O RELÓGIO NO painel parecia estar acelerando.
― É a única maneira de entrar. ― disse Alice a Bella.
― Alice. ― sussurrou Bella com urgência.
― Eu sei. ― disse ela.
As pessoas estavam vestidas de vermelho. E de algum modo, meu medo era ter que entrar no castelo; afinal, os Volturi tinham guardas fortes.
― Bella. ― falou Alice rapidamente numa voz feroz e baixa. ― Não consigo ver o que o guarda aqui vai decidir agora... Se não der certo, você terá de ir sozinha ou ir com Bianca. Vai ter de correr. Apenas vá perguntando pelo Palazzo dei Priori e corra na direção que lhe apontarem. Não se perca.
― Palazzo dei Priori, Palazzo dei Priori. ― repetiu o nome várias vezes tentando grava-lo.
― Ou "A torre do relógio", se falarem sua língua. Vou dar a voltar e tentar encontrar um lugar isolado atrás da cidade, onde possa pular o muro. ― disse Alice.
Ela assentiu.
Depois partimos; eu e Bella, na missão de achar Edward. Não que eu me importasse com ele ‒ só estou indo porque Bella o amava, e ele era irmão de minhas amigas e minha namorada, mesmo que sejasse adotivo.
E assim achamos o cacatua suicida.
Fiquei de longe o observando junto ao drama romântico dele e de Bella.
Ele olhou para mim antes de franzir o cenho e falar:
― Não consigo ouvir sua mente. ― disse ele confuso.
― Descobri um dom e o aprimorei. Minha barreira envolta de mim impede que ouça minha mente. ― respondi e ele assentiu um pouco surpreso.
▢▢▢
Vi os três reis; de fato, pareciam vampiros que você tinha que ter medo do que podiam fazer ‒ eu mal percebi o tempo passando assim que ouvi me chamar.
― E você, Bianca? ― estendeu a mão e eu a peguei, liberando uma brecha do escudo projetado em minha volta.
Ele pareceu fascinado e soltou minha mão; eu fechei a brecha em meu escudo, sem querer expandi-lo para ouvir o que Aro estava pensando.
― Fascinante. ― disse ele como se tivesse ganhado na loteria. ― Seu dom é único, nunca vi alguém com um presente tão diferente antes.
Os outros reis pareceram interessados agora; eu franzi o cenho sem saber se devia estender a barreira até eles para ver o que pensavam.
Eu podia usar meus dons como telepata em alguém ‒ exceto a telecinese ‒, somente se eles estivessem na barreira/escudo que eu projetar.
Em geral, eu tinha a habilidade de ler mentes, a mesma habilidade que Jane, e também podia criar ilusões ‒ somente com a barreira ‒ e fora disso, podia mover objetos.
Era somente expandir meu dom.