EVA STONE E O REI DO PETRÓLEO

By cleoluzz

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SINOPSE: Eva Stone e Landon McFarland se conheceram na universidade. Ela era herdeira de uma das famílias... More

CAPÍTULO 01 - EVA STONE
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 4 - Nova atualização
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 06 - Bônus
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 08 - BÔNUS
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16 - BÔNUS
CAPÍTULO 17 - BÔNUS
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20 - BÔNUS
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23 - BÔNUS
CAPÍTULO 24 - BÔNUS
CAPÍTULO 25 - BÔNUS
CAPÍTULO 26 - LIVRO COMPLETO JÁ ESTÁ NA AMAZON
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29 - BÔNUS
CAPÍTULO 30
Capítulo 31 - Bônus
Capítulo 32
CAPÍTULO 33 - BÔNUS
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35 - BÔNUS
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37 - BÔNUS
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39 - BÔNUS
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41 - BÔNUS
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43 - BÔNUS
CAPÍTULO 44 - BÔNUS
CAPITULO 45
CAPÍTULO 46 - Bônus
Capitulo 47- Bônus
CAÍTULO 48 - BÔNUS

CAPÍTULO 02

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By cleoluzz


Boa leitura ❤️

Eva

— Acho que são as minhas roupas — comentei com Maddy enquanto caminhávamos pelo campus e recebia aqueles mesmos olhares.

— Tem outras garotas que se vestem assim, principalmente as que fazem direito, então eu acho que tem mais a ver com o seu sobrenome mesmo. As pessoas têm curiosidade de saber mais sobre sua vida, afinal, você faz parte de uma família poderosa e mundialmente conhecida. De qualquer forma, esse interesse deve acabar logo, só estão assim porque a palestra é muito recente.

— Tomara — desejei e continuamos caminhando.

Havia outros filhos de ricos e famosos na universidade, mas eu sentia que tinha uma parcela especial da atenção das pessoas. Desconfiava que, depois de verem a expansividade de minha mãe, esse meu jeito fechado estivesse chamando a atenção.

Por causa da minha criação e principalmente das investigações que eram feitas a respeito de todas as pessoas que entravam em minha vida, eu fui perdendo a vontade de fazer novas amizades, tinha receio de que o perfil da pessoa não passasse pelo crivo do nosso sistema de segurança e eu tivesse que dispensá-la. Seria ridículo, por isso preferia me privar.

Ao chegar no auditório onde aconteceria a primeira aula, nós nos acomodamos no lugar de sempre. Apesar de fazermos cursos diferentes, tínhamos algumas aulas básicas juntas.

— Eu acho esse professor um charme — ela cochichou.

— Eu jamais ficaria com qualquer professor, pensa o escândalo que seria — comentei.

— Você é muito certinha, Eva — zombou e eu dei de ombros.

— Sou, sim, e pretendo continuar sendo — devolvi e voltamos nossa atenção para o professor que ensinava uma de minhas matérias preferidas.

A manhã passou voando e aproveitamos o intervalo entre as aulas para ir ao refeitório.

Compramos algo quente para beber e nos acomodamos à única mesa disponível. Estávamos na metade da nossa bebida quando o celular de Maddy tocou. Após uma leve careta, ela disse que era sua mãe e pediu licença, pois a conversa seria longa.

Sozinha, passei o olhar pelo local e identifiquei vários grupinhos de alunos distraídos com suas próprias conversas.

Em Oxford havia poucas fraternidades e elas eram bem definidas pelo estilo dos alunos. Como em outras universidades, havia a das "Patricinhas", formada em sua maioria por garotas ricas e bem-nascidas, que davam festas primorosas com direito a convite e lugar marcado na mesa. O mesmo acontecia com a fraternidade dos "Mauricinhos", cheia de rapazes que se achavam a melhor coisa do universo.

Em contrapartida a esse mundo glamouroso, existia a fraternidade dos "baderneiros", ou seja, os idiotas que gostavam de provocar garotas como eu até que perdêssemos a paciência. As festas dessa fraternidade aconteciam em qualquer dia da semana, regadas a álcool, sexo, drogas e, claro, muita diversão.

Por insistência de Nathaly, eu acabei me tornando uma "irmã honorária" da fraternidade das patricinhas, uma vez que não poderia morar junto com elas na sororidade. A consequência disso foi receber dezenas de convites para festas que foram educadamente recusados até então.

Deixei minha avaliação de lado e girei a cabeça para ver se Maddy estava voltando, mas me deparei com um rapaz que me deixou impressionada.

Ele usava uma camiseta preta com uma jaqueta de couro da mesma cor por cima, as pernas longas estavam cobertas por um jeans escuro e casual, mas foi seu rosto que me deixou sem palavras.

Ele tinha a pele clara, olhos esverdeados e o cabelo um pouco mais comprido do que seria aceito pelas senhoras da família Stone, no entanto, quando ele sorriu para a garota que caminhava ao seu lado, eu quase sorri junto em agradecimento por ter visto algo tão bonito e genuíno.

Ao longo dos anos, eu tinha conhecido muitos rapazes que frequentavam os mesmos eventos que eu; eles eram bonitos, mas nada se comparava àquele tipo de beleza. Além do rosto bonito, ele era alto e tinha ombros largos, algo que eu admirava em um homem e que deixava o conjunto da obra espetacular.

Quem era aquele desconhecido e porque ele tinha me deixado tão impressionada?

A garota que o acompanhava era bem bonita, mas tinha o semblante muito fechado. Eles passaram em frente à minha mesa e fiquei surpresa por não receber nenhum olhar. Era como se eu não estivesse ali.

Não tinha certeza se aquilo me deixou aliviada ou preocupada. Nos últimos dias eu fui tão visada, que quando passava despercebida, as coisas ficavam confusas em minha cabeça.

Eles se juntaram a outros dois rapazes que se vestiam com roupas escuras, e enquanto a moça tagarelava, os caras zombavam de alguém que estava na mesa ao lado, mais precisamente, um grupo de geeks. Isso me fez pensar que eles deveriam fazer parte da fraternidade dos baderneiros. Pelo visto, os amigos do bonitão gostavam de caçoar dos outros.

Vi que a garota continuou falando meio que sozinha, uma vez que os rapazes mexiam no celular e riam por terem conseguido espantar os garotos da mesa ao lado. Em certo momento, ela empurrou o bonitão com o ombro, em uma tentativa de fazer com que ele prestasse atenção nela. Nessa hora eu recebi uma mensagem do meu irmão e parei de bisbilhotar.

Enquanto trocava mensagens com Alex, acabei me distraindo, e quando voltei a olhar para a mesa deles, o grupo já tinha ido embora.

Cheguei a olhar para os lados a fim de ver se ainda estavam por ali, mas não vi ninguém, então resolvi procurar outra vez por Maddy, que já tinha saído há tempo demais.

Como se tivesse sentido minha preocupação, ela me enviou uma mensagem avisando que iria direto para casa, pois a conversa com sua mãe não tinha sido nada boa.

Diferente de mim, que tinha uma relação espetacular com a minha mãe, Madison não conseguia aceitar o comportamento de sua genitora, o que causava muitos atritos entre seus pais, que eram muito rígidos com tudo. Eu tinha a sensação de que minha amiga nunca conseguiria alcançar as expectativas deles, pois sempre dava o seu melhor e isso nunca era o suficiente.

Terminei minha bebida, peguei as minhas coisas, e resolvi ir para casa. Na parte da tarde eu teria duas aulas, mas queria ver como a minha amiga estava.

Antes de sair, eu me lembrei que tinha que pegar um livro na biblioteca e segui para lá. Passei pela recepção e comecei a caminhar entre as intermináveis fileiras de livros, sentindo o cheiro das páginas preenchendo os meus sentidos. Por influência de minha mãe, que escreveu livros maravilhosos, eu cresci lendo histórias incríveis e conhecendo autores renomados.

— Precisa de ajuda? — uma voz baixa e entediada questionou.

Virei-me e dei de cara com uma moça de belos traços. Ela tinha uma pele bem alva e sobrancelhas levemente marcadas, seus cabelos castanhos possuíam mexas cor-de-rosa nas pontas e na franja e estavam presos em um rabo de cavalo.

— Você trabalha aqui? — perguntei enquanto analisava seu porte mais de perto.

Seu corpo era alto e delicado, assim como os óculos de metal prateado, mas não havia qualquer resquício de simpatia em seu rosto.

— Não estaria oferecendo ajuda se não trabalhasse — respondeu em um tom quase ríspido.

Mas qual é o problema dessa garota?

— Hum, ok — soltei, confusa.

Estava acostumada com olhares hostis, mas quando as pessoas eram grosseiras comigo eu não sabia como reagir. Certamente a minha mãe teria uma boa resposta, já eu me sentia presa dentro dos meus próprios pensamentos, sempre pensando em uma forma de evitar conflitos.

— Acho que posso me virar sozinha, mesmo assim, obrigada — falei e dei as costas para ela sem nem ver sua reação.

Caminhei pela biblioteca ainda remoendo e questionando os motivos para aquela garota ter me tratado daquele jeito, por outro lado, eu já tinha aprendido a não gastar energia com esse tipo de coisa. Talvez ela só estivesse tendo um dia ruim.

Para não ter que conversar novamente com ela, voltei à recepção e perguntei sobre o livro que eu estava procurando, porque não o achei na prateleira indicada pelo sistema.

— Tem um exemplar que vai retornar esta tarde, se quiser, posso reservar para você — a recepcionista disse gentilmente.

Estava quase aceitando quando senti a presença de alguém atras de mim.

— É contra as regras da biblioteca dar prioridade a alguém, mesmo as celebridades — a palavra foi dita com escárnio —, todos os alunos devem ser tratados da mesma forma — decretou a garota que tinha me oferecido ajuda quando cheguei.

Ela definitivamente estava tendo um péssimo dia.

— Mas... — a recepcionista começou, porém, eu a cortei.

— Ela tem razão, todos devem ter o mesmo tratamento, por isso não precisa reservar, eu passo aqui outro dia — falei e a mulher simpática assentiu.

Não estava entendendo a perseguição daquela garota, mas decidi encerrar aquele assunto e fui embora da biblioteca.

Era melhor eu ir ver como a Maddy estava, do que ficar ali batendo boca com aquela desconhecida.

Ao chegar em casa, encontrei minha amiga na sala. Ela estava sentada em uma poltrona próxima a janela, de olhos fechados, deixando o tímido sol tocar sua pele.


— Pelo jeito, a conversa não foi boa — comentei, sentando-me no sofá.

— Ela faz questão de me colocar pra baixo o tempo todo — disse e me encarou. — Custava ser um pouquinho como a sua mãe?

Maddy não entendia que cada família tinha seus próprios desafios. Eu, por exemplo, amava a minha mãe, mas era difícil ser sua filha. Quando criança eu me sentia completamente feliz, contudo, à medida que fui crescendo e tomando consciência de quem era a Deusa do Amor, eu, por mim mesma, comecei a me sentir psicologicamente pressionada a ser um pouco parecida com ela.

Isso, associado ao protecionismo exacerbado da ala masculina da família me fez mudar muito quando atingi a adolescência e só piorou quando percebi o fracasso que eu era em relação aos homens.

Enquanto Louise Stone tinha uma energia vibrante que iluminava todos os lugares que frequentava, eu, apesar de bonita, não conseguia me destacar entre a multidão; isso foi me tornando cada vez mais amuada e fechada para qualquer pessoa fora da minha família. Era por causa disso que estar sob o escrutínio de metade dos alunos de Oxford estava me deixando tão mal.

Respirei fundo e voltei minha atenção a Madison. Meu papel ali era tentar fazer minha amiga se sentir melhor, e não pensar nos problemas que minha mente criava.

Depois que ela desabafou e eu falei coisas que a incentivassem, Maddy me deu um meio sorriso e questionou:

— Como foi no refeitório?

— Melhor do que eu esperava, já na biblioteca as coisas foram esquisitas — falei e vi uma ruguinha surgir entre seus olhos.

— Esquisitas?

Concordei e comecei a narrar sobre o que tinha acontecido, mas no meio do relato percebi que a cabeça da minha amiga estava longe e que provavelmente eu estava falando para as paredes.

Gentilmente eu encerrei o assunto e fui para o meu quarto. Minha vontade era ficar enfiada em casa pelo resto do dia, mas tinha aulas para assistir, por isso descansaria um pouco, comeria alguma coisa e voltaria para a universidade.

A vida acadêmica não estava sendo tão fácil quanto eu imaginava, mas eu sonhei tanto com essa fase da minha vida, que o melhor era ignorar as coisas desagradáveis e aproveitar o melhor que aqueles anos poderiam me oferecer.

Continua....

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