O Homem Da Floresta

By UmDarkNoSeuRomance

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... Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidad... More

Um oi
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Um oi
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Um oi
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Um oi
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Um oi
Um oi
Capítulo 22
Um oi
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Um oi
Capítulo 26
Um oi
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29

Capítulo 6

884 58 9
By UmDarkNoSeuRomance

2009
PRESENTE

Eu estava com ódio, muito, muito ódio. Queria ir embora, fugir desse lugar maldito que só me trazia dor e sofrimento, eu tinha apenas as boas lembranças de Daisy pra me fazer acreditar que ainda valia apena ficar vivo, até hoje eu não aceitei sua morte.

Já se passaram 12 anos que ela morreu, eu tinha 21 na época, e fui um completo idiota por não perceber os abusos que ela sofria de meu irmão, mas no momento em que vi ele com ela eu fui tomado por um ódio e um ciúmes absoluto e fiz a maior besteira da minha vida. Eu sempre acho que ela está por aí, fugindo de mim, e tenho esperança de encontra-lá, beijá-la, tocá-la, protege-la, ter uma orvedose dela e prometer nunca deixa-lá. Meus devaneios são interrompidos por batidas na porta.

-Oi filho. -Era minha mãe.

- Oi mãe. -Falei

Eu estava na biblioteca e como sempre as cortinas estavam fechadas e pouca luz entrava pela janela, essa maldita casa, era sombria e tinha um cheiro de morte. Eu passei a odiar a luz do sol, sem perceber lembrei que Daisy adorava tomar banho de sol, isso aqueceu meu coração.

-Seu pai e eu queremos falar com você. -Ela falou

-Mãe, eu já estou cansado dessas conversas que não nos levam a lugar nenhum!

-Eu sei, eu sei querido. -Disse calma.

Suspirei.

-Vamos te esperar no escritório. -Falou e saiu.

Minha mãe me implorava por netos quando comecei a namorar Daisy, ela tinha apenas 19 na época mas queria ter muitos filhos, infelizmente nunca engravidou.

Me levantei da poltrona e fui em direção ao escritório do meu pai. Respirei fundo e entrei.
Ele estava sentado na sua cadeira com uma posse imponente e minha mãe estava em pé ao seu lado.

-Sente-se querido -Disse minha mãe

-William... -Meu pai começou.

-Você já tem 33 anos e estamos preocupados com você. Você não quer saber de administrar nossa empresa e nem fazer nada em relação ao seu futuro, até saiu da faculdade! -Ele disse.

-Pai, se eu me lembro bem, foram vocês que me pediram pra evitar o ambiente acadêmico e eu sinceramente não tenho nenhum interesse em ir pra sua empresa, até porque eu já faço isso aqui mesmo em casa pelo computador. Não sei porque vocês tem essa necessidade de me colocar em ambientes sociais.

-Querido, apenas queremos seu bem, você não come direito, não dorme direito e não tem mais animação pra nada, até deixou seu hobby preferido. -Falou minha mãe.

Eu gostava de caça no tempo livre, me acalmava, mesmo Daisy repreendendo essa prática, eu fazia escondido.

-William, você parece está até em uma depressão. -Meu pai disse.

Nesse momento eu me enchi de armagura e raiva, porque eles tentaram me "proteger" e me tornaram nisso, foi meu próprio pai que me deu essa maldita máscara, pra cobrir meu rosto deformado pelo fogo.

-Olha, pro meu rosto pai!OLHA PRA PORRA DA MINHA CARA! -Joguei a máscara no chão.

Eles desviaram o olhar, não conseguiam nem olhar diretamente pra minha face, o que esperar disso? Só conseguir lembrar do dia que eu decidir sair de casa e fui escorraçado pelo povo da cidade, e me chamava me monstro, desgraçado, cruel, demônio, que eu  deveria morrer, já tinha o peso de acharem que eu tinha matado Daisy de propósito e com meu rosto deformado eu não tinha nem chance de me redimir.

-Filho! -Minha mãe disse.

-WILLIAM!QUEREMOS TE AJUDAR, MAS SE VOCÊ QUER FICAR AÍ NESSE POÇO SEM FIM, QUE SEJA! AGORA, EU LAVO MINHAS MÃOS! -Gritou meu pai

Peguei minha máscara no chão e saí dali, minha mãe tentou vir atrás de mim, bati a porta forte. Bufei e resmunguei comigo mesmo.

Fui pro meu quarto, se eles queriam que eu saísse era isso que eu ia fazer, desci as escadas e fui até o portão pegar uma espingarda pra caçar depois de anos, fazia muito tempo que eu não saia de casa, via o mundo pela janela apenas.

Entrei na floresta e andei bastante, eu já estava longe, eu tinha colocado outra roupa pra caçar, normalmente eu costumava ficar de terno em casa, então vi de longe um coelho ele era pequeno. Difícil de acertar pra um caçador inexperiente mas eu tinha anos de experiência, mesmo estando um pouco enferrujado, atirei no animal e aceitei.

Fui até ele que estava morto, coloquei seu corpo em um saco, gostava de empalhar minhas caças, fui andando devagar até que vi um corvo de longe, ele era grande e bem vistoso.

-Vai ficar ótimo na minha galeria. -Sussurrei pra mim.

Mirei e quando fui atirar, pisei em um galho seco o que faz com que o pássaro se assusta-se, eu fiquei frustrado, até que olhei pra frente e a vi. Não, podia ser ela, eu deveria está sonhando.

-Daisy. -Murmurei baixo.

Fiquei a observando ali e fui me aproximando, ela estava linda olhei para o chão e percebi que ela estava sentada no sol, depois de todos essas anos, ela ainda gosta de banho de sol, ela ouviu o barulho do meu caminhar e se levantou da grama, eu me escondido atrás de uma árvore, não queria que ela me visse assim e ainda caçando, provavelmente me mataria.

Eu sorri ao ouvir sua voz.

-Olá? Tem alguém aí? -Disse com sua voz doce.

Eu queria responder; "Sim,o amor da sua vida." mas me contive. Olhei de relance atrás da árvore, ela está mais linda do que nunca com aquele vestido e seus lindos cabelos, eu queria ir até lá e beijá-la, o maldito corvo saiu  voando novamente a assustando, desejei atirar na sua cabeça por assustar minha mulher.

Ela então correu pra dentro, eu supus que aquela era sua casa, deve ser a casa de Victor Graham, meu pai era seu amigo, e comentou comigo que ele tinha comprado uma casa nas redondezas, a observei até ela entrar.

Ela voltou pra mim!Ela voltou pra mim, porra! Eu não acreditava, fui correndo pra casa contar pros meus pais, eles ficarão contentes também. Entrei em casa correndo.

-MÃE!PAI! VENHAM AQUI NA SALA, RÁPIDO! -Gritei eufórico e entusiasmado.

Vi ambos descer as escadas.

-O que foi filho? -Falaram em unísom.

-Ela voltou, ela voltou pra mim. -Olhei sorrindo pra eles.

-Ela quem querido? -Perguntou minha mãe.

-Daisy!

-Mas filho, Daisy está morta. -Disse meu pai

-Não, aquela era ela, eu a vi, ela está na casa de Victor Graham! -Disse.

-Filho, eu acho que você está confuso, porque a filha de Victor acabou de chegar aqui na cidade, não era Daisy era Catarina.

-Catarina? Não, não, não. É impossível tamanha semelhança.

-Querido, você está tão obcecado com a ideia de que Daisy está viva que acabou confundindo. -Completou minha mãe.

-Vocês não viram o que eu vi! Era ela, eu juro! -Falei.

-Certo, então eu vou fazer uma visita ao meu velho amigo Victor e tirarei essa história a limpo. -Disse meu pai.

-Eu vou trazê-la de volta pra mim pai, eu juro por minha honra que ela irá voltar.

Minha mãe se aproximou de mim e colocou as mãos em meu rosto.

-Eu só quero que você seja feliz querido. -Falou ela.

Eu apenas sorri para ela. Subi as escadas e fui  para meu quarto. Peguei uma caixinha no meu closet, dentro dela tinha uma joia, um anel de noivado, que eu infelizmente nunca pudi entregar a Daisy, mas dessa vez eu faria tudo certo e não erraria com a oportunidade que o destino estava me dando. Daisy voltaria para os meus braços querendo ou não.

-Autora 🥀

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