Em seus braços - Samuel Reoli...

By semsentido0909

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O que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viv... More

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By semsentido0909

*Samuel

Cláudia fala algo para Diana e a mesma me encara com uma feição triste, Luíza não parava de falar e quando eu vou chamar Diana, ela já tinha subido a rua com Sérgio e Cláudia.

- Aí, Sam. - a garota a minha frente suspira. - Eu estava com tanta saudades.

- Eu imagino. - forço um sorriso. - Foi bom te ver, mas eu preciso ir agora porque os meninos estão me esperando.

- Espera, todos os meninos? Alberto, Dinho e Júlio? - ela pergunta animada e eu me xingo mentalmente. - Eu vou com você, mas só para cumprimentar os meninos, não quero atrapalhar vocês.

Forço um sorriso para a mesma e ela entrelaça seu braço no meu quando começo a subir a rua, me afasto da mesma e ela me encara e sorri sem graça. Assim que chegamos em casa, eu abro o portão e ela entra.

Fecho o portão e entro na sala, a mesma já estava lá.

- MENINOS! - ela grita animada e Cláudia me encara com raiva. - Que saudade de vocês. - ela abraça um por um e quase passa por cima da Aninha para abraçar Bento.

- Eai, Luíza. - Bento fala sem graça e volta a abraçar a Aninha quando a loira se afasta.

Aninha não esconde o descontentamento com a atitude de Luíza e se vira para Bento com um olhar que fez o japonês estremecer.

- Quem é essa? - Aninha pergunta encarando Luíza de cima a baixo.

- Sou Luíza, ex do Sam. - ela sorri e eu respiro fundo.

- Onde está a Diana? - pergunto e Dinho me encara de braços cruzados.

- Foi para a cozinha assim que você chegou. - ele responde levemente irritado e eu assinto e sigo para a cozinha.

Diana estava colocando os frios em um prato quando me aproximei da mesma e a abracei por trás. Ela apoia as mãos na mesa e quando beijo seu pescoço ela se afasta, me fazendo suspirar.

- Quer ajuda? - ofereço e ela nega em silêncio, observo a mesma pegar o saco com pão de queijo e despejar em um refratário. - Amor... - ela me interrompe.

- O que a Luíza está fazendo aqui? - ela pergunta e me encara, a ponta do nariz e a boca vermelha denunciavam que a mesma estava se segurando para não chorar.

- Ela insistiu para vir ver os meninos.

- Entendi.

- Está brava comigo? - pergunto e ela nega.

- Por que eu estaria brava com você? - ela pergunta e eu coço a nuca nervoso, vendo ela esmurrar os pães de queijo dentro do refratário para caber tudo. - Quer a verdade? Estou com ciúmes.

- Eu sei e você sabe que não precisa sentir ciúmes. - dou a volta na mesa e me aproximo dela a puxando pela cintura, ela suspira e apoia as mãos em meu peito. - Eu só amo você.

- Eu sei. - ela fala e morde o lábio receosa. - Eu só... Desculpa, acordei meio ruim hoje e descontei em você.

- O que você tem? - pergunto preocupado.

- Não é nada, acordei meio estressada e angustiada, mas não sei o motivo. - ela responde e eu beijo sua testa, seu rosto, a ponta de seu nariz e por fim sua boca. - Mas agora que estou com você eu vou ficar bem. - ela sorri e eu a abraço.

- Diana! - a voz de Luíza ecoa na cozinha e eu fecho os olhos irritado, mas logo me viro para encarar a mesma. Diana tenta se afastar, mas a puxo e mantenho minha mão em sua cintura.

Luíza encara a minha namorada de cima  a baixo com um sorriso no rosto, mas quando vê minha mão em sua cintura seu sorriso se desfaz.

- Você não mudou nada, Diana. - ela segue em direção a minha namorada e a abraça. - Quer dizer, engordou um pouquinho mais.

- Viu todos os meninos, Luíza? - pergunto quando a mesma se afasta, a cortando.

- Vi sim, Júlio até me convidou para participar do café de vocês. - ela fala animada.

Diana me solta e pega o refratário com o pão de queijo e o outro com frios.

- Quer ajuda, amor? - pergunto e Luíza me encara assustada.

- Amor? Então vocês estão juntos?

- Sim, Diana e eu estamos namorando. - respondo e Luíza fecha a cara.

- Que legal, felicidades para vocês dois. - ela força um sorriso e sai da cozinha.

- Ela não gostou muito. - Diana fala e eu reviro os olhos.

- Ela não tem que gostar de nada. - seguro o rosto dela e beijo a mesma, a pressiono contra a mesa e ainda com os lábios contra os meus ela dá risada, aquela risada gostosa que só ela sabe dar.

- Amor, eu vou derrubar as coisas. - ela fala e eu a solto. - Já que quer ajudar, pega os pães e o bolo.

- Você não pede, você manda minha patroa. - falo e ela dá risada.

Pego o que ela pediu e seguimos para a sala, Luíza tagarelava algo com Júlio que apenas assentia sem graça e soltava uma ou duas palavras como "Verdade", "Aham", "Pois é".

Aninha e Cláudia estavam com as caras fechadas e Sérgio e Bento estavam sem graça, Dinho me encara e se levanta, ele segue até a irmã e pega um pão de queijo.

- Sua sorte é que estou com as mãos ocupadas, caso contrário você levaria um tapa. - ela resmunga e Dinho mostra a língua para ela. - Criança.

Sérgio puxa a mesinha de centro e ela coloca as coisas em cima da mesma e pega o que estava comigo e coloca sobre a mesa também.

- Você é um anjo, Diana. - Luíza fala e estica a mão para pegar um pão de queijo.

Cláudia revirou os olhos com tanta força que eu precisei segurar a risada. Me sento no chão mesmo e encosto as costas no sofá que Sérgio e Cláudia estavam, abro as pernas e puxo as mesmas, Diana se senta entre elas e apoia as costas em meu tronco.

- Não vai comer? - Bento pergunta para Diana enquanto fazia um pão para ele e a namorada.

- Não, estou sem fome. - ela responde e Bento a encara confuso.

- Mas você disse que estava com fome não faz nem meia hora. - ele fala e eu a encaro.

- Perdi a fome, japonês. - ela resmunga e tira algo do bolso, estendendo para Dinho. - Ó, seu dinheiro.

- É nosso, tudo que é meu é seu. - ele fala pegando mais um pão de queijo e ela sorri.

- Literalmente né, ela só vive com suas roupas. - Júlio fala e Diana da um tapa na perna do mesmo.

- Pega aqui. - ela fala ainda com o Dinheiro estendido em direção ao Dinho. - Fica com você, quando eu precisar eu pego novamente.

Ele assente e pega a nota de vinte reais guardando no bolso.

- Você é muito bonzinho, Dinho. - Luíza fala e Dinho a encara. - Nunca que eu deixaria meu irmão gastar o dinheiro dele comigo.

- Diana não precisa deixar nada, o que é meu é dela. - Dinho fala em um tom calmo, afim de não ser indiscreto. - Nós somos muito unidos e sempre foi assim, não é agora que vai ser diferente, entende? - ele força um sorriso pra ela.

- E outra coisa, a Diana e o Dinho são um só. - Cláudia levanta e começa a fazer um pão com frios para ela e um para Sérgio. - Já você e seu irmão não se davam bem, pelo que eu me lembro.

- Ah, era briguinha de irmãos. - Luíza fala sem graça. - Igual você e o Sérgio, Sam.

- Pessoal, podemos boicotar o ensaio de hoje? - Dinho pergunta mudando de assunto.

- Por que? Precisamos ensaiar as músicas novas. - Júlio fala e Dinho suspira.

- Eu e a Di precisávamos passar um tempo em casa com nossos pais, eles reclamaram sobre a nossa ausência hoje. - ele fala e Bento suspira.

- Viu, amor? Eu disse que não era só a sua mãe. - Aninha fala se virando para Bento. - Minha sogra hoje de manhã também estava bem cabisbaixa e disse que estava sentindo nossa falta.

- Meus pais também reclamaram sobre isso. - Júlio comenta e Diana suspira.

- Então é isso, tiramos o dia de hoje para ficarmos em casa com nossos pais e amanhã vocês ensaiam, o que acham? - ela sugere.

- Eu acho ótimo, vamos conseguir assistir o jogo com o pai. - falo me virando para Sérgio e ele assente.

- Clau, já está morando aqui? - Aninha pergunta e minha cunhada troca olhares com Sérgio.

- Queríamos conversar com vocês sobre isso mesmo. - ela fala sem graça.

- 'Tá grávida. - falo e levo um tapa de Sérgio e Diana. - Aí amor, até você?

- Não quero sobrinhos agora não. - ela resmunga e eu dou risada.

- Cala a boca, Sam. - Cláudia fala e eu faço sinal de silêncio. - Eu e o Sérgio estamos pensando em morar juntos, mas em outra casa.

- O quê? Sair de casa? - pergunto incrédulo e Diana aperta a minha mão.

- Eu vou ferir esse menino antes de terminar de contar. - Cláudia fala para Sérgio e o mesmo da risada. - Sim, sair de casa... Mas eu sei que você e o Sérgio são como colas e então queríamos conversar com vocês sobre... - ela é interrompida por Sérgio.

- Ir morarmos todos juntos. - meu irmão fala e leva um tapa da namorada. - Você enrola demais, Clau. Nossa rotina está exaustiva, chegamos em casa de madrugada quase todos os dias e eu já não aguento mais acordar meus pais por conta de barulho e etc, quero que eles possam descansar sem se preocupar comigo ou com o Sam.

- Eu acho uma boa ideia. - Bento fala e coloca as pernas sobre as pernas da namorada. - Meu irmão está querendo ir morar lá em casa e ele poderia ficar com meu quarto.

- Se todo mundo topar, eu topo. - Júlio fala. - Mas com uma condição, precisa ser aqui em Guarulhos e perto das nossas casas atuais.

- Com certeza. - Dinho fala e Diana o encara. - Eu só vou se a Diana for.

- E você acha mesmo que ela vai perder a oportunidade de ir morar com o namorado? - Bento pergunta rindo. - Você é tão bobo as vezes, Dinho.

Diana apoia a cabeça em meu peito e levanta o rosto para me olhar, sorrio para a mesma e ela retribui o sorriso.

- Eu topo, melhor que gastarmos o dinheiro que recebemos com besteira. - falo e eles assentem.

- Dinheiro? Nossa, não sabia que a Utopia rendia tanto para vocês. - Luíza fala, ela estava apenas observando a conversa e eu tinha até esquecido da existência da mesma. - Vocês acham que os pais de vocês vão aceitar de boa?

- Somos adultos. - Cláudia responde.

- E nossos pais precisam de descanso. - dessa vez é Júlio que fala e em um tom mais amigável que o de Cláudia. - Vai ser bom morar com todos vocês, contamos para os nossos pais hoje?

- Sim, vou ir amaciando o véio, primeiro uma cervejinha, depois uma conversinha, mando a Diana jogar a bomba e depois resolvemos tudo. - Dinho fala e Diana encara o irmão incrédula.

- Por que eu?

- Porque você é a menininha dele, ele não vai ficar bravo com você. - Dinho fala dando de ombros. - Depois assistimos um filme com ele e fica tudo na paz.

- Você assiste um filme com ele, né? - ela resmunga. - Vocês vão querer assistir terror e quem não dorme depois sou eu.

- Engraçado, com o narigudo do seu namorado você assiste filme de terror. - Dinho fala ofendido e eu jogo uma almofada nele.

- Porque ele dorme comigo depois. - ela responde e eu sorrio.

- Mas nós dormimos no mesmo quarto cabeçuda. - Dinho resmunga.

- Mas você dorme na sua cama e nem um furacão te acorda, dá tempo de três espíritos aparecer pra me matar e você nada de acordar. - ela fala e eu dou risada.

- E eles nem assistem o filme, o Samuel também é cagão. - Sérgio fala e eu mostro o dedo do meio para ele.

- Foi muito bom ver vocês, mas preciso ir embora. - Luíza fala.

- Que bom... Quero dizer, que pena. - Aninha fala e Cláudia engasga com o pão que estava comendo. - Tão cedo.

- É que está chovendo e com certeza a chuva vai apertar. - ela fala e se vira para mim. - Você poderia me levar, Sam? Se eu pegar essa chuva vou ficar doente.

- O Júlio te leva. - pego a chave do carro que estava no bolso e estendo para Júlio.

- Não acredito, ainda é o mesmo Uno? - ela pergunta animada. - Eu pensei que seu pai tivesse trocado de carro.

- O carro agora é nosso. - Sérgio fala e a encara confuso. - Mas não lembro do Sam dirigindo ele quando estava com você.

Sinto o coração acelerar ao ver o olhar maldoso de Luíza e o sorriso malicioso que ela me dá, já sabendo o que a mesma iria falar.

- O quê? Como não? Perdi as contas de quantas vezes ele pegava o carro escondido, íamos para a pracinha e no final da noite transavamos no banco de trás. - ela fala colocando a mão na minha coxa e dando risada.

Dessa vez é Aninha e Bento que se engasgam, Diana se levanta e eu levanto também e seguro a mão da mesma. Ela me olha e abre a boca para falar algo, mas desiste e puxa a mão, seguindo para a cozinha.

- Sim Luíza, transamos várias vezes no banco de trás do carro e isso não é segredo para ninguém. - falo irritado e ela se levanta.

- Sam, me desculpa. - ela suspira. - Eu não quis ofender você ou a Diana, só estava relembrando os velhos tempos e acabei exagerando.

- Eu também estava relembrando os velhos tempos e lembrei o motivo de você gostar tanto dos bancos dos carros, lembra que me traiu com seu próprio primo no banco de trás do carro dele? - pergunto irritado e ela fica vermelha. - A chuva já diminuiu, você já pode ir embora.

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Duas mil e duzentas palavras em um único capítulo, mas vocês merecem.

Obrigada pelas 14k de visualizações.

Amo vocês ❤️

Capítulo escrito: 02.01.2024

Capítulo postado: 20.01.2024

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