ANA FLÁVIA,
point off view.
Bati na porta e não demorou muito para Gustavo abrir ela. Ele me deu espaço para entrar e quando eu já estava dentro da sua casa, escutei o mesmo fechando a porta atrás de mim.
- Você está linda. - escutei ele dizer e me virei na sua direção, sorrindo quando ele se aproximou e me deu um selinho nos meus lábios.
- Obrigada. - disse quando afastou sua boca da minha.
- E está cheirosa. - disse puxando o ar pelo seu nariz. - É realmente um milagre você tomar banho.
- Cala a boca, idiota. - eu disse escutando ele rir e tentei ficar séria, mas não resisti a um sorriso quando vi a sua risada. - Você fala como se você tomasse muito banho. - eu disse com ironia.
- Banho é só no sábado. - disse piscando o olho pra mim.
- Que nojo. - eu disse rindo e empurrando ele para longe de mim.
- Mas eu tomei banho hoje, só porque você viria aqui. Isso é o maior ato de coragem que um homem pode fazer pela sua dama. - arqueei uma sobrancelha, tentando ignorar o que a palavra "sua" me causou no fim do meu estômago.
- Eu me sinto lisonjeada. - eu disse com ironia e ouvi ele rir.
- Enfim, eu pedi uma pizza para nós e você pode escolher algum filme. - ele disse se aproximando do sofá.
Eu segui ele e nos sentamos um do lado do outro, enquanto ele ligava a televisão e colocava na Netflix.
Depois me entregou o controle para mim escolhe alguma coisa.
- Que tal a gente assistir uma série? - perguntei vendo stranger things, que eu nunca assisti mas ouvi dizer que é muito boa.
- O que você quiser, pra mim tá bom. - ele disse e desviei meu olhar para ele por um segundo, vendo que ele me encarava.
Um sorriso apareceu no meu rosto e voltei a olhar para a televisão, tentando não ficar corada com ele me olhando.
Antes, Gustavo me olhando me irritava, mas ultimamente quando ele me olha, eu sinto um nervosismo e meu coração acelera. Quase sempre, sinto que estou ficando vermelha, mas eu nunca sei se realmente estou ou não.
Vou colocar essa aqui. disse e ele finalmente parou de me olhar, e olhou para a televisão, vendo que eu coloquei stranger things.
- Esse é chato. - escutei ele reclamar e eu revirei os olhos.
- Você me disse que qualquer um que eu quisesse, tava bom. - eu disse o lembrando.
- E, mas essa não é legal. - disse fazendo uma careta.
- Você já assistiu?
- Não.
- Então como você sabe se é chato? Vai ser esse é ponto. - eu disse dando de ombros e clicando no primeiro episódio.
Escutei uma risada leve vindo dele e olhei na sua direção, vendo que ele me olhava divertido.
- O que? - perguntei tentando entender do que ele ria.
- Eu gosto quando você é mandona. - ele disse se aproximando de mim e passando seus braços pelo meu ombro, enquanto eu revirava meus olhos.
- Você fica reclamando da série, sendo que nunca assistiu. - eu disse cruzando meus braços, enquanto os primeiros minutos da série rodava.
- E você tá brava por causa disso?
- Eu não tô brava. - eu disse o olhando séria e ele arqueou uma sobrancelha, com um sorrisinho de canto. - É sério, agora vamos assistir vai.
- Espera... - disse pegando o controle da minha mão e pausando o episódio, me fazendo olhar para ele cruzando os meus braços. - Só vou pegar um cobertor.
- Vai logo. - eu disse quando ele se levantou rindo.
- Daqui a pouco você vai me matar por causa dessa série. - ele disse e eu mostrei a lingua para ele.
Gustavo subiu para o segundo andar e eu fiquei esperando na sala. Não demorou muito para ele voltar e eu finalmente dei play na série, enquanto ele nos enrolava no cobertor e me abraçava.
Essa série realmente é boa e conseguiu prender minha atenção, mas estava tão aconchegante estar nos braços do Gustavo e eu estava com sono, que aos poucos meus olhos foram ficando pesados. Antes de eu conseguir tirar um único cochilo, escutei uma campainha tocar, me fazendo abrir meus olhos.
- É a pizza. - disse Gustavo e eu me sentei direito, dando espaço para ele levantar e pegar a pizza.
Ele pagou e depois voltou para dentro, com uma caixa de pizza e uma garrafa de coca cola.
- Você estava dormindo, não é mesmo? - ele perguntou colocando a pizza em cima da mesinha de centro.
- Não. - neguei.
- Depois disse que a série é boa. - cerrei meus olhos na sua direção.
- Ela é boa. Vai dizer que você não gostou?
- Gostei. - disse rindo e eu ri também.
- Então tá falando de que? - perguntei tentando o acertar com uma almofada, enquanto ele ia para cozinha.
- Violenta. - gritou da cozinha.
- Idiota. - gritei de volta, sentindo um sorriso enorme no meu rosto, que era prática impossível de evitar.
Gustavo voltou com dois copos e eu coloquei play na série, enquanto comemos a pizza e assistimos. Quando terminamos de comer, eu já estava bem acordada novamente e continuamos assistindo.
Em algum momento, Gustavo levantou para apagar a luz da sala e voltou a se sentar do meu lado. No escuro realmente era melhor.
A cada minuto que se passava, a série ficava mais interessante e quando eu percebi, nós já tínhamos assistido quatro episódios. Mas mesmo a série sendo muito boa, quando olhei para Gustavo, me perdi no seu rosto sendo iluminado pela luz da televisão. Ele olhou de volta para mim quando percebeu que eu o olhava e eu senti meu rosto esquentar por ter sido pega em flagrante, encarando ele atentamente.
Um pequeno sorriso apareceu nos seus lábios e ele aproximou seu rosto do meu lentamente. Fechei meus olhos quando senti sua respiração bater contra meu rosto.
Estava esperando ansiosamente para que sua boca se juntasse à minha, e para minha felicidade, isso não demorou muito. Começamos com um beijo lento, mas aos poucos foi se tornando algo mais quente e mais rápido. De repente, comecei a sentir um forte calor.
O ar faltou nos nossos pulmões e Gustavo desceu seus beijos pelo meu maxilar e pescoço, enviando arrepios por todo meu corpo. Minhas mãos foram para sua nuca e comecei a fazer leves carícias nos seus cabelos curtos.
Ele me puxou para ficar sentada no seu colo, enquanto continuava com os beijos e chupões no meu pescoço. Suas mãos entraram devagar por dentro da minha camiseta, me fazendo arrepiar automaticamente ao sentir sua mão quente em contato com minha pele da cintura.
Meus olhos estavam fechados, enquanto pequenos suspiros saiam pelos meus lábios.
A cada beijo, cada chupão e a cada mordida que ele dava em meu pescoço, eu me sentia cada vez mais derretida em seus braços.
Eu podia estar prestes a cometer um grande erro, mas meu corpo o queria, eu o queria. E era bem mais que só beijos. Eu o queria de verdade.
- Vamos pro seu quarto. - sussurrei no seu ouvido e percebi que sua pele se arrepiou. Era bom saber que eu causava nele, o mesmo efeito que ele causava em mim.
- Vamos para onde você quiser, morena. - ele disse separando sua boca da pele do meu pescoço, me fazendo sentir falta dos seus lábios, e olhei para seus olhos, que me encaravam profundamente.
Gustavo se levantou, me segurando e eu achei incrível o quão forte ele era. Os treinos de lacrosse fez efeito.
Novamente nos beijamos, e assim foi até chegarmos ao seu quarto. Gustavo abriu a porta com o pé, e fechou ela do mesmo jeito. Ele me deitou na sua cama devagar e ficou por cima de mim, separamos nossos lábios, apenas para olhar atentamente para mim.
- Você quer...? - percebi que ele estava meio sem jeito em perguntar e eu confesso que achei fofo.
- Eu quero você. - disse em um tom baixo, enquanto parecia que tinha borboletas fazendo uma grande festa na minha barriga, e minhas bochechas queimavam sob o olhar dele.
- Seu desejo é uma ordem. - disse com um sorrisinho aparecendo no canto dos seus lábios e novamente, voltou com seus beijos.
Eu não estava acreditando no que eu estava fazendo, mas eu tinha certeza de que era aquilo que eu queria.
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Mais um capítulo, porque eu realmente estou inspirada e também para compensar o meu sumiço KKKKKK