R i O d e J a N e I r o
B R A Z I L
| 2025📆
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Abro os olhos sentindo o sol bater no meu rosto, me ajeito no sofá abraçando minha esposa que dormia feito um anjo. Olho pro relógio na parede e arregalo os olhos vendo que já era meio dia. Eu não tava brincando quando disse que ficaríamos até as dez da manhã transando, sendo bem sincero...acho que fomos um pouco além ainda.
Foi maravilhoso mas também tô destruído, espero que no jogo eu consiga me sair bem.
- ainda bem que o jogo é só as 21:30 - sussurro baixo para mim mesmo
Me levanto do sofá com cuidado pra não acordar ela, subo o cobertor em cima do seu corpo, dou um beijinho na sua testa e vou em direção a cozinha.
Abro um sorriso vendo a bancada suja e começo a limpar enquanto deixava o café no fogo. Eu estava de bermuda depois de ter buscado mais cedo no quarto uma junto com um cobertor. Transamos em tudo o que era canto dessa casa ontem até hoje as dez da manhã, quarto, banheiro, cozinha, no chão em frente ao espelho e no sofá onde adormecemos.
Desligo o fogo do café assim que ferve e coloco na garrafa, pego uma xícara bebendo um pouco. Apesar de ser meio dia, preciso tomar café, caso contrário meu dia nem começa.
Termino de limpar bancada e faço uma lasanha rapidinha no forno, enquanto esperava assar pego os produtos de limpeza e começo a limpar a casa.
- Amor? - ouço ela me chamar e vou em sua direção abrindo um sorriso largo - ah, você tá aí! - ela disse sentando no sofá passando a mão no rosto - tô morrendo de sono, aí tô destruída.
- também tô - abro um sorriso malicioso
- tá limpando a casa? Deixa que eu faço isso - ela disse ajeitando a minha camisa que ela estava usando que chegava até metade da sua coxa
- claro que não, já tô até terminando.
- já limpou o andar de cima?
- não, vou lá daqui a pouco
- então eu limpo lá.
- não, mô - dou risada roubando um selinho rápido - eu limpo tudo, relaxa. Só fico de olho na lasanha para mim por favor.
- lasanha? - ela disse animada passando os braços ao redor do meu pescoço
- sim - puxo para um abraço e roubo mais um selinho
- eu amo lasanha!
- sei disso - dou risada da sua animação - coloca uma música aí por favor, pra vê se passa um pouquinho o meu sono - digo me afastando dela para pegar o controle da televisão e a entrego voltando a limpar a sala.
- Luan Santana?
- pode ser - dou de ombros
Ela colocou "a sua vista" e cantarolou animada fazendo o controle de microfone
- você chegou junto com a primavera, me fez alguém bem melhor do que eu era.
- você é tudo o que eu mais queria e foi enchendo minha vida de alegria
- tirou da escuridão meu coração e agora é um mar de amor. - ela disse se aproximando e me dando um selinho demorado - eu te amo, amor.
- eu te amo, Azedinha. - beijo sua testa
- você me trouxe o sol, me fez amar e ser feliz de novo - largo o esfregão encostado na parede e a abraço assim que lágrimas descem dos seus olhos
- você tá muito sensível - abro um sorrisinho
- eu só tô feliz, você me faz tão bem. - sussurrou no meu ouvido
- você também, mô. Você mudou tudo aqui dentro. - limpo suas lágrimas
- eu queria poder ficar com você pra sempre - ela juntou nossas testas e começou a soluçar de tanto chorar
- como assim? - cruzo o cenho confuso - queria?
- é porque a gente não é pra sempre né amor? Um dia todos nós vamos morrer - ela disse olhando pro chão
- mas não tão cedo, ainda vamos viver muito. Já consigo vê você de cabelos brancos.
Minha esposa me abraçou mais forte ainda soluçando bem mais alto, sinto um nó na garganta ficando confuso com a sua reação.
- eu te amo.
- tá tudo bem, mô? - questiono segurando no seu rosto limpando suas lágrimas mais uma vez
- tá sim - ela disse forçando um sorriso - bom..tô ansiosa pro jogo de hoje contra o Botafogo.
- eu também, ainda mais com você lá torcendo por mim.
- sempre vou estar torcendo por você independente de onde eu esteja.
Uma sensação estranha atinge o meu peito mas tento deixar isso de lado, apenas abro um sorriso largo em direção a minha esposa.
Léo Pereira fez o gol de cabeça contra o Botafogo nos últimos minutos para alegrar a torcida rubro-negra. Não fui tão bem em campo mas também não estava muito ruim, porém era notável um pouco do meu cansaço.
Que noite meus amigos.
Olho em direção a arquibancada vendo ela ao lado dos nossos filhos e as meninas, esposas e namoradas dos outros jogadores.
Mando coraçãozinho e faço sinal para gente se vê lá do outro lado do Maracanã.
Volto pro vestiário tomando um banho super rápido pronto para da algumas entrevistas que havia topado fazer, visto uma camisa amarela com preto do Flamengo e uma calça esportiva do mesmo jeito e nos pés o meu tênis branco de sempre.
Ajeito minhas coisas e pego meu celular junto com a JBL que tocava foto da unha do L7
- karolino tá bem demais - debocho saindo junto com o Léo do vestiário
- o que não faz o homem apaixonado né - ele disse rindo e acompanho concordando
Vejo minha mulher que segurava Elena no colo e cruzo o cenho vendo que faltava Giovanna e Miguel
- cadê os outros? - questiono dando um selinho rápido nela e em seguida um beijo na testa da nossa filha
- oi Léo - ela disse cumprimentando meu amigo - a Greice foi com a Giovanna no banheiro e o Miguel não larga o Arrascaeta
- oi Mika - Léo cumprimentou ela - oi princesa - ele disse beijando a bochecha de Elena que riu
- Arrascaeta tá roubando o meu filho - faço drama
- Gerson! - ouço alguém me chamar e olho em direção a imprensa - pode responder algumas perguntinhas?
Concordo e vejo Léo Pereira sai de fininho me fazendo sorrir de lado, entrelaço minha mão na da minha esposa e abro um sorriso pros reportes
- o que você achou da partida? Foi um jogo muito morno pra um clássico?
- cara, acho que sim mano - passo a mão livre na barba - fomos superiores em alguns momentos assim como eles também foram, depois o jogo perdeu um pouco da intensidade e a criação ficou muito fraca e o Léo conseguiu fazer o gol para da aquela sensação de paz pra torcida.
- falando um pouquinho do De lá Cruz né, o Flamengo hoje tem um meio de campo de muita qualidade, ele, você, Arrascaeta e Pulgar, o quer que falta para encaixar esse meio campo?
- eu acho que falta entrosamento - olho para a Azedinha que me encarava atenta - o De lá Cruz é um cara que chegou agora, tá se adaptando assim como a gente se adaptando com ele e isso é algo que irá melhorar com o tempo.
- mengooooooo - Elena cantarolou fazendo todos rirem
- veio torcer pro papai hoje? - o repórter questionou apontando o microfone para ela
- sim e pro mengo. Papai não fez o gol que eu quelia - ela resmungou se mexendo no colo da mãe
- mas eu vou fazer ainda, princesa - dou risada
- pensa ainda em aumentar a família, Gerson? - o repórter questionou divertido voltando o microfone para mim
- não é só uma decisão minha - dou risada - por mim eu já tava com uns oito
- Gerson, meu Deus! - Azedinha disse rindo - a gente quer sim mas não agora.
- Gerson, tem uma parte da torcida que ficou na bronca com você hoje, por você tá assim meio sonolento em campo no primeiro tempo, no segundo você foi bem mas no primeiro tavam sentindo você meio cansado, será que isso tem haver com essa marca aí no seu pescoço? - o repórter perguntou divertido
Arregalo os olhos e olho para minha mulher que estava surpresa encarando o meu pescoço
- meu Deus que vergonha - ela disse rindo se escondendo atrás de mim
- é...- limpo a garganta e passo a mão na barba - eu realmente tava um pouquinho mais lento no primeiro tempo tava cansado acabei dormindo tarde ontem mas são coisas que acontecem assim uma vez ou outra.
Nem eu entendi o que eu falei de tão nervoso
- meu Deus - Azedinha riu envergonhada
- tem haver com a marca no pescoço? - ele insistiu e dou risada assentindo passando a mão na cabeça
- sim, sim, agora tchau. - digo rindo saindo de perto deles o mais rápido possível
- eu vou te matar, Gerson Santos. - ela disse séria e roubo um selinho rapidinho - precisava falar que sim?
- ele perguntou - dou de ombros rindo
- você não precisava responder, que vergonha.
- isso é culpa sua mô, que deixou um chupão.
- o meu chupão nem se compra com o que você fez no meu corpo, tá todo marcado. - sussurrou no meu ouvido
- a noite foi incrível
- sim mas tô toda destruída, amor.
- tô querendo te destruir todinha hoje de novo - sussurro no seu ouvido bem baixinho.
- Gerson! Não tem nem mais como, tô super cansada.
Dou risada e roubo um selinho rápido e em seguida dou um beijinho na testa de Elena Valentina que riu puxando a minha correntinha.