O "Mais" que eu preciso (Clex...

By _mermazing

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Fanfiction criada a partir da série The 100. Clarke Griffin está na reta final do curso de genética e precisa... More

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32.
Capítulo 33

Capitulo 23

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By _mermazing

Não demorou para que o coro de palmas dos jornalistas trouxesse as mulheres de volta a realidade e as duas olharam para as câmeras com as bochechas vermelhas e sorrisos enormes.

Lexa puxou uma cadeira para Clarke e segurou a mão dela visivelmente em cima da mesa. Parecendo quase composta e monumentalmente feliz, Lexa apontou o queixo para um jornalista.

— Lexa, colocando em pauta que sua vice presidente tentou tomar seu cargo na empresa e quase vendeu uma arma biológica para alcançar seus objetivos, gostaríamos de saber qual o prejuízo que a senhora levou, alguns acionistas estão desistindo de uma parceria com a Grigori Labs, certo?

O sorriso desapareceu do rosto de Lexa, mas os olhos dela não endureceram e seu corpo não ficou tenso. Apenas o aperto na mão de Clarke indicava o seu nervosismo. Ela mascarava os sentimentos e falava como se os problemas e a história em questão não fossem dela.

— Bem, as atitudes de Anya tinham o propósito de me prejudicar, se eu saísse do cargo ela seria a pessoa mais adequada para ficar no meu lugar. Mesmo com todos os meus esforços para esclarecer todo o mal entendido, as ações caíram bastante e perdemos alguns acionistas muito importantes. — ela fez uma pausa e se remexeu inquieta em sua cadeira — Os membros mais antigos do corpo de acionistas e investidores conhecem a minha família, muitos estão conosco desde sua fundação, mas alguns são mais recentes, é de conhecimento público que Anya trabalhava aqui há mais tempo que eu, no inicio ela era figura pública e pela lógica era a herdeira.

Lexa tentou disfarçar seu desconforto, o tópico devia atingi-la profundamente.

Clarke tinha visto em uma das revistas no laboratório do pai uma reportagem sobre isso, Lexa e Anya estavam na capa ao lado da grande manchete: As herdeiras da Grigori Labs, apenas uma pode ficar com a presidência. Todos sabiam que Anya não era adotada pela família, mas estava no testamento como herdeira, e ela terminou a faculdade algum tempo antes de Lexa. Ela realmente foi muito influente para as relações públicas e a administração do laboratório naquela época. No meio tempo, Lexa estava se especializando e crescendo como pesquisadora. O nome das duas sempre estavam em coisas importantes. Se Lexa nunca tivesse cedido aos desejos de sua família e continuado apenas com suas pesquisas, Anya teria assumido o laboratório e talvez nada daquilo tivesse acontecido. Clarke sabia as outras motivações de Anya, então ela não podia considerar aquilo totalmente, mas os jornalistas não sabiam.

— Apesar de que os investidores podem sair quando bem quiserem, os que recebiam grande remuneração estavam sob contrato, eles saíram porque os advogados da Grigori Labs ofereceram um acordo: abrir mão de seus lucros e sair ou entrariamos com uma segunda queixa — Clarke encarou Lexa perplexa, só se passaram alguns dias e ela já tinha passado por tanta coisa? — Alguns deles estavam envolvidos no plano e outros sabiam do plano e decidiram ficar de fora, todos os envolvidos, direta e indiretamente, foram denunciados pela ex vice presidente durante confissão. Vocês ficariam surpresos com a quantidade de acionistas e membros do conselho que não concordam com meu jeito de administrar as coisas.

Algumas risadas ecoaram ao redor e Lexa relaxou um pouco, logo eles mudariam o foco das perguntas.

— As baixas foram muito sérias?

Lexa ergueu as sobrancelhas ironicamente e sorriu ao dizer:

— Eu cheguei a ponderar se deveria comprar as ações que sobraram para evitar que a credibilidade e valor do nome da nossa rede de laboratórios fosse prejudicada, mas fui informada de que havia uma lista de espera de compradores e muitos ainda acreditam no nosso valor. Fiquei surpresa, imaginava ter que fazer um investimento pessoal, mas acabei com um leilão.

O jornalista sorriu, eu também sorriu. Leilão de ações era o evento perfeito para a mídia. Que forma melhor de garantir que o nome do laboratório continuasse limpo? Lexa era genial.

— Podemos saber mais sobre esse leilão? — perguntou um rapaz.

— Em breve divulgaremos as informações, — ela apertou a língua entre os dentes de uma forma maravilhosamente adorável — mas não será hoje.

O garoto sorriu amplamente, os olhos brilhando para a mulher, e Clarke sentiu vontade de rir. O efeito Lexa era contagioso.

A assessora de Lexa se aproximou de um dos microfones e anunciou:

— Nosso tempo está se esgotando, então damos início as perguntas livres.

Lexa exibiu um sorriso encorajador quando os jornalistas focaram em Clarke.

— Clarke, como você se sente após esta experiência traumática?

Clarke engoliu o nó em sua garganta, não esperava ter que falar sobre isso tão cedo.

— Bem, o café da minha casa é bem melhor que o de lá. — ela falou descontraidamente, tentando mascarar as emoções como Lexa. — Brincadeira, lá não tinha café. — alguns jornalistas sorriram nervosamente e Clarke engoliu seco, era a primeira vez que falava sobre aquilo para outra pessoa que não fosse a terapeuta, e agora era uma maldita plateia — Eu fiquei com medo e confusa a maior parte do tempo. Meu futuro era incerto, não sabia onde estava e por algum tempo os motivos que me levaram aquela cabana suja também eram desconhecidos. Quando reconheci Anya fiquei em choque, mas quando ela me disse o que pretendia fazer com Lexa senti como se uma dose de adrenalina tivesse sido injetada em meu corpo e decidi que precisava sair de lá e impedir isso.

Clarke balançou as pernas embaixo da mesa, torcendo silencioamente para que não insistissem nos detalhes da fuga. Ela tinha tirado a vida de um homem e o rosto dele aparecia em seus pesadelos todas as noites. Abby sempre corria para acender a luz e amparar a filha. A terapeuta disse que precisaria de tempo para entrar em acordo com aquelas memórias. Clarke repetia um mantra para tentar se convencer de que era perdoável por ser legítima defesa, mas ainda estava longe do sucesso.

— Você realmente não culpa a senhorita Grigori por nada do que aconteceu?

Clarke apertou a mão de Lexa sem olhar para ela. Lexa já se sentia culpada o suficiente.

— Lexa foi tão vítima quanto eu dos atos egoístas de uma mulher emocionalmente desequilibrada, eu acredito que ela não tem responsabilidade sobre isso. Não podemos controlar outras pessoas. Isso responde a sua pergunta?

A jornalista acenou e anotou algo em seu caderno com um sorriso arrogante, um dos seguranças se aproximou dela para ver o que ela estava escrevendo. Todos estavam atentos a tensão que a pergunta deixou no ar, nada poderia ser publicado distorcidamente. Clarke percebeu que Lexa tinha o olhar baixo e apertava os lábios de forma insegura. Elas realmente precisavam conversar.

Como que para quebrar a tensão, um jovem levantou a mão.

— Eu tenho uma pergunta para as duas — ele sorriu amigavelmente — A cena que todos presenciamos mais cedo foi intensa, para dizer o mínimo. — Clarke relaxou e sorriu para o menino — Então, quero pedir para cada uma falar o que sente pela outra, pode ser assim? Acho que issoresponde o restante das perguntas.

Clarke sentiu as bochechas esquentarem, era isso que eles ensinavam no curso de jornalismo? Como deixar as pessoas envergonhadas? Jesus!

Lexa sorria tranquilamente, sua calma deixava a loira nervosa.

— Você primeiro, Clarke.

Clarke balançou a cabeça. Como simplificar o que sentia por Lexa na frente daquelas pessoas estranhas e todas aquelas câmeras? Como expressar sentimentos tão novos?

— Bem, uh, tem essa frase de um grande pensador contemporâneo chamado Tumblr — Lexa riu alto, uma gargalhada gostosa que Clarke gostaria de gravar — Enfim, a frase é mais ou menos assim "Na maioria das vezes é um perigo quando você sorri ao lembrar de alguém", essa frase nunca fez muito sentido para mim, mas desde que eu encontrei Lexa pela primeira vez, a frase ficou gravada a ferro quente em minha memória. Nas últimas semanas toda vez que eu sorrio é por algo relacionado a ela ou diretamente por pensar nela, é uma sensação ingênua e inteiramente nova que esquenta meu corpo e me faz sorrir mais. — Lexa a observada com um sorriso de menina em seus lábios — Isso é constrangedor, mas Lexa é o motivo dos meus sorrisos mais sinceros.

Clarke baixou o olhar com um sorriso tímido, a expressão de Lexa era adorável demais.

Ao contrário de como Clarke tinha se sentido, nervosa, com medo de tropeçar nas palavras. Lexa parecia segura, calma, quase como se tivesse um discurso decorado.

— Primeiro, eu sou fechada e discreta com a minha vida particular, sempre fui assim, mas me fechei ainda mais quando assumi a presidência, era uma responsabilidade grande e sem perceber eu me tornei uma concha, dentro dessa concha só vivia eu e meu erlenmeyer e meus compostos químicos, toda a minha vida era ciência, tudo lógico, tudo tinha solução e tudo estava no meu controle. — ela sorriu com sua memória — Então, num dia normal de trabalho, no começo das contratações de estagiários tudo fugiu do controle. O dia parecia mais frio, as coisas pareciam estar prestes a mudar. Nesse dia eu conheci Clarke. Pode não parecer, mas ela fala pelos cotovelos e tem uma energia que contagia a todos a sua volta, me contagiou, e eu estava certa quando senti que tudo sairia do meu controle, com essa garota na minha vida tudo se tornou mais emocionante, parecia que eu tinha uma vida de novo, e tinha alguém para dividir. — Lexa brincou com os dedos de Clarke, como se falar aquilo fosse a coisa mais fácil do mundo — Ela mudou tudo, me fez sair em dia de semana, me fez caminhar na floresta e quase me fez morrer de preocupação quando foi picada por uma cobra venenosa. — Lexa lançou um olhar de reprovação e eu Clarke se sentiu uma criança levada. — Ela colocou a minha vida de cabeça para baixo, e me fez ver que aquele era o lugar certo da minha vida e de repente eu sabia que queria dividir com ela. Tudo.

Assobios e aplausos ecoaram no lugar e as duas apenas se encararam. Todas as cartas estavam na mesa e os corações pareciam prestes a explodir. 

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