Cidade em Chamas - Shingeki n...

By LaisDeLuca

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Em "Cidade em Chamas", somos apresentados a uma cidade dividida em dois pela opressão do governo. As pessoas... More

✨ 𝒩𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝒜𝑢𝑡𝑜𝑟:
Capítulo I - O Ataque
Capítulo II - O Encontro
Capítulo III - Conhecendo o Inimigo (+18)
Capítulo IV - Sangue Raro
Capítulo V - Vilões?
Capítulo VI - Testes (+18)
Capítulo VII - Monstro
Capítulo VIII - Flashback
Capítulo IX - A primeira vez +(18)
Capítulo X - Amanhecer
Capítulo XI - Treinamento
Capítulo XII - Sombra Crescente
Capítulo XIII - O Castigo
Capítulo XV - Problemas
Capítulo XVI - Laboratório

Capítulo XIV - Descobertas

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By LaisDeLuca

Assenti positivamente, concordando com Levi, então ele me libertou. Precisei de certa ajuda para subir as escadas escuras daquele lugar e ir até o meu quarto.

Levi me instruiu sobre a desculpa que deram aos integrantes sobre meu misterioso sumiço e como cada um agiu.

Estava proibida de fazer muitos exercícios físicos, pois Hange havia me traumatizado com coisas que poderiam acontecer comigo ou com o bebê se a desobedecesse.
O tempo passou lentamente, as semanas se arrastavam, cabia em um dia só, toda a eternidade.

Durante essas semanas, fui incumbida de auxiliar o Capitão Levi com a maldita papelada de sempre, aproveitando, a facilidade de ter documentos importantes em mãos, comecei a investigar discretamente a ilha que estávamos.

Descobri informações interessantes, e também que havia algo terrível que não permitia a liberdade total aos cidadãos.
Mas infelizmente ainda não sabia o que podia ser. Levi era esperto, não me sedia todo os documentos, só conseguia aproveitar para bisbilhotar suas gavetas enquanto ele ia até a cozinhar buscar suas xícaras de chá ou quando havia uma reunião de emergência onde Hange o levava de encontro ao comandante Erwin. Ele não desconfiava mais de mim.

Era uma quarta-feira, o dia estava terrivelmente abafado, vez ou outra algumas nuvens cobriam o sol forte, que castigava a todos naquela tarde.
Levi havia saído com Hange há mais ou menos 15 minutos, para resolver um problema com os cadetes. Me vendo sozinha, proveito a oportunidade de ouro, me levantei da cadeira pesada de madeira e me movi até a poltrona de couro do capitão, sentei e comecei a folhear páginas que estavam sob um peso de pedra, meus olhos bateram rapidamente nas folhas, nada de importante ou novo.

Coloquei da mesma maneira que estavam anteriormente, abri as gavetas e uma delas estava trancada. Levantei apressada, procurava por qualquer chave que houvesse naquele cômodo.
Meus olhos percorreram todo o ambiente rapidamente, como se minha vida dependesse de descobrir o que havia escondido ali, até que vi um chaveiro pendurado no trinco da porta.

Corri até lá, o puxando forte, haviam cinco chaves de formatos diferentes, fui testando cada uma com uma ansiedade infernal dentro de mim, meu estômago queimava e minhas mãos tremiam, não conseguia pensar em nada, somente em descobrir o que havia lá.

Três opções já tinham sido testadas, mas na 4° um alívio caiu sobre mim, rodei a chave e a gaveta abriu. Revelando para mim envelopes amarelos, trouxe eles para meu colo e comecei a olhar de um em um.

"Cadetes mais habilidosos" - Não é importante.
"Caso Annie Leonhart"
"Novas medidas contra rebeldes do campo de concentração" - O quê?
"Teste com o sangue dos Titãs testa positivo em humanos"

No momento que meus olhos leram aquilo me levantei da poltrona em um susto, minha cabeça doeu, minha vista escureceu pelo movimento repetindo, e então o som da porta abrindo chegou aos meus ouvidos antes mesmo de ver a imagem de Levi entrando. Abaixei no mesmo instante atrás de sua mesa e tentei ao máximo colocar as folhas dentro dos envelopes. Maldição, maldição, o que eu faço? Repetia mentalmente, buscando uma boa explicação para estar de quatro atrás da mesa do capitão com documentos secretos.

--- Que porra você está fazendo aí?

Permaneci paralisada, prendia com força meu fôlego. Até sentir suas mãos envoltas de meus braços. Ele me ergueu em um puxão forte e rápido.

--- Explique-se agora! - Ele bateu a mão aberta em cima da mesa, me acordando do transe em que estava presa por causa do barulho.

--- Eu... E-eu... - Não conseguia pensar em nada. Somente observava seus olhos de fogo me incendiando com fúria.

Ele avançou sobre mim e pegou os envelopes que eu abraçava, rapidamente.

--- Estava bisbilhotando!

--- Não, eu não estava... Não foi por mal.

--- Não foi por mal? Você estava assinando a porra das folhas e sem querer esbarrou nas minhas chaves e caiu em cima dos envelopes? Foi isso? - Ele jogou os envelopes dentro da gaveta e a empurrou com violência.

Logo em seguida, ele me puxou pelo braço segurando firme e se encaminhou para a saída do quarto. Comecei a me desesperar.

--- Espera! Eu não li nada, eu juro.

--- Eu não acredito em você! Hange saberá o que fazer a respeito.

--- Eu li sobre os titãs!

Ele parou em seco, ainda segurando meu braço com força, possivelmente raciocinando o que devia ser feito a seguir.

Ele me empurrou para cima do sofá pequeno e foi até a porta para tranca-la.
Assim que me sentei sobre o sofá, me encolhi o máximo que pude e o vi se aproximar e sentar ao meu lado, ele apoiou os cotovelos sobre os joelhos e com as mãos entrelaçadas apoiava seu queixo, enquanto mirava a mesa de centro a nossa frente.

--- Eu sabia que não devia confiar em você. - Disse desapontado.

Abri e fechei minha boca algumas vezes buscando dizer algo, mas desisti. A respiração em meu peito estava pesada, como se eu fizesse uma força imensa para conseguir inspirar o ar.

--- O que mais leu? - Ele virou o rosto para me encarar friamente.

--- F-Foi só isso...

Ele passou a mão lentamente sobre a testa, enxugando o suor que havia aparecido.

--- Venha comigo. - Ele levantou e ficou em minha frente aguardando que o seguisse.

--- Por favor... Levi... Eu não vou contar a ningu...

--- Capitão! E se não vier agora te entrego para o Erwin.

Engoli seco e fiz o que me mandava.
Saí de sua sala, seguindo Levi que andava a frente, com passos firmes e rápidos. Como alguém tão baixo consegue caminhar tão rápido? Me intrigava.

Acelerei meus passos para não ser deixada para trás, alguns soldados no corredor, olhavam assustados para Levi.
Era quase visível a aura negra que surgia envolto dele.
Após alguns minutos cortando o quartel que eu nunca havia saído ou mesmo cruzado como hoje, entramos em algumas salas com restrição para soldados, cadetes, etc. Somente pessoas autorizadas podiam caminhar por ali.

Uma escada de ferro, com uma aparência duvidosa estava agora sob meus pés, descia aflita enquanto apertava sem piedade o corrimão ao meu lado.
Aquele lugar parecia muito com o que eu havia ficado presa há quase um mês atrás. Enquanto submergia na escuridão, o medo me fazia sucumbir a pensamentos infernais.

Levi estava a poucos degraus a minha frente, carregando um candeeiro com uma única vela dentro. O vento fazia a labareda do fogo dançar incansavelmente, temia que a qualquer momento, uma brisa mais forte viesse a apagar a única luz que meus olhos recebiam.

--- Levi?

--- Shiu. Faça silêncio! - Ele sussurrou e eu involuntariamente segurei meu peito com força. Temendo que meu coração fugisse e me abandonasse.

Os degraus chegaram ao fim, mas os passos dele a minha frente ainda não haviam parado. Ele caminhava lento, próximo a mim. À nossa frente, com bastante dificuldade, enxerguei uma porta, e ao nos aproximar, notei ser de ferro.

--- Se fizer qualquer ruído, por menor que seja, te abondono lá dentro sem pensar duas vezes. Me entendeu bem?

Assenti com a cabeça lentamente buscando digerir sua última ameaça, meu corpo tremia e minhas pernas cediam ao meu peso, me fazendo fraquejar. O que caralhos havia atrás da porta?

--- Vamos. - Ele segurou firme meu pulso, notando a minha hesitação em adentrar naquele ambiente mais escuro que o anterior.

Ao abrir da porta, um cheiro podre atingiu com força minhas narinas, um enjôo forte me tomou por inteiro, fazendo minha boca salivar em exceço. Com a mão tampei minha boca e nariz e tentei me conter quando percebi que Levi me segurava mais forte agora com as duas mãos.

Fechei os olhos e tentei não inspirar aquele odor, levei as mãos tentando tirar o cachecol do meu pescoço, então ele se aproximou e me ajudou a cobrir minha boca e meu nariz dando um nó fraco na parte de trás da minha cabeça.

Ele pegou a lamparina em sua mão e caminhou perto de mim, fomos nos aproximando de algumas estruturas de ferro que iam do chão ao teto, como gaiolas gigantes.

Ele parou e fiz o mesmo, ele ergueu o braço levantando a lamparina que aos poucos iluminou em volta, revelando á sua frente uma enorme cabeça, com os olhos esbugalhados, uma boca imensa cheia de dentes que salivava ao notar nossa presença.

Meu coração parou, juntamente com todos os músculos do meu corpo, o sangue que corria em minhas veias gelou, não conseguia me mexer, pensar, nem ao menos piscar.
O que caralhos era aquilo?

Levi caminhou em direção oposta a que viemos, e eu permanecia no mesmo lugar, sem reação, o olho imenso daquela criatura horrenda acompanhou Levi enquanto ele se movia. Que após alguns segundos voltou nervoso e me puxou para continuarmos o caminho.

Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou.

--- Quero que me acompanhe, lá fora eu explico.

Continuei meu caminho mesmo temendo ser ali o meu fim, segurava a barra da minha blusa que já tinha arrancado por inteira de dentro da calça. Minhas unhas rasgavam o tecido silenciosamente, alcançando em seguida as palmas macias.

Muitas outras gaiolas preenchiam o caminho até o final daquele imenso galpão e dentro delas, havia mais criaturas como aquela. Ao final do corredor existia uma porta que usamos para alcançar a parte de fora.
A luz momentaneamente me cegou, instintivamente caminhei para frente e senti o vento forte balançando meus cabelos, no mesmo instante reconheci o barulho das ondas balançando perto de nós, tirei o cachecol rapidamente da minha boca e agora enxergando, corri até o pequeno muro e me inclinei em direção ao mar e finalmente vomitei. Deixei sair todo o mal que havia ficado preso dentro de mim.

Virei para trás após terminar, secando a boca com o pulso da minha camisa. E a primeira imagem que vi era a de Levi, totalmente enojado a minha frente, me olhando com uma cara como se eu fosse o ser vivo mais repulsivo da face da terra. Começo a me aproximar e noto que fecha os olhos tentando não me olhar e assim permanece por algum tempo.

--- Que porra é aquilo? - falei nervosa apontando para a porta, tirando ele de seus pensamentos.

--- São os titãs de que você leu. - ele franziu as sombrancelhas.

Ele suspirou e caminhou para o lado oposto onde havia vomitado, sentando no muro baixo de pedra que separava aquele caminho, da praia à poucos metros abaixo. O segui sem fazer mais perguntas esperando que me desse uma explicação mais precisa do que eram realmente aquelas coisas enormes.

--- Nós os chamamos de titãs, eles são essas criaturas enormes que você pode ver, resumidamente eles se alimentam de seres humanos. - Ele fez uma pausa e me olhou, estava com a mão na boca me segurando para não deixar o enjôo tomar conta de mim, novamente.

--- Apesar de atacarem e devorarem pessoas, sua principal fonte de energia é a luz solar, por isso os trancamos no escuro. Seu corpo desproporcional e sem sexo definido, é forte, ágil, e praticamente indestrutível.

--- E por que estão trancados aqui? Não é perigoso?

--- Capturamos esses há alguns anos, quando houve uma invasão, achamos eles vagando, e ao invés de matá-los, os trouxemos para cá, afim de que Hange pudesse estudá-los. Foi deste modo que descobrimos que mesmo que não se alimentem, eles não morrem. Mesmo que façamos inúmeros cortes, arrancando membros, eles não morrem.
O único jeito desses demônios morrerem é ter a ligação do cérebro com o resto do corpo cortado. Um grande corte na espinha vertebral é o suficiente, no pescoço, entende?

Toda aquela informação sendo despejada em mim daquela forma, me fazia enjoar internamente, não compreendia como aquilo podia ser real. Minha cabeça latejava e ele continuava a falar, nunca o ouvira falar tanto como naquele dia.

--- Nem preciso te alertar sobre manter a boca fechada sobre os assuntos daqueles papéis, não é? Porque se você abrir a boca, terei o imenso prazer de alimentar um deles com seu corpo.

Engoli seco e fiz um pequeno movimento com a cabeça, aceitando sua ameaça.
Ele levantou espalmando a roupa para limpá-la.

--- Vamos? - ele começou a caminhar de volta à porta.

--- Oh... Levi, por favor... - Ao ouvir meu clamor, virou-se para me olhar, levantando apenas uma sobrancelha, em dúvida. Então prossegui. - Podemos descer para que eu possa ver o mar?

--- Já não está o vendo aqui de cima?

--- Eu gostaria de tocá-lo.

Ele fez uma cara de desgosto e em seguida abaixou a cabeça pensativo.

--- Desça, veja e toque-o em 5 minutos. Estou esperando aqui. - disse ele sentando novamente.

Não notei instantaneamente, mas assim que cruzei rapidamente as escadas que davam acesso à praia, surgiu em meus lábios um sorriso resplandecedor, que lutava com o sol para saber qual brilhava com mais intensidade.

Meu coração se sentia protegido, enquanto eu erguia a barra da calça após ter tirado a pesada bota, corri até a água, e ao senti-la quente sobre meus pés, me senti em casa. Como se a água me conectasse a minha outra metade, distante e perdida.

Não pensei duas vezes, corri para mais fundo, batendo as mãos nas ondas, joguei a água sobre meu rosto, trazendo assim a lembrança do cheiro e o gosto da água salgada. Quando as ondas já ultrapassavam a altura do meu busto, prendi a respiração e mergulhei, senti a onda passar por cima de mim, o movimento da água fazia meu corpo balançar como uma dança suave, meus cabelos dançavam na mesma sintonia.

Após alguns segundos, retornei à superfície e respirei fundo, recuperando o fôlego, olhei para trás e vi Levi na praia. Ele provavelmente reclamava sobre algo, que não conseguia compreender.

--- O que foi? - Gritei para ele.

--- Se começar a se afogar, vai morrer. Pois não vou entrar aí, pra te salvar! - Gritou ele irritado

Eu ri enquanto caminhava de volta à praia. Me aproximei de Levi e o vi recuar alguns passos.

--- O que foi? Tem medo de água?

--- Não tenho medo de nada. Só... Acho nojento.

--- O mar? Nojento? - Ele não me respondeu, apenas olhava para minha cabeça com uma cara de desgosto.

--- O que foi? - Cruzei os braços e o encarei emburrada.

--- Seu cabelo está uma merda.

--- Só está molhado e com areia.

Ele me encarou ainda parado, como se quisesse ler o que havia em minha mente. Ele abaixou o olhar e mirou meu corpo, abrindo um pouco os olhos ao chegar em minha blusa e logo em seguida desviou o olhar e começou a andar de volta para as escadas.

Olhei para baixo e notei como minhas roupas estavam agarradas em meu corpo, meus seios estavam maiores ultimamente e minha barriga começará a aparecer levemente. Agradecia mentalmente por ser magra, pois era o que me ajudava a esconder minha gravidez.

Não demorou muito e comecei a subir as escadas atrás do passos apressados de Levi. Peguei meu cachecol e coloquei de volta em meu rosto, pois sabia qual seria o caminho de volta para o escritório.

(...)

No percurso para o escritório, o corredor se manteve vazio, trazendo uma sensação de alívio, não gostaria de encontrar ninguém do esquadrão nesse estado, da próxima vez, tenho que pensar melhor antes de agir...

Levi mantinha-se à frente, com passos fortes no chão, fazendo o barulho dos sapatos em contato com o piso de madeira, ecooarem por todo caminho.
De longe via a porta do escritório, almejava chegar logo, queria urgente ir ao banheiro. Por que grávidas precisam fazer xixi toda hora?
Me questionava em silêncio.

Em um piscar de olhos, um homem alto, loiro, de óculos e com uma barba fechada surgiu e chamou por Levi. Era o mesmo homem que me viu no laboratório de Hange, lembrei-me. Parei em seco esbarrando de leve em cima de Levi, que me fuzilou de leve antes de olhar para o homem alto à nossa frente. Vi o momento em que o loiro esticou a mão para cumprimenta-lo. E Levi apenas cruzou os braços o encarando mortalmente.

--- Que seja. - Puxou a mão para si, cruzando os braços. Pude ver também outros jovens fardados junto a ele, observando em silêncio.

--- O que você quer Zeke? Não tem nada mais importante para fazer?

--- Ooh... Claro que tenho colega, agora que sou Capitão também. Servimos o mesmo comandante, e acredite, Erwin está me matando de tanto trabalhar. - Riu forçando simpatia.

--- Tsk - Levi estralou a língua com um semblante de raiva.

Nesse momento o loiro percebeu minha presença.

--- Perdão minha querida, não havia lhe visto. - Esticou a mão para frente, e assim que inclinei para cumprimentá-lo, ele puxou minha mão para um beijo suave. - Sou eu, Zeke, agora sou Capitão do esquadrão Bestial. Lembra-se de mim?

Levi forçou a garganta em uma tosse forçada, fazendo com que eu puxasse a mão de volta ao meu corpo. Ele me olhou por cima dos óculos e sorriu.

--- Você tem um ótimo gosto para secretárias. Quem diria que temos algo em comum, hein? - Ele piscou para Levi enquanto colocava o braço da garota envolto do seu. Era uma soldada de cabelos longos que andava com uma muleta. Me perguntava o que havia acontecido para que precisasse andar de muletas... E assim prosseguiram andando pelo corredor, seguido por mais três soldados.

Mal saíram da vista e ouço o som da porta batendo com força. Saí do meu transe e entrei correndo para o escritório, parei na porta, fechando-a silenciosamente, já que Levi estava sentado de cabeça baixa, segurando os cabelos com seus dedos da mão.
Fiquei paralisada por alguns minutos, sem saber o que dizer ou perguntar, temia uma reação ruim, devido ao estado da sua respiração. Notei que estava molhando o tapete.

Levantei o pé e o abaixei, ouvindo o tapete fazer um barulho de como se estivesse pisando em uma poça, senti um frio na espinha e quando levantei minha cabeça, ele me olhava furioso, seus olhos estavam vermelhos e ele apertava os punhos com força.

Abri a boca e fechei, umas três vezes, raciocinando o que falar. E quando abri a boca novamente...

--- Suma daqui! Vá para seu quarto, troque de roupa e não apareça aqui tão cedo! - ele socou a mesa, me fazendo de um pulinho de susto e o encarar.

--- Diga-me, o que foi que eu fiz? - Cerrei os olhos em sua direção dando passos firmes no chão. Pude ver seu semblante mudando de raivoso para pasmo.

--- Ficou assim assim por causa daquele cara estranho e desconta em mim. Isso é justo? - Gritei.

Ele se levantou rapidamente fazendo a poltrona quase tombar para trás. Se aproximou bufando, mantive minha postura, não deixaria ele me intimidar.

--- Apenas. Saia! - Apontou a porta enquanto me empurrou.

Mirei meu olhar de fúria dentro de suas orbes e virei meus calcanhares, saindo pela porta rapidamente e ao fechar, bati com força, fazendo o som ecoar pelo corredor. Ao piscar meus olhos trombei com alguém que parecia estar do outro lado da porta.

--- Me desculpa, Mikasa!

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