[Carl Narrando]
Estava eu, a Ayla, o Fabrício e a Cheryl na casa da Ayla almoçando. Eu e a Ayla decidimos fazer esse almoço pra poder contar que a Ayla estava grávida.
— E então, filha, o que você que você queria me contar?– O Fabrício perguntou pra Ayla.
— Então... eu...– A Ayla começou a gaguejar e não respondeu.
— O quê?– O Fabrício perguntou desconfiado.
A Ayla parecia 'tá com medo de falar, então por baixo da mesa eu peguei na mão dela. Ela me olhou e depois olhou pro pai dela.
— Eu 'tô grávida, pai– A Ayla falou.
No mesmo momento o pai dela me deu uma olhada morta.
— Eu vou te matar, Gallagher– O Fabrício disse batendo na mesa com força.
— Merda– Eu falei.
Então eu me levantei. O louco do pai da Ayla tentou me pegar mas eu fui pro outro lado da mesa.
— Pai, deixa o Carl!– A Ayla gritou.
— Fabrício, não bate no garoto– A Cheryl diz.
— Que tal a gente conversar?– Eu perguntei— 'Tá um tempo bom pra uma conversa.
— Conversar? Eu falei pra você não engravidar ela, Gallagher!– O Fabrício gritou.
— Em minha defesa, não foi intencional– Falei.
— Não foi intencional? O que eu vou fazer com você quando eu te pegar não vai ser intencional– Ele disse.
De repente ele pulou sobre mesa tentando me pegar mas eu consegui correr. Eu sai da casa e o Fabrício continuou correndo atrás de mim, então eu fui até a minha casa e entrei correndo pela porta.
— Carl, o qie você 'tá fazendo?– A Debbie me perguntou
— Ele vai me matar– Eu gritei e corri pra trás da mesa da cozinha.
— Quem?– O Lip perguntou.
— Gallagher!– O Fabrício gritou na sala.
Ele me viu e começou a correr na minha direção.
— Corre, Carl!– A Debbie gritou.
Eu subi as escadas correndo e ele veio atrás de mim. Em seguida eu passei pelo buraco no muro do segundo andar que o Frank construiu e que a gente só abriu um pouco, e entrei no quarto da Fiona.
— Gallagher!– O Fabrício gritou.
Eu olhei pra janela e tinha uma escada que 'tava conectado a nossa casa até a casa do vizinho, então eu passei por ela antes do Fabrício me pegar.
*Quebra de Tempo*
[Ayla Narrando]
Eu 'tava na minha casa sentada na sala com o meu pai e a Cheryl.
— Não precisava de você correr atrás dele– Falei.
— A minha menina grávida... tão nova e grávida– O meu pai disse.
— Você engravidou a minha mãe quando ela tinha 13– Falei— Pelo menos ele esperou mais um pouco.
— Isso não é brincadeira, Ayla– O meu pai diz.
– É eu sei... Desculpa, eu 'tô nervosa– Eu falo.
— Vocês vão querer ficar com o bebê?– A Cheryl me perguntou.
— Sim– Respondo— Desculpa, pai.
— Eu não quis abortar você, não iria querer que vocês abortassem o meu neto– O meu pai diz.
— Então por que você surtou com o meu namorado?– Perguntei.
— Porque ele falou que não ia te engravidar– O meu pai respondeu— O que você queria, Ayla? Queria que eu abrisse uma cerveja e parabenizase ele?
— Tem razão– Falei.
Então a porta de casa se abriu.
— Oi, amor– Eu falo.
— Eu corri por muito tempo, me diz que eu não vou ter que continuar correndo– O Carl disse.
— Não, vem cá– Falei.
O Carl então se sentou do meu lado.
— Sabe como vocês vão criar esse bebê?– O meu pai me perguntou.
— A gente 'tá trabalhando e a gente espera conseguir sustentar o bebê com isso– O Carl respondeu.
— E a escola?– O meu pai perguntou.
— A gente 'tava pensando em dividir, sei lá, metade das aulas eu fico com o bebê e a outra metade ele– Respondo.
— É, aí vocês não prestam atenção em metade das aulas– O meu pai diz.
— A gente pelo menos 'tá tentando. A gente precisa ver como vai ser com o bebê– Falei— Não se preocupa, eu não vou te incomodar pra me ajudar... não vou te atrapalhar.
O meu pai se levantou e se aproximou de mim.
— Levanta, Gallagher– O meu pai disse pro Carl.
O Carl se levantou na hora e meu pai se sentou do meu lado.
— Nunca pensei que veria a minha filhinha estar gravida tão nova... então não vou dizer que eu sou o avô mais feliz do mundo. Mas você pode contar com o seu pai, eu sei o que é ser abandonado com uma criança e eu nunca vou fazer isso com você. O que você precisar, o que esse bebê precisar... pode me falar que eu vou te ajudar. Você não 'tá sozinha e nem precisa estar, você tem o papai– O meu pai diz— Você não vai passar pelo o que eu e a sua mãe passamos.
Eu comecei a chorar e o meu pai então me abraçou.
*Quebra de Tempo*
Era de noite e eu 'tava no banheiro tomando banho. É tão de repente eu ouvi um barulho da porta abrindo.
— Carl?– Perguntei.
— Oi, 'tava com vontade de mijar então entrei– O Carl respondeu.
Em seguida eu ouvi ele mijar.
— Como foi lá na sua casa? A Fiona parecia meio brava pelo telefone- Perguntei.
— Ela disse que vai focar na vida dela, que é pra gente tirar ela do nossos contatos de emergência e outras coisas– O Carl respondeu é depois deu descarga.
— Mas ela falou isso do nada?– Perguntei.
— O Ian teve uma crise por conta da bipolaridade, a Debbie roubou mais de 2 mil em coisas caras de bebê, o Liam roubou a professora ou bateu em um aluno– O Carl respondeu— Ah, ela também quer que a gente pague o aluguel.
— Caramba, isso que é uma tarde agitada– Falei.
— Posso tomar banho com você?– Ele me perguntou.
— Pode– Respondo.
O Carl tirou a roupa e entrou no chuveiro comigo.
— Eu 'tava pensando e... você deveria morar comigo– Falei.
— A gente praticamente já não mora junto?– O carl perguntou.
— É, mas eu quero que você traga as suas coisas pra cá– Respondo— Com o nosso bebê a caminho 'tá na hora da gente... "juntar os trapos" como os velhos dizem. E assim você poupa esse dinheiro do aluguel e guarda pro nosso filho.
— Eu, você e o nosso bebê– O Carl disse colocando a mão na minha barriga.
— Isso aí, a nossa pequena família– Falei colocando os meus braços ao redor do pescoço dele.
— Eu venho morar com você– Ele disse– E com o bebê com o bebê que já 'tá dando pra começar a perceber que tá aí.
Eu dei uma risada feliz e o Carl riu logo em seguida, depois a gente se beijou.
— Eu te amo– Eu falei.
— Eu também te amo– O Carl diz.
*Quebra de Tempo*
Era outro dia, eu e o Carl saímos de casa e percebemos que um pouco mais a frente tinha muita gente.
— O que 'tá rolando ali?– Perguntei pro Carl.
— Não faço a menor ideia, quer ir lá ver?– O Carl me perguntou.
— Quero– Respondo.
Então a gente se aproximou, viu um tipo de abrigo em uma casa e umas freiras servindo comida para desabrigados.
A Fiona, a Debbie, o Liam, o Ian, a V, o kev e o Lip também estavam lá.
— Junta-se, amigos! Não sejam tímidos. Deus não quer que vocês comecem o seu dia corrido de barriga vazia– O Frank diz.
— Uau, minha família 'tá realmente melhorando de vida em– A Fiona falou.
— Não me diga. Eu tenho 3 filhos, uma esposa, um esposo e um sogro com um pau enorme que eu já vi 2 vezes– A V disse.
— O quê?– A Fiona perguntou.
— Temos muito pra conversar– A V respondeu.
— O que 'tá acontecendo? Parece a Rússia comunista– A Svetelana perguntou.
— Casa Gallagher para desempregados?– O Ian disse lendo um pano que 'tava preso na entrada da casa.
— O cheiro 'tá bom– O Kev diz.
— Frank você não pode montar um abrigo aqui– O Lip falou.
— Eu discordo, vizinho– O Frank disse abraçado com uma mulher.
— Mamãe!– O Liam gritou é correu até ela.
Estão a gente saiu de lá.