Crime perfeito - Retanna

By autoraithay

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"Sou chefe do crime perfeito E dono da sua boca" More

Personagens
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 59

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By autoraithay

Um mês e uma semana depois....

Anna Estrella ✨

Acordei com uma terrível dor na nuca, tudo por conta da posição desconfortável em que eu dormi. Abri meus olhos e a primeira coisa que vi foi a minha mão agarrada a dele, de Filipe. Separei nossas mãos e espreguicei-me.

Anna: Urg... Estou acabada. - Murmurei para mim mesma. - Tá vendo? Até em coma você acaba comigo. - Rir sozinha.

Rapidamente me ocorreu que a minha afirmação poderia ser entendido em duplo sentido, e logo tratei de me corrigir.

Anna: Você me deixa cansada, exausta, é isso. Não interprete isso como algo malicioso, seu safado. - Pedi, como se ele tivesse dito algo e eu estivesse apenas me corrigindo. Mas o silêncio foi a minha resposta.

Era frustante não ter uma resposta vinda dele, nem se quer uma fala com irônia ou safadeza. Percebi agora, que deveria ter valorizado mais sua companhia, que deveria ter deixado meu passado para trás e ter construído um futuro com Filipe.

Mas a minha insegurança sempre destruía tudo.

Levantei, e fiquei bem rente a ele. Acariciei sua barba, e fiz uma pequena nota mental: trazer as coisas necessárias para aparar sua barba.

De repente o quarto ficou mais claro, ganhando um iluminado vindo da janela. Era o sol se pondo.

Caminhei em direção a janela, e fiquei apreciando a magnífica imagem. O tempo no Rio não estava muito atrativo, mas a surpresa desse pôr do sol estava mudando a minha opinião.

Anna: O quarto precisa de uma corzinha, não acha? - Dei a minha opinião, como se ele fosse me responder. - Talvez, eu mande pintar ou comprar uma pintura de estrelas assim você se lembra de mim e esse quarto não pareça tão deprimente como está. - Falei novamente, agora caminhando pelo o quarto. - Acho que esse seria um local ótimo para pendurar as pinturas, o que acha? - Me encosto em uma das paredes, e cruzo os braços. - Claro, morena. Sua ideia é ótima. - Imitei a sua voz.

Soltei levemente uma risada.

Anna: Eu sei, eu sou maravilhosa.

Para de ser louca, você está em um hospital e não numa ala de psiquiatra para ficar conversando comigo mesma. Mas até que é engraçado...

Um barulho na porta chama-me atenção. Observo dona Vanda adentrar ao quarto com algumas flores em mãos. O Filipe nem gosta muito, na verdade, ele destesta. E se ele ver algumas espalhadas pelo o quarto com certeza ele faria uma piada sem graça.

Vanda: Anna, meu amor. Está aqui faz tempo? - Questionou, deixou um beijo demorado no rosto de Filipe e depois aproximou-se de mim, me abraçando.

Anna: Desde que eu larguei da escola. - Respondi.

Quando larguei da escola vim direto para cá, dona Vanda não iria abrir o restaurante hoje e então aproveitei o dia para ficar só com ele.

Vanda: Percebi, está com a farda da escola. - Analisou-me.

Anna: Eu queria ir embora só de noite. - Revelei, sorrindo.

Vanda: Quando ele acordar e saber que você não saiu do lado dele, tenho certeza que ele vai ficar feliz. - Sorriu docemente.

Colocou as flores em cima de uma mesa que fica num canto do quarto, e se aproximou da cama, observando seu filho.

Vanda: Já faz um mês. - Sua voz saiu baixa. - Sinto tanta saudades. - Acariciou o rosto dele.

Anna: Eu também. Sempre sonho com o dia que ele vai acordar. - Ergui meus olhos para cima quando notei que as lágrimas queriam descer.

Vanda: Tenho fé que logo, logo ele estará nos perturbando. - Soltou levemente uma risada e a acompanhei.

Dona Vanda continuou conversando com ele, mas a única resposta que recebia era o silêncio. Em um determinado momento, ela afastou-se e disse que iria pegar um café e algo para a gente comer.

Quando ela saiu me aproximei da cama e o observei, mordendo meus lábios para conter o choro. Senti uma lágrima descer lentamente pela a minha pele, caindo nas nossas mãos entrelaçadas.

A cada dia que ele não acordava era um dia a mais que a minha fé ia sendo colocada a prova. Os médicos já tinham conversado com conosco sobre essa espera, e sobre quanto mais ele ficava em coma, mas as chances dele voltar iam caindo.

Eu tentava não me apegar muito nas estáticas dos médicos, e sim me apegar a Deus. Só ele que tinha o poder para dizer a última palavra.

Depositei um beijo em seu rosto, e encostei meus lábios perto do ouvido dele e pedi: Volte para mim, para nós, por favor.

Por alguns segundos fiquei encarando a perfeita boca dele, que infelizmente estava com um tubo bem ao meio. Lábios onde eu já tinha me acabado, me encontrado , me saciados... Lábios que eu conhecia tão bem...

Caminhei novamente até a janela e fiquei por mais longos minutos observando o tempo, os carros que transitavam apressados na rua, e as pessoas.

Anna: Merda! Me lembrei agora que eu deveria ter feito as compras, não tem nada pra jantar. - Bati com a mão na cabeça. - Se importa se ficar com a sua mãe? - Virei para olhá-lo, e quase tive um treco quando vi os olhos dele batendo.

Anna: Ai meu Deus! - Falei algo e subitamente ele virou a cabeça para meu lado. - Não, não, não se mexa. Ai, meu Deus, ai meu Deus... Você acordou. Você está aqui, você... - Comecei a me embananar com as palavras e avancei para cima dele, abraçando seu peitoral. Imediatamente ele emitiu um ruído, e logo eu o olhei, e pela sua expressão ele estava com dor.

Anna: Desculpa, desculpa... - Pedi freneticamente, observando os olhos dele, que expressava confusão. - Filipe... - Sussurrei sorrindo, em meios as lágrimas.

Filipe estava tentando dizer algo mas o tubo inserido na sua boca dificultava um pouco. Meus olhos se arregalou quando ele levantou a mão direita para tentar tirar o tubo.

Anna: Tá maluco? Não faça nada, vou chamar o médico. - Mal terminei de falar e já corri para fora do quarto, me encontrando com dona Vanda.

Vanda: Anna, meu bem. O que aconteceu? - Questionou, notando minha expressão desesperada e contente.

Anna: Não! Agora não, o Filipe... - Falei rápido demais. - O Filipe acordou!

Seus olhos se arregalou e ela me olhou com os olhos marejados de felicidade.

Anna: Vou chamar o médico. - Falei novamente, feliz.

Assim que corri novamente, procurei pelo o médico dele - e por sorte - eu dei de cara com o neurocirurgião.

Anna: El-ele.. ele acordou, ele acordou...- Revelei afobada, e rapidamente o médico correu, ao mesmo tempo que digitava alguma coisa.

Entrei juntamente com o médico no quarto, e Filipe estava sentado agora tentando tirar mais uma vez o tubo da boca.

Uma vez teimoso, sempre teimoso.

Em questão de segundos o quarto ficou pequeno, pois uma dúzia de enfermeiros e médicos adentraram ao quarto, ficando ao redor de Filipe.

Médico: Senhorita Dias, e cavaleiro. Vou pedir por gentileza que as senhoritas espere lá fora. Tudo bem? Para que possamos fazer alguns exames nele. - O Dr. Costa pediu.

Anna: Claro que sim, podemos ligar para a família?

Dr. Costa: É melhor esperar até que os exames sejam feitos. - Ele informou, e eu senti uma leve pontada de preocupação na voz dele. Apenas concordamos e saímos do quarto.

Vanda: Meu filho... - Ela começou a chorar observando-o através da janela de vidro.

Anna: Vai ficar tudo bem, agora tudo vai ficar bem. - Sussurrei também chorando, e abraçando-a.

Observamos por mais alguns segundos até um dos médicos fechar a persiana. Maldito!

A insegurança ameaçava tomar contar de todo o meu eu, e o medo já estava se instalando em cada parte do meu corpo. E se ele tivesse ficado com sequelas? E se fosse algo irreversível? aí meu deus eu odeio essa maldita insegurança e medo.

Eu queria ligar muito para todos e contar a boa notícia, mas tinha que esperar os resultados dos exames. Tinha que dar a notícia 100% boa. Mas eu também estava apreensiva de dar uma notícia boa e depois ter que dar uma ruim. Eu não queria ser a autora disso. Não depois de tanta coisa que todos nós já havíamos passado.

_______________________________________

Eu disse que ele não ia ficar por muito tempo em coma, né? Eu disse.
Como tão se sentindo agora?
Oq vocês estão achando? Está chato?
Votem, comentem e me sigam para mais ❤️

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