I hate you | miotela ✓

By bestversionray

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" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido" Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que... More

prólogo
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Epílogo
fic nova

01

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By bestversionray

Ana Flávia,
point of view.

O professor começou a escrever na lousa e eu peguei meu caderno e a caixinha do meu óculos, fazendo de tudo para ignorar o ser irritante do meu lado.

Abri a caixinha do meu óculos, mas quando eu ia pegar ele, uma outra mão tirou ele da caixinha e eu nem preciso dizer quem foi, não é?

- Parece que sua miopia piorou - disse Gustavo analisando meu óculos.

Retirei o óculos da sua mão brutalmente e coloquei no meu rosto. Folgado.

-Te dei intimidade para pegar nas minhas coisas? - eu disse o olhando irritada.

- E precisa? Somos amigos de longa data - ele disse com ironia e pegando uma mecha do meu cabelo.

- Não me toque, se não te denuncio por assédio - eu disse batendo na sua mão, fazendo ele retirar a mão do meu cabelo e revirar os olhos.

- Se eu quisesse, você estaria na minha cama, e seria por livre e espontânea vontade - ele disse malicioso e foi minha vez de revirar os olhos.

- Nem se os humanos estivessem em extinção, eu transaria com você - eu disse o olhando com desprezo.

- Continue tentando mentir para si mesma, mas nós dois sabemos que você é doidinha por mim - ele disse me dando um peteleco na testa.

Novamente ele levou um tapa na mão, o que fez o desgraçado rir. Por que tão irritante?

- Não toque em mim, posso pegar sua doença de imbecilidade.

- É melhor eu não te relar mesmo, vai que eu pego sua doença de frescurite aguda - ele disse e eu revirei os olhos.

Me virei novamente para frente, disposta a ignorar Gustavo de qualquer maneira. Não vou dar importância a suas idiotices e ele para. Pelo menos eu espero que ele pare.

Ele realmente parou, mas só quando o professor começou e a explicar a matéria que tinha passado na lousa.

Quando chegou o intervalo, dei graças a Deus por não ter mais que aturar Gustavo. Fui em direção ao refeitório e peguei minha comida, procurando com o olhar a Gabi, que estava sentada em uma das cadeiras. Andei até ela e me sentei na sua frente.

- Adivinha quem é minha dupla na aula de matemática? - falei revirando os olhos.

- Pela sua expressão, acredito que seja alguém que não te agrada - ela disse comendo.

- Gustavo, eu disse irritada e ela sorriu.

- Não sei porque você não gosta dele, ele é tão gato - ela disse sorrindo maliciosa e eu revirei os olhos.

- Ele é um imbecil.

- Sabe o que eu acho? - perguntou e eu já sabia que ela iria falar bosta, só de olhar para sua expressão. Conheço ela - Acho que no fundo, vocês dois vão acabar se pegando em um canto escuro.

- Que nojo, nunca, jamais - eu neguei achando isso um absurdo, porque realmente é um absurdo.

Não entendo nem como tem gente que aceita ficar com Gustavo. Ele é tão irritante.

- Pois eu acho que a probabilidade disso acontecer é muito grande - ela disse bebendo seu suco logo depois.

- Então você está ficando louca - eu disse e senti alguém sentando ao meu lado.

- Quem está ficando louca? perguntou Rudi, nosso amigo.

- Gabriela está com umas ideias idiotas - eu disse depois comendo um bocado da minha comida - Onde você estava? - perguntei notando que eu não tinha visto ele desde que entrei na escola e também para fugir do assunto "Gustavo".

- Estava por ai - ele disse dando de ombros.

Eu aceitaria essa resposta, mas abri um sorriso malicioso ao ver um chupão no pescoço dele.

- Estava por ai dentro de alguém, não é? - disse maliciosa e fazendo alguns movimentos com a mão. Ele notou para onde eu estava olhando, colocando a mão em cima do chupão para esconder.

- Para alguém virgem, você é bem safada - ele disse me olhando ainda segurando o pescoço.

- E quem disse que eu sou virgem? - perguntei arqueando uma sombrancelha.

- Está na sua cara, amor. disse pegando no meu queixo e balançando de leve meu rosto.

Tirei sua mão do meu queixo revirando os olhos. Está tão na cara assim?

(...)

Estava indo para minha última aula, educação física. Não que eu odeie educação física, eu até gosto, mas minha parte sedentária odeia ficar correndo que nem uma barata tonta.

Cheguei na quadra, já com a roupa de educação física e vi todos que estavam na minha aula de educação fisica.

Eu considero azar, mas Gustavo também estava nessa minha aula.

- Antes de começarmos com a aula, queria dizer que vagas para o time de lacrosse estão abertas, quem quiser participar é só vir falar comigo depois - o professor disse e depois passou nossa atividade do dia.

Queimada.

Formamos os times e eu fiquei no time adversário do Gustavo. Estava começando a me animar em pensar em jogar a bola com força contra o rosto desse imbecil e se eu tiver sorte, quebrar o nariz dele.

Começamos a jogar e sempre que eu pegava a bola. tentava acertar no Gustavo. Depois de um tempo, ele percebeu isso e começou a tentar me queimar também.

Aos poucos, os dois times iam diminuindo, mas o meu tinha mais pessoas do que o do Gustavo.

Quando Gustavo segurou a bola, ele tentou me acertar e dessa vez percebi que ele jogou com força. Por sorte não acertou em mim, mas acertou no Brandon, o valentão da minha sala.

Vi no momento certo que a bola acertou em cheio o rosto de Brandon e com força, fazendo ele colocar a mão no nariz e queixar de dor.

Não acredito que Gustavo tentou me acertar jogando a bola tão forte assim. Mas pensando bem, desse cara eu espero qualquer coisa.

- Qual foi, cara? - bravejou Brandon, ainda com a mão no nariz e indo em direção ao Gustavo.

- Foi sem querer - disse Gustavo levantando a mão, mas isso não fez com que Brandon parasse.

Brandon empurrou Gustavo com força, fazendo Gustavo ficar em alerta e empurrar ele de volta.

- Já disse que foi sem querer - disse Gustavo e percebi pelo seu tom de voz, que ele também estava ficando irritado.

Se Gustavo levar um soco na cara, eu vou ganhar meu dia.

- Isso também vai ser sem querer - disse Brandon e acertou um soco no seu rosto.

Arqueei a sombrancelha surpresa pelo meu pedido ter se realizado, mas eu acho que um soco tá bom, universo.

- Ei, fiquem calmos e - o professor de educação fisica não terminou de falar, quando Gustavo devolveu o soco no Brandon.

Todo mundo fez uma rodinha em volta dos dois, gritando "briga, briga, briga" enquanto os dois quase se matavam no chão.

Eu também estava na rodinha, vendo bem de perto, por estar na frente. Os dois estavam brigando a uma pequena distância de mim, já que me empurravam.

Gustavo levantou do chão, assim como Brandon e o que aconteceu foi tão rápido que eu não consegui nem raciocinar direito. Gustavo levantou a mão para acertar novamente Brandon, mas Brandon desviou e os alunos atrás de mim me empurraram mais para frente, fazendo o punho do Gustavo acertar o meu rosto.

Coloquei a mão no nariz, sentindo a dor latejante e lágrimas brotaram no meu rosto. Todo mundo ficou em silêncio e só se escutava o professor repreendendo os dois e me perguntando se estava tudo bem.

- Ana, você está bem? - perguntou a voz do professor e eu levantei o rosto, ainda segurando meu nariz.

- Meu nariz... - disse sentindo a dor aumentando cada vez mais.

- Tudo bem, tudo bem - disse o professor tentando me acalmar - Melhor ir a enfermaria - o professor disse e eu concordei.

- Deixa que eu a levo - disse Gustavo e eu o olhei com ódio.

- Não acho uma boa ideia - disse o professor e o Gustavo o olhou ofendido.

- Não foi de propósito, ela que entrou na minha frente - Gustavo disse.

- Eu não entrei na sua frente - eu disse ainda segurando meu nariz e sentindo a dor cada vez mais forte

- Vamos logo - ele disse me puxando e não dando tempo pro professor falar mais nada.

Andamos em direção a enfermaria e me perguntei como Gustavo sabia onde ficava a enfermaria, já que hoje era seu primeiro dia de aula. Mas acho que quando ele veio conhecer a escola, disseram a ele onde fica.

Chegamos a enfermaria e a enfermeira colocou uma compressa fria no meu nariz, já que ela disse que isso vai ajudar com a dor.

- Segure por dez minutos e não mexa - ela disse e eu segurei a compressa, sentindo que meus olhos estavam marejados por culpa da dor - Infelizmente seu nariz está quebrado - ela disse olhando feio pro Gustavo.

Ela saiu da sala nos deixando sozinhos.

- Pode ir - eu disse tentando não demostrar minha dor
na minha voz, mesmo estando dificil já que minha voz saiu falhada.

- Você sabe que não foi de propósito, não é? - ele perguntou e eu quase vi preocupação nos seus olhos.

- É, eu sei - eu suspirei deixando meu orgulho de lado,

Mesmo o Gustavo sendo um completo babaca, ele não é de bater nos outros. Bom, pelo menos não em mulheres. Tenho a prova disso, já que desde pequena eu batia nele e ele nunca revidou e eu agradeço por isso, porque nossa, e seu soco é forte. Ou meu nariz que é fraco.

- Me desculpa de verdade - ele disse e eu apenas mexi a cabeça em concordância - E um nariz quebrado não é tão ruim, deixa a gente com aparência mais macho - ele disse fazendo piada e eu soltei um pequeno riso.

Quando percebi que estava rindo de algo que Gustavo disse, fechei minha cara na hora. A enfermeira voltou depois de dez minutos com um curativo nas mãos e colocou no meu nariz, me dispensando.

Fui em direção a saída da escola, já que a aula já acabou. Eu estava me sentindo estranha com o curativo no nariz.

A enfermeira me disse para ir trocando o curativo até 15 dias e tomar os antibióticos que ela me passou. Ela me disse que até 15 dias meu nariz já estaria melhor, mas se não estivesse, era melhor ir ao hospital.

- Até amanhã cabelo de égua e eu espero que seu nariz melhore - disse Gustavo ao meu lado bagunçando meus cabelos.

Eu bufei, tirando sua mão do meu cabelo e o empurrando.

- Não me chama disso - eu disse arrumando meu cabelo e escutei ele rindo.

Gustavo foi para o lado oposto que eu estava e eu andei para fora da escola, procurando meu irmão, já que eu venho com ele e vou embora com ele também.

Avistei meu irmão, Guilherme, encostado no seu carro e quando eu cheguei ao seu lado ele arqueou uma sombrancelha quando vou meu nariz.

- O que aconteceu com seu nariz? - ele perguntou olhando atentamente.

- O idiota do Gustavo me deu um soco - eu disse entrando e no carro.

Ele entrou logo depois, colocando a chave na ignição e ligando o carro.

- Gustavo Mioto? perguntou e eu confirmei com a cabeça - Filho da puta, eu vou matar ele - disse Guilherme e eu neguei com a cabeça.

- Foi sem querer - eu disse e ele me olhou.

- Quem da um soco sem querer? - perguntou Indignado.

- Foi sem querer, só vamos embora logo - eu disse colocando o cinto e escutando meu irmão suspirar e sair com o carro.

Nunca imaginei que iria defender Gustavo. Eu deveria ter deixado meu irmão tentar matar ele, mas não confio na minha sorte, vai que eu levo um soco novamente.

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