Em seus braços - Samuel Reoli...

Por semsentido0909

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O que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viv... Más

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Por semsentido0909

*Narrador

Segunda-feira - 12 de Julho de 1995.

Diana sorri ao acordar e sentir o cheiro do namorado, ela se aninha em seus braços e deita sua cabeça em seu peito.

- Bom dia. - sua voz rouca chama a sua atenção.

- Bom dia, amor. - ela sente ele acariciando seu rosto.

- Você está bem? - ele pergunta e antes que ela consiga responder, a mesma levanta correndo e segue em direção ao banheiro que tinha no quarto, ela se agacha em frente a privada e vomita. A mesma escuta passos e logo sente seu cabelo sendo levantado, Samuel acaricia as costas da namorada e suspira. - Vem, eu te ajudo. - ele a levanta quando ela termina e fecha a tampa da privada, dando descarga.

- Eu nunca mais vou beber. - ela resmunga enquanto ele a ajudava a entrar no box.

Samuel permanece em silêncio, ele ajuda a namorada a tomar banho e toma um banho rápido também. Ambos saem do banheiro e ela se senta na cama ainda enrolada na toalha.

- Vai vomitar novamente? - ele pergunta preocupado ao ver ela encarar um ponto fixo no chão, ela nega e suspira.

- Eu nunca fiquei assim antes, minha cabeça está explodindo. - ela reclama, ele pega sua mochila e tira da mesma uma calça jeans, uma camiseta do São Paulo e uma boxer. O mesmo veste e segue até Diana, ele se ajoelha em sua frente e segura suas mãos.

- O que aconteceu ontem, Diana? - ele pergunta e ela o encara confusa.

- Como assim o que aconteceu ontem? - ela pergunta e Samuel suspira ao ver confusão em seu olhar.

- Você não lembra?

- Amor, você está me assustando. - ela aperta as mãos dele. - O que eu fiz? Eu fiz merda? Eu briguei com alguém? Meu Deus, eu briguei com o Dinho? Por isso ele estava aqui? - ela pergunta tudo de uma vez e ele nega.

- Você não fez nada, só bebeu demais. - ele responde e força um sorriso. - Consegue se trocar sozinha? Vou ir preparar alguma coisa pra você comer.

- Consigo, pode ir lá. - Diana observa o namorado sair do quarto, ela se levanta da cama e segue até sua mochila, pega um vestido azul escuro e veste o mesmo. A mesma se sente zonza e se deita novamente, esperando a tontura passar.

- Pitchula? - Dinho a chama ao abrir a porta. - Você está bem?

- Estou. - ela se levanta e força um sorriso. - Estou com dor de cabeça e tontura, mas vou melhorar.

- Quer comer alguma coisa? - ele pergunta e ela segue até o mesmo.

- O Sam foi preparar alguma coisa pra gente comer. - ela responde e ele a abraça, um abraço apertado e daqueles que ele só dá quando está preocupado. Ela retribui o abraço e quando finalmente se soltam, encara confusa o irmão. - O que foi isso?

- Eu amo você, Di. - ele fala de forma séria, preocupando a mesma. - Você sabe disso, não sabe?

- Eu tenho certeza, Dinho. - ela sorri para o irmão. - Agora vamos comer antes que os esfomeados acordem e comam primeiro.

...

Diana e Valéria estavam sentindo o clima estranho entre os amigos, mas não sabiam dizer o que era.

Dinho conversou com os colegas e decidiu não contar sobre o que houve na noite anterior para nenhuma das duas, pelo menos não até eles descobrirem o que aconteceu.

Mas Diana estava estranhando aquela preocupação por parte dos amigos, Dinho, Sérgio e Samuel estavam à tratando como se ela fosse de vidro e Cláudia e Júlio estavam afastados, mal trocavam olhares com ela.

- Está sentindo o pessoal estranho? - ela pergunta para Valéria, ambas estavam em uma sala que dava acesso ao camarim, esperando os meninos se arrumarem.

- Pensei que fosse loucura minha. - Valéria responde de forma baixa. - Está todo mundo estranho e eu não sei o que aconteceu.

- Eu também não. - ela suspira. - Vou conversar com eles depois, devem estar nervosos por conta do programa. - ela fala e a amiga assente.

- 'Eai, o que acharam? - Dinho pergunta saindo do camarim vestido de chapolin, atrás dele Júlio arrumava as meia e Samuel, Bento e Sérgio brigavam com as antenas.

- Fica caindo essa porcaria. - Samuel resmunga e Diana da risada, ela se levanta e segue até o mesmo, arrumando sua antena e segurando seu rosto.

- Vocês estão lindos. - ela fala e rouba um selinho do mesmo.

- Hipócrita, você diz isso e olha só para o seu namorado. - Bento resmunga e Diana revira os olhos e sorri.

- Você também está lindo, japonês. - ela fala e ele manda um beijinho no ar.

- Cadê minha mulher? - ele pergunta olhando ao redor.

- Não achei a minha também. - Sérgio fala e a porta da sala é aberta e Aninha e Cláudia entram com um potinho de sorvete na mão de cada uma. - É o dia inteiro comendo.

- Eu fui buscar pra você, ingrato. - ela resmunga. - Mas vou comer e você vai ficar sem. - ela leva uma colherada do sorvete até a boca e Sérgio a abraça e pega a colher e o pote de sorvete de suas mãos.

- Vocês estão esperando alguém? - Aninha pergunta e eles negam. - A moça da produção avisou que uma tal de Simone chegou e já foi pra platéia.

- Então... - Júlio pigarreia. - A Simone é a minha namorada.

- O quê? - Diana e Cláudia perguntam em uníssono.

- Finalmente, que ano abençoado esse de mil novecentos e noventa e cinco, todos nós namorando. - Bento levanta as mãos pra cima de forma exagerada.

- Está namorando, Rasec? - Cláudia pergunta surpresa e ele assente. - Parabéns, meu amor. - ela abraça ele que retribui e sorri sem graça.

- Parabéns, Rasequinho. - Diana o abraça. - Estou ansiosa para conhecer ela.

- Vocês já conhecem.

- É a loira misteriosa? Tá explicado porque ela surgia do nada e vocês não se largavam. - Samuel fala e Júlio revira os olhos. - Aí galera, me deu dor de barriga.

- Nem vem que eu vou no banheiro primeiro. - Dinho fala levando as mãos até a barriga.

- Isso é só nervosismo. - Diana abraça o namorado de lado. - Vocês vão arrasar, eu tenho certeza.

*Diana

A plateia dava risada a cada palhaçada que os meninos faziam e eu, Cláudia, Simone, Valéria e a Aninha acompanhávamos.

- Justmenbrou in puta que pariu Califórnia dreams. - Dinho fala imitando a voz do Lula. - I am denaite and forever young.

- Agora nesse momento ele está pronunciando palavras intraduzíveis. - Júlio fala e a platéia gargalha.

- Just men brou, i can belive in fuck myself. - Dinho continua a imitação olhando para a platéia e apontando para o teto.

- E ele disse que o Brasil é um foguete indo para o céu. - Júlio traduz e a plateia gargalha novamente.

Apesar do nervosismo, eles ótimos.

Deram uma palhinha de Jumento Celestino e na hora de Robocop Gay sobrou até para o baixista da banda do Jô. Ele questionou se os meninos tinham trazido uma fantasia para ele e acabou ganhando uma anteninha, uma mãozinha que o Dinho usou para fazer palhaçada e um doce de mamona que a nossa mãe tinha feito.

Um dos pontos altos além da entrevista com o Lula foi quando ele entregou o telefone de shows, Jô pediu para ele falar baixinho no ouvido dele e o meu irmão tirou um telefone com um bilhete com o número do Rick.

Todos eles estavam radiantes, mas o Samuel... Ah, o Samuel estava brilhando. Seu sorriso, sua risada, seus olhares, eu não conseguia tirar os olhos dele, sentia como se estivesse me apaixonando novamente e saber que ele era meu preenchia o meu coração de amor e paz.

A entrevista acaba e nós seguimos até o camarim novamente, após alguns minutos os meninos aparecem comemorando.

- VOCÊS FORAM DEMAIS. - Valéria fala se jogando nos braços de Dinho e o beijando.

- Nós sabemos. - Bento fala de forma convencida e abraçando a namorada.

Samuel se aproxima e me puxa pela cintura.

- Eu não conseguia me concentrar com você me olhando daquele jeito o tempo todo. - ele fala olhando em meus olhos.

- De qual jeito? - pergunto e ele sorri.

- Com um sorriso bobo no rosto e os olhos marejados, você é uma chorona, sabia? - ele pergunta e eu dou risada e o empurro, tentando me afastar, mas ele me puxa de volta e morde a minha bochecha de leve.

- Pessoal, eu quero apresentar a Simone para vocês. - Júlio fala e a garota sorri de forma tímida.

- Nós conversamos antes do programa começar e ela é um amor, já faz parte do nosso grupinho. - Cláudia fala abraçando Simone de lado e eu sorrio. - Vamos montar uma banda nós cinco.

- Vocês são os Mamonas Assassinas e nós somos as Bananas Assassinas. - Aninha fala animada e eu dou risada. - Inclusive a bananinha aqui está com fome.

- Você sempre está com fome, Aninha. - Valéria da risada.

- Deixem minha mulher. - Bento resmunga e beija o rosto de Aninha.

Os meninos vão se trocar e logo tio João, Rick e Diogo entram no camarim. Conversamos um pouco sobre o programa de hoje e tio João nos deu a terça de folga, já que iriamos viajar na quarta-feira.

*Narrador

O rapaz entra na sala e vê o outro com os pés sobre a mesinha e lendo um jornal.

- 'Tá aqui. - ele joga o envelope sobre a mesinha.

- Finalmente, Ricardo. - ele resmunga e pega o envelope, analisa o conteúdo e sorri. - Foi tudo no sigilo?

- Sim, tive que pagar a mais. - Ricardo resmunga. - Mas vai ficar por debaixo dos panos.

- Ótimo. - ele cruza as penas e coloca as mãos atrás do pescoço. - Não reclame de ter pago a mais, eu que tive que fazer a parte mais difícil e o maior interessado nessa história toda é você.

- É isso que eu não entendo, eu quero a Diana de um jeito ou de outro, mas e você? O que você ganha nessa história toda? - Ricardo pergunta desconfiado.

- Somos irmãos, estou apenas te ajudando. - ele responde, mas Ricardo continua o encarando. - Ela me irritou e eu preciso de dinheiro. - ele balança o envelope. - Isso aqui é o meu passe para a riqueza.

- Ela não tem dinheiro, Diogo. - Ricardo fala rindo.

- Ainda não tem. - ele sorri de forma maldosa. - Eles vão explodir quando lançarem o disco e o meu bolso vai encher.

- Não acha que pegamos pesado?

- Está arrependido? - ele pergunta e o irmão nega. - Ótimo, porque eu não vou voltar atrás.

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Capítulo escrito: 19.02.2024

Capítulo postado: 19.01.2024


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