PV. Vick
Sinto uma dor grande na cabeça. Vou abrindo meus olhos até que consigam se adaptarem a luz.
Onde eu estou? O que eu estou fazendo aqui?
Claro um hospital tinha que ser. Me lembro de estar no meu quarto esperando o Diego subir ele queria fala comigo, e aí...
Tinha alguém no meu quarto, eu sei que tinha.
Uma enfermeira se aproxima de mim, ela deve ter uns 50 anos tem os cabelos grisalhos e um rosto doce.
Me olha com carinho.
-Acordo senhorita Bittencourt que bom! Vou chamar o doutor. -diz se virando para ir até a porta.
-O que aconteceu? -pergunto com a voz falha, minha garganta esta doendo um pouco talvez porque eu ainda esteja resfriada.
-Você desmaiou, não comeu nada e no seu estado isto é perigoso! -diz me olhando com pena.
Espera um pouco, estado? Como assim? Eu desmaie por que alguém bateu na minha cabeça, e não por que eu não comi!
-O que eu tenho? Athim... -pergunto um tom mais alto do que deveria, que merda de espirro.
Do jeito que ela falou ate parece que eu... Não!
-Calma, você tem que ficar calma. O doutor ira explicar. -meus batimentos aceleram na máquina.
-O que esta acontecendo comigo? -pergunto mais alto do que deveria.
-Calma você deve ficar calma. O doutor já está vindo. -diz e aperta um botão no lado da cama, deve ser para chamar alguém.
Como eu posso ficar calma, depois disso?
-Eu quero saber.
Mais antes que ela possa me responder o doutor "bom parece não é assim que eles se vestem, de jaleco branco e sempre aparece com uma prancheta em mãos" é então deve ser ele!
É jovem tem pele negra e olhos verdes, cabeça raspada, alto e um corpo forte.
Procuro pelo seu nome, é Dante Estony.
Mais por que, meu pai não está aqui, odeio ficar em lugares sozinha com estranhos.
-O que a senhorita está sentindo? -pergunta em um tom calmo.
Deve está tentando me deixar calma, mais isso só vai acontecer quando me disserem o que eu tenho.
-Doutor pode me dizer por favor o que eu tenho? Athim... -pergunto num tom mais calmo que posso, e com toda educação que tenho (o gripe chata).
-A senhorita não comeu nada durante um bom tempo, ( disso eu sei mais para de enrolar e fala logo!) fizemos alguns exames e constatamos que a senhorita possui Anemia Ferropriva! Já estamos cuidando desse resfriado.
Uffa...
Mais espera Anemia Ferropriva o que é isso? Eu vou morrer? É isso!
Então eu realmente tenho algo? Mais e a pancada na minha cabeça?
-Mais o que é isso doutor? Eu vou morrer? -eu sei é uma pergunta meio idiota, porque se fosse isso ele me diria, não é?
-Não senhorita, é a falta de ferro no seu sangue fora isso está tudo bem! -responde tentando segurar o riso.
Tudo bem, as vezes eu sou meio lerda...
Meus pais entram no quarto, minha mãe vem praticamente correndo me ver!
-Filha como você está? O que está sentindo? -me pergunta com seu jeito todo carinhoso de ser.
-Eu estou bem! -respondo simplesmente.
-Senhora ela está bem, vamos tratar esse resfriado e amanhã é provável que não esteja espirrando mais, para anemia irei receitar alguns remédios e vitaminas ela ficara bem.
Espera... Para tudo... Remédios? Comprimidos! Não odeio comprimidos! Péssimas lembranças...
-Não tem outro jeito. É... Que... Bem eu... Odeio comprimidos. -falo um pouco tímida afinal eu não sou mais uma menininha.
Me da um desconto, eu sou tratada como uma boneca de porcelana. E gosto! Me julgue!
-Tudo bem, já passei os remédios aos seus pais e só mandar fazer em cachê, mais a senhorita terá que ficar de repouso por pelo menos 3 dias e se alimentando bem!
Repouso serio ficar em casa sem fazer nada com todo mundo me paparicando? É isso está começando a ficar interessante.
Como se você já não fosse paparicada!
-É, eu já posso ir pra casa?
-Eu irei dar alta, mais só se me prometer que irar descansar e se alimentar direito.
-Para sair daqui eu faço qualquer coisa! -digo e todos começam a rir.
O doutor se despedi e a enfermeira vai junto.
Vai logo eu não aguento mais ficar dentro de hospitais.
-Eu vou ver se o doutor já assinou a sua alta! Tá meu anjo? -meu pai está mais aliviado consigo perceber!
-Eu vou junto, daqui a pouco estaremos em casa. -minha mãe diz.
Os dois saem do quarto logo depois de me darem, dois beijinhos na testa. É tão lindo ver como o amor deles dois flui naturalmente, não tenho esperança de achar alguém assim para mim, afinal quem ficaria com uma mulher como eu? Quem se sujaria na minha escuridão?
Depois daquele cretino, que destruiu a minha vida. Depois de tudo...
E por um breve momento, me pergunto se meus pais sabem de tudo?
Por que parando para pensar meu pai multiplicou a segurança, depois que eu cheguei. Será que sabem que tinha alguém em meu quarto? Será?
Fico distraída por pensamentos, vejo uma sombra preta passando, não sei quem é, mas o medo me corre livre pelo corpo. Meu corpo está em alerta, sinto um arrepio, uma leve brisa entra no quanto e o perfume me invade, é ele... Ele está aqui, o mesmo cheiro eu nunca vou esquecer este perfume!
Meu medo é maior a cada segundo. Meu coração está acelerado. Alguém bate na porta, e logo vejo meu irmão entrar no quarto, com um rosto preocupado, aconteceu alguma coisa eu conheço ele, melhor que ele mesmo.
Solto a respiração, que não sei a que momento prendi.
-Aconteceu alguma coisa? -pergunto assim que entra.
-Não está tudo bem e espero que com você também! -diz e me sinto aliviada.
-Eu estou bem quase não espirrei mas... Athim.
-Estou vendo. -o Rafa zomba da minha cara.
Ficamos nos olhando, ele me analisa.
-Está com medo de que Vick? -diz rápido.
Me surpreendo, ao saber que percebeu. Não disse que ele me conhece como ninguém?
Mas está tão evidente assim?
-De nada... Rafa... É tinha alguém dentro do meu quarto! -tento "mudar" o rumo da conversa.
-Eu sei.
-Mas como?
-Ouve uma queda de energia na parte superior da casa, dando tempo suficiente, para que alguém entrasse, pôs assim ninguém perceberia. Não sabemos quem era, ou o que queria, foi muito rápido.
-Então essa doença que eles estão falando que eu tenho é só de fachada?
-Não, você tem, não se preocupe não é nada grave.
-Os nossos pais sabem que tinha alguém no meu quarto?
Ele não diz nada, e o seu silêncio é como uma confirmação para mim.
-Rafa posso te perguntar uma coisa?
-Claro.
-Você contou para eles, sobre meu segredo?
Ele fica branco.
-Rafa fala, você contou? Me diz, por que uma coisa é certa, eles falam como se soubesse da verdade, como se soubesse exatamente o porque de tudo aquilo, você não faria isso comigo!
A cada palavra minha raiva aumenta mais.
Sinto algo, que não posso descrever, é como um facada nas costas. Uma flechada no coração, uma dor de traição!
-Eu... Não tinha mais como esconder, me desculpa.
-NÃO, VOCÊ NÃO PODIA, VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO! -grito e sinto as lágrimas escorrerem quentes pelo meu rosto.
-Me perdoa!
-Sai daqui Rafa, eu quero ficar sozinha.
-Vick me perdoa, é melhor eles saberem, assim vão poder ajudar.
-NÃO RAFA VOCÊ NÃO ME ENTENDE, EU ACHEI QUE PODIA CONFIA EM VOCÊ. -grito.
-EU TO TE PROTEGENDO. -grita.
-NÃO RAFA, SAI. -grito.
-Me deixa explicar.
-NÃO, VOCÊ SÓ PENSOU EM VOCÊ, SAI AGORA. -grito.
Me olha, por um momento, esperando que eu mude de opinião, o que não acontecer, me mantenho firme.
Ele sai do quarto, sabe que isso é muito doloroso para mim.
Ele não tinha o direito!
Sinto as lágrimas quentes, caírem pelo meu rosto. Eu estava disposta a contar que aquele cretino estava aqui, mas depois disso.
Não consigo.
A partir deste momento, prometo para mim mesma, não contar sobre minha vida à mas ninguém.
Vou guardar tudo, para mim. Por que é uma traição sempre das pessoas que eu mais confio? Que eu mais amo? Por que tem a mania de me machucar? Por que simplesmente mentem?
-Eu posso falar com você agora? -escuto uma voz, é o Diego.
- Há... É você. -limpo minhas lágrimas, com as costas das mãos rapidamente.
-Quem mas seria. -não estou com paciência.
-Da para me dizer o que você quer? -sou direta.
Acho que vocês já perceberam, quando estou brava, minha raiva é igual granada, é só de um, mais acerto milhares.
-Eu quero que você me diga, quem me mandou está mensagem? -diz e me mostra o celular.
*Não ouse, tentar nada com a MINHA Vick, ou você irá visitar o inferno logo.*
É dele, mas por que ele iria ameaçar o Diego? Ele não o conhece. Não faz sentido. E outra o que eu tenho a ver com o Diego?
-Eu não posso ti ajudar, não sei de quem se trata. -minto.
-É lógico que você sabe! -insiste.
-Não, não sei.
-Então me responde por que ficou branca, quando leu a mensagem? -diz com uma certa ironia.
-Eu sou branca se não percebeu! -se é para brincar de ser irônica. Ótimo, adoro um desafio.
-Não vai me dizer? -diz com um sorrisinho lindo.
Eu tenho que admitir, esse sorrisinho é encantador. Não pense nisso, foco na discussão!
-Por que acha que eu ti diria? -uso suas palavras contra ele.
-Tudo bem eu mesmo descubro.
-Como quiser, fique a vontade.
-Você é muito mal agradecida. -que comesse os elogios.
O que eu fiz, que eu mesma não sei?
Só o que me faltava, ser julgada, por algo que eu ao menos nem sei.
-Quem sou eu para mudar sua linha de raciocínio?
Modo irônica ativado...
-Sabe o que você é, uma pirralha mimada. -quem este pensa que é, ai que raiva!
-E você? Me julga tanto, me diz quem você é? -quero só ver.
-Por que acha que eu te diria?
-Então estamos quites não acha?
Ele olha para mim com uma raiva, sai do quarto e bate à porta.
Tenho que admitir, ele é sexy quando está com raiva... Victoria não pense nisso!
Fico no meu quarto com medo, de que aquele cretino esteja aqui, mas por incrível que pareça me mantenho fria, calculista.
Depois de uma hora de espera, vou para casa, em um silêncio absurdo, dentro do carro, o que eu não reclamo!
Chego em casa e vou diretamente para o banheiro preciso de uma chuveirada, me sinto nojenta, odeio hospitais.
Tomo meu banho rapidamente, quando sai do chuveiro encontro minha mãe colocando uma bandeja cheia de frutas, sucos e sanduíches em cima da mesa. Com ela sempre foi assim fartura!
-Como você está se sentindo minha filha? -minha mãe é sempre tão carinhosa comigo.
-Eu estou bem mãe, eu acho! -digo entrando no closet.
Optei por colocar uma camisola não muito curta rosa e bem simples de algodão. Me olho no espelho, e as marcas no meu corpo não estão tão aparentes, ainda posso vê-las porém são menores, o que eu agradeço muitíssimo.
Saí do closet minha mãe está sentada na minha cama.
-Filha melhor você comer algo! -me olha e aponta para a bandeja.
-Tudo bem. Já foi servido o jantar? -eu estou com fome.
- Não mas achei que estaria cansada para descer!
-Tudo bem. -digo e sento ao seu lado na cama.
-Você me deu um baita susto sabia! Me prometa que você vai comer tudo que eu mandar, escutou tudo!
-Prometo.
Pego uma maça e mordo, está realmente uma delícia.
Minha mãe me analisa por alguns segundos.
-Toma! - olho confusa para ela.
-Para que isso? -ela segura uma bolsa de gelo em mãos.
-Para colocar nas marcas, vai ajudar a sair. -eu sentei na cama.
-Obrigada. -peguei e coloquei em cima da minha perna, e continuei comendo a maçã.
Minha mãe volta a me analisar.
-Filha posso de perguntar uma coisa? -diz curiosa.
-Claro. -respondo de boca cheia.
-Por que não nos contou?
-Mãe eu... Não sabia como, estava com medo. Me desculpa.
-Tudo bem filha, nós vamos te proteger.
Dou um abraço nela, ficamos assim alguns segundos.
-Mãe a senhora viu meu celular? -tento mudar de assunto.
-Está ali na segunda gaveta do criado mudo. -diz, apontando para gaveta.
-Obrigada. O jantar na casa da vovó não era hoje?
-Era sim meu amor, ela cancelou depois que você desmaiou!
-Ela deve está chateada comigo, só fico doente em hora errada.
-Não se preocupa com isso, ela disse que vira ti ver, está preocupada com você!
Saudades da minha vó, amo ela dona Elisabeth é especial para mim.
Minha mãe se despede e sai.
Depois de lanchar no meu quarto, seguro por mais alguns minutos a bolsa na minha perna e coloco no pescoço. Procuro pelo meu celular, acho onde minha mãe havia dito está sem bateria coloco para carregar.
Alguém bate na porta. Meu pai entra e senta-se na minha cama. Ele me olha estranho por me ver com a bolsa de gelo no pescoço, mais depois que nota o porquê parece mais "aliviado".
-Vick não fique brava com seu irmão, ele só quis te proteger. -diz sendo direto.
-Pai ele não tinha o direito!
-Eu sei minha princesa, mas perdoa ele. Ele ama você. -sinto verdade em suas palavras.
-Eu também amo ele, mas estou muito brava agora. -ele senta na cama, a minha frente.
-Eu sei meu amor. Você vai tomar a decisão certa.
Uma dúvida cruel me bate, meu pai age tão calmamente, como se meu segredo, fosse como água, que agente engole e nem sento o gosto.
Há não ser que... Ele já soubesse.
-Pai... Posso ti perguntar uma coisa?
-Pergunta.
-Pai, você diz com tanta naturalidade, é como se já soubesse de meu segredo há um bom tempo.
Ele fica tenso, e levanta-se da cama, eu estou certa ele sabia, mentiu para mim.
-VOCÊ TAMBÉM, VOCÊ MENTIU PARA MIM, POR QUE NÃO ME DISSE? -grito.
-Filha, me perdoa!
Fico um tempo olhando para ele, como assim? Ele não podia.
-Quem ti disse, foi o Rafa também? Quem mais sabe? A mamãe também sabe há anos? -pergunto, em um tom irônico.
Estou com muita raiva.
-Não foi o Rafa quem me disse, eu descobri de outra forma, e não! Sua mãe não sabia, ela descobriu hoje pela manhã, quando o Rafa resolveu nos contar, ele ficou surpreso quando disse que eu sabia.
Por que todas as pessoas que eu amo mentem para mim?
-Por que mentiu para mim? -pergunto, e seguro as lágrimas.
-Eu esperei que você me contasse, esperei que quisesse se abrir comigo, mas não fez.
Me sinto culpada, por não ter cotado, mas estou com raiva, para admitir.
Ele não podia.
-Me desculpa, por ter mentido?
Não guarde rancor dele, é seu pai acima de tudo!
Meu inconsciente grita!
Mas eu não consigo preciso pensar, ficar sozinha, tirar fotos, isso me acalma.
-Pai amanhã conversaremos! -tento me manter calma.
-Tudo bem, me perdoa e perdoa seu irmão. Só queremos o seu bem.
Muita gente para perdoar!
-Boa noite.
-Boa noite, princesa.
Ele se despede e sai.
Eu sei que tenho que perdoa eles, mas é tão difícil...
Coloco a cabeça no travesseiro, paro e penso.
Sinto as lágrimas descerem, quente pelo meu rosto.
Por que eu fui tão grossa com o Diego?
Ele só me ajudou, desde que eu encontrei com ele!
Ele não me causaria mal algum? Não é? Por que eu não paro de pensar nele?
Será esta nova fase da minha vida?
Por que as pessoas que eu amo mentem pra mim?
Vou guardar tudo, para mim ninguém mais saberá do que eu penso! Ou como penso.
Minha vida está uma confusão.
Quero sair para tirar fotos, me distrair, mas tenho medo de ser seguida...
Adormeço...
-Não é minha culpa... Não... NÃO! -acordo suada e assustada.
Mas um maldito pesadelo!
Meu celular vibra. Pego o mesmo e tem muitas mensagens.
* Amiga o que aconteceu? Estou preocupada com você! Me responde!* (Ella)
*Minha neta espero que esteja melhor amanhã irei ti ver* (Vovó)
*ME PERDOE* (Rafa)
Entre outras mensagens, mas tem uma que me chama atenção o número é desconhecido.
* Fiquei sabendo que está doente meu doce, mas não se preocupe meu amor! Logo, logo estarei de volta nos seus piores pesadelos! Te amo minha princesa, você é minha e de mais ninguém. *
É.... Ele... Não... Não pode ser... De novo não....
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Quem é? Quem pode ser?
Quem a assombra tanto?
Capítulo novo logo mais.
Muitas brigas e discussões.
Sempre dou o melhor de mim.
Espero que tenha gostado, me dêem estrelinhas e comente, ficarei muito feliz!
Logo teremos mais confusões.
Bju ;D
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