GIOVANNA SANTOS
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- Tá gata - Tio Gabriel me elogiou assim que sair de casa
Como Papai já tinha ideia das minhas saídas à noite não tinha mas porque eu pular a janela do meu quarto.
Essa noite é beber até esquecer o meu nome.
- Nada de bebidas - Tio Gabriel disse como se lesse meu pensamento
- Claro, tio - abro um sorriso falso
Até parece que eu vou ouvir ele. Assim que chegamos na balada, meu tio foi em direção ao bar pegar uma bebida pra ele e um coquetel pra mim sem álcool.
- Vê se tá bom - ele disse me entregando e puxo pelo o canudo um pouco do líquido
- Uma delícia. - forço um sorriso - Por que você não vai andar por aí? Vai que tu ache alguém pra passar a noite
- Boa ideia, não sai daqui. Toma - me entregou o spray e a chave do carro - Cuidado.
- Relaxa - quando ele saiu me virei pro garçom - Coloca álcool nisso aqui cara
- Tudo bem - ele riu concordando - Mas vou ficar de olho em você.
- Ele te pediu isso?
- Sim. É o Gabriel mas ele não é tão irresponsável assim.
Nego rindo e olho em direção ao lado esquerdo, arregalo os olhos quando vejo o meu pai e a minha mãe Mi quase se comendo. Que nojo.
Que beijo é esse...e essas mãos bobas?
- Oi Papai - digo me aproximado e eles se afastaram envergonhados
- Princesa, o que faz aqui? - ele perguntou tentando tirar o batom da boca
- Vim com o tio Gabi. Eu avisei pra Mamãe.
- Eu esqueci, acredita? - ela disse ajeitando o cabelo e puxando a saia pra baixo me fazendo rir
- Mãe! - a repreendo
- Da licença, solteira gata - um homem perguntou pra minha mãe
- Ela é casada, tá vendo não? - Papai disse a abraçando de lado - Vaza - vejo a homem sair às pressas com medo
-Gerson, meu Deus. Não precisa falar assim também
- Assim como Mikaella? Gostou dele por acaso? - cruzou o braços com ciúmes
- Não, amor. Mas não precisa falar nesse tom
- Ah nesse tom. - ele riu negando - o problema é o tom mesmo?
- Ciumentinho - ela gargalhou dando um selinho rápido nele que continuou emburrado.
- Eu não tô com ciúmes, tô nem aí - ele bufou
- Pretinho, eu te amo - Papai abriu um sorriso desfazendo a marra
- Eu te amo muito, Azedinha.
- Voltei - Tio Gabriel disse aparecendo - Fudeu - ele disse encarando o meu pai
- Tá levando minha filha pras festas escondido, Gabriel? - ele questionou sério
- Eu posso explicar - ele coçou a cabeça nervoso e demos risada
- Eu já sabia a um tempo, pô. Relaxa, tá de boa.
- Ufa - ele soltou um suspiro de alívio - e você não tentou interferir?
- Eu confio na minha filha e pode parecer que não mas eu confio em você também - fez careta
- Sempre soube que eu era tipo um irmão pra você, Coringa - bateu nas costas do meu pai que fez careta o olhando
- Também não exagera - Papai disse me fazendo rir
- Aí aquele cara não tira o olho de você - Tio Gabriel disse apontando com o queixo pra um rapaz que tava próximo a gente
- Eu já percebi, disfarça tio.
- Não gostei dele não - Papai negou o encarando bravo
- o senhor odeia todo mundo que olha pra mim - solto um suspiro revirando os olhos
- lógico. - ele passou o braço na minha cintura
- Para de ser ciumento, amor - Mãe Mi disse rindo batendo no seu ombro
- Isso não é ciúmes, é só..cuidado. Não posso mais ser cuidadoso com minha filha?
- Achou ele bonito? - Mãe perguntou diretamente pra mim e concordei - Então vai lá.
- Não. Que isso, Mikaella. Claro que não, filha.
- Deixa ela ir, Gerson. - Meu tio disse me defendendo
- Não. - disse sério
- Ela vai sim, Gerson. - minha mãe o encarou sério e ele tirou a mão da minha cintura suspirando fundo
- Obrigada, Mãe. - beijo a bochecha dela e vou em direção ao rapaz com vergonha.
Como eu não sei tomar atitude, fico próximo a ele dançando enquanto bebo um pouco do meu coquetel. O moreno se aproxima ainda mais de mim e olho de relance pra minha mãe que tentava me incentivar com o olhar.
- Oi. - ele sussurrou no meu ouvido - Eu sou o João Victor, qual o seu nome?
Paro de dançar e me viro para o encarar com um sorriso fraco no rosto
- Oi, eu sou a Giovanna. - beijo sua bochecha o cumprimentando
- Tem quantos anos?
- 16 e você?
- 17. Aquele ali é o seu pai? Ele tá me olhando como se quisesse me esfaquear - o moreno olhou de canto em direção aos meus pais
- É ele sim - solto uma risada nervosa
- Você é solteira?
- Sim e você?
- Também - mordeu o lábio. - tá afim de sair daqui? - olho pra minha mãe nervosa. O que eu devo responder?
- Sair pra onde?
- Pra um canto mais reservado. - olho pra ele com um pouco de medo e moreno parece perceber - fica calma, eu não sou nenhum estrupador ou assasino.
- Não é isso, é que..- olho mais uma vez pros meus pais que estavam conversando com o tio Gabriel entretidos - Tudo bem, vamos.
Ele pega na minha mão e me guiou até um canto próximo aos banheiros onde não passava quase ninguém. Meu peito acelerou quando penso que ele poderia me machucar mas ele mesmo disse que não faria isso. Não é?
- Então, você estuda em qual escola. Você estuda né?
- Sim - solto um riso nervosa - No Milton.
- Sério? Aquele lugar é de rico.
Esse daqui também.
- Ah - mordo a bochecha por dentro sem saber o que falar
- A gente não veio pra cá para ficarmos conversando não é? - ele disse olhando a minha boca.
Me aproximo dele e grudo nossos lábios, peço passagem com a língua que logo é concedida. Ele agarra minha cintura me puxando mais pro seu corpo.
- Eu acho que o dedo mindinho dele tá encostando na bunda da minha filha.
Paro o beijo assim que ouvir o meu pai falando e olho pra ele com cara de tédio.
- Sério, Papai? - arqueio a sobrancelha
- Que foi? Não achou que eu tivesse distraído na conversa fiada do Gabriel, achou?
- Eu tentei - meu tio e minha mãe falaram juntos
- Oi senhor, eu sou o João Victor - ele disse se apresentando parecendo estar nervoso e no momento em que vai cumprimentar tio Gabriel quase caiu de costas - Gabigol?
- Eai. - tio fez um toque com ele
- Conhece o Gabriel mas não me conhece. Você só perde pontos comigo - meu pai disse sério cruzando os braços
- Feriu o ego do coringa - Mãe disse debochando e ele bufou
- Até parece. - emburrou a cara
- Papai, por favor volta pra lá. - falo no seu ouvido
- Vou te mostrar que eu não sou tão ciumento como falam. Vou ficar ali do lado, tá?
- Obrigada, te amo. - beijo sua bochecha
- Vamos ali. - Ele disse chamando minha mãe e meu tio que os seguiu.
- Agora entendi porque estuda no Milton, seu pai é jogador - ele disse me encarando
- Aham. Mas esquece isso, bora aproveitar.
O puxo pra outro beijo e afundado minhas mãos no seu cabelo encaracolado. Seus braços fortes voltam a ficar ao redor do meu corpo me segurando com força.
Aprofundo o beijo e ele aperta minha bunda me fazendo arfar.
- Ah não parceiro, você apertou a bunda da minha filha.
Paro o beijo mais uma vez e fecho a cara encarando o meu pai. Olho pra João Victor negando indignada e saio dali com raiva. Eu desisto.