Em seus braços - Samuel Reoli...

By semsentido0909

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O que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viv... More

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By semsentido0909

*Narrador

O caos se instalou entre o grupo de amigos, Aninha cuidava de Valéria enquanto os outros procuravam Diana em cada canto da balada. O tempo passava, a balada ia esvaziando e nada de acharem a mesma, Dinho a essa hora já estava desesperado e Samuel não conseguia trocar nenhuma palavra com os amigos.

- E se ela foi pra casa? - Bento pergunta e todos o encaram. - Procuramos em todo lugar e não achamos, ela foi pra casa.

- Bento tem razão. - Júlio fala de forma calma, tentando tranquilizar Sérgio, Dinho e Samuel. - Ela deve ter saído do banheiro, não deve ter nos achado e foi pra casa.

- Não, ela não faria isso. - Cláudia passa as mãos no rosto. - Por que eu fui deixar ela sozinha? Puta que pariu, que merda que eu fiz?

- Clau, se acalma. - Sérgio segura as mãos da namorada. - Nós vamos encontrar ela.

- Vamos pra casa. - Aninha fala e segura Valéria pela cintura, com a ajuda do namorado.

- Vocês vão na frente, eu vou ir a pé. - Samuel fala e não espera os amigos responderem, ele sai da balada e logo Dinho se aproxima.

- Aninha vai cuidar da Valéria, eu vou com você. - ele fala e Samuel assente em silêncio.

Já passava das três da manhã quando eles saíram da balada e começaram a caminhar sem rumo, após uns quinze minutos andando eles avistam a jaqueta de Diana no chão e a mesma caída a alguns metros.

Ambos correram em direção a garota que estava encolhida no chão e chorava de forma desesperada. Quando ela os vê se aproximando, se arrasta tentando se afastar.

- Hey, Diana. - Samuel a segura pelos braços e ela se nega a encarar o mesmo. - Diana, sou eu.

Diana estava transtornada e chorava como criança, Dinho se agacha ao lado da irmã e a pega no colo.

- Vamos pra casa, Samuel. - é a única coisa que ele fala antes de seguir caminhando.

Samuel não sabia o que sentir, apesar do alívio de ter encontrado a namorada, o desespero ainda estava presente em seu peito. A reação de Dinho também o incomodou, mas ele apenas ficou em silêncio e seguiu o cunhado.

Ao chegarem na casa encontraram os amigos sentados no chão da sala, todos se levantam ao ver Dinho entrar com Diana, ele apenas fica em silêncio e sobe as escadas com a irmã no colo. Cláudia sobe correndo atrás do mesmo, assim como Samuel.

Dinho entra no quarto que seria seu e de Valéria e vê a namorada dormindo encolhida na cama, ele sai do quarto e segue até o de Diana e Samuel, ele deita a garota na cama e ela segura sua camiseta a puxando, não querendo se afastar.

- Eu estou aqui. - ele se senta ao seu lado e acaricia seus cabelos.

Samuel entendeu o que aconteceu quando finalmente conseguiu olhar no rosto da namorada. As pupilas dilatadas, o rosto pálido e a boca trêmula, ela apertava a blusa de Dinho com tanta força que os nós de suas mãos ficavam brancos.

A culpa invadiu seu coração, não só o seu, como o de sua cunhada que não conseguiu ficar no quarto e desceu em prantos.

- Dinho... - Samuel chama o amigo. - A Diana... - ele deixa a frase no ar.

- Drogaram ela, Sam. - a resposta do amigo fez seu coração acelerar.

Ambos ficaram em silêncio, observando a garota. Quando seus dedos afrouxaram no aperto da camiseta do irmão e seus olhos começaram a pesar, Dinho se levantou com cuidado e saiu do quarto, pouco tempo depois voltou com Cláudia ao seu lado.

- Consegue ajudar a Cláudia a dar um banho nela? - ele pergunta para Samuel.

- Consigo. - Sam responde e segue até Diana a pegando no colo, Dinho sai do quarto e Samuel segue para o banheiro com Diana no colo e Cláudia atrás do mesmo.

Ele dá um banho demorado na namorada com a ajuda de sua cunhada, Diana tremia e tinha o olhar longe, ficou em completo silêncio durante todo o banho e quando Samuel segurou seu rosto com delicadeza e olhou em seus olhos, não encontrou sua menina ali e sim um vazio refletindo nos mesmos.

Assim que terminaram, voltaram para o quarto e a trocaram. Samuel a deita na cama novamente e ela se encolhe, fechando os olhos e caindo no sono rapidamente.

Após ter certeza que ela estava bem, desceu as escadas e encontrou os amigos ainda sentados no chão e em silêncio.

- E a Valéria? - ele pergunta e Aninha suspira.

- Está dormindo, o Dinho foi dar um banho nela e disse que já desce. - ela responde e ele assente. - Onde a encontraram?

- Na rua, uns três quarteirões depois da balada. - ele responde e todos o encaram assustados. Dinho desce as escadas e para ao lado dele.

- Diana foi drogada, alguém batizou o copo dela. - ele fala de forma séria. - Eu não sei quem foi o filho da puta, mas eu vou descobrir.

- Dinho... - Bento começa, mas é interrompido.

- Não, não vem com "Dinho" pra cima de mim, drogaram a minha irmã, porra. - ele fala irritado e fecha o punho com força. - E se alguém tivesse feito algo com ela? E se eu não tivesse a encontrado? Eu não sei o que eu faria se eu não voltasse com ela pra casa.

- Mas vocês a encontraram e está tudo bem agora. - Bento fala e Dinho suspira.

- Aninha, pode dormir com a Valéria? - ele pergunta e ela assente. - Ela está melhor e acredito que vá dormir o dia inteiro, mas quero dormir com a Diana hoje.

- Tudo bem, eu fico com ela. - Aninha força um sorriso para o amigo.

Cláudia e Júlio permaneciam em silêncios, ambos com o coração culpado e sem coragem de compartilhar a culpa com os amigos.

Cláudia se martirizava por ter deixado a amiga sozinha e Júlio por ter insistido para saírem mesmo quando seu coração o dizia que algo ruim iria acontecer.

- Nós temos algumas horas para descansar. - Dinho fala olhando no relógio que estava em seu pulso. - Aproveitem que as camas chegaram e vão dormir. - ele fala tentando descontrair, mas o clima instalado era pesado demais. - Aninha, qualquer coisa me chama, por favor.

- Pode deixar.

Todos sobem e cada um vai em direção aos seus devidos quartos, menos Aninha que foi para o quarto de Dinho e Valéria e Dinho que foi para o quarto de Samuel e Diana.

Dinho e Samuel se sentaram de frente para a cama, com as costas escoradas na parede. Passaram o restante da noite em silêncio e o único som do quarto eram os de suas respirações, de vez em quando, Dinho levantava preocupado para garantir que a irmã estava respirando.

Mas aquela noite nenhum dos dois pregou os olhos.

...

- Bom dia?! - Diana resmunga ao abrir os olhos e ver os dois a observando. - O que estão fazendo aí no chão? - ela pergunta confusa. - Aconteceu alguma coisa?

- Você está bem? - Samuel pergunta se levantando.

- Estou com uma puta dor de cabeça, minha língua esta pesada e eu não consigo manter meus olhos abertos. - ela acaricia as têmporas. - Mas eu estou bem. - ela suspira ao ver o Dinho se levantar. - Acho que bebi demais, nem lembro da gente chegando em casa.

- Não lembra? - o irmão pergunta e ela nega.

- A última coisa que eu lembro é do garçom me entregando o drink que você pediu pra mim. - ela responde para o Dinho. - Fora isso não lembro de nada.

Dinho suspira e encara o relógio no pulso que marcava sete horas da manhã.

- Vou ir dormir, qualquer coisa você me chama. - ele avisa o cunhado e se aproxima da irmã, beijando sua testa. - Eu amo você, Diana.

- Eu também te amo, Dinho. - ela fala confusa e observa o irmão sair do quarto. - O que deu nele? O que deu em vocês dois para estarem no chão?

- Não foi nada, amor. - ele responde e se deita ao lado dela, ela o abraça e se aninha em seus braços.

- Minha cabeça está doendo tanto e minha boca está machucada. - ela suspira frustrada. - Não quero nem pensar o que eu fiz essa noite.

- É... Eu também não.

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Oii meus amores, tudo bem?

Antes que perguntem ou especulem alto, vou deixar avisado.

NÃO TEVE ABUSO OU VIOLÊNCIA SEXUAL.

Vocês irão entender o contexto desse capítulo após a viagem de Los Angeles, mas fiquem em paz pq não tem nada haver com abuso ou violência sexual.

Capítulo escrito: 17.02.2024

Capítulo postado: 17.02.2024




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