𝐂𝐨𝐧𝐞𝐱𝐚𝐨 𝐏𝐫𝐨𝐢𝐛𝐢𝐝...

By htwilla

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Wenclair | + Os vampiros e os lycans mantêm uma rivalidade desde a primeira geração de suas espécies. Desde o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59

Capítulo 37

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By htwilla

Narradora.

O coração de Enid pulsava freneticamente, os lobisomens tinham batimentos mais acelerados do que todas as outras espécies, enquanto os humanos tinham batimentos normais e os vampiros tinham batimentos lentos, quase como se estivessem perdendo a vida.

Wednesday conseguia ouvir os batimentos acelerados da loira. O tempo estava se esgotando e os três seres se aproximavam cada vez mais deles.

Wednesday deu um passo para trás, posicionando-se ao lado de Enid, enquanto os outros ficaram um pouco mais à frente. A pálida colocou a mão por dentro do casaco de moletom da garota, tocando seu peito. Wednesday não sabia exatamente o que estava fazendo, mas sua intuição a guiou e ela seguiu seu instinto.

Gradualmente, os batimentos de Enid se misturaram com os de Wednesday. Parecia que Wednesday estava manipulando os batimentos, fazendo com que eles se igualassem aos seus, e assim os batimentos ficaram calmos.

Os três seres vestidos de preto pararam a cerca de três passos de distância. Eles abaixaram simultaneamente as capas, revelando seus rostos. Eram três homens com expressões sérias. Seus olhares percorreram todos ali.

— Pedimos desculpas por invadir seu território. Estávamos nas montanhas quando sentimos o cheiro de lycan por aqui. — disse o homem do meio.

— Não é muito comum encontrá-los por aqui, então viemos investigar. — acrescentou o outro homem, olhando ao redor.

— O vento deve ter trazido o cheiro até aqui. — comentou Faster, mantendo uma postura firme. Todos ali estavam sérios.

— Mas, de qualquer forma, não é correto invadir nossa propriedade dessa forma. — questionou Morticia.

— Pensamos que talvez precisassem de ajuda, não tínhamos a intenção de invadir o território da famosa família Addams. — o homem sorriu ironicamente.

— Se já tiraram suas conclusões, peço que se retirem. — disse Gomez.

Os dois homens começaram a se virar, mas o homem do meio decidiu insistir. — Vocês têm certeza de que não viram nenhum por aqui?

— Já demos nossa resposta. O fato de você ser um anfitrião não lhe dá o direito de invadir nossa propriedade e começar uma sessão de perguntas sobre você ter sentido o cheiro de lycan a alguns duzentos metros daqui. Pelo menos é essa a distância que eu calculei das montanhas até aqui. — Wednesday disse com a voz firme, encarando os homens.

Enid permaneceu em silêncio o tempo todo, sentindo-se prestes a desmaiar a qualquer momento devido aos seus batimentos baixos.

— Está totalmente certa, pequena Addams. — O homem deu um passo à frente, tentando observar melhor Wednesday. — A família cresceu desde a última vez que nos encontramos, não é mesmo, Wednesday?

Ele tinha um sorriso de deboche no rosto, e o corpo de Wednesday ficou tenso, seus ombros se ergueram. Ela fechou a expressão ao perceber o olhar curioso de Enid ao seu lado.

— Não me lembrava de que você era tão arrogante.

— Os séculos mudaram, criança.

— O que estavam fazendo nas montanhas? — Gooddy se pronunciou.

— Estávamos... passeando. — o homem do meio adotou uma postura séria.

— Curioso, geralmente o caminho pelas montanhas é usado para atravessar a cidade mais rapidamente. — Josh disse, trocando olhares com a irmã. — Mas claro que é apenas uma coincidência, certo?

— Exatamente. — o homem sorriu, passando o olhar por todos até fixar os olhos em Enid, semicerrando-os. — Eu não conheço você, senho...

— E nem precisa conhecer. Pode ir embora. — Wednesday disse com expressão neutra.

— Claro. Foi um prazer revê-los. — Ele se virou, um grande sorriso brotou em seus lábios enquanto caminhava de volta para a floresta. Suas suspeitas estavam corretas.

Wednesday Addams.

Meus ombros relaxaram assim que os três homens desapareceram na floresta. Todos ali se entreolharam e suspiraram. Eu tirei minha mão de dentro do moletom da loira, que soltou um suspiro e massageou o peito.

Caminhamos em silêncio de volta para dentro de casa. Enid me seguiu até o quarto, onde entrei para pegar uma toalha para nós duas. Eu sabia que Enid estava curiosa sobre aquele homem, podia ver a dúvida e a angústia em seus olhos.

Eu sabia que o momento em que eu teria que contar a ela sobre todos os fantasmas que me assombram chegaria. Sabia que ela precisava saber, mas não sabia se eu teria coragem para contar.

Durante todo esse tempo com Enid, experimentei três sentimentos exatos dentro de mim, sentimentos que eu jamais havia sentido antes.

A culpa: Foi a primeira vez que experimentei um sentimento tão avassalador e desconhecido. Era uma mistura de intensas emoções por ter machucado Enid naquele dia na janela. Eu sentia uma necessidade imensa de me redimir com ela, de mostrar que não foi intencional, pelo menos não daquela vez.

O medo: Quando o medo de perder Enid surge em meu coração, é como se uma onda de emoções avassaladoras me atingisse. Sinto uma angústia profunda, um aperto no peito que parece sufocar minha respiração. A simples ideia de perdê-la é como um soco no estômago, deixando-me atordoada e com um nó na garganta.

A ansiedade toma conta de mim quando me lembro dela coberta de sangue depois que Goddy a atacou, como se estivesse constantemente em alerta máximo. Meus pensamentos são dominados por preocupações incessantes, imaginando todos os possíveis cenários negativos que poderiam levar à perda de Enid em minha vida. É como se minha mente estivesse em uma espiral de pensamentos angustiantes, incapaz de encontrar paz.

Sinto um vazio profundo dentro de mim, como se algo essencial estivesse faltando. A ideia de perder Enid cria um buraco em meu coração, uma sensação de perda antecipada que me consome. É como se uma parte de mim estivesse prestes a desaparecer, deixando um vazio emocional difícil de preencher.

Meu estado de alerta é constante, como se estivesse sempre em guarda, procurando sinais de perigo iminente. Cada pequena mudança de comportamento ou sinal de vulnerabilidade dela me deixa em alerta máximo, temendo que algo ruim possa acontecer. É como se eu estivesse hipervigilante, tentando protegê-la a qualquer custo.

No entanto, mesmo com todos esses sentimentos de medo e preocupação, também sinto uma profunda sensação de impotência. Por mais que eu queira proteger e cuidar de Enid, sei que não posso controlar o destino ou evitar todos os perigos da vida. Essa sensação de impotência é angustiante, pois me faz confrontar minha própria vulnerabilidade e a incerteza do futuro.

É uma montanha-russa emocional, um turbilhão de sentimentos que oscilam entre um amor intenso e um medo avassalador. Mas, apesar de tudo, o medo de perdê-la também é um lembrete do quanto ela é importante para mim. É um lembrete de que o amor e a conexão que compartilhamos são preciosos e valiosos, e que eu faria qualquer coisa para proteger e preservar esse vínculo.

Sim, foi isso mesmo que vocês viram, amor.

Eu amo ela, eu realmente amo Enid Sinclair.

O amor: Para alguém que sempre se manteve indiferente e fria, a chegada do amor foi como um sopro de vento quente em um inverno rigoroso. Foi uma sensação completamente nova e inesperada, algo que eu nunca havia experimentado antes. De repente, meu coração, que sempre foi tão reservado e inacessível, começou a bater mais rápido, inundado por uma emoção desconhecida.

Esse sentimento mexeu comigo de uma maneira que eu não conseguia entender. Foi como se uma chama tivesse sido acesa dentro de mim, uma chama que eu não sabia que existia. Cada pensamento sobre Enid causava um turbilhão de emoções, uma mistura de ansiedade, confusão e, de forma surpreendente, alegria.

Eu, que sempre fui tão desapegada, de repente me vi ansiosa para vê-la e estar perto dela. Cada momento ao seu lado parecia precioso, cada palavra que ela dizia parecia uma melodia para os meus ouvidos. Era como se um novo mundo se abrisse diante de mim, um mundo cheio de cores e emoções que eu nunca havia percebido antes.

O amor mexeu com a minha cabeça de uma forma inimaginável. Meus pensamentos, que antes eram tão racionais e controlados, agora eram dominados por essa nova emoção. Eu me pegava pensando nela, sonhando acordada com os momentos que passamos juntas e ansiando por mais.

Porém, esse novo sentimento também trouxe consigo uma sensação de vulnerabilidade. Eu, que sempre fui tão reservada e protegida, agora me sentia exposta, aberta a um mundo de possibilidades, mas também de incertezas. O medo de ser ferida, de ser rejeitada, era real, mas, de alguma forma, a possibilidade de amar e ser amada parecia valer o risco. Eu faria de tudo por Enid Sinclair.

Ainda assim, apesar de todas as confusões e medos, o amor trouxe uma sensação de calor e plenitude que eu nunca havia sentido antes. Era como se eu tivesse descoberto uma nova parte de mim, uma parte que era capaz de sentir, de se importar, de amar.

Eu, que sempre fui tão fria e indiferente, agora me encontrava inundada por um sentimento tão poderoso e transformador. O amor me mostrou um lado de mim que eu não conhecia, um lado que era capaz de sentir profundamente e se conectar com outra pessoa de uma maneira que eu nunca imaginei ser possível.

Saí dos meus devaneios e desliguei o chuveiro, o banheiro estava tomado pelo vapor da água quente, fazendo com que as paredes e os espelhos ficassem úmidos. Me sequei com calma e vesti roupas quentes. Abri a porta do banheiro e vi Enid conversando com sua mãe por chamada de vídeo. Assim que ela me viu, abriu um sorriso.

— Reze para você não pegar um resfriado, dona Enid. Se você chegar aqui gripada, você vai ver. — Eu sorri vendo a expressão de espanto da loira, que sorriu nervosa. Neguei com a cabeça enquanto procurava meu livro dentro do armário.

Tive uma breve conversa com a mãe de Enid antes da garota desligar. Ela foi até a mala, pegou algumas roupas e foi para o banheiro sem dizer nada, fechando a porta.

Suspirei, sabendo que o momento estava chegando. Procurei me manter firme enquanto terminava de ler algumas páginas do meu livro, até que a garota saiu do banheiro para que pudéssemos conversar.

[...]

Eu já estava na quinta página do meu livro quando Enid saiu do banheiro, já vestida. O tempo já tinha escurecido, trazendo a noite à tona. Eu estava sentada na cama, em posição de índio, quando a vi jogar a toalha em algum canto e se deitar ao meu lado, sem me olhar.

— Está tudo bem? — quebrei o silêncio, observando sua expressão serena.

Ela concordou com a cabeça e suspirou, passando a palma da mão pelo rosto. Rastejei na cama até me sentar em seu colo, enquanto ela ainda estava deitada. Enid tirou as mãos do rosto e as posicionou em minha cintura.

Enid não precisava dizer nada para mim, seus olhos por si só já mostravam o quanto ela estava angustiada e curiosa sobre o episódio anterior. Sorri para ela, colocando minhas mãos em cima de sua barriga para me apoiar enquanto abaixava meu tronco, roçando meu nariz no dela e fazendo com que ela desse o primeiro sorriso da noite.

— Me conte o que está te perturbando. — pedi, levantando meu tronco e voltando a ficar sentada em seu colo.

— Eu só... — Enid me encarava profundamente, como se estivesse prestes a revelar todos os meus segredos. — Quem eram aquelas pessoas? — por fim, ela perguntou, piscando algumas vezes.

— Eu preciso te contar algumas coisas sobre mim, Enid. — suspirei, passando meus olhos por todo o seu rosto.

Uma mania que eu adquiri ao longo do tempo foi prestar atenção em cada expressão de Enid. Sempre que ela ficava nervosa, mexia o nariz constantemente, o que me lembrava um coelho. Quando Enid ficava curiosa, arqueava as sobrancelhas, primeiro a esquerda e depois a direita.

— Do que você está falando, Willa? — questionou, comprimindo os lábios em uma linha reta.

— Eu não sou esse ser completamente inofensivo que você acha que eu sou. — engoli em seco, vendo a expressão de dúvida se manifestar em seu rosto. — Preciso que você saiba sobre o meu passado para entender quem eu sou hoje.

Enid olhou para mim, seus olhos cheios de curiosidade e uma pitada de apreensão. Eu sabia que essa conversa seria difícil, mas era necessário. Eu precisava abrir meu coração e revelar quem eu realmente era, mesmo que isso significasse correr o risco de perdê-la.

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