2009
PRESENTE
Os meninos estavam acendendo uma fogueira lá fora, enquanto eu e as meninas esperávamos dentro daquela cabana, eu não estava me sentindo bem ali, aparecia deslocada.
-Então Catarina, você está curtindo a cidade?- Perguntou Sabrina.
-É bem diferente da cidade grande, mas eu gosto muito da sensação de poder respirar o ar puro do campo. -Respondi
-Eu acho que você deveria sair mais, que tal a gente ir pra uma festa um dia desses? você é tão jovem ainda e parece bem introvertida pro meu gosto -Falou Raquel com um pouco de acidez.
-A gente pode ir conversando... quem sabe? -Falei
-Garotas! Venham aqui fora! -Ouvimos Ethan falar.
Saímos de dentro daquela cabana,Charles estava colocando pedras em volta de uma pilha de gravetos e folhas secas, vi Caleb chegar com vários pedaços de madeira velha e Ethan iluminava o chão com seu celular.
Quando terminaram de montar a fogueira, Ethan jogou um líquido em cima dos gravetos e Caleb jogou um fósforo em cima, fazendo o fogo subir de uma vez. Virei o rosto e me afastei um pouco, estava muito forte.
Tinha várias bebidas ali eu não era de tomar álcool, mas fiz um esforço, Sabrina me entregou uma garrafa de cerveja, Charles bebia vodka e os outros meninos Gin.
Fizemos uma roda perto da fogueira, me sentei em tronco velho de árvore caída ali junto com as garotas.
-Então, todos aqui sabem as regras do jogo né? -Perguntou Ethan.
-Sim. -Falamos em unisom
Eu na verdade apenas tinha noção de como jogar, mas nunca tinha feito.
-Eu começo! -Raquel tomou a garrafa de sua mão.
Ela girou e parou uma ponta em Sabrina e outra em mim.
-Verdade ou Desafio? -Sabrina falou.
-Verdade. -Respondi
- É verdade que você já transou num carro?
-Não! Quer dizer, eu nunca... t-transei em um carro. -Falei gaguejando.
Todos riram do meu nervosismo, menos Charles.
- Sua vez. -Ela disse.
Girei a garrafa e parou em Caleb e Raquel. A boca da garrafa parou nele então ele perguntava.
-Verdade ou Desafio?
-Verdade. -Falou ela sorrindo.
-Você já fez por trás com Ethan.
-Sim, é verdade. -Riu ela
Todos riram, dessa vez até Charles. Aí meu Deus, eles não tinham pudor será? Caleb girou a garrafa e parou em Ethan e eu.
-Verdade ou Desafio?
-Verdade. -Falei
-É verdade que você é virgem?
Todos me olhavam e eu me sentir um peixe fora d'água, eu queria morrer, mas em um surto de coragem respondi.
-Claro que não. -Eu ri sem graça.
-Qual é, você não precisa mentir Catarina, todos aqui sabe que você nunca transou. -Falou Ethan
-Se você sabia, então porque perguntou?
-Queria ouvir você confirmar e nesse jogo não vale mentir.
-Sim, sou virgem! Feliz agora?!
-Na verdade acho que Charles é quem está. -Disse malicioso
-Sua vez. -Ele disse
Girei a garrafa e parou em Sabrina e Charles, ela perguntava.
-Verdade ou Desafio?
-Verdade. -Charles disse.
-É verdade que você quer tirar a virgindade de Catarina? -Perguntou olhando pra mim sorrindo.
-Não! É-ee-e se ela quiser... claro! -Disse se atrapalhando, seus amigos riam alto.
Ela girou a garrafa e parou em Raquel e Charles, mas que inferno! Denovo! Pensei. Ela perguntava.
-Verdade ou Desafio?
-Desafio.
-Desafio você beijar Catarina. -Falou
Eu arregalei os olhos, estava corada. Charles me olhou e com as mãos virou meu rosto para o seu.
-Você quer? -Perguntou.
-É só o jogo. -Falei
Então ele selou meus lábios nós seus, sua língua e a minha brigavam em um beijo seduzente e cheio de carinho, ele segurou minha cintura nos aproximando. Eu gostava daquilo mesmo negando pra mim mesma.
2009
PRESENTE
Mesmo eu não indo muito com a cara da Raquel beijaria seus pés por ter me dado a chance de poder beijar Catarina, eu estava começando a ficar excitado, olhei em volta e aqueles desgraçados tinham ido embora enquanto a gente se beijava, Catarina vai me matar, mas aproveitei o momento.
Peguei sua cintura e a coloquei sentada em meu colo, eu estava no chão, continuavamos a nos beijar, Catarina rebolava no meu colo enquanto eu segurava seu quadril e beijava seu pescoço.
-Aaaw Charles. -Ela gemeu.
Eu só podia ser a porra do homem mais feliz do mundo, voltei a beijar sua boca, até que ela saiu do meu colo abruptamente respirando ofegante, percebi o que tinha acontecido, provavelmente ela sentiu minha excitação e se assustou.
Olhei para seu rosto ela estava quente e corada, tinha certeza que estaria pronta pra mim agora.
-Quer sair daqui? -Perguntei.
-Sim, por favor. -Disse.
Ela nem tinha reparado que estávamos sozinho ali, joguei um pouco de água no fogo e saímos até meu carro. No meio do caminho eu perguntei.
-Você quer ir pro meu apartamento? -Tinha poucas esperanças da sua resposta, mas me surpreendi.
-Na verdade quero, já está tarde e eu não quero ter que acordar meu pai.
Apenas acenei, porém por dentro estava feliz da vida.
Vi ela mandar mensagem para seu pai pelo celular. Chegamos no prédio onde eu morava, era até grande pra alguém que morava sozinho, mas bem aconchegante. Abri a porta para Catarina e ela entrou observando o lugar. Ela se sentou no sofá.
-Você quer alguma coisa?
-Não, não, obrigado Charles.
Sentei ao seu lado. Ela me olhou profundamente e então eu fiquei perdido pelo seus lábios macios, e a beijei denovo, ela era perfeita.
2009
PRESENTE
Eu não sabia que estimulo era esse, acho que provavelmente estava no período fértil, essa é a única explicação plausível. As mãos de Charles deslisavam pelo meu corpo. E com o tempo eu fui me cedendo aos seus toques. Ele me puxou para seu colo e se levantou ainda me beijando, me levou para seu quarto e fechou a porta com o pé.
Continuou beijando meu pescoço, eu gemia em seu ouvido, ele então me colocou na cama como uma princesa e se deitou entre minhas pernas, nossas intimidades próximas era minha perdição. Ele tirou sua blusa e a minha e voltamos a nos beijar.
-Catarina... você é perfeita.-Ele susurava.
-Aaaw Charles. -Gemia.
Até que eu lembrei que tinha conhecido ele a 2 dias e que não estava pronta ainda pra transar. Parei o beijo.
-Charles, espera! -Disse olhando seus olhos.
-Que foi? fiz alguma coisa errada? -Ele falou
-Não... é-e-ee que... eu ainda não estou é-ee... pronta, entendi? -Falei
Ele apenas me deu um sorriso bobo e suspirou ainda rindo.
- Tudo bem Catarina, eu espero você até o fim do mundo. E não pense que estou com pressa, vai ser no seu tempo e eu gosto muito de você. -Falou me olhando.
Ele me deu um selinho e eu ri.
Charles me deu uma camisa sua para eu dormir, eu me troquei na sua frente sem nem perceber, como fiquei tão desinibida? Ele observava eu me trocar, corei ao ficar apenas de langerie na sua frente, mas coloquei sua blusa logo.
-É-ee-e... -Pigarreei.
-Posso dormir no canto da parede? -Perguntei tímida.
-Claro que sim. -Falou.
-Eu vou ali na sacada, fumar um pouco, você pode se ajeitar na cama. -Ele disse.
-Você fuma? -Perguntei.
-Sim, ás vezes. -Disse saindo do quarto.
Quando Charles voltou eu já estava deitada no canto da cama, ele se deitou e circulou seu braço na minha cintura me puxando pra ficar de conchinha com ele e beijou meu rosto.
-Boa noite princesa. -Falou.
-Boa noite. -Respondi.
Então dormimos.
Eu estava em um sono tão bom e acordei com uma imagem de tirar o fôlego, Charles estava na janela sem camisa com um cigarro na mão, o sol da manhã batia em seu rosto. Ele era lindo.
-Bom dia. -Me levantei.
-Oi minha princesa. -Falou
-Sua? -Brinquei com ele
-Isso, minha. -Sorriu e eu quase me derreti.
-Eu já volto. -Falei indo em direção a porta do seu quarto que eu supus ser seu banheiro. Entrei e me olhei no espelho, peguei uma escova de dentes nova que tinha ali e escovei meus dentes, lavei meu rosto e usei seu pente pra dar um jeito no meu cabelo.
Voltei para seu quarto e ele não estava mais lá, arrumei a cama, vestir minhas roupas e calçei minha sandália. Olhei meu celular e vi que já passava das 9:30, eu vi que tinha várias mensagens do meu pai no meu celular e ligações perdidas da minha mãe. Aí meu Deus, meu pai provavelmente estaria preocupado por eu não ter chegado ainda. Eu saí do quarto de Charles e vi ele preparando café e panquecas, eu sorri.
-Charles! -Chamei ele
-Sim? -Me olhou.
-Eu tenho que ir, meu pai já está preocupado.
-Mas eu fiz café da manhã pra você. -Contestou
-Fica pra outro dia, eu juro, beijos, tchau. -Falei andando até a porta e mandando beijos para o ar.
-Certo, quer que eu te leve? -Colocou o pano de prato que até agora estava em seu ombro na bancada.
-Não, não, eu pego um táxi.
Ele veio até mim e me beijou.
-Jura que volta? -Sussurrou.
-Eu juro. -respondi.
Sai e fui até a rua fiz sinal e demorou um pouco até um táxi vazio parar. Passei o endereço ao motorista e ele me levou. Eu podia ver as nuvens se formar, e o céu ficar nublado, quando começou uma chuva forte, nada podia piorar, até que o carro simplesmente parou. Aí que inferno! Pensei.
-Vou sair e olhar, deve ser o motor. -Falou o motorista.
-Agora não, por favor. -Implorei.
Ele demorou uns 5 minutos ali fora na frente do carro com o capo aberto, ele fechou e voltou pra dentro.
Realmente é o motor, o reboque vai chegar em 25 minutos. -Falou calmo.
-25 minutos?
-Isso. -Respondeu
-Tudo bem moço, eu moro aqui perto você sabe quanto falta pra chegar no meu endereço?
-Uns 5 minutos. -Falou
-Eu vou andando então.
-A senhorita tem certeza? Não quer esperar?
-Não, não quero preocupar meu pai. Você não quer vir junto? -Perguntei.
-Irei ficar aqui mesmo, mas obrigado. -Sorriu
Paguei ele e saí do carro, a chuva estava forte mesmo e os ventos eram impetuosos.
Andei até me cansar e vi de longe minha casa, corri e entrei na varanda.
Eu estava completamente molhada de chuva, entrei em casa e vi meu pai, ele parecia aflito, estava na sala sentado junto com um senhor que eu não conhecia, quem deve ser? Eu me questionei.
-Autora 🥀