I hate you | miotela ✓

Od bestversionray

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" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido" Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que... Více

prólogo
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Epílogo
fic nova

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Od bestversionray

ANA FLÁVIA,
point off view.

- Para onde estamos indo? - perguntei curiosa pela milésima vez.

Já faz uns vinte minutos que estamos dentro do seu carro e Gustavo se recusa a me dizer para onde está me levando. Eu sou uma pessoa extremamente ansiosa e o que ele me disse despertou minha curiosidade.

- Já falei, você vai ver quando chegarmos. - ele disse e eu suspirei, desistindo de perguntar.

Minhas mãos estavam em cima do meu colo, enquanto eu mexia nelas como se isso fosse ajudar a aliviar a ansiedade em meu peito.

Senti o olhar de Gustavo em mim por alguns segundos, depois voltou a olhar para estrada.

- Você estava com ciúmes, gatinha? - perguntou e eu olhei pra ele, vendo que se segurava para não sorrir.

- É claro que não. - eu neguei revirando meus olhos, mesmo sabendo que isso era mentira.

- Tem certeza? - ele perguntou novamente me olhando.

- Cala a boca e dirige. - eu disse empurrando seu ombro de leve, o vendo rir e voltar a focar seus olhos na estrada.

- Sabia que você fica bonita com ciúmes? - ele disse e eu bufei

- Eu não estava com ciúmes, merda. - eu disse irritada colocando uma mecha do meu cabelo preto atrás da orelha. - E você?

- Eu o que? - perguntou de volta.

- Você estava com ciúmes. - eu afirmei, notando que minha irritação já havia passado.

Gustavo umedeceu seus lábios, enquanto eu o analisava.

- É, quase isso. - ele disse e eu arquei uma sobrancelha, surpresa por ele admitir. - Tenho que ficar atento com os urubus que ficam te rodeando.

Uma risada saiu da minha garganta.

- Você está me chamando de carniça? - eu perguntei fingindo estar brava, mas o sorriso no meu rosto me entregava.

- Minha carnicinha linda - ele disse e eu neguei com a cabeça.

- Idiota. - eu disse batendo no seu ombro.

Ficamos em silêncio, mas não era um silêncio desconfortável. Muito pelo contrário, estava sentindo uma boa sensação com ele.

Minutos depois, o carro estacionou e eu curiosa olhei pela janela vendo o lugar em que estávamos. O que me pareceu ser um estacionamento por conta dos diversos carros, mas eu não sabia que lugar exatamente era. Ficava em uma estrada de terra e tinha bastante árvores em volta e o lugar era bem fresco.

Descemos do carro e Gustavo o trancou, depois veio ao meu lado e segurou minha mão, o que fez instantaneamente meu coração disparar com essa ação sua.

- Que lugar é esse? - perguntei olhando em volta e tinha uma boa quantidade de pessoas, que pareciam ser turistas.

- Minha mãe me trouxe uma vez aqui, um mês antes dela... - disse com sua expressão ficando mais triste, mas logo se recompôs - Mas hoje não é um dia de tristeza, muito pelo contrário.

Me mandou um sorriso lindo, que eu retribui quase automaticamente ao olhar para ele.

- Esse lugar me traz lembranças boas e eu quero ter mais lembranças boas - disse me olhando. - Com você. - terminou e eu senti meu sorriso aumentar.

Começamos a andar e fomos por um tipo de trilha, assim como outras pessoas que estavam por ali. Quando mais nos aproximávamos do lugar que Gustavo me levava, mais alto um som de água ficava.

Quando finalmente chegamos em um lugar com quiosques, percebi que era um lugar turístico por conta de uma grande cachoeira, que dava para ser vista daqui entre as árvores em um lugar alto, por mais que era notável que estava longe. Mas havia água passando por praticamente todo o lugar.

Gustavo me puxou para um restaurante e eu fiquei admirada, notando que o restaurante era aberto e dava para ver a cachoeira daqui, escutando o barulho da água que acalmava.

- Aqui é lindo. - eu disse sorrindo enquanto nos sentamos na mesa para esperar ser atendidos.

- Sim. - ele concordou sorrindo. - Com você mais ainda, morena. - sorri mais, colocando uma mecha atrás da orelha.

O garçom veio nos atender e como já tinha um cardápio na mesa, já tínhamos escolhido o pedido.

- Como eu não conhecia esse lugar? - perguntei, mesmo sendo longe da minha cidade, ainda ficava nela.

Gustavo deu de ombros.

- As pessoas daqui não ligam muito, pode ver que a maioria das pessoas que estão aqui são turistas. - ele disse e realmente, não vi um rosto conhecido aqui.

O garçom voltou e nos entregou nossos almoços. Começamos a comer, enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias.

Depois que terminamos de comer, pagamos e fomos para ver a cachoeira. Andamos um pouco entre as árvores e algumas pontes, para chegarmos até o limite, que dava para ver a grande cascata de água.

- Vem, vamos tirar uma foto. - eu disse tirando meu celular do bolso do meu jeans.

Sorrimos olhando para a câmera frontal do meu celular, enquanto tiramos algumas fotos e fazíamos boomerang no Instagram.

- Vem, tem outro lugar que eu quero te mostrar. - disse Gustavo pegando na minha mão e praticamente me arrastou.

- Calma. - eu disse rindo, enquanto percebia a animação dele.

Andamos entre as árvores e mais algumas pontes, até que chegamos em um lugar mais distante. Tinha menos pessoas, mas ainda tinha bastante água passando pelos rios.

Paramos em frente a um rio consideravelmente grande, que também tinha outra cachoeira, mas bem menor do que a outra. A água era incrivelmente transparente, o que dava para ver as pedras e que o rio não era fundo, acho que a água chegaria na minha cintura.

- Se você tivesse me avisado, eu teria trago uma roupa pra entrar. - eu disse olhando a água que parecia que me chamava.

- Você quer entrar? - ele perguntou me olhando.

- Se eu tivesse trago uma roupa. - eu disse e vi um sorriso travesso aparecer no seu rosto.

Olhei para Gustavo desconfiada, enquanto seu sorriso me duvidava da sua próxima ação. Não tive tempo de reagir, quando ele me pegou nos seus braços e começou a andar em direção a água.

- Gustavo, para. Agora! - eu exclamei quase gritando, enquanto me esperneava para descer e ele ria do meu desespero.

Senti ele tirar meu celular do bolso e tirar alguma coisa do bolso do seu jeans, o que eu acho ser seu celular e colocou no chão, e depois entrou na água gelada, me fazendo soltar um grito.

Quando estávamos no meio, ele me soltou, me fazendo cair e molhar totalmente minha camiseta e meu cabelo, quando a água me cobriu. Quando me levantei, confirmei minha teoria de que a água batia um pouco à cima da minha cintura.

- Seu idiota. - eu disse o empurrando, para tentar o jogar na água, mas ele me puxou consigo, fazendo nós dois cairmos na água, comigo por cima dele.

- Você disse que queria entrar na água. - ele disse com ironia e ainda rindo.

Eu neguei com a cabeça, enquanto não conseguia controlar o sorriso do meu rosto.

- Se eu tivesse trago uma roupa, babaca. - eu disse me levantando de novo.

Olhei para o lado, vendo um casal de idosos rindo de nós dois, enquanto falavam uma coisa do tipo "o lindo amor jovem". Eles saíram andando depois, me fazendo perceber que agora só tinha eu e Gustavo ali.

- O que as pessoas vão pensar em me ver assim? Toda encharcada de calça jeans e camiseta? - perguntei tirando meu tênis e minha meia, que estava me incomodando.

- Quem liga para o que os outros dizem? - rebateu, também tirando seus tênis e depois se aproximando de mim. - E para mim, você fica mais linda ainda molhada. - disse malicioso e eu senti meu rosto esquentar com o duplo sentido em suas palavras.

- Cala a boca. - eu disse empurrando ele e sorrindo.

Senti suas mãos na minha cintura, me puxando para mais perto dele e me dando um selinho nos meus lábios.

- Fecha os olhos. - ele disse sorrindo e eu cerrei meus olhos.

- Pra que? - perguntei desconfiada.

- Fecha os olhos logo, vai. - ele disse e eu revirei meus olhos, fechando meus olhos.

Senti ele se afastar e eu me perguntava o que ele estava fazendo. Não duvido que seja uma brincadeira idiota e eu aqui, fazendo o que ele dizia.

Quando eu ia abrir meus olhos, senti movimento na água, me fazendo perceber que ele estava novamente na minha frente.

- Pode abrir. - escutei sua voz.

Eu abri meus olhos, vendo primeiro ele me encarando com os olhos brilhando e um sorriso. Meus olhos lentamente desceram em direção a sua mão, que por algum motivo estava estendida pra mim. Meu coração acelerou no peito e eu abri minha boca surpresa, vendo o que ele segurava.

- Aceita namorar comigo, morena? - ele perguntou me estendendo sua mão segurando uma caixinha com duas alianças prata, e eu quase fiquei sem palavras.

- Sim, sim. - eu disse pulando em seus braços, que me receberam com um abraço.

- Se você não aceitasse eu te afogava, porque foi caro as alianças. - ele disse em um tom de brincadeira e eu me separei dele.

- Então foi tudo planejado o lugar. - eu disse também em um tom de brincadeira.

- É claro. - ele disse rindo.

Ele colocou o anel no meu dedo e eu no seu, enquanto a todo instante um sorriso enorme rasgava meu rosto. Uma felicidade absurda se fazia presente em meu interior.

E essa felicidade quem me proporcionava era alguém que a meses atrás eu queria matar. Como a vida é engraçada.

Se alguém chegasse em mim me dizendo que eu estaria aceitando um pedido de namoro do Gustavo, eu iria rir dessa pessoa e a chamar de louca.

Mas agora eu não imagino minha vida sem ele, eu estou apaixonada por ele.

Pokračovat ve čtení

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