17. O Navio Fantasma

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“A morte é um dia que vale a pena viver” — Capitão Barbossa.

O barco navegava serenamente, o mar estava calmo o céu estava repleto de estrelas estávamos navegando a dois dias e até agora nenhum sinal das Ilhas Negras estávamos perdidas? A cada momento que passávamos no ar mais a dúvida se transformava em certeza mas, eu confiava em Linda e sabia que com ela ao comando a gente chegaria em segurança ao nosso destino.

Saímos do deserto depois de uma temporada intensa de treinos, com sorte reaprendi diversos feitiços que tivera esquecido, com Linda como treinadora não tinha como esquecer os feitiços que ela me ensinava aos poucos já estava começando a me tornar numa feiticeira mesmo sem ter passado numa escola.

Aos nos aproximarmos cada vez mais do oceano conseguia sentir a brisa marítima nos envolver, logo poderia ver o fim do deserto e o início do mar que se envolviam numa beleza avassaladora com as ondas do oceano beijando as imponentes dunas do Deserto num movimento mais que perfeito numa mistura entre o azul e o dourado que retrata a beleza da natureza.

Com a maré começando a ficar cheia tínhamos pouco tempo para entrar no antes que o mar ficasse agitado, mas precisamos de um barco urgente e a pergunta que não se calaria era onde encontraríamos um barco em pleno deserto? Só um milagre salvaria nossas vidas, bem e foi isso que aconteceu se é que podemos chamar de milagre.

— Como encontraremos um barco em pleno deserto? É preciso um milagre só de encontrar água por aqui quanto mais madeira. — Falei jogando pedra ao mar frustrada.

— Estou pensando. — Disse Linda agachada olhando para o chão e desenhando na areia molhada na maior calmaria.

— Quando você pensar numa solução me...

— Já sei! — Disse ela se erguendo contente e com um forte entusiasmo.

— Como você pensou tão rápido?

— Ao invés de eu pensar no problema eu penso na solução. — Respondeu olhando ao redor.

— E qual é a solução? — Perguntei cruzando os braços.

— Existe uma lenda sobre esses mares. — Começou Linda por dizer com os olhos fixos no imenso oceano a nossa frente. — Dizem que essas águas de encontram amaldiçoadas e que de vez em quando navegando sobre elas se encontra um navio pirata fantasma.

— Navio pirata fantasma?

— Sim, dizem que o capitão desse navio era um homem forte e destemido e para provar a sua bravura desafiou a Morte para um duelo.

— Deixa adivinhar ele perdeu?

— Não. O ego do capitão era tão grande que ele se recusava a perder por isso ele ganhou mas, com trapaça e quando a Morte descobriu isso ela amaldiçoou o capitão o levando para o seu reino onde sofreria pela eternidade.

— E o que aconteceu com a tripulação?

— Já a tripulação foi amaldiçoada a navegar por esses mares dia após dia, pela eternidade pagando pelos pecados de seu capitão a espera que algum dia possa surgir alguém bravo o suficiente que desafie novamente a Morte.

— Mas, porquê eles tiveram de sofrer? Por crime de um todos têm que sofrer? — Linda girou a cabeça olhando lentamente pra mim fitando seus olhos nos meus.

— É complicado entender a justiça divina Jessica. Por vezes aquilo que consideramos injusto seja justo aos outros olhos por isso eu não julgo sem saber dos dois lados.

— Mas não acho justo. — Murmurei baixinho com os braços cruzados frente ao peito, Linda sorriu. — E como a gente pega esse navio fantasma?

— Através de um encantamento a gente pode o convocar.

1.2 A FeiticeiraKde žijí příběhy. Začni objevovat