1.2 A Feiticeira

By jm_chivinga10

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Ela era só uma criança mas, viu a morte de perto. Ela era só uma criança quando viu sua avó morrendo em seu p... More

Capas do Livro
Informações Técnicas
As Odisseias de Animândia 2
Epígrafe
Dedicatória
1. O Ataque
2. A Viagem para Animândia
3. A Cidade de Xandhir
4. A Academia Hókulos
5. Eu aprendo a fazer magia
6. Eu luto com um Dran
7. As Três Chaves
8. O Ataque das Sombras
9. O Bosque Velho
10. O Fauno Trovador
11. A Ruína de Arkandur
12. A Dama do Gelo
13: O Templo de Tah Anuk
14. Os Três Desafios
15. A Emboscada
17. O Navio Fantasma
18. A Tempestade
19. A Ilha Negra
20. A Pirâmide
21. O Demônio da Justiça

16. O Deserto Infernal

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By jm_chivinga10

"Motivo de arrependimento é não aprender com os próprios erros" — Renato Russo

Vagueando pelo deserto, o sol brilhando fortemente, cansada e sem forças, meu corpo tremia a medida que meus passos se tornavam cada vez mais pesados, não sabia para onde ia por onde quer que olhasse via deserto e mais deserto, estava perdida sentia que andava em círculos mas, como estava num deserto não tinha como ter a certeza.

Sentia como se tivesse andando por dias, quanto mais tempo ficamos num lugar como esses mais ficamos desorientados e deixamos de raciocinar corretamente. Num momento tinha achado que descobri um lago cristalino e no final era simplesmente uma miragem.

Minha boca estava seca, olhei ao redor a procura de água e nada meu suor escorreu sobre a minha testa e antes que chegasse no chão era evaporado pelo calor que mais parecia fogo, parecia que eu estava num forno, como eu odeio esse lugar!

E teria mais motivos pra odiar pois enquanto caminhava em passos lentos subitamente senti algo que me fez olhar atrás era como uma brisa que soprava suavemente em meus cabelos, o deserto estava calmo e silencioso algo estava errado, eu poderia sentir isso.

Aos meus pés a terra tremeu ligeiramente e ao olhar para longe pude ver um monte de área se movendo rapidamente em minha direção e então algo saiu da área, uma criatura tão grande e mortal que fez minha espinha arrepiar e não precisa de saber muita coisa pra reconhecer o perigo e momento para correr.

Corri o mais rápido que puder, a área retardava minha velocidade olhei pra trás e tive o vislumbre da criatura que me perseguia... eu era perseguida por três escorpiões gigantes!

Conjurei minha espada parei de correr e virei-me ficando frente a frente com os escorpiões e corri contra eles, quase se aproximando saltei para o alto ergui minha espada flamejante.

— Ahhhhh! — Gritei feita uma doida. Com um golpe fatal eu acertei o escorpião do centro no pescoço e aterrei bem atrás dele.

Olhei pra trás vi sangue escorrendo pelo seu pescoço, o escorpião cambaleou para trás e caiu no chão morto. Os outros dois escorpiões se entreolharam, eu não percebo nada de "escorpilês" mas, eu pude ver o medo em seus olhares o que me fez sorrir maliciosamente.

— Agora vocês são meus. — Corri ao ataque.

O primeiro escorpião atacou usando sua

O primeiro escorpião atacou usando as suas grandes garras eu me desviei saltando de um lado para o outro, o outro escorpião investiu contra mim usando o seu enorme ferrão desviei e cortei o seu ferrão.

O escorpião sangrava fortemente no local onde segundo antes estava o seu ferrão, ele olhou pra mim em fúria e antes que pudesse fazer alguma coisa eu deslizei para o chão e o acertei com a espada bem no meio de sua cabeça.

O escorpião restante me apanhou de surpresa me agarrando com suas enormes garras, a criatura ergueu-me do chão me apertando violentamente, estava sem ar e minha espada caiu ao chão eu pude ver a raiva em seus olhos tinha matado seus amiguinhos.

— Ahhhh! — Gritei angustiada sem forças.

Estava numa "Escorpirralada" desculpa o trocadilho não consegui evitar. E do nada comecei a rir só de pensar nisso, que piada ruim. O sorriso transformou-se num riso frenético e eu não conseguia parar.

O escorpião olhou pra mim confuso, não esperava essa reação de minha parte, ninguém esperava. O escorpião afrouxou e eu aproveitei o momento conjurei minha espada que veio voando do chão até minha mãos parecendo o Thor e me soltei desferindo um golpe em suas garras.

O escorpião berrou de dor e, sem remorso lancei minha espada em direção ao seu peito, a espada voou e entrou em seu corpo saindo do outro lado. O escorpião moveu-se descontroladamente de um lado para o outro antes de cair a minha frente.

A espada voou de volta pra as minhas mãos estava toda manchada de sangue, caí de joelhos, olhei pra meu corpo estava sangrando, minha roupa estava um farrapo e manchada de sangue.

A cada gota que saia para fora do meu corpo podia sentir minhas forças indo embora, estava abatida meu corpo tremia todo, minha visão estava enturvada não conseguia dar mais um passo e antes que eu desmaiasse eu só conseguia pensar numa única pessoa e saber que por mais que eu quisesse eu tinha estragado tudo e eu me odiei por isso e então tudo ficou preto e lentamente caí de lado inconsciente.

— Eu não preciso de ser salva! Eu não pedi pra ser salva! Eu estou cansada que me digas sempre o que fazer! Estou cansada de sempre quereres se meter na minha vida! — Subitamente despertei com mil vozes ecoando em minha cabeça.

Estava sonhando, estava no deserto a noite o clima estava todo alaranjado resultado de uma tempestade de areia. Estava sozinha e em meio aquela solidão eu só conseguia pensar em Linda será que ela estava bem?

Minhas mãos enterraram sobre a área quente.

— Ahhhhhhhhhhh!!! — Gritei em fúria sacudindo a área. Abaixei o olhar e não consegui evitar que lágrimas escorressem sobre o meu rosto.

Estava andando quando a minha frente pude ver uma figura se aproximando, no primeiro instante pensei que fosse uma miragem pois a minha mente já começara a me trair mas, quando mais se aproximava mais a figura assumia a forma da realidade.

A figura ganhou a forma de uma mulher de cabelos e olhos castanhos e a pele bronzeada que nem o deserto, a mulher usava um vestido verde e tinha o rosto angelical marcado com um olhar sereno e acolhedor.

— Estás perdida criança? — Falou a mulher estendendo a mão para mim eu agarrei.

— Não. — Respondi disfarçando a voz limpando as lágrimas rapidamente.

— Então porque choras? — Disse a mulher fitando os olhos pra mim, eu desviei o olhar.

— Por nada.

— Sabe uma vez alguém muito sábio falou: "quanto mais esconderes aquilo que te machuca mais irá te ferir"

— E porque dizes que existe algo a me machucar?

— Eu vejo nos teus olhos minha criança. — Respondeu a mulher. — Eu vejo a dor que escondes e tentas esquecer nesses olhos eu vejo o arrependimento que há neles.

No primeiro momento não respondi, por mais que eu tentasse negar sabia que era verdade.

— Tens razão! — Falei desatando em choros. — Eu tento mas, não consigo eu afastei de mim minha... minha única amiga! Eu estou sozinha e quanto mais eu tento me convencer de que sou capaz de fazer isso sozinha mais eu sinto que não sou capaz sem ela e eu a perdi... — Minha voz falhou.

— Minha querida. — Disse ela me abraçando. — Há sempre uma nova chance para uma amizade verdadeira. Quando se ama de coração um amigo, por mais brigas que possam haver, sempre se encontram formas de conseguir uma reconciliação.

Estando em seus braços eu pude sentir o conforto em seus braços e minhas forças se restabelecendo como se tivesse soprado o fôlego da vida. De repente todo o cansaço e fome que eu sentia tinha desaparecido completamente.

— Mas... ela

— Se ela for tua amiga de verdade ela irá aceitar o teu perdão. — Disse a mulher enxugando minhas lágrimas.

— Tens a certeza?

— "A evolução envolve vários fatores. O arrependimento é definitivamente um deles." — Disse a mulher. — Nada é mais forte do que a capacidade de perdoar e voltar amar de novo. Há sempre uma nova chance para uma amizade verdadeira. Quando se ama de coração um amigo, por mais brigas que possam haver, sempre se encontram formas de conseguir uma reconciliação. Por isso sim, eu tenho a certeza de que ela vai perdoar você.

Eu voltei a abraçar a mulher fechando os olhos pois sabia que existem momentos em que as palavras são desnecessárias, apenas o silêncio nos é a resposta. Quando voltei a abrir os olhos a mulher tinha desaparecido.

Despertei lentamente ao abrir os olhos dei de caras com Linda olhando pra mim de um jeito acolhedor estávamos dentro do que parecia ser uma tenda.

— Xhh... descanse! — Falou ela limpando meu rosto.

— Linda eu... — Meus olhos se arregalaram.

— Você precisa de descansar. — Disse ela desviando o olhar pra esconder suas lágrimas.

— Eu sinto muito por tudo aquilo que disse. Sinto muito se te magoei. Me desculpa, mas não pensei na hora de falar! Eu entendo que simplesmente querias o bem pra mim e eu fui cega em não ver... fui cegada pelo ódio , pelo desejo de vingança e acabei descontando todo o ódio em você.

Ela voltou lentamente o olhar em minha direção, pude ver seus olhos manchados de lágrimas.

— Você é a única amiga que eu tenho não sei se consigo terminar isto sem você. Por favor me perdoe! — Eu agarrei nas suas mãos e olhei diretamente em seus olhos.

— Tens razão eu deveria respeitar o teu espaço... — Disse com a voz embargada.

— Não. O único erro que cometeste foi ser tão boa pra mim. Você me perdoa? — Falei limpando suas lágrimas.

Linda não respondeu, ela olhou pra baixo e de seguida olhou pra mim.

— Sim. Eu perdoo você. — Disse dando um sorriso fraco.

— Obrigado! — Falei a abraçando.

Ela levantou-se caminhou até a porta da tenda segurou um corpo com água e trouxe até mim.

— Beba. — Falou ela ajeitando sua cabeça apoiando em seu colo.

Eu obedeci esvaziando rapidamente o copo de seguida troquei olhares de relance com ela antes de finalmente perguntar:

— Como você me encontrou?

— Você acredita em destino? — Eu abanei a cabeça em negação.

— Pois bem se eu te dissesse que o destino me trouxe até você?

— Como isso seria possível? — Perguntei com a testa franzida.

— Eu estava andando pelo deserto já a algum tempo. — Disse ela fazendo gestos com as mãos. — Quando de repente ouvi uma voz que me guiou até você.

— Uma voz? Que tipo de voz?

— Uma voz tão misteriosa e tão bela. — Respondeu Linda toda sonhadora. — Que me disse que você estava em perigo por isso corri o mais rápido que pude e finalmente encontrei você, deitada no chão com o rosto fraco e as roupas ensanguentadas.

Eu gemi imaginando o pior.

— Com os feitiços presentes no livro que o sábio me deu eu consegui conjurar alguns feitiços de cura que curou de você. — Linda continuou mostrando o livro pra mim.

— Então... — Tossi. — Se você não chegasse a tempo eu ia...

— Não pense nisso. — Falou ela limpando a pequena lágrima que escorria sobre meu rosto. — O importante é que estás sã e salva. Agora descanse porque estás precisando, amanhã a gente conversa.

— Mas...

— Sem mais nem menos. — Disse ela pondo-se de pé andando em direção a saída da tenda. — Amanhã a gente conversa.

— Tá bem. — Murmurei.

A noite foi calma e tranquila sem nenhum sobressalto quase esqueci que estava no meio de um deserto. Fechei os olhos e quando voltei a abri-los já era manhã, o sol ainda não tinha nascido ao olhar para cima da tenda dava para ver pequenas estrelas

l já tinha nascido e a essas horas a temperatura dentro da tenda estava a aquecer.

Ergui-me lentamente saindo para fora da tenda e dei de caras com Linda olhando para o horizonte com o rosto sério e a postura calma.

— Não conseguiu dormir? — Disse ela de repente me assustando.

— Não, e você? — Ela abanou a cabeça em resposta.

— Não consegui pregar os olhos...

— Já tentou cantar uma canção de ninar ou contar as ovelhas? — Falou soltando um sorriso.

— Não é isso. Existe algo que vem me atormentando e que não me deixa dormir. — Ela virou-se me olhando, eu vi a aflição presente em seus olhos. — Preciso te contar algo.

— O que foi? — Falei séria me aproximando.

— Sobre a mulher que nos atacou hoje. — Linda engoliu um seco.

— Você a conhece?

— Todo mundo a conhece, seu nome é Makana, a Assassina das Sombras, ela é uma feiticeira procurada em todo o mundo bruxo, considerada culpada de diversos assassinatos é considerada a feiticeira mais perigosa que existe.

— Porque estás me dizendo isso?

— Porque eu estou com medo do que pode acontecer se a enfrentarmos. — Falou Linda aflita. — Eu sei que não irás parar a tua jornada eu compreendo o quanto é importante pra ti entregares ela mas, Makana é uma pessoa perigosa e fará de tudo pra conseguir o que quer. É o meu dever avisar-me daquilo que aí vem. Da tempestade que está se formando.

— Eu entendo. Eu entendo que estejas preocupada, mas eu te garanto que nada irá acontecer isso é uma promessa! — Droga! Mais uma promessa que eu faço.

Eu realmente estava ficando boa em fazer promessas que não tinha certeza se cumpriria. Parece que minha boca simplesmente se abria pra dizer coisas fúteis e sem o real significado.

— Mas, preciso da tua ajuda para enfrentar ela. — Continuei a falar. — Não posso continuar sem você. — Estendi a mão em sua direção.

Linda voltou o olhar para o horizonte pensativa, deu dois passos por fim falou:

— Tá bem, eu aceito. — Disse ela segurando minha mão, meu rosto se abriu num sorriso de satisfação. — mas, se vamos enfrentar a feiticeira mais perigosa que existe precisamos de treino. Precisamos praticar mais feitiços.

— Está bem. E como faremos isso?

— Com o livro de feitiços que o sábio me deu. — Disse mostrando o livro. — Aqui contém diversos feitiços que serão úteis para nós.

— E quando começamos? — Falei com todo o entusiasmo em minha voz.

— Agora! Está na hora de te tornares numa feiticeira.

— Mal posso esperar! — Falei entusiasmada

— Mais uma coisa Jessica.

— Sim?

— Estive pensando no enigma do pergaminho — Disse ela recitando o enigma.

"No céu negro
As estrelas revelam seu caminho
Em águas venenosas cuidado para não ficar sozinho
Pois nas ilhas das trevas a morte vem cedo de manhã bem cedinho"

— E acho que já descobri onde está a segunda chave.

— E onde está?

— Essa é a parte má, ela está no lugar mais amaldiçoado de toda Animândia. Um lugar em que nossos piores pesadelos se tornam realidade, ela está na Ilha Negra!

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