capítulo 20.
author's point of view.
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𝗠𝗨𝗜𝗧𝗔𝗦 𝗛𝗢𝗥𝗔𝗦 𝗦𝗘 𝗣𝗔𝗦𝗦𝗔𝗥𝗔𝗠 desde a corrida. Ophelia resolveu ajudar Percy, Annabeth e Tyson na punição da cozinha. A punição era eles terem de lavar todas as louças, o que não era pouco.
Mas, isso resultou em muita conversa entre eles. Percy contou o sonho para Annabeth também. A Chase disse que o Mar de Monstros era o Triângulo das Bermudas, como chamado pelos mortais. Percy contou que o nome do ciclope era Polifemo. E, bom, se eles fossem até lá, teriam que lutar contra ele. Segundo Annabeth, ele era o pior monstro que já iriam lutar. O nome da "arma" poderosa que parecia muito a energia do deus Pã era chamada de Velocino de Ouro. Essa era a única coisa que podia salvar o acampamento.
Quando todos estavam reunidos na fogueira, alguns dos irmãos de Ophelia cantaram enquanto outros tocavam. Violão e lira era o que alguns tocavam. Quando a Monroe cantava, Percy atraia seu olhar para ela automaticamente. Sabia que ela cantava desde pequena. Já havia ouvido ela fazer isso a bastante tempo. De alguma forma, aquele brilho da fogueira encantada parecia a iluminar muito mais.
Quando a cantoria terminou, Percy resolveu falar com Tântalo sobre o mar de monstros e velocino. Exigiu que ele desse uma missão para eles. Claro, o loiro só teve sucesso em seu plano pois os campistas falavam "Precisamos de uma missão" juntos. Porém, a missão não foi direcionada ao Jackson. Foi dada a Clarisse.
No final, ele disse que quem saísse do acampamento sem sua permissão, iria ser expulso pra sempre. E em menos de um dia, Tântalo conseguiu ser um inimigo em comum entre três pessoas.
Há minutos atrás, Ophelia estava deitada na beliche que dividia junto de uma de suas irmãs, tentando dormir. Ela estaria lá até agora se não tivesse ouvido o grito de Percy pedindo por socorro.
A mesma se levantou no exato momento em que reconheceu a voz. A preocupação a atingiu imediatamente. A Monroe rapidamente pegou um arco e duas flechas que mantinha em baixo de sua cama desde que voltou para o acampamento. Estavam ali por precaução. Era a violação de uma regra? Sim, mas ela não parecia se importar muito com isso.
Saiu de seu chalé com cuidado para não acordar seus irmãos. Ela correu na direção em que ouviu o grito. Acabou encontrando Tyson e Annabeth no caminho. Apenas eles pareceram ter ouvido o pedido de socorro.
O trio continuou seguindo em direção ao grito. Os três confusos e preocupados com o que podiam estar acontecendo. Quando estavam se aproximando da praia, viram um garoto sentado na areia. Ele não parecia estar em perigo. Não havia nenhum sinal de monstros ou algo do tipo.
— O que aconteceu? — Ophelia foi a primeira a questionar e a primeira a chegar até ele. A mesma estava ofegante por ter corrido. Percy a olhou confuso. — Ouvi você gritar por socorro
— Nós também! — Annabeth falou, se aproximando.
— Ouvi você gritar "Coisas ruins estão atacando!". — Tyson também falou.
— Eu não chamei vocês. — Percy os respondeu. — Estou bem.
— Mas então quem... — Ophelia parou de falar assim que notou três sacos de viagem amarelos e uma garrafa de vitaminas na qual o loiro estava segurando. — Que coisas são essas?
— Escutem, não temos muito tempo. — Percy começou. E então, começou a contar sobre uma conversa que teve com Hermes há poucos minutos atrás. Ele contou sobre a história do garoto que roubou algumas cabeças de gado do pai de Ophelia e para não ser punido ou explodido em pedaços, deu a Apolo uma lira. Isso fez com que o deus do Sol ficasse tão encantado com a música que esqueceu da raiva.
Hermes questionou a moral daquela história, mas a resposta que teve de Percy não foi muito correta. De qualquer jeito, o deus tentava o dizer que ele deveria ir naquela missão de qualquer jeito.
Ophelia atraiu seu olhar para o navio grande atravessando o estreito de Long Island. Luzes brancas e douradas saiam dele, brilhando no mar escuro. Hermes falou sobre esse barco também.
Assim que o Jackson terminou de contar o que aconteceu, barulhos de guinchos se fizeram presentes. As harpias haviam achado eles. Não seria uma boa se eles continuassem ali.
— Precisamos ir na missão, Percy. — Ophelia falou, fazendo Annabeth concordar.
— Vamos ser expulsos, você sabe. Confie em mim, sou especialista em ser expulso. — Percy a respondeu.
— E daí? — Annabeth disse, atraindo o olhar do loiro para ela. — Se fracassarmos, não vamos ter nenhum acampamento para voltar.
— Sim, mas Ophelia prometeu a Quíron...
— É, prometi. Mas não tem como eu te manter afastado do perigo deixando você ir sozinho. — A Monroe argumentou.
— Tyson pode ficar e contar a eles... — Antes que a Chase terminasse, o ciclope a interrompeu.
— Eu quero ir. — Ele afirmou.
— Não! Quer dizer, vamos lá, Percy... você sabe que é impossível. — Annabeth disse de imediato.
A de tranças e Tyson olharam para Percy. esperando uma resposta que viria do mesmo. Enquanto ele pensava por alguns segundos, o guinchos das harpias ficaram mais próximos e o barco cada vez mais se afastava.
— Não podemos deixá-lo. Tântalo vai castigar ele por termos partido. — Percy finalmente falou algo depois de segundos de silêncio.
— Percy, estamos indo para a ilha de Polifemo! Polifemo é um c-i-c... c-i... — Annabeth tentou soletrar "ciclope", mas a dislexia que tinha não ajudava muito. A mesma bufou, frustada. — Vocês sabem o que quero dizer!
— Tyson pode vim. — Percy afirmou, olhando para ele. — Se ele quiser.
— Eu quero! — O ciclope falou, batendo palmas.
— Como chegamos até o navio? Estamos ficando sem tempo. — Ophelia falou, ouvindo as harpias se aproximando cada vez mais.
— Hermes disse que meu pai me ajudaria. — O loiro a respondeu.
— Está esperando o que, cachinhos dourados? — A Monroe falou, fazendo o loiro se aproximar do mar.
— Pai? Como vão as coisas? — O mesmo perguntou, olhando para as águas e as ondas que quebravam como sempre.
— Percy, estamos ficando sem tempo! — Annabetb apressou.
— Precisamos da sua ajuda. Temos que chegar até aquele navio, tipo, antes que sejamos comidos ou coisa parecida, então... — Percy falou. Tudo pareceu normal. Tudo estava exatamente como antes.
No entanto, pouco tempo depois, apareceu quatro coisas no mar. Eram quatro linhas brancas de início. Elas se aproximavam rapidamente do quarteto. Assim que chegaram até a praia, perceberam que eram quatro cavalos marinhos.
— Peixes-pôneis! — Tyson exclamou, admirado com aqueles animais.
Quando eles foram para a areia, Ophelia notou que eles eram cavalos marinhos. Tinham escamas reluzentes e nadadeiras de arco íris na calda. Ophelia deu um sorriso assim que os viu, também admirada.
— Cavalos marinhos! — Annabeth falou.
— Eles são lindos. — A de mechas loiras murmurou. O cavalo marinho que estava mais próximo dela, fez um barulho amigável e passou seu focinho na mesma. Pareceu estar agradecendo. A garota pareceu se derreter com aquilo. Era muito fofo.
— Vamos admirá-los depois. Vamos! — Percy disse, olhando para os seus amigos.
As harpias se aproximavam muito mais. Já estavam perto das dunas. Elas tinham rosto de mulher. Era um rosto mais achatado. O resto do corpo era como o de uma ave de rapina. Elas não eram tão rápidas. Se fossem, o quarteto provavelmente já estaria todo estraçalhado.
— Tyson, pegue um saco de viagem! — Percy mandou, olhando para o ciclope que continuava encantado com aqueles animais. Ele não pareceu ouvir. Percebendo aquela demora, Ophelia pegou o saco de viagem. — Tyson!
— Que? — Questionou, parecendo voltar a realidade.
— Vem! — Percy o chamou, fazendo com que o mesmo se mexesse e subisse no cavalo marinho que o transportaria. Poseidon deveria saber que ele vinha junto pois mandou um desses animais maior que os outros.
Os três fizeram o mesmo. Não demorou muito para que os cavalos marinhos disparassem em direção ao navio. Eles eram rápidos. Ophelia conseguiu ouvir as harpias amaldiçoando-os por terem perdido seu lanche.
Demorou pouco tempo para que se aproximassem do enorme navio. Ele aparentava ter 10 andares. O casco era branco. Ele era lindo. Exceto pela enorme estátua de uma linda mulher de cabelos pretos vestindo uma túnica branca grega que tinha a altura de três andares daquele navio. Ela estava acorrentada na frente do barco. Sua cara estampava um terror absoluto.
Ophelia olhou para o nome do navio que estava escrito em letras pretas. Princesa Andrômeda era o nome. A garota se lembrou do mito da princesa. Seus pais a acorrentaram em uma rocha por ter tirado notas baixas no boletim ou algo do tipo como sacrifício para um monstro marinho. No entanto, Perseu, o herói daquela época, chegou antes e transformou o monstro em pedra com a cabeça de Medusa.
— Como vamos embarcar? — Ophelia perguntou em um tom alto para que conseguissem a ouvir. O barulho das ondas era alto.
Os cavalos marinhos a responderam quando passaram pelo estibordo, lado direito da embarcação, sem dificuldade. Eles encostaram em uma escada de serviço que havia ali no casco do navio.
— Vai você primeiro. — Percy falou, olhando para a de mechas loiras que assentiu com a cabeça. Como a mesma já estava com um dos sacos de viagens em suas costas, não precisou pegar mais um. A mesma pegou no primeiro degrau da escada, logo saindo no cavalo marinho que fez um barulho como despedida.
— Tchau. — A garota se despediu em um tom triste e meio desanimado. Havia gostado dos animais e não sabia quando ou se poderia os ver novamente.
A mesma subiu alguns degraus para que Annabeth pudesse subir na escada também. Logo depois, Percy fez o mesmo. Ophelia notou gargalhadas vindo de Tyson. Seu cavalo marinho dava alguns mortais para trás. Aquilo parecia ser legal, mas eles precisavam fazer silêncio.
— Venha, grandão! — Percy o chamou após fazer um barulho como "shhh!", indicando que era para que o ciclope fizesse silêncio.
— Não podemos levar Arco-íris? — Tyson questionou. Seu sorriso desapareceu completamente.
— Arco-íris? — Percy questionou o nome dado ao animal. No entanto, o cavalo marinho pareceu gostar. — Nós temos que ir e Arco-íris não consegue subir em escadas.
— Vou senti saudade. — Tyson murmurou, tristemente. O animal relinchou. Ophelia fez um biquinho sem nem mesmo perceber observando aquela cena.
— Quem sabe um dia a gente encontra ele de novo. — Percy falou, olhando para o ciclope que pareceu se animar.
— Sério? — Ophelia questionou com um sorriso. O loiro dividiu seu olhar entre o ciclope e a garota.
— Ah, por favor! — Tyson falou, animado. — Amanhã!
— Podemos ver. — Percy falou, tentando convencer o garoto e a de mechas loiras.
O ciclope pareceu satisfeito com aquilo e se despediu do cavalo marinho mais uma vez, logo subindo na escada. Ophelia ficou feliz com aquilo, mesmo sabendo que não era uma promessa. Havia gostado daqueles animais. Eles eram realmente bem fofos. E então, o quarteto começou a subir a escada.
01. não teve muitos momentos da Ophelia e do Percy nesse cap, mas ainda vão ter muitos daq pra frente!!
02. Tyson e Ophelia super tristes em ter que deixar os cavalos marinhos vey
03. espero que tenham gostado! não se esqueçam de clicarem na estrelinha e não sejam leitores fantasmas! isso desmotiva bastante!
04. beijos! 💞
Com amor, Isa.