Cap 16
Vou pra cozinha e resolvo fazer meu prato favorito.
Já falei o quanto sou boa na cozinha? Eu simplesmente amo cozinhar, pensei em fazer nutrição quando saí do ensino médio, mas aí veio a oportunidade de fazer psicologia e eu não pensei duas vezes. Eu to no primeiro ano de faculdade, por isso não liguem, eu não sei lidar com os meus sentimentos, muito menos com os dos outros, por enquanto, é claro.
Depois de quase uma hora eu termino de fazer minha lasanha e fiquei com vontade de comer tomate junto, fui cortar o tomate e peguei a faca mais afiada da cozinha.
Tava de boa cortando meu tomate, quando o infeliz do Rafael chega gritando meu nome.
- Sofia! - eu me assusto e a faca escorrega do tomate cortando meu dedo indicador no mesmo instante.
- Oh droga! - digo colocando o dedo na boca
- Que foi? - pergunta preocupado
- Cortei o dedo - digo com o dedo na boca e fazendo careta, meu corte sangrava.
Rafael se aproxima de mim, tira o dedo da minha boca e me leva até a pia, ele liga a torneira deixando a água cair encima do meu corte que olhando desse ângulo, não foi tão superficial assim.
Enquanto a água caía no corte lavando o sangue que saía descontrolado, Rafael pega o rolo de papel toalha, tira alguns, dobra e tira meu dedo debaixo da água colocando o papel em volta, fazendo pressão.
O papel tava em volta do meu dedo "controlado" o sangue, eu seguro o papel e ele solta, tava doendo e eu forço um pouco pra ver se passa.
Rafael pega a faca que eu tava e arqueia a sobrancelha.
- Precisa disso tudo pra cortar tomate? - diz se referindo a faca
- Não gosto de faca sem fio - ele ri suave e solta a faca - além do mais, a culpa é sua que me assustou com seu grito - digo sorrindo
- Depois eu lembro de me sentir culpado - ele pisca, eu sorrio - onde tem os negócio pra fazer curativo?
- Ali no banheiro do corredor no armário de baixo - digo sentando numa baqueta na frente do balcão.
Rafael vai e volta rápido com uma caixa vermelha de remédios na mão, ele senta no meu lado e tira algumas coisas que ia usar.
- O que tu vai fazer? - digo um pouco apreensiva, ele me olha com um sorriso diabólico nos lábios
- Melhor você não saber - ele ri
- Não vou deixar tu mexer no meu machucado - digo apertando a mão contra o peito
- Deixa de frescura e vem cá - ele me puxa pela mão boa pra pia de volta, Rafael segurava aquele paninhos de curativo, gaze (eu acho) e um líquido não identificado que eu não queria ter perto do meu corte
- Tu não vai passar isso! - digo apreensiva
- Vem Sofia - diz pegando no meu pulso e tirando o papel toalha. Eu tento puxar mas ele não deixa.
- Vai arder Rafael! - eu tava com medo
- Não vai - ele sorri - é só soro - diz calmo
- Vai sim, vai sim! - digo batendo os pés como criança quando tá com medo, ele ri.
- Pare de puxar, você vai se machucar - ele diz rindo
- Rafael, tá doendo já, não passa isso, por favor! - digo quase chorando, sim eu sei, sou muito covarde.
- Olhe pra mim - eu olho - não vai arder - diz com um sorriso calmo - confia em mim - pisca, eu mordo meu lábio inferior e olhos pro meu corte que era na mão esquerda.
Eu encosto a testa no ombro dele que da na minha altura e suspiro.
- Se doer eu te mordo - murmuro
Rafeael ri e faz sinal negativo com a cabeça. Fecho os olhos com o rosto ainda no ombro dele, sinto algo gelado no dedo, realmente não doeu, só refrescou um pouco.
Olho pra ele que me olhava como se dissesse "eu não falei?". Sorrio me sentindo a mais covarde do mundo. Rafael coloca os gaze em volta do corte com cuidado e fecha com esparadrapo. Fazendo um curativo até que "bonito". Se fosse eu, colocaria um pano envolta só até parar de sangrar e depois um BAND-AID.
Olho pro meu dedo, depois pra ele.
- Obrigada - digo sorrindo
- Disponha - ele pisca e vai guardar a caixa de remédio.
Apesar do curativo o corte ainda doía, era uma dor estranha, não tava ardendo, dor de corte não é legal.
Rafael volta pra cozinha.
- Agora tu termina de cortar os tomates pra mim - peço com um sorriso, na verdade eu não pedi, mandei.
E ele obedece com um sorriso.
Vou até o forno, pego uma luva enorme que eu tinha pra tirar coisas quentes. Tiro a lasanha e coloco na mesa. Rafael me olha.
- Olha, ela sabe cozinhar - diz debochado
- Tu se surpreenderia com as coisas que eu sei fazer - digo sem segundas intenções
Mas Rafael me lança aquele sorriso malicioso dele.
- Me surpreenderia, é? - se aproxima, mas eu desvio de seu corpo vindo até mim e vou na geladeira pegar uma coca.
Arrumo a mesa e sento pra comer pois tava morrendo de fome. Rafael senta no meu lado e nós almoçando numa boa.
Depois de terminar o almoço ele lava a louça pra mim, por causa do meu dedo.
- Tu é prendado então - digo debochada, eu tava sentada vendo ele lavar a louça, ele sorri pra mim
- Eu sou pra casar - pisca e ri
- BOOOA TARDE FAMÍLIA! - diz Felipe entrando na cozinha e me assustando
- Aí Felipe, pra que chegar gritando assim? - eu tava com a mão no coração, Felipe e Rafel riem.
- O que? Cellbit lavando a louça? - diz rindo e sentando no meu lado
- A não enche! - fala sem olhar pra nós, Felipe ri
- E esse dedo aí? - diz pegando minha mão
- Cortei - sorrio
- Cortou como? - diz me olhando
- Com a faca - ele arqueia a sobrancelha - a não se preocupe, o Rafael fez o curativo pra mim e nem dói mais...
- Hunnn - diz com um sorriso nos lábios eu reviro os olhos - um dedo cortado pra quase um dia juntos... - ele fala como se tivesse calculando - saí no lucro.
Rafel ri, ele termina a louça e se encosta na pia olhando pra nós.
- Bora festa hoje? - Felps diz com um sorriso
- Tu já não saiu ontem? - arqueio a sobrancelha
- A mais hoje é parada com os youtubers - ele sorri - vai tar praticamente todos de São Paulo lá...
- É verdade, tinha esquecido dessa... - diz Rafael
- Vai com a gente Sofi? - Felps me pergunta
Eu torço o lábio pensando.
- Partiu - digo com um sorriso fraco
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E tá aí mas um capítulo ♥
Espero que você tenha gostado, se gostou, por favor, não esquece de deixar seu voto e comentário ♥
E até uma próxima atualização
Um beijo
Um queijo
E até lá ♥
Tchau!