FRONTEIRA II - Gerson Santos

By nascmie_

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GERSON SANTOS, jogador do Flamengo é casado com Mikaella Souza a cerca de um ano, estava tudo perfeito até... More

F r O n T e I r A ➖ II
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By nascmie_

R i O d e J a N e I r o
B R A Z I L
| 2025 📆

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Se tem uma coisa que eu odeio é brigar com ela, com a minha Azedinha. Mas em minha defesa, ela não quer ir pro médico de forma alguma e ainda disse que o estado da sua saúde não é da minha conta.

Como assim não é? Somos casados! Nós aceitamos na saúde e na doença, e agora que ela está se sentindo mal tá simplesmente ignorando esse fato.

Doía o meu peito brigar com ela, sei que também errei quando alterei a voz e comecei a gritar mas eu to bastante preocupado.

Me sento na cama a observando dormir com a carinha inchada indicando que chorou a tarde toda antes de pegar no sono, levo minha mão ao seu rosto acariciando e beijo sua testa.

Algumas lágrimas escorrem dos meus olhos e um nó se forma na garganta fazendo o meu peito doer por dentro.

- tá chorando, amor? - ela questionou baixinho abrindo os olhos

- achei que você tivesse dormindo - limpo as lágrimas

- não consigo dormir brigada com você.

- desculpa eu não devia ter gritado com você - faço cafuné nos seus cabelos - mas você também disse que não era da minha conta...

- Amor, desculpa não devia ter dito isso.

- fiquei com a sensação de que não confia em mim para conversar sobre sua saúde e que eu sou um nada para você.

- Amor - ela disse se sentando na cama me olhando nos olhos - eu confio em você, pra caramba e você é o meu marido, o homem que eu mais amo no mundo inteiro, você é tudo para mim. - me puxou para um abraço

- eu te amo muito, Azedinha. Desculpa ter gritado com você.

- tá tudo bem, Amor.

Colo nossos lábios e peço passagem com a língua que é concedida logo em seguida. Minha língua quente junto com a sua me causava arrepios até a espinha. Paro o beijo colando nossas testas e abro um sorriso enorme.

- eu só tô preocupado.

- eu sei.

- Vamos no médico por favor

- Gerson, não começa...

- eu tô preocupado, Azedinha. - entrelaço nossas mãos

- mas não precisa ficar preocupado, é um resfriado.

- eu não acredito, eu conheço você minha Azedinha.

- depois a gente fala sobre isso.

- depois quando? Você não confia em mim? O que você tem? Cólica não é e não tá grávida. - questiono levantando um pouco a voz

- eu confio em você amor, confio totalmente em você mas..

- você sabe o que você tem não é? Sabe e não quer me contar! - me levanto da cama chateado

- Gerson, a gente vai brigar de novo? Sério isso?

- você sabe o que você tem não é Mikaella? - ela ficou em silêncio e olhou pra baixo - sabe - confirmo sentindo minhas lágrimas descerem - Por que não quer me contar? Foi algo que eu te fiz? Eu tô te deixando assim?

- Amor, claro que não - ela levanta da cama e me abraça - eu te amo tá? Eu confio em você e muito.

- Azedinha, eu tô tão preocupado com você - beijo sua testa

- não precisa ficar preocupado.

- Por que não me conta o que tá acontecendo?

- Gerson, não tá acontecendo nada demais.

Bufo irritado e me afasto dela

- vou dormir no quarto de hóspedes - digo bravo indo em direção a porta

- Gerson, você tá parecendo uma criança mimada quando não consegue o que quer. - ela disse aproximando a abro a porta saindo pra fora - volta aqui! Vai dormir na nossa cama.

- não, enquanto você não confiar em mim pra contar tudo da sua vida é melhor dormimos cada um em um quarto

Abro a porta do de hóspedes e entro trancando rapidamente a ouvindo bater na porta me chamando

- Gerson! Meu Deus! Que birra. - ela disse batendo na porta

- não é birra! - reviro os olhos e me jogo na cama tirando o celular do bolso

- amor, vamos conversar!

- você vai me contar o que tá acontecendo? Vai confiar em mim?

- eu confio em você, amor! Mas eu não sei o que tá acontecendo comigo só sei que não precisa se preocupar com isso.

- como não me preocupar? A mulher que eu amo tá passando mal todos os dias e não quer contar para mim o que tá acontecendo.

Várias lágrimas escorrem do meu rosto e um nó gigante se forma na minha garganta.

Eu só a quero bem, só isso.

- brigaram por que papai? - Giovanna questionou se sentando na mesa tomando o café da manhã que eu havia preparado

- ela tá se sentindo mal e não quer ir no médico

- ih, parece eu - ela disse divertida virando o copo de leite na boca e dou risada concordando

Ouço os passos dela descendo as escadas e sinto o meu coração acelerar mais rápido quando ela aparece na cozinha

- bom dia - ela disse com a voz desanimada beijando a bochecha de Giovanna e se sentou ao seu lado

Sem nenhum selinho em mim...

- bom dia - digo baixo.

Meu coração ficou partido quando elas começaram a conversar sem nem ao menos me incluir na conversa, odeio brigar com ela.

Senti o seu olhar em mim diversas vezes enquanto tomava meu café, pensei em puxar assunto mas preferir ficar calado.

Seu sorriso é tão lindo, suas covinhas deixa tudo ainda mais bonito junto com os seus olhos brilhando.

- papai o senhor pode me levar na escola?

- claro minha vida, vamos la. - me levanto indo em direção ao painel da Tv pegando a chave do carro na gaveta ainda sentindo o olhar da minha esposa em mim

- tchau tia Mi. - beijou a bochecha da Azedinha e em seguida correu pra pegar a mochila no quarto

- não corre nas escadas, Giovanna! - Mikaella a repreendeu e concordo minimamente. Ficamos em silêncio encarando um ao outro sem saber o que falar, ela se levanta ficando na minha frente olhando para algo atrás de mim. - da licença, quero pegar o controle da televisão

- ah - digo me afastando. O controle tava no alto e ela ficou na ponta do pé tentando pegar mas era quase impossível - eu pego pra você - estico o braço pegando o controle a entregando.

Nossos olhos pareciam conectados um com o outro, meus lábios estavam secos e por isso os umedeço. Ela se afasta de mim indo até o sofá e ligando a Televisão.

- vamos, papai - Giovanna disse descendo as escadas, pego na sua mão e abro a porta. - conversaram?

- não muito. - abro a garagem e destranco a porta do carro para ela entrar

- vocês vão se resolver já já - concordo me sentando no banco do motorista e dando partida.

O colégio da Giovanna era bem perto de casa, levava só uns cinco minutos mas eu não a deixo ir sozinha a pé porque o Rio de Janeiro é muito perigoso ainda mais por ela ser uma menina.

Estaciono em frente a escolinha e saio do carro junto com ela com as nossas mãos entrelaçadas.

- obrigada Papai - ela disse sorrindo assim que entramos dentro da sala dela, me abaixo um pouco e ela beija minha bochecha e em seguida beijo a dela

- eu te amo

- eu te amo, papai.

- já vou minha princesa, boa aula.

- obrigada papai. - ela disse beijando mais uma vez minha bochecha e faço o mesmo.

Me levanto e saio da sala dando um tchauzinho com a mão para ela, fecho a porta e vou em direção a saída percebendo alguns olhares.

Acho que eu já tirei foto com essa escolinha quase toda.

Entro dentro do carro e faço o trajeto de volta para casa, vejo uma floricultura e decido parar rapidinho.

- bom dia - digo ao entrar

- bom dia - a mulher disse me olhando com raiva.

- por que tá me olhando com raiva? - questiono cruzando o cenho confuso

- você fez um gol contra o meu time ano passado, justamente o jogo que eu apostei trezentos reias com a minha amiga que ganharia

- qual o seu time?

- Vasco - prendo o riso e mordo a bochecha por dentro

- não tive culpa. - abro um sorriso divertido e começo a procurar por flores azuis - qual o valor dessa? - questiono pegando um buquê brande de tulipas azuis.

- cento e cinquenta

- vou levar essa - digo puxando o meu celular, entrando na câmera e acessando o QRcode do pix - prontinho - mostro o comprovante para ela que confirma

- obrigada e volte sempre.

Saio do local indo até o meu carro, abro a porta entrando e colocando o buquê no banco de passageiro da frente e dou partida.

Não levo muito tempo para chegar em casa e meu coração partiu no meio quando a vejo chorando escolhida no canto do sofá. Me aproximo dela beijando sua testa e a entrego o buquê.

- não chora, mô. - limpo suas lágrimas - eu te amo minha Azedinha

Ela abriu um sorriso se sentando no sofá e me abraçando com força, dou um beijinho na sua testa.

- eu confio em você, amor.

- desculpa. - roubo um selinho rápido - não quero brigar com você, mô.

- nem eu, amor. Eu não dormir nada sem você na cama, meu peito tava doendo.

- eu também.

Cheiro o seu pescoço e beijo sua clavícula a fazendo se arrepiar, vou subindo os beijos para a sua boca, peço passagem e ela cede, minha língua com a sua fazia o meu coração quase sair do peito de tão acelerado.

Eu a amo demais pra ficarmos brigamos por tanto tempo

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