir. Se ver algum lugar com vagas me avise por favor gatan"
"OMG Julia! Assim que eu chegar se vai me explicar tudo! Vou ver se saio mais cedo, tudo bem?"
"Tudo. Eu te amo, ta? "
"Eu tambem te amo gata. Se sabe que eu faria tudo por você, você é como a irmã que eu nunca tive"
"E você o irmão que eu nunca tive :')"
"MDS, quanta melação! :P"
Dou risada.
"Verdade, ta na TPM Leandro? Ta tão sentimental ultimamente."
"TNC Julia! Isso que da conviver com você. A gente aprende coisas que nem sempre são uteis."
"Hahaha Idiota!"
" Nanica! kkkkk Agora tenho que ir cara, se cuida e faz comida pra quando eu chegar ai"
"Okay, traga uma pizza. Melhor que minha comida, não acha?"
"Não tenha dúvidas! kkkkk"
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Aqui to eu, desculpem a demora pelo capitulo. Como voces podem ver, esse capitulo não esta mais aquele mar de rosas entre o casal. Eu ja tava ficando enjoada cara, por isso aqui ja dei uma mudada, e que mudada kkkkk ♡