O Vampiro que não me ama

By Ella_vxs

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Quando a existência dos vampiros foi ameaçada 500 mil anos atrás, os vampiros não viram outra opção a não ser... More

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► Capítulo um
► Capítulo dois
► Capítulo três
► Capítulo quatro
► Capítulo cinco
► Capítulo seis
► Capítulo sete
► Capítulo oito
► Capítulo nove
► Capítulo dez
► Capítulo onze
► Capítulo doze
► Capítulo treze
► Capítulo quatorze
► Capítulo quinze
► Capítulo dezesseis
► Capítulo dezassete
► Capítulo dezoito
► Capítulo vinte
► Capítulo vinte e um
► Capítulo vinte e dois
► Capítulo vinte e três
► Capítulo vinte e quatro
► Capítulo vinte e cinco
► Capítulo vinte e seis
► Capítulo vinte e sete
► Capítulo vinte e oito
► Capítulo vinte e nove
► Capítulo trinta
► Capítulo trinta e um
► Capítulo trinta e dois
► Capítulo trinta e três
► Capítulo trinta e quatro
► Capítulo trinta e cinco
► Capítulo trinta e seis
► Capítulo trinta e sete
► Capítulo trinta e oito
► Capítulo trinta e nove
► Capítulo quarenta
► Capítulo quarenta e um
► Capítulo quarenta e dois
► Capítulo quarenta e três
► Capítulo quarenta e quatro
► Capítulo quarenta e cinco
► Capítulo quarenta e seis
► Capítulo quarenta e sete
► Capítulo quarenta e oito
► Capítulo quarenta e nove
Epílogo

► Capítulo dezanove

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By Ella_vxs

Desde que acordei não tive nenhum sinal de Draco. Agora costumamos tomar o café da manhã juntos. Por mais que eu coma e ele só beba uma xícara de sangue fresco. É algo que estamos tentando.

Mesmo pensando que agora estou livre, ainda me lembro de cada palavra da minha mãe.

Esse casamento não pode fracassar, faça de tudo, dê a vida se for preciso.

E é o que estou tentando, fazer com que esse casamento não fracasse.

Acabo de tomar o meu café da manhã e chamo Nathalie.

— Tem alguma notícia do Draco?

— Ele está no escritório, teve uma reunião de urgência com a senhorita Bianchi. — Esse sobrenome, conheço de algum lugar. Franzo o cenho assim que me lembro, é a mulher que estava no meu lugar, ao lado de Draco na festa de casamento.

Não digo mais nada, apenas me levanto e subo as escadas. Meu salto fino flexionando o piso a cada passo que dou até o escritório. Não creio que ele passou o único momento que temos juntos por causa de uma reunião.

Quando estou prestes a bater na porta, a percebo entreaberta.

— Sabe que merece uma mulher de verdade. — Ouço Andrea dizer. — Aquela criança não vai satisfazer você, e nem vai fazer as coisas que você gosta. — Aproximo meu olho da fresta e vejo ela se aproximar de Draco que está sentado na cadeira do outro lado da mesa.

Meu sangue ferve. De quem ela acha que está falando?

— Andrea por favor, para com isso. — Ouço Draco dizer enquanto ela passeia aqueles dedos asquerosos pela camisa dele desabotoando os dois primeiros botões.

— Draco... — Ela diz manhosa, quase sinto vontade de vomitar com o quão ela força a voz. — Deixa eu te satisfazer. E mais, deixo você fazer o que mais gosta. — Aí eu não aguento, entro com tudo no escritório e olho aquela cena.

— Saí. — Digo olhando para ela. Andrea Bianchi continua parada me lançando um olhar de desprezo. — Não me ouviu? Saí da minha casa agora. — Quando ela dá uma risada eu pulo nela e a puxo pelos cabelos para fora do escritório. Tomo cuidado para não tropeçar nas escadas enquanto empurro ela porta à fora.

As empregadas que abrem as portas as abrem e eu empurro Andrea para fora.

— Qualquer coisa que tenha a tratar com meu esposo, trate na empresa e vê se se comporta, caso contrário, serei obrigada a tomar medidas extremas. — Digo entredentes. Mando fecharem as portas e subo diretamente para o escritório de Draco novamente. Meu assunto com ele ainda não acabou.

Quando abro a porta com toda aquela raiva e irritação me seguindo, encontro Draco em pé perto de uma das poltronas.

— Dá próxima vez que uma mulher se insinuar assim pra você, quem vai sofrer as consequências não vai ser só ela. — Empurro meu dedo indicador contra seu peitoral.

— Está me ameaçando senhora Morton? — Draco está demasiado tranquilo, o que me deixa mais irritada ainda.

— Estou, e se tiver que fazer de novo, farei. — Digo firme. — Não quero nenhuma sirigaita se insinuando para você, principalmente dentro da nossa casa.

— Não ia acontecer nada. — Ele garante. Eu cruzo os braços e arqueio uma sobrancelha.

— Pelo que eu vi, ia sim. Vocês iam transar bem ali — Aponto para a mesa. — e depois você viria dormir comigo como se nada tivesse acontecido.

— Eu só quero transar com você, Naomi. — De repente é como se toda aquela irritação tivesse sido sugada do meu corpo. Fico sem forças.

— C-como é? — Ele ri. Um riso baixo e rouco. Que arrepia até a minha alma.

— Isso mesmo. Não faz essa cara. — Ele toca meu rosto com carinho. — Não se preocupe, não terá que arrastar mais ninguém pelos cabelos. Sou todo seu. — Ele se inclina e beija minha testa.

— Você fica linda quando está com ciúmes. — Ele saí me deixando sozinha. Estou pasma e atônita com sua recente declaração. Ele disse que é todo meu?

Draco Morton disse que é todo meu? E beijou minha testa? Ok, acho que ele está levando essa história de começar do zero e não deixar esse casamento fracassar muito a sério!

• • •

— Eu tô falando sério! — Dou um gole em meu café gelado enquanto Aggie arregala os olhos para mim.

— Ele realmente fez isso? — Eu ânuo. — Esse cara se transforma quando está com você. Naquele dia na minha casa parecia um troglodita. — Aggie não é a maior fã de Draco e nos duas sabemos disso.

— Ele está tentando. — Aggie assente meio alheia. Seu casamento já havia acontecido. Ágatha se casou com um jovem francês. Ela vêm evitando o assunto do casamento dela por semanas. Principalmente agora que eles vivem sozinhos.

— Mas me conta, e Benjamin? — Eu pergunto na esperança de finalmente ouvir alguma coisa.
Aggie se indireta na cadeira e solta um meio sorriso.

— Ben é um fofo. — É a primeira vez que a ouço falar do marido assim. Nas raras vezes ela só comentava coisas como "ele é legal" ou "estou vendo ainda".

— Ben? — Eu questiono pelo uso repentino do apelido.

— Ele disse que eu o poderia chamar assim. — Esclarece. — O negócio é que, nas primeiras semanas estávamos realmente tentando, rolaram beijos e até aquilo... — Eu assinto já sabendo o que é. — Mas duas semanas atrás, Cordélia foi me visitar e eu havia lhe dito que ela era uma amiga, mas ele nos pegou na cozinha nos beijando. — Eu arregalo os olhos. — Mas pelo contrário da reação de raiva e ódio que eu esperava por ter sido traído, Ben ficou aliviado! Ele é bissexual e tem um caso com um jovem daqui. — Isso é melhor que novela mexicana.

— Uau. Isso é... — Nem sei o que falar.

— Sim eu sei. — Ela gesticula com as mãos. — A única coisa que ele me disse era que tínhamos que ser discretos e seguir com o casamento. Também pediu para ser ele a me morder. Eu concordei claro. — Havia mais alguma coisa que a estava deixando inquieta. E eu confirmo isso quando Ágatha faz uma pausa para tomar seu chá e volta seus olhos verdes para mim.

— A questão é que... — Ela engole em seco. — Teremos que ter filhos. — Ágatha respira fundo. — Nós já conversamos sobre isso, nossas famílias querem ter sucessores, principalmente os pais dele que são pessoas muito importantes. Mas você sabe que não sinto nada quando olho para os homens. — O rosto de Aggie toma uma expressão dolorida. Eu estico minha mão até a sua e a cubro lhe mostrando apoio.

— E Cordélia não gostou disso. Nem o amante de Benjamin. — Isso que estava incomodando minha amiga. — Não sei o que fazer. Por um lado nós dois sabemos que não temos outra alternativa a não ser dar netos ao nossos pais e isso faria eles não desconfiarem de nós, mas por outro lado tem os amores das nossas vidas.

— Eu gostaria de poder te ajudar com um grande conselho, mas sabe que não tenho e o que tenho é de extrema má influência. — Ágatha ri um pouco e volta a me olhar. — Apenas faça o melhor para a sua possível nova família. Aposto que Cordélia e o amante de Benjamin vão entender. — Ela assente e parece mais aliviada.

Conversar realmente tira um peso das costas.

— Conversem todos os quatro juntos e tentem explicar o vosso ponto. — Aggie assente.

O assunto de filhos me leva a pensar que daqui a nada sou eu quem terá que ter filhos. Não sei o que sentir em relação a isso.

Sou só uma garota de dezoito anos. Ainda me sinto uma garota de quatorze.

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