TOQUE-ME SE FOR CAPAZ

By paollamagalhaes

357K 33.8K 12.7K

ESSE LIVRO É UM DARK ROMANCE 🚨 Eu sou uma criminosa, uma... Assassina. De bailarina de primeira classe a pár... More

➵ AVISOS
➵ GATILHOS
➵ TRILHA SONORA
➵ CAST
➵ DEDICATÓRIA
➵ PRÓLOGO
➵ 1. Obscure
➵ 2. Little Bunny
➵ 3. Negative Party
➵ 4. Race
➵ 5. Power Games
➵ 6. Echoes of the Mask
➵ 7. Submundo
➵ 8. Dark Secrets
➵ 9. Clandestine Temptation
➵ 10. I killed her
➵ 11. Dark Desire
➵ 12. Momentary provocation
➵ 13. Sky Burning
➵ 14. Ungrateful Bitch
➵ 15. What did I do?
➵ 16. Save Me
➵ 17. Pique-hide
➵ 18. Do you hate me?
➵ 19. Because you are Calina Sartori
➵ 20. Phase one of anarchy
➵ 21. Loser
➵ 23. Unveiling the Masks
➵ 24. Sins Unveiled
➵ 25. Masks and Manipulations
➵ 26. Make your choice
➵ 27. For you
➵ 28. Racing Against Time
➵ 29: Echoes of Freedom
➵ 30: Secrets revealed
➵ 31: I'm devoted to you
➵ 32: Under the domain of terror
➵ 33: In the shadow of monsters
➵ 34: Bitch
➵ 35: Calina Sartori judgment day
➵ 36: Death
➵ 37: Who is Lykaios?
➵ 38: Bonds Amidst Chaos
➵ 39: The Pact of Destruction
➵ 40: Act 2
➵ 41: The curse of the pigs
➵ 42: Welcome to the Submundo
➵ 43: Bugsy come for you

➵ 22. Who are you?

5.4K 617 750
By paollamagalhaes

Calina Sartori
Dias atuais...

Me sentei no sofá de couro, apenas o som da guitarra de Hunter alcançando meus ouvidos com Altitude de Montell Fish. Saímos da multidão depois da luta refrescante onde Bugsy assumiu sua linda derrota. Meu interior vibrando com a sensação quente de euforia que me atinge, como se apenas aquilo não fosse o suficiente para acabar a minha anarquia. Eu tinha mais planos. Formas de derrotá-los até que seus corpos implorassem por sossego e Bugsy simplesmente estraga a diversão dizendo um "tudo bem"? E depois simplesmente desaparece pelas duas horas seguintes.

Toquei meu rosto, esfregando meus olhos que já ardiam com todas aquelas luzes piscando e trouxe o copo até meus lábios degustando levemente a cidra. Peguei meu celular verificando as mensagens e o horário. 1h30 da manhã e eles dois simplesmente desapareceram deixando-me com Hunter. Seu olhar preso em mim a uma distância curta como se estivesse me vigiando. Me impressiona a forma como ele toca os acordes perfeitamente quando nem sequer parece estar prestando atenção.

Seus olhos azuis brilham tão intensivamente me trazendo arrepios. Poucas vezes é como se o Hunter se desligasse do seu redor, a atenção presa em algo e é possível ver seus olhos brilharem mesmo contendo uma aura sombria. O azul é calmo e relaxante, mas não quando se trata dele. O seu é capaz de te arrastar ao topo de uma montanha e te empurrar em direção a um precipício como se não fosse absolutamente nada.

— O que está pensando enquanto me encara tão intensamente? — Pisquei algumas vezes fazendo a imagem de seu corpo a distância agora se aproximando. — Pensamentos sujos para combinar com seu estilo de hoje?

Ele apontou em direção a máscara sob minhas pernas. Seus dedos enroscaram ao redor da minha mão que segurava o copo de whisky levando o líquido até seus lábios.

— Hoje foi divertido... — Ele murmurou se sentando ao meu lado, jogando a cabeça para trás e soltando uma gargalhada. — Nunca pensei que iria ver em uma noite o Aiken tão puto por ter perdido uma corrida e Bugsy apanhar em uma luta.

Acabei me deixando contagiar pela sua energia, soltando uma risada também. Seu corpo virou-se na minha direção, ele apoiou a cabeça na mão e começou a me examinar, percorrendo seus olhos por cada traço do meu rosto e logo após meu corpo, mesmo estando coberto por camadas de roupas grossas e largas.

— Mas você não me derrotou, Bunny. Estou curioso... — Seus longos dedos alçaram minhas bochechas fazendo uma carícia leve. — O que você planejou para mim?

O que eu tinha planejado? Obviamente tocar guitarra era uma das coisas que eu não aprendi. Quando se trata do Hunter é difícil descobrir algo que ele realmente se entregava. Eu pensei em sua moto, mas nunca o vi correr com ela ou qualquer coisa que eu poderia usar. Ele não dançou, ele não lutou. Ele não fez nada naquela noite que me fizesse recordar para derrotá-lo. Apenas uma coisa.

Como seus olhos queimaram a minha pele tão intensamente no trem em um tom de desafio. Apenas provocação seria capaz de derrubá-lo.

De repente, as portas do elevador abriram-se e os dois surgiram, agora vestindo ternos em vez de moletons, mas mal tive tempo de observá-los. Com a música ressoando e a voz do cantor me arrebatando para um nível mais elevado, como um furacão, passei um das minhas pernas sobre Hunter, encaixando-me perfeitamente em seu corpo.

Inspirei profundamente, aproximando minha boca de seu ouvido e soltando um suspiro pesado enquanto minhas coxas se contraíam, e meu quadril se movia sobre ele. Suas mãos ergueram-se para me tocar, mas eu as antecipei, mantendo-as acima de sua cabeça. Estiquei a língua para fora, roçando o lóbulo de sua orelha, arrancando um gemido suave mais rouco de seus lábios. Suas mãos se contraíram novamente, tentando escapar do meu controle, mas eu me afastei, vislumbrando seu rosto perfeitamente marcado com traços fortes, esculpido pela porra dos deuses.

— Se me tocar, perde. — Sussurrei, aprofundando meu quadril em seu corpo, movendo-me enquanto via suas mãos caírem ao lado do corpo e um sorriso malicioso se formar em seus lábios.

— O que ela tá fazendo? — Ouvi a voz de Aiken ao longe, virei-me na direção deles, vendo seu olhar furioso sobre nós e Bugsy, com postura relaxada, avançando para o centro do espaço e se acomodando na poltrona.

— Está se divertindo? — Perguntei a Aiken, fazendo sua cabeça inclinar-se para o lado. — Eu sei o que você quer. O que está esperando?

Mordi o lábio inferior, deslizando a barra do moletom para fora do meu corpo. Percebi suas mãos se cerrarem em um aperto firme ao notar a lingerie preta de renda que eu usava, translúcida o suficiente para revelar os mamilos adornados por dois piercings prateados.

— Hunter... — Sussurrei provocando-o, acariciando meus próprios seios, sentindo o membro de Hunter despertar, permitindo que meus movimentos se tornassem cada vez mais sedentos.

O som da bateria, que antes era uma cortina para as batidas frenéticas do meu coração, já não conseguia esconder a agitação que se apossava de mim. A pele nas minhas costas queimava, ciente de sua presença, observando-nos. E a incerteza sobre como ele se sentia, se estava gostando ou detestando, apenas alimentava meu desejo de continuar, de empurrá-lo até o limite.

Desviei meu olhar para Aiken mais uma vez, estendendo meu braço e chamando-o com um gesto dos dedos, provocando um sorriso em seus lábios e movimentos lentos enquanto deslizava pelo chão.

Seu olhar desviou para Bugsy, como se aguardasse a aprovação do mascarado antes de prosseguir. Seus dedos tocaram meu pulso, deslizando pela minha pele com uma carícia suave. Agora com seus olhos sobre mim, ardendo como uma chama que há muito tempo existia e isso me lembrava suas palavras no banheiro do trem.

"Isso não acabou, Bunny."

Como se ele estivesse pressentindo que mais uma vez estaríamos envolvidos nesse maldito jogo de provocação, mas dessa vez seu olhar era diferente. Seus lábios encontraram meu antebraço, deixando beijos suaves e úmidos, tirando-me suspiros profundos.

Cada vez que seus lábios subiam, a intensidade aumentava; beijos se transformaram em mordidas, lambidas, e ao chegar ao pescoço, afastando meu cabelo, tornaram-se chupões suaves.

— Bunny... — A voz gutural de Hunter ressoou em meus ouvidos.

As mãos ainda postas nas laterais de seu corpo. Um sorriso malicioso se estampou em meus lábios quando segurei uma de suas mãos e a levei em direção ao corpo de Aiken, fazendo os dois se entreolharem.

— Eu disse que você não pode me tocar... — Enfatizei, fazendo-o gargalhar.

— Que tipo de jogo você quer, Bunny? — Aiken questionou, encaixando-se por trás, suas mãos tocando meu queixo, direcionando meu olhar para ele.

Um dos meus pesadelos estava atrás de mim, outro abaixo de mim, enquanto o terceiro nos observava tranquilamente, sem proferir uma palavra desde que entrou na sala.

— Você está com raiva? — Indaguei ao notar a tensão em seu maxilar. — Eu te machuquei? — Um riso abafado escapou dele. — Você me odeia?

— Odeio, pequena Bunny. — Suas costas se curvaram trazendo seu rosto próximo ao meu.

Com uma das minhas mãos livres, agarrei seu pescoço, trazendo-o para perto, nossos lábios se unindo perfeitamente. Foi um beijo lento, em contraste com a agitação do restante do meu corpo. Hunter soltava gemidos e movia seu quadril, provocando-me alucinações; Aiken, com beijos e mordidas, levava-me à loucura. Sua língua pediu passagem e meus lábios se moldaram aos seus, em uma dança frenética. Aiken agarrou meu lábio inferior, mordendo-o e sugando-o, antes de direcionar sua atenção para o meu pescoço. Suas mãos foram até meus seios, apertando e deslizando os dedos sobre os mamilos apertando onde ficava os piercings. Uma pequena dor surgindo de forma prazerosa.

Abri os olhos, vendo Hunter com a cabeça inclinada para o lado, observando as mãos de seu amigo sobre mim. Deslizei meu olhar por seu braço, que ainda repousava em Aiken, sobre sua calça, acariciando de cima para baixo, arrancando gemidos contidos. Mordi meu lábio mais uma vez, inclinando-me sobre Hunter, prestes a permitir que ele tocasse meus lábios. Mas, quando sua boca se aproximou, eu recuei sorrindo, provocando um murmúrio irritado. Toquei a barra de seu moletom retirando-o e meus olhos deslizaram por seu corpo esguio e definido, a tatuagem em forma de raposa envolvendo todo o seu pescoço. Em um impulso, passei a língua pela sua pele do peito até o pescoço, observando-o e arrancando-lhe suspiros pesados.

— Calina... — Ele murmurou, e senti arrepios percorrendo sua pele. — Que se foda!

Num ímpeto, seus dedos agarraram os cabelos na minha nuca, puxando-me para cima enquanto seus lábios capturaram os meus num beijo voraz, sua língua implorando espaço, mergulhando na profundidade da intensidade que nos consumia. A outra mão dele contornou minha cintura, elevando-me, minhas pernas suspensas, me arrancando um gemido surpreso no momento em que minha calça foi retirada de meu corpo. Uma bela dupla com sicronia perfeita sem a necessidade de proferir palavras.

Aiken se aproximou, seus braços se entrelaçando ao redor de mim, mãos hábeis deslizando entre Hunter e eu, encontrando meu clitóris. Na tentativa de me soltar, fui agarrada ainda mais, quase brutalmente, apenas alimentando o fogo que ardia dentro de mim.

— Querendo fugir, pequena Bunny? — Sua voz grave distante ressoou em meus ouvidos.

Afastei-me do árduo beijo de Hunter, olhando para Bugsy enquanto recuperava o fôlego. Ele relaxado na poltrona, o terno entreaberto revelando mais tatuagens, um cigarro entre os dedos, exalando fumaça por baixo da máscara. Aiken, tocando minha cintura, aprofundando-me ainda mais no enlace com Hunter, mas as mãos dos dois abandonaram minha pele, focadas um no outro, como se eu não existisse ali entre eles.

Sorri brevemente, estendendo a mão para Bugsy, da mesma forma que fiz com Aiken. Sua máscara inclinou-se, seus ombros oscilaram. E ele ergueu-se, retirando completamente sua camisa. O corpo agora completamente desnudo, me dando a chance de me deliciar com cada um dos músculos de seu abdômen trincado, mas o que realmente me fez engolir em seco foi a revelação da tatuagem de coelho no seu quadril, bem na entrada destacada que levaria diretamente para seu pau.

Minha boca salivou instantaneamente, uma pressão ainda mais forte se instalou entre minhas pernas. Sem controle algum, ansiando pela incorporação dele na nossa loucura, na nossa anarquia. Ele segurou minha mão, mas ao contrário dos outros rapazes, Bugsy me puxou para ele, libertando-me do aperto. Olhei por cima do ombro, vendo que nem mesmo a ausência da minha presença os fez parar. Hunter pressionou Aiken, arrancando-lhe um gemido, e logo os dois começaram a se empurrar, numa luta pelo domínio.

— Bunny, Bunny... O que eu faço com você? — Bugsy sussurrou em meu ouvido, chamando minha atenção para ele. — Você curte isso? Gosta do que está vendo?

Seus braços me envolveram, virando-me na direção dos rapazes. Aiken começava a se despir, removendo seu blazer, a camisa social, enquanto Hunter desafivelava o cinto com pressa. Meu coração acelerou, arrepios percorreram meu corpo enquanto eu observava aquela cena, imaginando o quão intenso era para ambos.

Um gemido escapou dos meus lábios no momento em que Bugsy deslizou seus dedos suavemente entre meus seios, passeando levemente pela barriga até alcançar o tecido rendado da minha lingerie. Arfei, tentando conter o choque elétrico que quase me derrubou.

Por que o toque dele é tão diferente?

Aiken fez algo semelhante há poucos segundos, mas a sensação foi completamente distinta. Apenas Bugsy proporciona euforia, a sensação de adrenalina, com seus toques. Como se ele fosse minha descarga elétrica, o plugue para sentir tudo o que eu sempre quis.

Maldito. Rosnei para mim mesma mentalmente.

— Me conta, Bunny... Você gosta de observar? — Segurei seu pulso quando ele se aproximou do meu pescoço. — Gosta de observar como o Aiken fode alguém?

Mais uma vez, o choque percorreu toda a minha pele enquanto observava Aiken prensar Hunter contra a parede, despojando-o de sua calça bem ajustada.

— Ou gosta de observar como ele é fodido? — Seus lábios brincavam com o lóbulo da minha orelha, sua voz profunda me levando ao céu e ao inferno.

Instantaneamente, Hunter alterou suas posições, segurando Aiken pelo cabelo e pressionando seu rosto contra a parede. Inclinou-se, roçando os lábios pelas costas de Aiken, beijando e lambendo, arrancando gemidos altos. Mordi meu lábio, quase fechando meus olhos com o prazer que se intensificava, mergulhando num abismo de prazer sem fim com os movimentos circulares de Bugsy sobre o meu clitóris.

— Não feche os olhos, Bunny. — Abri-os
imediatamente, cravando minhas unhas na pele de seu braço. — Você perderá toda a diversão.

Hunter se ergueu, virando Aiken e batendo com os dedos em seu rosto, um tapa suave, mas que estalou alto o suficiente para arrancar um riso de Bugsy.

— Meu Deus... — Sussurrei, sentindo um estremecer em meu âmago.

As mãos grandes começaram a empurrar Aiken para baixo, ele rapidamente percebeu a intenção e se ajoelhou, tocando a cintura de Hunter, espalhando lambidas pela pele dele, aproximando cada vez mais seus lábios do pau de Hunter, que o observava com um brilho intenso nos olhos. Aquilo não era algo novo. Quantas vezes eles fizeram isso? Bugsy já participou?

Aiken abriu bem os lábios permitindo que sua boca trabalhasse tão bem ao ponto de Hunter jogar a cabeça para trás soltando um gemido pesado. Engoli em seco, estremecendo mas desejando que eles continuassem. Porque esse era um tipo de tesão completamente diferente do que eu já senti.

— Bugsy... — Arfei quando um dos seus dedos se ergueu no meu interior.

— Você conhece as regras, não é Bunny? — Balancei a cabeça em confirmação.

Eu sabia. Não posso abrir os olhos. Respondi mentalmente, fechando-os firmemente, entregando-me completamente a ele e ao desejo que corria solto em minhas veias. Senti meu interior se contrair, ansiando por mais. Não queria apenas sentir seus dedos em mim; em teoria, já estava cansada disso.
Queria mais. Queria-o mais do que qualquer outro. Ele sabia disso pela forma como meu corpo se retorcia contra o seu, pela forma como minha pele aquecia ao seu toque; ele sabia de tudo.

Seu peito vibrou em minhas costas com uma risada leve, talvez satisfeito por não precisar explicitar suas regras. Aguardei, ansiando pelo toque de seus lábios no meu pescoço, mas quando sua boca roçou meu ouvido, uma onda de choque elétrico passou por toda minha coluna.

— Mantenha os olhos abertos, Bunny. Se você os fechar estará tudo acabado.

— O que? — Ainda com os olhos fechados, senti seu corpo girar ao redor do meu, parando na minha frente.

Fiquei parada na linha do limite quando seu dedo saiu de mim. A ansiedade começou a acelerar meu peito, minha respiração vacilou. Abrir os olhos... Se fechar, tudo acabará... Essas não eram as regras antes. Era um teste? Soltei o ar em um sorriso e ergui o queixo na direção onde eu sabia que seu rosto estava.

— Você ainda não entendeu? — Ele perguntou, tocando minha cintura, me empurrando suavemente, fazendo com que minhas pernas o seguissem. — Eu disse para você abrir os olhos, Bunny.

— Eu não quero. — Elevei o queixo, na direção onde eu presumia que estivesse seu rosto.

— Tudo bem. — Mais uma das suas respostas vagas.

Meus pés tocaram algo, e com um empurrão um pouco mais forte, caí sobre algo que logo percebi ser o sofá. Liberei o ar preso em meus pulmões quando Bugsy desceu sobre mim, apoiando-se com os braços ao lado do meu rosto. Eu podia senti-lo, sua respiração quente escapando da máscara e aquecendo minha pele, seu odor de whisky... Mas, principalmente, o desejo emanando dele.

— Eu vou fazê-la querer abrir os olhos, Bunny. — Puxei o ar com força no momento em que escutei o estalo de um tapa forte ecoar até meus ouvidos, e os gemidos de Hunter e Aiken se intensificarem.

Meu interior aqueceu-se de curiosidade. O que eles estavam fazendo? Inferno.

Sorri levemente, sentindo a fúria se misturar ao jogo idiota, mas não estava disposta a perder, mesmo que isso custasse parte da diversão.

— Experimente, duvido que você vá conse... — Meus lábios foram calados instantaneamente com os seus.

Sua língua invadiu minha boca, lambendo meus lábios, sugando-os, e travando uma batalha por espaço com a minha. Arfei ao sentir suas mãos tocando minha lingerie, praticamente rasgando-a com força bruta. Por dentro, um lamento ecoou, já que elas me custaram quase metade do meu salário, mas por fora, tremi como se estivesse num terremoto.

Ele desvinculou sua boca da minha, seguindo um caminho por meu queixo e pescoço até chegar em meus seios. Estremeci quando seus lábios começaram a sugar e sua língua a rodear o piercing. Sua mão encontrou novamente o caminho até meu clitóris, arrancando um gemido alto da minha garganta.

— Vamos, Bunny... Abra os olhos. — Ele sussurrava entre as sucções.

Quase pestanejei, meus olhos quase se abriram.
Porém, com toda a força que ainda existia dentro de mim, mantive-os apertados, ordenando a mim mesma para não ceder. Escutei sua risada abafada, quase uma tortura. Não se tratava apenas de observar Aiken e Hunter, que nesse momento já era possível ouvir seus corpos colidindo, nem mesmo sobre um desafio; eu queria abrir os olhos porque sabia que veria seu rosto.

Mas tudo estaria acabado. Eu queria isso?

Minhas costas descolaram do sofá no instante em que sua língua começou a deslizar pela minha barriga, seguindo em direção à minha intimidade, fazendo o ar sumir dos meus pulmões. Estremeci ao sentir sua língua passar rapidamente sobre o meu clítoris, o mundo ao meu redor desaparecendo por um momento.

Apenas nós.

— Você é deliciosa. — Ele sussurrou, distribuindo beijos em minhas coxas.

Levei minhas mãos até seu cabelo, segurando seus fios e incentivando-o a se aprofundar. Sua língua percorreu novamente minha pele, um gemido contido escapando enquanto mordia meus lábios.

— Vamos lá, Bunny. — Assustei-me com a voz de Hunter à minha esquerda.

— Ela não vai aguentar muito tempo. — E à minha direita, surgiu Aiken.

Meu coração acelerou ao ponto de quase tropeçar nas próprias batidas, mas não tinha tempo para refletir sobre isso. Outro gemido escapou de mim. Minhas pernas lutavam contra a força de Bugsy para se fecharem, tal era a pressão em minha boceta.

— Por favor... — Implorei quase num murmúrio para que ele parasse um momento.

Mas tudo o que consegui foi meus braços sendo puxados para cima por um dos rapazes, e de repente duas bocas tocaram meus seios. Minhas costas desgrudaram do sofá novamente quando senti Bugsy penetrar dois dedos em mim, encontrando um ponto que me levava à loucura quase de imediato.

Meus olhos se apertaram enquanto uma onda de prazer dominava meu corpo. Tantas sensações que mal conseguia discernir onde me arrepiava mais. Bugsy me explorava como se eu fosse desaparecer a qualquer momento. Seu rosto mergulhado entre minhas pernas, sua língua brincando em meu clítoris, seus dedos penetrando-me a um ritmo constante. Enquanto isso, Aiken marcava o meio do meu seio direito com mordiscadas, e Hunter era mais sutil, com beijos e carícias quase como uma massagem para me conduzir ao ápice.

E no exato momento em que meu corpo vibrava, minhas pernas começaram a tremer e meus olhos quase se encheram de lágrimas, tudo parou. Puxei o ar com força, batendo minha cabeça contra o sofá, tentando recuperar o mínimo de fôlego que restava.

— Merda... — Murmurei sentindo a frustração me atingir.

Por que eles pararam?

— Abra os olhos, Bunny. —Senti seu toque em minha barriga, deslizando provocativamente, subindo até meus seios e descendo até minha intimidade, deixando um tapa leve que me fez dar pequenos sobressaltos. — Você não confia em mim?

— Não. — Respondi ríspida, sem dar tempo para ele assimilar, arrancando-lhe uma risada fraca.

— Por que?

— Fala sério! — Cobri o rosto com minhas mãos, soltando uma risada irritada. — Qual é a da terapia nesse momento?

— Responda.

— Por que eu confiaria em você? Que motivos você me deu para isso, Bugsy? — Seus dedos mais uma vez deslizaram pela minha barriga e mais um tapa ecoou me fazendo morder os lábios. — Qual é o seu nome? Qual é a sua idade? O que você faz? Não... — Mais uma vez meus lábios se curavaram em um sorriso irritado. — Quem são vocês, porra?

— Trevor. — O ar escapou do meu pulmão e no mesmo instante meus olhos se abriram. — E eu tenho 26 anos.

Minha visão de repente se tornou turva, ao ponto de nem sequer conseguir analisar seu rosto. A onda de prazer mais uma vez me atingiu, sua língua mais uma vez começou a se divertir em meus clítoris. Inclinei minha cabeça para trás tendo curtas convulsões enquanto o calor se espalhava por cada canto da minha pele. Meus seios foram apalpados mais uma vez por Hunter e minha boca foi coberta pelos lábios de Aiken.

Trevor. O nome dele é Trevor.

Senti meus olhos inundarem, não por tristeza ou por alívio, mas por prazer. Eu estava chorando enquanto ele me fodia com a porra da sua língua, me levando ao maior nível de prazer que eu já senti em toda a merda da minha vida. E a única coisa que eu podia fazer naquele momento era manter meus olhos abertos, porque agora eu entendi. Eu não precisava mais manter os olhos fechados, eles finalmente estavam se revelando para mim.

— Meu Deus! — Arfei sentindo a onda de prazer me inundar, me empurrando de um precipício em direção ao mar do orgasmo.

E quando ouvi Aiken arfar ao meu lado percebi que não apenas eu, mas todos nós estávamos jogados no precipício implorando por mais.

Continue Reading

You'll Also Like

357 76 9
Os poemas aqui encontrados são retratações de experiências individuais sobre amor, pertencimento, autoconsciência, desilusões, conselhos e muito mais...
1.9M 145K 44
Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinada para se tornar uma, mas a garota não é...
527K 34.5K 65
Jeff é frio, obscuro, antissocial, matador cruel.... sempre observava Maya andando pela floresta, ela o intrigava de um jeito que ele mesmo não conse...
11.1K 1.5K 17
A vida pode ser muito surpreendente, coisas que nunca imaginamos pode simplesmente acontecer. E foi isso que aconteceu com Hope Clark, a garota de de...