TOQUE-ME SE FOR CAPAZ

By paollamagalhaes

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ESSE LIVRO É UM DARK ROMANCE 🚨 Eu sou uma criminosa, uma... Assassina. De bailarina de primeira classe a pár... More

➵ AVISOS
➵ GATILHOS
➵ TRILHA SONORA
➵ CAST
➵ DEDICATÓRIA
➵ PRÓLOGO
➵ 1. Obscure
➵ 2. Little Bunny
➵ 3. Negative Party
➵ 4. Race
➵ 5. Power Games
➵ 6. Echoes of the Mask
➵ 7. Submundo
➵ 8. Dark Secrets
➵ 9. Clandestine Temptation
➵ 10. I killed her
➵ 11. Dark Desire
➵ 12. Momentary provocation
➵ 13. Sky Burning
➵ 14. Ungrateful Bitch
➵ 15. What did I do?
➵ 16. Save Me
➵ 17. Pique-hide
➵ 18. Do you hate me?
➵ 19. Because you are Calina Sartori
➵ 20. Phase one of anarchy
➵ 21. Loser
➵ 22. Who are you?
➵ 23. Unveiling the Masks
➵ 24. Sins Unveiled
➵ 25. Masks and Manipulations
➵ 26. Make your choice
➵ 27. For you
➵ 28. Racing Against Time
➵ 29: Echoes of Freedom
➵ 30: Secrets revealed
➵ 31: I'm devoted to you
➵ 32: Under the domain of terror
➵ 33: In the shadow of monsters
➵ 34: Bitch
➵ 35: Calina Sartori judgment day
➵ 36: Death
➵ 37: Who is Lykaios?
➵ 38: Bonds Amidst Chaos
➵ 40: Act 2
➵ 41: The curse of the pigs
➵ 42: Welcome to the Submundo
➵ 43: Bugsy come for you

➵ 39: The Pact of Destruction

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By paollamagalhaes

Calina Sartori
Dias atuais...

O vento atingiu meu cabelo, enquanto meus dedos circulavam o volante com tanta força ao ponto das dobras ficarem brancas. Trevor se manteve na liderança desde o instante em que entrou na pista, seguido por mim, depois Aiken e Hunter que vez ou outra nos ultrapassava.

Para falar a verdade, ele sequer parecia interessado na vitória, mas pela primeira vez através do capacete eu podia ver seus olhos brilhando. Não pelo fato da visão realmente, mas como o seu corpo se tornava apenas um com a moto.

Os braços se abriram tirando as mãos da direção e mesmo em alta velocidade, ele jogava o corpo de um lado para o outro fazendo zig zag na pista. E se o vento estava cortante do lado de dentro do carro, eu sequer queria imaginar a sensação na moto.

Por um instante eu pisei no freio, não sei por qual motivo, mas lentamente diminui a velocidade enquanto observava eles passarem à minha frente. A nostalgia era o único sentimento capaz de atingir cada um dos meus poros. Os carros se alinharam e a moto entrou no meio deles. A uma curta distância eu conseguia enxergar eles conversando, principalmente quando Hunter esticou a perna para chutar a porta do carro de Aiken.

Um riso frouxo passou por meus lábios e aproveitando a distração, girei o volante e entrei em um beco. Não que eu realmente quisesse fazer jogo sujo, mas na noite passada eu sabia que isso aconteceria, então procurei alguns atalhos. Londres ter várias ruas estreitas e outras sem saída, me fez encarar o mapa até encontrar uma rota que me garantiu 5 minutos de vantagem.

Então enquanto atravessava o beco em alta velocidade, apenas via as paredes que passavam rapidamente rente às laterais do carro e me virei para Loiry que tinha um sorriso nos lábios.

A mesma expressão que eu tive anos atrás quando entrei em um carro e tive a sensação de adrenalina correndo por cada uma das minhas veias. Ela pode ter experimentado isso dezenas de vezes, seja em um relacionamento conturbado com o tal Draven ou nas brigas com o Noah, ou talvez até mesmo com a arte, que às vezes nos proporciona picos de adrenalina. Mas isso aqui é um tipo diferente. E quando você usufrui da pequena parcela que a noite te proporciona, o vício de repente está batendo em sua porta, implorando por mais.

— Então é isso que você tem feito esse tempo todo? — Sua voz alcançou meus ouvidos e eu sorri levemente.

Pisei ainda mais fundo no acelerador quando enfim saímos do beco voltando para a pista. Estamos a menos de 2 minutos do ponto de encontro e eles não apareceram na minha visão. Apenas no instante em que eu segurei o freio de mão e girei o volante completamente em um giro de 180° graus, escutando os pneus chiando contra o asfalto, que eles apareceram. Pisquei os faróis em divertimento e acionei a ré, acelerando o máximo que o motor aguenta, enquanto os via com os meus próprios olhos se aproximando rapidamente.

Levantei a minha mão para o lado de fora, erguendo meu dedo do meio e deixando uma risada rouca passar por meus lábios no instante em que cheguei ao ponto planejado. Sem demora, eles também chegaram, mas ao invés de pararem seus carros como eu, os dois idiotas começaram a derrapar ao redor do meu carro formando um perfeito 360°, queimando o pneu no asfalto e jogando a fumaça para cima. Hunter desceu da moto e com seu celular começou a gravar enquanto dava risada e apontava em nossas direções.

Arqueei as sobrancelhas quando o carro de Bugsy parou ao lado do meu, nossas janelas coladas uma na outra e agora a máscara em seu rosto. Senti o calafrio percorrer toda a minha espinha e o choque ir até minha boceta. Meu estômago tornou-se gélido e as famosas borboletas sobrevoam não apenas o espaço, mas passava também por cada canto da minha pele. Um formigamento, um choque ou a sensação de liberdade... Era uma mistura de tudo.

Liberdade... O que isso significava para ele? Lembro de me fazer essa mesma pergunta há 5 dias na minha casa. Lembro de dizer o quanto a desejei e o quanto ela era tudo pra mim. O quanto eu ansiava viver, sonhar e acreditar. Com o tempo tudo havia se tornado um fardo, até mesmo viver. Meu pai, meu irmão, minha professora de ballet — ex amante e atual esposa do meu pai —, meu ex namorado, minha melhor amiga, todos eles tiveram a sua oportunidade de me destruir e a utilizaram. E agora percebo que eles nunca foram meus maiores inimigos, mas sim, eu mesma.

Afinal, viver, sonhar e acreditar não depende de mais ninguém além de você mesmo. Eu poderia me quebrar quantas vezes fosse possível, mas ainda assim eu deveria ter me erguido e continuado. Se dançar era tão importante, porque eu não continuei? Por qual motivo eu me destruí tanto assim?

— Você perdeu. — Minhas palavras quase saíram em um sussurro pelo choro embargado em minha garganta.

E como um flashback me lembro das palavras de Hailey, há 7 anos, quando ela me observou abrir a última caixa. Meus lábios quase se rasgavam em um sorriso enquanto ela dizia que o meu stalker poderia ser um velho barrigudo ou um assassino me mandando facas premeditando minha morte. E agora, olha só para isso.

Seus dedos estendem e no meio deles estava a minha máscara. A segurei sentindo eletricidade passar por todo o meu corpo e antes que eu pudesse colocá-la em meu rosto, ele voltou a acelerar o carro, mas dessa vez parando-o em frente ao meu. Praticamente encostando nossas latarias e vibrando o motor do carro como um urro.

Mordi o lábio inferior contendo uma risada e apenas desliguei meu motor, abrindo a porta e saindo do veículo, sendo seguida pelos outros três desconhecidos para em direção à tríade pesadelo.

— Afinal, o que você quer de mim? — Me virei para Loiry com as sobrancelhas arqueadas.

— Acho que isso é um assunto nosso. — Seus olhos oscilavam entre todos nós e eu podia ver o receio através dos olhos dourados.

— Todos somos família aqui, se quiser dizer algo para a nossa Bunny, tem que dizer para todos. — Aiken foi o primeiro a abrir a boca como sempre, passando seu braço por cima do meu ombro.

— O que eu disse na igreja ainda está valendo, Aiken. — Trevor rosnou exatamente como no casamento, enquanto tirava a máscara de seu rosto e isso me arrancou uma risada abafada.

Qual é? Ele está com ciúmes ou o quê?

— Acho que o nosso plano de compartilhar obsessão não é mais válido a partir de agora. — Hunter se encostou na moto e cruzou os braços sobre o peitoral.

Acho que eu nunca veria alguém que fica tão esplêndido com a luz do luar quanto ele. É incrível como a pele se torna ainda mais pálida, os olhos mais intensos como um oceano vasto e limpo e tatuagem de raposa em seu pescoço se torna ainda mais brilhante.

Preciso parar por um instante e respirar, quando eu sequer percebi que prendia o fôlego. E quando pisquei os olhos a fim de desviar minha atenção dele e acabei por encontrar a fúria estampada nos olhos heterocromáticos.

— O que estava passando pela sua pequena cabecinha, Bunny? — Eu realmente tive que me segurar para não rir.

— Você está com ciúmes? — A forma como sua respiração estava pesada o deixava ainda mais fofo.

— Qual é cara? Já chega. Nós já fizemos tudo que tínhamos para fazer, não é Bunny? — Olhei por cima do ombro observando a provocação de Aiken. — Afinal, não tem mais nada para desvirtuar na nossa pequena Bunny.

Por um segundo com os olhos estreitos, eu realmente pensei que Bugsy estava bravo, mas ele apenas virou o rosto para longe e eu juro que eu vi um revirar de olhos. Mas com o pigarro de Loiry, minha atenção foi atraída para ela.

— Eu preciso da sua ajuda. — Balancei as mãos já irritada por tanta enrolação.

— Então me diga para o que você precisa da minha ajuda. — Me apoiei na lataria de Mazda e as mãos de Trevor agarraram minha cintura puxando-me para ele. — É sobre o Christopher?

— Eu acho que sim... — Seus olhos vagaram para o nada e com uma mordida nos lábios apreensiva, ela levantou o olhar para mim. — Na verdade, eu não sei. É como se fosse um pressentimento, então eu apenas estou seguindo minha intuição.

— Nós ouvimos uma conversa estranha entre os Sartori e com aquele cara que você ia se casar. — Noah prosseguiu fazendo a loira balançar a cabeça concordando. — Algo sobre negócios, um acordo muito antigo que envolvia Calina e o Grecov.

Senti o arrepio descer por toda a minha espinha apenas com o sussurro daquelas palavras chegando em meus ouvidos. E com o aperto de Trevor se intensificando, enfim eu percebi que ele acabou percebendo. Seus dedos passaram carinhosamente na pele desnuda da minha barriga e encaixou seu rosto entre meu ombro e pescoço, deixando um beijo molhado em minha pele.

— Isso é estranho. O que significava esse acordo entre eles? — Aiken perguntou, enfim parecendo estar em seu estado sério. — Qual é, isso não é normal. Que tipo de cara faria uma acordo sobre uma criança?

— Eu lembro de ouvir algumas coisas durante o meu tempo na casa, algo sobre Heitor Sartori ter se erguido graças aos Lykaios. Talvez fosse o pagamento da dívida. — Me afastei do meu marido no mesmo instante.

— Está me dizendo que eu fui praticamente vendida? — Levantei a cabeça soltando um suspiro pesado. — Tudo bem, não me surpreende... Mas o que o Christopher tem haver com isso?

— Coisas estranhas têm acontecido em Boston, principalmente dentro da Cosllet. — Ela suspirou jogando a cabeça para trás. — Garotas desaparecendo, mortes estranhas, ele ressurgindo das cinzas... Você entende, não é? Tem algo errado, Calie.

— Não apenas isso... — Draven enfim disse algo após observar o tempo todo. — Surgiu um novo cara, com o codinome de Lobo, não o conhecemos, mas temos a suspeita de ser o Christopher.

— E preciso de provas... Eu não consigo pedir para o tio Heitor e nem mesmo para Willian, então minha única opção é você. Eu realmente preciso de algo para ter certeza que o meu pai está envolvido em toda a merda de Boston. — Com um suspiro pesado ela terminou de dizer, enquanto eu concordava.

Merda... Todos os Sartori são tão fodidos assim?

— Eu não sei o que posso fazer agora, meus planos para tomar a concept Sartori ainda não está finalizado, por mais que a porra da empresa seja minha. — Bufei, revirando os olhos e me lembrando de procurar o advogado que planejou tudo com a minha mãe.

— Eu tenho algo... — Me virei no mesmo instante observando Hunter ir até o Supra abrindo a porta e procurando algo dentro do porta-luvas. — Eu não disse nada, porque não tinha certeza, mas acho que depois disso... — Ele se virou pegando a pasta com todas as provas deixadas. — Acho que vocês vão querer ver isso.

— Você terminou de decodificar tudo e apenas decidiu falar agora? — Aiken perguntou se juntando ao lado de Hunter passando o braço em seu ombro. — O que devemos fazer com ele, pessoal?

— Eu não terminei tudo, não tivemos tempo com tudo que está acontecendo. — Empurrando-o com os ombros, ele o afastou. — Bunny, eu sinto muito por dizer isso apenas agora, mas o Christopher também está envolvido na morte da sua mãe.

Me afastei de Trevor no mesmo instante, caminhando em passos pesados até o homem com olhos mais uma vez melancólicos. Estava perto de tomar a porra da pasta de suas mãos, sentindo o ódio dominar cada parte do meu ser.

Como o próprio irmão poderia ter a matado?

— Espera! O que? — Loiry praticamente gritou. — A tia Eleanor está morta?

— De que merda você está falando? — Rosnei entre dentes ignorando totalmente o fato da loira não saber sobre nada do que aconteceu nos últimos anos.

— Eu precisava ter certeza antes de dizer e eu estava tentando conseguir as provas reais, da mesma forma que fizemos nos últimos anos. — Abrindo a pasta, ele retirou outro pendrive que eu sabia ser diferente pela cor. — Eu apenas não tive tempo de olhar todo o restante. Parece ter sido algo deixado após a morte da sua mãe.

— Eu vou matar aquele filho da puta! — Eu podia sentir meu coração em minha garganta.

A raiva é o maior sentimento de todos, ela pode te dominar mais do que a felicidade e a ansiedade. E pensar no quanto Eleanor sofreu nas mãos de todos esses malditos me faz perder o controle.

Então em um ato de fúria minha mão acertou a lataria do Supra, um grito do meu corpo para que a minha mente reagisse. Não importava a dor que eu senti ao ter o alumínio batendo contra meus ossos, eu me condenava a uma dor muito maior por ter a deixado sozinha contra todos.

— Ya! Não faz isso com o meu bebê... — Aiken se aproximou tocando no carro. — Se quer bater em algo, bata no seu marido.

— Cala a porra da boca, Aiken! — Pela primeira vez eu realmente soei grossa, fazendo-o arquear as sobrancelhas. — O que o Christopher fez? Me diz de uma vez, não importa se existe provas ou não, eu vou matar ele, o Heitor, Grecov e a porra toda dessa corja maldita.

— Você está dizendo que todos mataram a tia Eleanor? Que caralho é isso, Calie? — Senti meu coração se partir apenas por ouvir o meu apelido.

Existem apenas três pessoas no mundo que me chamam dessa forma, e uma delas não está mais viva e isso arrebenta qualquer tipo de sensação boa ao ouvir o apelido, mas mesmo assim olho para Loiry e então os dedos trêmulos sobem até sua boca. Afinal, Eleanor também foi capaz de fazer os seus biscoitos favoritos e contar as suas lindas histórias.

— Meu Deus... O meu pai fez isso? Por que? — Mesmo que ela já soubesse o quão ruim aquele homem seria, isso ainda era um choque tremendo.

— Pelo o que foi deixado, Christopher tinha uma mágoa gigantesca dos Sartori, principalmente de seu pai e sua irmã por terem o deixado sem nada. — Hunter prosseguiu respirando profundamente. — O avô de vocês nunca quis que a empresa ficasse com o Christopher porque ele era ganancioso demais, já Eleanor era o equilíbrio, por isso ele a forçou a se casar com um Dubois.

Arqueei as sobrancelhas no mesmo instante, eu não conhecia esse sobrenome, nunca tinha ouvido falar.

— Seu pai mentiu até mesmo sobre sua identidade, ele não é de Barcelona, o pai dele não é dono de uma ex empresa falida e não menos importante, ele definitivamente é um golpista que tentou aplicar dezenas de golpes outras vezes. — No mesmo instante um ar rasgante adentrou meus pulmões. — Ele é extremamente rico, isso é uma verdade. E ele é brasileiro até onde consegui chegar, irmão de um homem que tem diversos hospitais no Brasil.

— Por quanto tempo você ia guardar toda essa informação? — Aiken o observava inconformado. — Qual é, cara? Você deveria ter dito isso no segundo em que descobriu tudo.

— Esquece isso. Eu não consigo simplesmente acreditar nisso tudo. — A loira começou a andar de um lado para o outro, quase cavando um buraco no chão com os próprios pés.

— Não me interessa se você acredita ou não, a única coisa que eu te garanto é que o Christopher não vai sair vivo de Londres. — No mesmo instante ela parou, virando o pescoço lentamente para mim.

Eu pensei que iria ver o medo ou a apreensão em sua face, mas Loiry estava vazia. Ela apenas me encarava tentando descobrir se as minhas palavras eram verdadeiras ou não. E pela minha expressão séria, ela finalmente respirou profundamente jogando a cabeça para trás.

— Não, você não vai fazer nada. — Arqueei as sobrancelhas no mesmo instante. — Eu vou. Christopher é meu Calie e eu vou ser a única pessoa a destruí-lo.

Por um instante eu sorri, não orgulhosa dela ter se tornado tão fodida quanto eu, mas por ela ter se tornado forte ao ponto de cogitar destruir alguém. Então apenas concordei, sabendo que ela poderia destruí-lo da mesma forma que eu.

— Se for fazer o trabalho, faço-o direito. Não me importa de qual forma você irá destruí-lo, não me importa a dor ou o sangue derramado, mas... — Com dois passos me aproximei de seu rosto encarando-a profundamente. — Se ele continuar vivo, eu mesma o matarei e não me importa se você estiver no meu caminho.

Seu olhar era tão frio quanto o meu e um instante pude vê-la sorrir, porque sabíamos que isso era uma mentira. Não importa quem eu tivesse que machucar, Loiry jamais seria uma delas, mas acho que os dois rapazes ao seu redor não entenderam muito bem as minhas palavras. Pois Noah passou o braço por cima dos ombros dela e Draven se aproximou com um sorriso sádico no rosto.

— Está disposta a encontrar o inferno por tocá-la? — No mesmo instante uma risada abafada saiu dos meus lábios.

— Eu já conheci o inferno desde o dia que dei os meus primeiros passos. E eu estive aqui pela Loiry muito antes de você, seus 1,90 não me assusta de forma alguma. — Levei minha mão em direção aos meus três rapazes, que também tinham sorrisos famintos em seus rostos. — Então não me importa se for você ou a porra do presidente, eu faço o mundo inteiro queimar apenas para vê-los tão destruídos como eu estive.

— Você não precisa fazer isso sozinha... — A loira disse com um sorriso agora evidente. — Nós duas juntas podemos queimar todo o caralho do mundo, porque o meu ódio é tão forte quanto o seu.

Sorri levemente balançando minha cabeça em concordância. Loiry cresceu e enfim percebeu todo o seu potencial. Ela não é o tipo garota loira burra, longe disso. Crescemos juntas, então acho que boa parte da nossa personalidade é baseada uma na outra.

Eu a amo, mesmo que tenhamos nos afastado tanto nos últimos anos. E a minha raiva por Christopher não é apenas pela morte da minha mãe, mas por ele ter ousado estragar uma garota como a Loiry.

— Claro, afinal nós somos a nova geração dos Sartori, o karma personificado em forma de anarquia. Faça jus ao nosso ódio e exatamente quando nós tínhamos 4 anos, eu estarei lá por você para limpar toda a bagunça.

Mais uma vez ela sorriu, se lembrando de quando ela derramou todo o whisky preferido do meu pai na mesa de jantar. A sorte foi que ele ainda não havia se sentado, mas quando chegou à mesa e percebeu que não havia nada, os olhares condenadores a alcançaram. E eu sem pestanejar assumi a culpa, ficando de castigo com a punição de um dia inteiro sem comer.

— Não apenas você, nós estaremos lá. — A voz rouca e profunda soou a minha frente e realmente pela primeira vez, eu parecia conseguir enxergar Draven mais relaxado.

— Todos nós vamos estar lá, não importa se nos conhecemos agora. Vamos queimar toda a merda que esses filhos da puta tem. — Me virei para meu marido, pensando o quanto ele fica ainda mais atraente quando xinga. — É óbvio que iremos fazer o que elas quiserem, afinal, somos devotos às Sartori.

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