Serendipity of a dream

Od Estrela_rana

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[ LIVRO FÍSICO EM BREVE PELA EDITORA SINGULARITY 📖 ] [Em andamento] Jeon Jungkook, um adolescente que tem s... Více

AVISOS!
Lembranças
O loirinho bonito.
Tudo que sinto é... medo.
Sorvete de menta
Quase um encontro
Molho de pimenta
Rosa azul
Sombras do passado
Foi só um beijo bobo, né?
Cheirinho de morango
Viva sem medo
Verdade oculta
O meu único refúgio
Pelo teu sorriso
sinceridade
Foi tudo um sonho
Me apaixonando mais a cada dia
Um passo de cada vez
Perdido por você
Meu coração palpita por você
Eu sou você...
Você sou eu
Amizade em primeiro lugar
Mudanças
onde a verdade se revela (1)
uma palavra dá autora :)
Onde a verdade se revela (2)
Arrependimento
Ainda há esperança?
Memorias perdidas
Coração quebrado
NOVA TEMPORADA
Novo cronograma
Pesadelo
Sem forças
Desavenças
Um momento de paz
Uma volta no tempo
Confusão
Grupo novo no Instagram
Calmaria
Sofrimento
Mostrando as garras
A dor que sempre volta
"Nervos a flor da pele"
Melhor amigo
A última briga
Apenas Continue
O seu lado da dor
Uma nova chance
Incerteza
Estou com você
Um momento só nosso
Me deixe ser feliz
A noite em que fizemos amor
O monstro se revelou

Dores do passado

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Od Estrela_rana

🚨 Este capítulo contém cenas com menção a agressão física e verbal. Pessoas sincivieis ao tema, por favor, se retire da leitura, caso não se sinta confortável, a autora presa muito para que todos os seus leitores não se sintam mal durante a leitura. 🚨






Seokjin

— Amor, onde que você colocou as chaves do carro? Não tô achando. — Pergunto alto para Namjoon, que está no banheiro, ao mesmo tempo em que tateio o forro do sofá, procurando a chave entre as repartições. 

— Tá lá na mesa da cozinha, meu bem. — me viro quando ouço a voz dele soar não muito longe de onde estou. Namjoon usa apenas uma toalha da cintura para baixo e na mão direita segura sua escova de dentes. Seu corpo ainda molhado por gotas recentes de água, molham o chão da sala.  

Me distancio de onde estou e caminho na direção que me indicou, consequentemente passando por ele. — Você vai limpar essa bagunça. — Aviso com um olhar ameaçador. 

Namjoon apenas dá um pequeno sorriso, antes de responder: — Pode deixar, chefe. — Ele então volta para o banheiro e eu, enfim, encontro o que procurava. 

Coloco as chaves no bolso do meu sobretudo preto e me direciono para o nosso quarto. Ao passar pela porta encontro com Namjoon em frente ao guarda-roupa. Me sento na cama, esperando que ele se arrume para sairmos, hoje iremos em um mercadinho que fica perto da nossa casa para comprar algumas verduras e frutas que estão faltando. Apesar de gostarmos de comprarmos comida pronta, às vezes, também gostamos de manter nossa alimentação saudável. E modéstia parte, quando se faz comida com alimentos mais frescos até o sabor é melhor do que as industriais.

— Você viu aquela minha camisa azul? — se vira para perguntar. 

— Vi, você colocou ela pra lavar ontem, não lembra? — Ele nem ao menos precisa responder, sempre que franze a testa  enquanto torce os lábios para o lado, significa que está claramente confuso. — Você anda esquecido demais. 

— Em minha defesa, eu não tenho culpa de ser tão esquecido assim. — Ele volta a mexer em suas roupas, mas não demora para se virar novamente. Agora tendo em mãos uma camisa social branca junto de uma calça jeans cargo azul. Coloca as peças sobre a cama e tira sua toalha ficando agora completando nu. 

Apesar do meu olhar estar concentrado em Namjoon, meus pensamentos viajam para lugares distantes. Ultimamente é impossível não estar preocupado com o meu irmão, vem acontecendo tantas coisas ao mesmo tempo com ele que nem sei como consegue fingir estar bem. Em pensar que tudo isso começou com um jantar em família. 

Mesmo que dias tenham se passado, lembro perfeitamente de quando Jimin me ligou desesperado contando sobre quem Jungkook realmente era. Confesso que eu sempre senti que conhecia ele muito antes de ser professor naquela escola, mas julgava ser apenas uma coincidência, todavia, quando Jimin confirmou minhas suspeitas ao revelar que ele pertencia a família Jeon, antigos amigos dos nossos pais, tudo ficou claro como água cristalina em minha mente. 

No lugar do meu irmão eu não saberia como lidar com essa situação, na idade dele com toda certeza eu era bem mais imaturo, no entanto, Jimin, tendo seus 19 anos consegue ser forte e seguir em frente por aquilo que ele acredita ser o certo. Tenho orgulho de quem ele é, mas por outro lado temo que acabe se moldando tanto para se encaixar em um lugar a qual não pertence, e por conta disso acabe perdendo o amor por aquilo que verdadeiramente gostava de fazer. Falo isso por experiência própria, ser professor nunca esteve nos meus planos. 

— Oi, oi. Terra chamando Seokjin. — Me espanto quando vejo a mão de Namjoon balançando em frente ao meu rosto. 

— Pra que isso, tô aqui. — Seguro sua mão que a pouco me acordava dos meus devaneios. 

— Pois não parecia. Chamei você mais de cinco vezes e você só ficou parado me olhando. Se perdeu na beleza do meu corpo, amor?

Aproveito que ele está perto o suficiente e me levanto colando nossos corpos. Por um instante observo atentamente seu peito seminu, por não ter fechado todos os botões da camisa por completo. Me aproximo de seu ouvido e em um sussurro eu digo: 
— Não só me perco em seu corpo, como estou doido para me perder nessa sua boca gostosa também. — Mordo meu lábio inferior quando sinto sua mão grande apalpar minha bunda em um aperto forte. 

Namjoon deixa um selar em meu pescoço causando arrepios por todo o meu corpo. 
— Eu amo quando você me provoca assim. — Se afasta da minha pele para olhar em meu rosto. Uma de suas mãos agarra minha nuca com firmeza enquanto a outra se apoia em minha cintura. 

Nossa distância é curta, aproveito da situação para dar um selinho rápido, Namjoon tenta continuar, mas impeço colocando um dedo entre nossas bocas. 
— Se a gente começar você sabe muito bem onde isso vai parar. — Seu olhar cai sobre nossa cama. — Exatamente, e não podemos fazer isso agora, temos que ir ao mercado antes que as melhores coisas se esgotem. Então anda. — Me afasto deixando ele com olhar de cachorrinho abandonado. 

Namjoon solta um suspiro alto: — Maldito mercado. — Deixo um sorriso frouxo escapar por entre meus lábios. 

[•••] 

— O que você acha desse alface? — Namjoon pergunta mostrando o ramo de folhas verdes para mim. 

O mercado em que estamos é um local pequeno, mas acolhedor, a senhora que administra tem mais de 65 anos, porém aparenta ter bem menos. As frutas e verduras são dispostas em caixotes grandes organizados por tamanho e com o preço escrito em uma plaquinha próximo a cada compartimento, há também embalagens plásticas a qual usamos para colocar o que desejamos levar. Optamos sempre por comprar aqui pelo preço ser mais em conta, já que geralmente frutas em mercados grandes são sempre muito caras.

— Você que sabe. — Digo sem muita vontade. — com uma sacola plástica nas mãos me aproximo da bancada de laranjas, um pouco mais afastada de onde ele está. A senhora fala comigo fazendo propaganda de suas frutas dizendo o quanto são saborosas, eu apenas concordo com um pequeno sorriso, mas sem dar a devida atenção para o que diz.

Em uma situação cotidiana normal eu estaria ocupado checando se são mesmo de qualidade como ela disse, ou até mesmo perguntando a Namjoon quantas eu deveria levar, mas agora tudo que faço é deixar que minha visão se perca em meio ao nada. 

— Tudo bem com você? — Me surpreendo ao ouvir a voz de Namjoon atrás de mim. 

— Tô sim. — Respondo simplesmente, sem olhar em seus olhos. 

Sinto sua mão tocar minha cintura. — Jin, não mente pra mim. Desde que a gente saiu de casa que eu to achando você distante demais, o que tá acontecendo, hum?

Viro minha cabeça para o lado encontrando seu rosto. — Só estou preocupado com meu irmão. Me sinto péssimo por não fazer nada pra ajudar ele. Eu sou o mais velho e deveria cuidar dele, mas em vez disso Jimin está lá tendo que lidar com toda a responsabilidade sozinho. 

— Eu entendo sua preocupação, mas não quero que fique se culpando também. Ok? Afinal, você não é culpado pelo que vem acontecendo com ele — Namjoon aguarda que eu concorde em um balançar de cabeça. — Mas se essa preocupação está incomodando você, então vá visitar ele. Talvez assim você se sinta melhor. — recolhe a sacola das minhas mãos. — Pode deixar que eu assumo daqui. 

— Certeza que tudo bem eu te deixar aqui sozinho?

— Sem problemas. — Rapidamente sou agraciado com um beijo quente na bochecha. — Pode ir no nosso carro, eu pego um ônibus na hora de voltar pra casa.

— Tem certeza? 

Ele balança a cabeça em concordância dando um sorriso de lábios contraídos destacando suas covinhas fofas. 

Depois de alguns minutos me despeço dele e corro para pegar o carro.

Enquanto dirijo pelas ruas movimentadas de Incheon, outra vez começo a divagar em lembranças antigas. 

Quando criança, antes de Jimin nascer, eu era o filho a quem meu pai jurava que seria seu herdeiro. E foi assim durante alguns anos, ele me incentivava a estudar administração, economia, gestão e tudo que pudesse contribuir para o cargo de um bom líder. Mas o tempo foi passando e quando eu estava no segundo ano do ensino médio as coisas começaram a mudar, não só em casa ou na escola, mas na minha vida pessoal também. Me sentia estranho por não gostar de meninas igual meus colegas homens da sala, e isso me fez reprimir o que eu sentia por um bom tempo. Eu não podia estar gostando de homens, meu pai nunca aceitaria ter um filho gay. Temia que se ele descobrisse sobre esse meu lado acabasse deixando de me amar, afinal ele sempre ressaltou para todos o quanto sentia orgulho por eu ser igual a ele, um homem de verdade, é o que ele dizia.

Mas certo dia durante o intervalo da aula, fui até o jardim da escola com um garoto que era meu melhor amigo na época, ele confessou seus sentimentos por mim, lembro de ficar muito feliz, pois eu já gostava secretamente dele.

Naquele dia nos beijamos, foi o meu primeiro beijo. Porém tudo foi arruinado quando no dia seguinte descobri que uma foto nossa daquele momento estava circulando por toda a escola. Fiquei apavorado, com medo do quê iriam falar sobre nós, no fundo eu tinha receio que ele se afastasse de mim. Mas horas depois quando o chamei para conversarmos, descobri que eu havia sido feito de trouxa. Ele só se aproximou de mim por conta de um jogo idiota que tinha planejado com seus amigos, me beijar foi apenas uma aposta para ele. 

Sua vida seguiu normalmente, mas a minha se tornou um inferno dentro e fora da escola. Quando meu pai ficou sabendo do que tinha acontecido, fui agredido fisicamente, minha mãe não tentou me ajudar, me pergunto até hoje se ela ao menos sentiu pena de ver seu filho sofrendo tanto. Desde então meu pai passou a me odiar. Seu amor agora só era direcionado ao meu irmão mais novo, ele dizia que eu era sua decepção e que Jimin seria sua única esperança. 

As palavras de meu pai me machucaram da pior forma possivel, nunca irei esquecer. Eu o amava, e por isso passei a gostar de aprender sobre o que me pedia para estudar, meu maior objetivo era dar orgulho a ele. Eu realmente sonhava em assumir sua empresa no futuro, porém como meu pai estava me rejeitando eu sabia que isso seria impossível. Por passar tanto tempo preso a um sonho que eu sabia que não poderia realizar, me senti perdido em que ramo profissional seguir. Decidi então virar professor, foi uma escolha baseada em dinheiro e não em paixão. 

Hoje em dia aprendi a gostar do que faço. E graças a essa minha escolha do passado acabei conhecendo Namjoon, ele me ajudou muito, quando fui expulso de casa me acolheu. A partir dali nossa relação se tornou mais íntima, confesso que de início eu não queria ter nada sério, cheguei a achar que ele era hetero, mas com o tempo descobri que estava totalmente errado.

Volto meus pensamentos para a realidade quando finalmente chego ao meu destino. Deixo o carro estacionado e me apresso para entrar na empresa. A recepcionista me cumprimenta e sabendo que para entrar na empresa preciso de um cartão de acesso, peço a ela que libere a entrada para mim. Como era de se esperar, a moça pergunta se estou ali para algum trabalho, já que a maioria que possui um cartão, se trata de funcionários. Explico para ela que faço parte da família Park, mas ela custa acreditar que sou realmente irmão de Jimin, na confusão do momento eu apenas mostro uma foto nossa juntos como prova de que somos sim irmãos. 

Ela me olha meio inserta — Preciso confirmar com o senhor Jimin, espere só um instante. — Não julgo sua incerteza, desde que saí da casa dos meus pais fui tirado de suas vidas também. 

— Então? Posso entrar? — pergunto quando ela abandona o telefone.

— Estranho, ele não atendeu. — Comenta quando desliga o telefone. 

— Apenas libere minha entrada, por favor, você não terá problemas por minha causa. 

Fica em silêncio por um tempo, me analisando de cima a baixo. — Espero não me arrepender disso. — Diz clicando nas teclas do computador a sua frente, liberando a catraca para que eu consiga entrar. 

— Obrigado! — Dou um sorriso em forma de agradecimento. 

Rapidamente vou para o elevador e não demoro para estar em frente a sala onde meu pai costumava trabalhar, voltar nesse lugar depois de tantos anos é de certa forma muito nostálgico.

Coloco a mão sobre a maçaneta para abrir a porta e assim que o faço me deparo com Jimin sendo segurado pela camisa por Ji-chul.

— Mas que merda está acontecendo aqui? — Caminho na direção de ambos, Jimin consegue se livrar das mãos do homem à sua frente, eu por outro lado o encaro sentindo o sangue em meu corpo ferver. 
— O que esse homem estava tentando fazer com você, Jimin? — Pergunto olhando de relance para meu irmão. 

— Olha só, o irmão viadinho chegou pra defender a outra bichinha. 

O que acabo de ouvir é a gota d'água para mim. Sem pensar nas minhas ações, eu o golpeio com um soco no nariz. — Nunca mais abra a boca para falar uma merda dessa. — ele demora um instante para voltar a me olhar e quando faz, está com a mão sobre o local em que foi atingido. Seguro Ji-chul pela camisa, fazendo seu rosto ficar próximo ao meu. — Nunca mais mexa com meu irmão, está ouvindo? 

— Tire suas mãos de mim antes que eu faça você se arrepender. — ameaça sem deixar que sua voz se altere, parecendo não sentir medo algum do que está acontecendo, deixando claro que não me leva a sério. 

— Seokjin, solta ele! — Jimin pede segurando por cima de uma das minhas mãos. 

— Mas Jimin, esse desgraçad- 

— Se eu fosse você ouvia seu irmãozinho. — Ji-chul me interrompe. Seu nariz está sangrando, porém isso não parece incomodá-lo em nada. 

— Cala a porra dessa boca, seu velho desgraçado. — é Jimin quem ordena. — Jin, solta logo esse infeliz, porque se eu continuar olhando pra cara dele, juro que vou matar ele. 

Nunca tinha ouvido meu irmão falar tão sério em toda a minha vida. Mesmo com raiva eu faço o que ele pede. 

Ji-cul, agora já livre das minhas mãos, solta uma risada sarcástica como se não estivesse a poucos minutos em uma situação complicada. — Vocês dois, são mesmo hilários.  

Dessa vez Jimin tenta avançar para cima dele, mas eu o impeço colocando meu braço na sua frente. — Sai daqui agora! – Jimin manda apontando para a porta. 

O homem continua parado nos encarando com seu olhar cínico. — Eu só não quebro a cara de vocês agora porque quero que assistam de camarote  — olha em volta. 
— Eu fazendo tudo isso aqui ser meu. 

— VAI EMBORA! — Jimin grita.

— Não ouviu? Sai daqui agora! 

Nossa atenção é roubada para a porta quando uma mulher aparece de surpresa. 
— Senhor Jimin, o que está acontecendo aqui? – pelas roupas que usa julgo que ela seja sua secretária.

Ji-chu aproveita a oportunidade para deixar a sala feito um louco, topando no ombro da mulher ao sair. 

— Seja o que for que você veio falar, por favor, só sai daqui. — Jimin pede.

— C-certo senhor, volto outra hora. Me desculpe. — faz uma pequena reverência antes de sair. 

Observo meu irmão sentar na cadeira atrás da mesa. Colocando seus cotovelos sobre a superfície de vidro e ambas as mãos na cabeça, uma de cada lado, usando os dedos para pressionar forte seu cabelo — O que eu faço, Seokjin? 

Saio de onde estou e vou até ele. — Calma, Jimin. 

— Ele disse que bateu no Jungkook, Jin, e se tiver sido por minha culpa? —- sua voz é chorosa e quando levanta a cabeça para me olhar, percebo que há lágrimas escorrendo de seus olhos. 

Sem ter certeza do que dizer eu apenas o abraço por trás tentando confortá-lo. — Você não tem culpa de nada, Jimin. 

— Eu não sei mais o que pensar ou fazer, Seokjin, me ajuda por favor, o que faço? — seu choro agora é alto, e dói no meu coração vê-lo sofrendo assim. 

— Eu… — o que eu deveria dizer? Qualquer coisa que eu diga pode parecer inútil se levarmos em conta a situação atual de Jimin. — Eu tô aqui com você, meu irmão — falo a única coisa que me vem à cabeça, o abraçando com mais força. — Vai ficar tudo bem. 

Sinto sua mão sobre a minha — O Jungkook terminou comigo, — se cala um instante por conta do soluço. Sua revelação me pega desprevenido, mas apenas continuo ouvindo sua conversa — Ele disse que nunca me amou. Por favor, me diz que tudo foi uma mentira, que ele só falou aquilo porque foi obrigado pelo pai. 

— Jungkook disse mesmo isso pra você? — não fazia ideia de que as coisas tinham piorado entre eles dois. Saio detrás de Jimin, viro sua cadeira me agachando na frente dele, em seguida peço que me olhe, — Jimin me escuta, eu não sei direito o que aconteceu entre vocês dois, mas se o Jungkook escolheu terminar é melhor você aceitar de vez. Eu sei que é difícil, mas se está fazendo mal pra você, é melhor se afastar. 

— Mas e se ele só tiver dito tudo aquilo porque o pai dele ameaçou ele assim como fez comigo? O Jungkook que eu amo nunca me diria aquilo se não fosse pra me proteger de algo, Seokjin, eu conheço ele, eu sei do que to falando. — as lágrimas continuam a rolar de seu rosto.

— Não importa se o que ele disse foi verdade ou não, se machucou você, foi errado. Chega de se preocupar com os outros Jimin, e hora de você cuidar de si mesmo. 

Seu semblante triste me encara em silêncio, por um instante Jimin parece estar perdido em pensamentos ou até mesmo sem saber o que falar, mas depois de usar sua mão para limpar as lágrimas em seu rosto, ele finalmente consegue dizer: — Tá bom… eu vou tentar. 

Seguro em sua mão. — Vou sempre estar com você. Lembre-se disso. 

[•••]

Depois de um tempo Jimin conseguiu se acalmar, sai da sala dele apenas para pegar uma água para bebermos. conversamos e ele me contou sobre as ameaças que recebeu de Ji-chu, senti mais raiva ainda daquele homem desprezível, disse a ele que deveríamos processá-lo, já que Jimin explicou que demiti-lo não seria tão fácil assim. Ele me passou o número do advogado da empresa, explicando que era alguém que confiava. Quando o nome do homem foi mencionado em nossa conversa comentei sobre lembrar vagamente de quem se trata, o tal senhor sempre foi próximo do nosso pai.

— Ah, lembrei que nossa mãe pediu que eu convidasse você e o Namjoon pra um jantar lá em casa. — revela apoiando o cotovelo direito sobre a mesa e a bochecha sobre o dorso da mão. 

— Pra quando é? E o que deu na Senhora Park pra me convidar pra um jantar assim do nada? — Me mexo na cadeira tentando achar uma posição mais confortável.

— Pelo que parece ela tá tentando mudar, disse até que já pediu o divorcio pro nosso pai. 

— E ele aceitou? 

— Ela disse que sim. 

— Só espero que isso seja verdade. — Não consigo ser como Jimin e acreditar fielmente em nossa mãe, no passado ela já provou não ser alguém tão confiável.

Observo Jimin pegar seu celular e começar a mexer em algo. — Vou mandar mensagem pra ela perguntando sobre o dia do Jantar. — avisa. 

Logo a notificação da resposta de nossa mãe chega informando que o jantar acontecerá ainda esta noite. Como tenho o resto do dia livre não me importo de aceitar, é um bom momento para passar mais tempo com meu irmão. E quem sabe seja bom estar com minha mãe também. 

Continuamos conversando sobre assuntos aleatórios. Consigo arrancar boas risadas suas contando algumas piadas sem graça. Jimin também me pede ajuda com o material que está trabalhando, eu aceitei de bom grado, enquanto o ajudava senti pela primeira vez que estava realizando um sonho de infância, quem diria que depois de tantos anos eu estaria trabalhando, mesmo que somente por algumas horas, na empresa em que um dia foi prometida a ser minha. 

[•••] 

Seo-young 

Algumas horas se passaram desde que meu filho saiu para trabalhar, mas o peso na consciência por ter mentido para ele continua me acompanhando. No entanto, o que eu poderia fazer? Sei que ele jamais entenderia o meu lado, não importa quantas vezes eu tentasse explicar. 

Como todos os dias passo a maior parte do meu tempo nessa enorme casa, apenas com os funcionários e agora Sirius, muitas vezes me sinto sozinha, a lembrança de Seo-joon chegando em casa, após o trabalho, ainda se alimenta em minha mente. Vez ou outra me pego sentada no sofá da sala esperando que ele chegue. A noite na cama me reviro sobre os lençóis sentindo falta de companhia. Tenho consciência que deveria estar feliz agora não tenho mais ele ao meu lado diariamente, porque sei que ele não era uma boa pessoa, mas mesmo que eu entenda isso, dentro de mim ainda há algo que o deseja, não sei ao certo se é amor, mas esse sentimento parece está enraizado em meu coração.

Desde que Jimin trouxe Sirius para nossa casa, ele se tornou minha distração diária, sempre que me sinto entediada venho até o jardim para brincar com ele. É o que estou fazendo neste momento — Sirius, vem cá. — chamo ele, porém continua sentado ao lado de sua casinha. Balanço a bola azul que seguro em sua direção tentando chamar a atenção dele outra vez, mas Sirius insiste em ficar parado, dessa vez deitando no chão por completo. — Você se cansou? — me aproximo para perguntar. — Tudo bem, descansa então. 

Jogo sua bola no chão e volto para dentro de casa, subindo as escadas a caminho do meu quarto. Assim que chego, sento na cama e observo o meu celular em cima da mesa ao lado, tive que comprá-lo depois que Seo-joon quebrou o meu antigo. 

Desde de então nunca mais troquei mensagens com o homem que conheci no site de relacionamentos. Quando baixei aquele aplicativo em momento algum pensei em trair meu marido, eu só queria encontrar pessoas com os mesmos interesses que os meus para que pudéssemos conversar. Foi assim que conheci virtualmente Hyungsik, ele mora e trabalha nos Estados Unidos, mas tem família aqui na Coreia.
Conversamos por três meses, ficamos mais íntimos do que eu imaginava, ele sempre me fazia rir e eu gostava de compartilhar meus pensamentos com Hyungsik. Mas sempre deixei claro que éramos amigos. Ele nunca demonstrou gostar romanticamente de mim, e isso me deixava mais confortável ainda.
Ele era tudo que eu queria em uma amizade. 

Poucos dias antes de meu celular se quebrar estávamos marcando de nos encontrar, ele disse que estaria de volta na cidade para passar as férias com sua mãe e irmã e queria me conhecer, marquei com ele em uma cafeteria próximo a minha casa, mas depois de toda aquela confusão eu não tive a chance de vê-lo, e nem ao menos sei se Hyungsik compareceu no nosso encontro. 

Saio de meus pensamentos e me levanto indo até o meu closet, procurando escondido atrás de umas roupas velhas que nem uso mais, alguns cadernos meus do passado. Quando os tenho em mãos volto a me sentar na minha cama. Coloco eles sobre o edredom, são três cadernos de tamanhos pequenos. Desde pequena gosto de escrever sobre meus sentimentos em forma de poemas, quando adolecente eu brincava com minha falecida mãe dizendo que um dia ainda publicaria um livro de poemas. Ela nunca se importou muito com esse sonho meu, mas eu não me chateava sabia que no fundo ela torcia por mim. 

Nem lembro ao certo quando foi a última vez que peguei neles para escrever. curiosa eu seguro o caderno de capa amarelo claro com desenho de girassol, e abro a primeira folha lendo o que está escrito: 

“Hoje eu conheci o amor, seus olhos eram castanhos como o botão de um girassol
a pele clara como a neve que cai no anoitecer no dia após o ultimo verão
seus cabelos não muito longos ou curtos, brilham como as estrelas na escuridão
hoje eu conheci o amor, o seu nome? Não ouso dizer em vão
mas afirmo com toda a certeza que nunca em minha vida havia presenciado tamanha beleza
por culpa da agitação agora meu pobre coração não para de saltitar
minhas mãos tremem meu rosto cora 
toda vez que lembro dele me olhando com tanta atenção 
hoje eu conheci o amor, seu nome? Não ouso dizer em vão
mas eu meus pensamentos eu digo; o amor da minha vida se chama, Seo-joon”


Acabo deixando uma risada boba escapar, não lembrava do quanto eu era brega quando estava apaixonada. Escrevi esse poema no início do meu namoro com Seo-joon, éramos felizes naquela época. Meu pai principalmente, estava feliz por eu ter me casado com um homem de boa família, minha mãe também parecia contente, eu estava fazendo o que ela sempre quis, me casando com um homem rico em vez de entrar na faculdade, meu sonho era estudar para ser professora, mas não tive escolhas. É irônico pensar que mesmo que eu nunca tenha conversado com meu filho mais velho sobre esse meu desejo, ele tenha acabado seguindo o caminho profissional a qual eu almejei tanto. 

Passo a outra folha do caderno e em vez de encontrar outro poema me deparo com uma polaroid de uma foto onde estou junto de Ji-woo em frente a minha casa. Se não me falha a memória, nesse dia também tiramos fotos dos nossos filhos. Pego a foto em mãos. 

Ji-woo foi minha única amiga de verdade, é uma pena que nossa amizade tenha acabado por culpa de algo que poderia ter sido resolvido com uma boa conversa. Mas em vez disso ela e seu marido escolheram ser ignorantes o suficiente para acusar meu filho, Jimin, de tentar fazer mal para o filho deles. Custei acreditar que Ji-woo estava mesmo do lado de Ji-chul nessa discussão, nunca imaginei que ela seria tão baixa. No entanto, confiar demais nela foi o meu maior erro. Espero que hoje em dia Ji-woo esteja mais consciente de seus próprios erros em vez de querer continuar jogando a culpa em cima de outra pessoa. 

Abandono o caderno que seguro e pego o que está ao lado direito, um de capa branca com estrelas amarelas espalhadas por ela. Diferente do primeiro, esse abro no meio parando em uma página aleatória:

“Me desculpe Seokjin, sua mãe não merece seu amor”

Engulo em seco ao terminar de ler a única frase destacada em preto na folha. Toco com o dedo indicador sobre as letras sentindo a mesma dor que senti naquele dia voltar em meu peito novamente. — Eu nunca vou me perdoar por não ter protegido você, filho. 


Anos atrás…

—- Filho, chegou cedo hoje da escola. — Falo para Seokjin assim que ele aparece na cozinha de uniforme e mochila. Estou aprontando a mesa para um chá da tarde, convidei minha amiga Ji-woo como sempre costumo fazer.

Ele apenas balança a cabeça negativamente. — Mãe, a diretora da escola não ligou para senhora? 

— Não sei, na verdade não estou usando o celular desde de manhã, porque o que aconteceu na sua escola? — coloco o talher ao lado do prato onde irei servir bolo. 

Seokjin passa a mão pelos cabelos 
— Merda, então quer dizer que eles ligaram pro pai? 

Abandono o que estou fazendo — Que jeito de falar é esse, Seokjin? 

Ouço passos vindo da escada, não demora para meu filho mais novo aparecer: — Mãe, será que a tia Ji-woo vai trazer o Jung pra brincar comigo? 

Divido meu olhar entre os dois. — Não sei, Jimin, me deixe a sós com seu irmão, por favor preciso conversar com ele, está bem?

— O que você aprontou dessa vez, hein Jin? — pergunta olhando para o irmão, esse que batuca com o pé no chão inquieto. 

— Sai daqui, Jimin, eu não tô com paciência pras suas brincadeiras agora. 

— Park Seokjin fale direito com seu irmão. — repreendo. 

— Seu chato. — é o que Jimin diz antes de sair. 

Vollto minha atenção para Seokjin. 

— Comece a se explicar. — ordeno.

— Do que adianta, a senhora nunca vai entender. — ele se vira caminhando para fora da cozinha, fingindo não ouvir meu chamado. 

Suspiro fundo revirando os olhos. Sei que nem vale a pena discutir, Seokjin está em uma idade onde tudo parece o fim do mundo, adolescentes são estranhos demais de se compreender. 

Ouço a campainha tocando, imaginando que seja Ji-woo eu me apresso em atender a porta. Assim que ela entra passando pela sala acompanhada de seu filho, outra vez Jimin aparece estampando um sorriso enorme no rosto. 

— Vamos, eu já coloquei a mesa. — aviso. 

— Seo, você esqueceu que tínhamos combinado de ir na inauguração da cafeteria que vai abrir aqui perto? — é Ji-woo quem questiona.

— Minha nossa! Eu acabei esquecendo completamente. 

— Eu até mandei mensagem para você hoje, Seo. 

— Me ocupei com umas coisas e acabei esquecendo o celular, você sabe como as vezes o dia é corrido. — explico dando um leve sorriso. 

— Então quer dizer que a gente vai sai hoje? — meu filho que está ao lado de Jungkook, pergunta animado. 

— Se sua mãe não se importar de deixar o chá pra outro dia, sim. — Ji-woo responde. 

— Por mim tudo bem. Estou mesmo curiosa para saber como vai ser a cafeteria. 

— Eeeeba! vamos na cafeteria, Jungkook! 

— Preferia ir em uma leitaria, gosto mais de leite do que de café. 

Todos nós acabamos rindo da fala de Jungkook. 

[•••]

Estamos os quatro sentados na mesa em um canto da cafeteria o lugar inteiro é muito aconchegante, os móveis são em cores amadeiradas e o espaço é grande o suficiente para que mesmo como muitas pessoas, como está agora, não fique apertado. 

Sinto meu celular vibrar na minha bolsa que seguro sobre as pernas, sempre quando vou sair trago o celular, caso meu marido precise saber onde estou. Pego o celular para checar a notificação e vejo que é uma mensagem de Seokjin, onde diz: ‘mãe, por favor me ajuda, o pai quer me bater’. Imediatamente levantou do meu assento. 

— O que foi Seo? — Ji-woo questiona. 

—- Preciso ir em casa. Tem problema se eu deixar o Jimin aqui com você? 

— Não, sem problemas. Mas aconteceu alguma coisa? 

— Não, só preciso ir em casa. — forço um sorriso. — Filho obedece a Ji-woo, ok?

— Tá bom, mãe. — Responde simplesmente e volta a conversar com Jungkook. 

Saio do estabelecimento praticamente correndo, sentindo um aperto de aflição no peito. Meu marido não costuma ser violento sem motivo, meu filho deve ter feito algo muito errado para fazer Seo-joon agir de tal forma.

Por conta do local em que eu estava não ser tao longe, não demoro para chegar em casa. quando passo pela porta vejo o jarro de decoração que ficava próximo a porta completamente estraçalhado no chão. Ouço gritos do meu marido vindo do andar de cima. Corro subindo as escadas o mais rápido que consigo. À medida que me aproximo do quarto de Seokjin escuto suas súplicas se misturarem aos gritos do meu marido. Desesperada bato na porta pedindo que Seo-joon abra a mesma imediatamente. 

— Mãe, me ajuda. — a voz de Seokjin soa baixa vindo do outro lado.

— Vá embora daqui, Seo. — meu marido ordena. — Esse merda precisa aprender uma lição por ter sujado o nome da nossa família. 

Continuo batendo forte na porta.
— ABRE ESSA PORTA AGORA, SEO-JOON!

Me surpreendo quando a porta é aberta. o rosto de meu marido está suado sua testa e pescoço tem veias grossas evidentes, abaixo meu olhar e percebo que ele segura seu cinto em mãos, pelo pequeno espaço aberto consigo ver Seokjin deitado no chão sem sua camisa e olhando para mim com a expressão mais assustada que já vi em toda minha vida. 

— Por quê você tá fazendo isso com nosso filho? — sem que eu perceba já estou derramando lágrimas. Tento empurrar Seo-joon da entrada, mas por ser mais forte que eu, consegue me impedir. 

— Sai daqui, Seo. É culpa sua isso tá acontecendo com ele, se você tivesse criado esse moleque direito ele não estaria fazendo nossa família passar essa vergonha.

— Do que você tá falando, Seo-joon? Que vergonha o Seokjin fez nossa família passar?

— Estou dizendo que seu filho é a porra de um gay. 

Meus pés que antes insistiam em tirar meu marido da porta, agora travam com se estivessem colados ao chão. 

— Vá embora antes que eu bata em você também. — ele volta para dentro fechando a porta em meu rosto. 

—- Não, não, mãe, por favor, não deixa ele fazer isso comigo… — outra vez ele suplica. Mas eu não faço nada além de ficar parada. 

Ergo a mão para bater na porta novamente, mas antes que meus dedos toquem na superfície, desisto e me viro saindo em direção ao meu quarto, com o coração partido e me sentindo a pior mãe do mundo. 

Dias atuais… 

Escuto o som de uma notificação cair no meu celular. Coloco o caderno de volta na cama e estico a mão para pegar o aparelho, é Jimin mandando mensagem dizendo que seu irmão estava perguntando quando seria o jantar. Sem pensar muito respondo que por mim hoje a noite seria perfeito. Observo a tela do celular esperando por sua resposta, essa que não demora muito para chegar escrita com um: “ tá bem, Seokjin concordou”. 

Desligo o celular segurando sobre o peito. Um sorriso de felicidade me escapa, sei que o que eu fiz no passado não tem perdão, mas fico feliz em saber que meu filho não me odeia como pensei. 

[•••]

A mesa da sala de jantar já está inteiramente montada com bastante comida. Jimin chegou faz algum tempo e subiu para tomar seu banho, avisou que o irmão não demoraria chegar junto do namorado. Me sentindo um pouco ansiosa, não consigo ficar parada em um único lugar, por isso estou há quase dez minutos andando pelos cômodos da casa. 

— Mãe? — Estou na cozinha tomando água quando escuto Jimin se aproximando.

Saio de onde estou e vou ao encontro dele. — Estou aqui, filho.

— A senhora tá linda, mãe. — fala me olhando de cima a baixo. Estou usando um vestido vermelho, fechado na parte do peito, e justo em seu caimento, também coloquei meu conjunto de brincos e colar de diamante, preferi não prender meu cabelo como de costume — Se eu soubesse que precisávamos estar bem vestido eu não teria colocado esse moletom velho. — diz sorrindo, referindo-se ao moletom com o rosto da Minnie, a personagem da Disney, estampada na frente. 

— Obrigada meu, filho. Você também está lindo como sempre. sua mãe só colocou essa roupa porque ela estava há muito tempo parada no meu guarda roupa e como não estou saído muito ultimamente, achei que essa seria uma boa ocasião para usar.

— Fez bem. Se saisse na rua agora com certeza ia arrazar corações. 

Dou um tapinha de leve em seu braço o que faz ele abrir um sorriso sapeca.

— Não fale besteira, Jimin. 

— Mas eu to falando sério. — Sirius que até então não estava presente, aparece ficando ao lado de Jimin. — Não é, Sirius? 

— AU! —- ele late em resposta. 

— Viu? Se o Sirius disse tá falado. — dessa vez acompanho ele na risada. 

O som da campainha toca.

— Acho que são eles. — Jimin comenta. 

Respiro fundo antes de ir atender a porta. 

Quando meu olhar encontra com de Seokjin, sinto vontade de abraçá-lo, mas me contenho, ele apenas sorri de lábios contraídos o que por si só já é um bom sinal para mim. Seu namorado faz uma pequenas reverência que me deixa satisfeita por saber que ele é um homem educado. Eles me seguem para dentro da casa. 

— Boa noite, Senhora. lembra de mim? Kim Namjoon, namorado de seu filho.

— Boa noite. como eu esqueceria do namorado do meu filho? — digo em um tom descontraído. — Sejam bem vindos. 

— Obrigado por nos convidar, mãe. 

— Eu que agradeço por terem aceitado. — me enche de alegria ouvir ele chamar por mim sem receio algum. — Bom, vamos? A mesa já está pronta. —- Todos me acompanham até a mesa de jantar, assim que estão acomodados em seus lugares, me preparo para falar, porém sou interrompida pelo som da campainha tocando outra vez.

— A senhora tá esperando mais alguém, mãe? — Jimin pergunta. 

— Não estou esperando ninguém. Mas podem começar a se servir, deixa que vou atender a porta. — me levanto caminhando na mesma direção que voltei minutos atrás. 

Quem será que está aqui a essa hora? Não posso achar que é algum conhecido meu, pois nem amigos eu tenho. Paro em frente a porta unida ao portão e coloco a senha na fechadura para abri-la, mas assim que o faço e encontro com a pessoa que estava do outro lado, meus olhos se abrem em espanto.

—  Seon, finalmente te encontrei, achei que nunca mais teria a chance de nos falarmos novamente. 

— Hyungsik? 






~~~~~~☆☆☆☆~~~~~~


Oi, oi, meus amores. Espero que tenham gostado do capítulo, não esqueçam de votar e comentar, isso me anima muito a continuar escrevendo.
Volto agora semana que vem, beijos e até a próxima att 💙
 

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