O Homem Da Floresta

By UmDarkNoSeuRomance

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... Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidad... More

Um oi
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Um oi
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Um oi
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Um oi
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Um oi
Um oi
Capítulo 22
Um oi
Capítulo 23
Capítulo 25
Um oi
Capítulo 26
Um oi
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Um oi
Capítulo 33
Um oi
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Um oi
Capítulo 37

Capítulo 24

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By UmDarkNoSeuRomance

2009
PRESENTE

-Como você pode falar algo assim?

Foi o que eu falei, após o delegado dizer que eu poderia ser acusada, por ser suspeita da tentativa de homicídio de Charles. Como esse desgraçado tem coragem de falar isso pra mim?

-Eu não estou contra você senhorita Catarina, porém os fatos dizem que... -Ele tentou falar.

-OS FATOS? COMO VOCÊ QUER QUE EU NÃO PENSE QUE ESTÁ CONTRA MIM, QUANDO ME ACUSA DE TENTATIVA DE ASSASSINATO DE UM AMIGO MEU?! HEIN? COMO?! -Eu me levantei da cadeira gritando.

Eu estava descontrolada, só de olhar para o delegado de meia idade sentado naquela pose prepotente e com a expressão de tédio no rosto, o que por sinal me irritava muito, porém vê-lo me acusar de ferir Charles foi a gota d'água. Ele estava tranquilo como se eu não tivesse acabado de perder o controle na sua frente.

-Senhorita Catarina, eu devo ser imparcial aqui, não posso julgar os fatos só por palavras, mas também por acontecimentos. Creio que você não tenha noção do quanto eu procurei provas sobre isso e não encontrei nenhum rastro do assassino, exceto de Charles e o seu. Você foi quem o encontrou, tinha seu DNA no vidro, você não tem um álibi, procuramos Catarinas em um raio de 40km e não encontramos nenhuma e ninguém que comprove sua história, então sinceramente eu acho que é melhor você procurar um advogado, a não ser que tenha algum suspeito. 

Eu apenas ouvia sua voz, quando percebi eu estava sentada na cadeira novamente, porém dessa vez eu estava chorando.

-Não preciso de um advogado,eu irei resolver. -Falei me levantando.

-Infelizmente não posso permitir que você saia dessa sala. -Ele disse se levantando.

-O que? -Disse incrédula.

-Você ficará na carceragem, a menos que... tenha alguém pra ligar. -Falou ele.

Depois de alguns minutos que eu associei que ele estava falando em dinheiro pela minha liberdade. Eu não acreditei no que eu estava prestes a fazer.

-Eu tenho direito a uma ligação? -Eu perguntei.

-Sim. -Falou com tédio e voltou a se sentar.

Eu tentei ligar pra Peter porém ele não me atendia, eu liguei 8 vezes mas aparentemente ele estava ocupado ou não estava com seu celular.

Eu não acreditava no que eu estava fazendo, na verdade eu até pensei em ligar para meu pai, porém não queria ser um peso pra ele, ele já estava em dificuldade em conseguir um emprego, não queria causar mais problemas pra sua vida. Eu respirei fundo e disquei o número da empresa dos Grayson.

-GMedic, boa tarde! Como posso te ajudar? -Falou a secretária.

Eu não conseguia falar, era como se meu corpo e minha mente estivessem em uma guerra onde só um podia vencer, onde apenas um podia ceder. Era um impasse.

-Boa tarde, eu preciso falar com William, William Grayson. -Falei de uma vez.

-Certo, você tem horário pra hoje? -Ela perguntou.

-Não, quer dizer... será que tem como você apenas falar que é a Catarina no telefone por favor, ele vai saber que sou eu. -Eu pedi quase que implorando.

-Certo, irei transmitir a ligação, tenho uma boa tarde. -Falou.

Depois de longos minutos eu pude ouvir a voz dele.

-Olá Catarina! -Ele falou e eu sentia presunção na sua voz, até parecia que ele sabia que eu ligaria naquele momento.

-Oi. -Falei seca.

-Você não costuma me ligar muito, então creio que deva ser um assunto sério. -Ele riu.

-E-eeu preciso da sua ajuda. -Falei um pouco baixo demais, quase em um sussuro.

Eu só ouvia sua respiração pelo telefone e eu mesmo estando longe podia imaginar sua feição naquele momento. Ele provavelmente estaria em uma pose de superioridade, sentado em sua cadeira e com uma vestimenta impecável como sempre e sua feição seria de felicidade, mas não uma felicidade comum, era uma felicidade sombria, igual quando os vilões dos filmes de terror planejam um plano bem elaborado, que é bem executado.

-Pra que exatamente? -Ele perguntou.

-Eu... bom... eu estou na delegacia. -Falei logo tudo de uma vez.

-Catarina, o que você fez pra parar ai? -Ele perguntou curioso.

-Será que você pode vir logo, depois eu te explico. -Falei rude.

-Estou a caminho. -Ele disse e a ligação encerrou.

Eu esperei por quase 1 hora naquele lugar, eu estava na cela, e era pior do que eu imagina ficar ali. Porque diabos ele demorava tanto?

-Olá, Catarina! -Ele entrou e como sempre com seu terno impecável.

Ele me olhava de cima a baixo através das grades com aquele olhar profundo e encantador.

-Oi, William. -Eu respondi.

Ele voltou seus olhos ao delegado e o cumprimentou.

-Boa tarde! William Grayson. -Ele entendeu a mão se apresentando.

Eu achei estranho o fato do delegado não se impressionar com a máscara que William usava. O que era incomum já que era impossível não notar, era como se ele já tivesse visto.

-Delegado Jordan. -O cumprimentou com um aperto de mão.

-Será que podemos conversar em particular delegado? -Ele perguntou.

-Certo, senhor William. -Eles se direcionaram a uma sala menor, as persianas estavam abertas eu podia ver eles conversarem porém infelizmente minha leitura labial não era pecável.

Eu me sentei na cama daquela cela, que inclusive estava muito empoeirada. Após longos minutos de conversa eu pude ouvir a porta se abrir eles saíram da sala ainda sussurrando, o delegado veio até a porta da cela com um molho de chaves e abriu a mesma.

-Está livre senhorita Graham. -Ele falou.

-Acho que pode chamá-la de senhora Grayson, afinal Catarina logo será minha esposa, é bom ela ir se acostumando. -William disse me olhando.

-Bom, boa tarde aos dois. -Eu não entendia o que aconteceu pra ele me liberar assim tão facilmente.

William me levou até se carro, abriu a porta pra mim e afivelou o cinto em meu corpo, eu pude sentir seu perfume, era de sândalo e muito agradável.

O silêncio no carro era ensurdecedor e eu pela primeira vez estava incomodada de não ouvir a voz se William.

-Obrigado. -Eu disse.

-Não precisa me agradecer Catarina, por fazer o mínimo como seu marido. -Ele disse.

-Você não é meu marido! -Eu falei logo me arrependo de reclamar do silêncio anterior.

-Por enquanto, meu amor. -Ele disse.

-Como você conseguiu convencer o delegado a me soltar? -Eu perguntei.

-Não foi difícil, bastou uma conversa e mostrar um pouco da minha influência. -Ele disse.

Naquele momento eu percebi que provavelmente ele subornou o policial para que eu fosse liberta.

-Não era isso que eu queria, você deveria ter me ajudado com um advogado e não subornando o delegado. -Eu disse.

Eu não queria soar como mal agradecida, mas era a mais pura verdade. Eu não queria me tornar uma pessoa desonesta.

-Não se preocupe com isso, meu amor. -Ele disse.

-Como posso te pagar? -Eu perguntei com medo da resposta.

-Você não precisa me pagar, eu sou seu futuro marido. Quer dizer, a menos que você diga sim a dívida some. -Ele falou me ameaçando com sutileza.

-Você está me ameaçando pra eu me casar com você? É sério isso? -Eu perguntei.

-Ameaça é uma palavra muito forte, eu prefiro dizer que eu posso fingir que nada aconteceu hoje se você me aceitar. Não é tão difícil assim meu anjo, basta você dizer sim. -Ele falou.

A essa altura eu já estava chorando, eu não acreditava que minha vida chegou a esse ponto. O silêncio predominou o carro novamente e então em um surto eu disse.

-Eu sei que foi você William! Não minta pra mim, o delegado me mostrou o pedaço de vidro com que friamente você cortou Charles.

-Ele disse isso é? -Ele perguntou com um sorriso doentio no rosto.

-Sim, eu sei que foi você! Admita! -Eu falei.

William estacionou o carro perto da floresta e eu estava com medo do que iria acontecer.

-Você quer que eu admita? Certo! Eu faço. Na verdade eu não cortei aquele filho da puta com um pedaço de vidro, foi com um bisturi, cortei a pele dele profundamente, você sabia que o sangue ainda não saiu da minha roupa? Aquele vidro foi a forma de te dizer como eu te amo e mostrar o que eu sou capaz de fazer pra te ter comigo. Não me subestime Catarina, eu não o matei dessa vez, mas não me importaria de fazer se for preciso. -Ele não tinha um pingo de remorso no olhar e suas falas saíram de sua boca e seguiram caminho até meus ouvidos como se fossem adagas, onde se fosse possível estariam sangrando agora.

Eu estava desesperada, fiquei estática em todo tempo e alguns segundos depois que ele terminou de falar.

-Porque você está chorando meu amor? Você não queria ouvir a verdade?! -Ele disse com sarcasmo e sem ressentimento.

-E-eeu... -Eu não conseguia falar.

-Eu estou ansioso para ouvir sua resposta pra minha pergunta. Você aceita ser minha,  Catarina? -Ele perguntou me olhando.

Na verdade não parecia uma pergunta, parecia mais um fato, uma ameaça, uma sentença. Definitivamente William estava louco e eu pensei estar louca também quando respondi após secar as minhas lágrimas.

2009
PRESENTE

Catarina chorava e eu me sentia péssimo em saber que eu era o motivo de suas lágrimas, porém ela tinha que aprender de uma vez por todas que eu não a perderia e que não  importa o quanto ela tente fugir ou se desvencilhar de mim, nós sempre nós encontramos. Ela secou as lágrimas e me olhou, seus olhos tinham um misto de sentimentos era medo, ódio, ansiedade e pânico. Infelizmente apenas coisas negativas.

-Si-iimm -Ele respondeu por fim.

Eu sorri, como nunca tinha sorrindo antes.

Peguei o anel que estava em um bolso do meu terno e abri a caixinha em direção a ela. Ela olhou para aquela pequena caixinha.

-Você gostou da cor? -Eu perguntei.

-É lindo! -Ele respondeu.

Segurei sua mão direita e coloquei o anel em seu dedo. Ela apenas me olhou, como se perguntasse se eu planejava isso a muito tempo.

Eu era a porra do homem mais feliz do mundo, eu sentir o medo sair do meu corpo e dar espaço ao amor, eu era completamente apaixonado por aquela mulher e faria qualquer coisa pra vê-la feliz. Eu não gostava muito do termo "namorados" eu preferiria definir nossa relação como noivos, mas ia ser por pouco tempo até Catarina se tornar minha esposa e ter meu sobrenome. Por hora eu a apresentaria as pessoas como minha namorada, óbviamente eu iria conversar com seu pai hoje, sobre nosso noivado.

-Só quero deixar uma coisa bem claro aqui, William! Você pode até pensar que tem controle sobre mim, mas está totalmente errado, quero que me prometa que não vai machucar mais ninguém, pessoas com quem eu me importo ou não. Porque se eu souber que você fez algo pra prejudicar alguém enquanto estamos... juntos... eu NUNCA vou te perdoar. -Ela falou séria.

Na verdade eu não ouvir quase nada do que ela disse, eu estava imaginando como Catarina é perfeita pra mim e como eu farei pra conter a vontade que eu tenho de coloca-lá de quatro e fode-lá bem forte nesse momento.

-Ei! William? -Ela disse estalando os dedos perto do meu rosto.

Eu estava hipnotizado por sua beleza e por sua voz, que por mais séria que ela tentasse continuava doce e adorável.

-Claro,certo! meu amor. -Eu respondi voltando a realidade.

Ela apenas suspirou e voltou seus olhos pra frente, observando através do vidro do carro  a floresta.

Agora mais do que nunca era só questão de tempo até Catarina verdadeiramente me amar.


-Autora🥀

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