Aparentemente a Ethel fugiu com o Malik um dos jogadores de basquete do Kev. Eles pegaram um saco de maconha que o Kev escondeu e sumiram.
A Vovó Gallagher decidiu voltar com o negocio dela de fazer drogas e ela chamou eu e o Carl pra ajudar. Nós fomos até uma farmácia, o Carl ficou perto da porta e eu fiquei com a Vovó Gallagher.
— Você também é ruim na escola igual o Carl?– Ela me perguntou.
— Não, só pode ter 1 burro na amizade, 2 fica complicado de mais– Respondo.
— Mas vocês não são só amigos, né?– Ela perguntou.
Por que todo mundo acha que eu e o Carl somos mais do que amigos?
— Não, a gente só é amigos, melhores amigos– Respondi.
— Seja o que for, usem proteção, vocês não tão preparados pra ter bebês, ainda mais em um lugar merda como esse– A Vovó Gallagher diz.
Eu fiquei em choque, eu ainda nem tinha beijado o Carl de verdade e ela 'tava falando de ter um filho?
— 'Tá...– Falei meio sem jeito.
Então a Vovó Gallagher olhou pro Carl e apontou pra um mulher que 'tava passando.
— Com licença. Minha vó 'tá tendo uma crise alérgica. Preciso comprar Sudafes pra ela, mas eu sou menor e ela está sem documentos. Pode comprar pra ela?– O Carl perguntou.
— 'Tá fazendo cristal?– A mulher perguntou.
— Te dou uma pedra quando fluírem os negócios– O Carl disse.
Então ele entregou o dinheiro pra mulher e ela foi lá compra.
Depois de comprar o remédio a gente passou em vários outros lugares pra compra outras coisas que a gente ia precisar e depois voltamos pra casa.
Quando entramos em casa vimos o Lip e o Ian brigando.
— Ei, Ei!– A Vovó Gallagher chamou a atenção dos meninos e eles paoaram.
— Coloquem a Sudafed no porão– A Vovó Gallagher nós diz.
Eu e o Carl dividimos a sacolas e fomos para o porão.
— Acha que é seguro a gente ajudar a sua vó a fabricar droga?– Perguntei.
— Não– O Carl respondeu— Mas a gente vai ganhar muito dinheiro.
— Me convenceu– Falei.
Queria dizer que a ideia de virar fabricante de droga deu muito certo, mas... no outro dia de manhã eu e o Carl estávamos no porão e as coisas simplesmente explodiram e começou a pegar fogo.
— Droga!– Eu falo.
Então eu e o Carl subimos as escadas correndo e gritando:
— Fiona!
A Fiona já estava na sala então ela veio rápidamente e conseguiu apagar o fogo.
— Cadê a sua vó?– A Fiona perguntou pro Carl.
— Foi compra mais suprimentos– O Carl respondeu.
— Eu vou matar ela– A Fiona diz e depois subiu as escadas.
Eu olhei pra mim, olhei pro Carl e percebi que a gente 'tava totalmente sujo por conta da explosão e cheirando droga.
— Acho melhor a gente sair daqui– Falei.
— Também acho, 'tô começando a passar mal com esse cheiro– O Carl disse.
Então nós saímos.
E como se as coisas não pudessem ficar piores a Vovó desmaiou em uma loja e os paramédicos tiveram que trazê-la até em casa.
— Vovó– O Carl disse.
Nós nos aproximamos dela.
— 'Tá fedendo aqui. Vocês explodiram o laboratório?– A Vovó oerguntou.
Eu e o Carl nos sentamos cada um de um lado dela.
— Desculoa Vovó– Falei.
— Vem cá– Ela disse e abraçou a gente— Vai da certo da próxima vez.
— Ela deve 'tá sentindo muita dor, não devia sair de casa– A paramédica disse.
— Esses idiotas não sabem do que tão falando– A Vovó falou.
Então a paramédica foi embora.
— Ei, imbecil, arruma a mesa de cartas, eu quero ensinar um pouco de póquer pro Carl e pra Ayla– A Vovó diz pro Frank que 'tava perto da Fiona.
*Quebra de Tempo*
Era de noite e eu e o Carl estávamos na escada do lado de fora da minha casa.
— Por que você não me chamou pra mais nenhum encontro?– Perguntei.
— O quê?– Ele me perguntou.
— A gente saiu uma vez em um encontro de verdade e foi legal. Mas então você nunca mais me chamou pra um encontro. Se você gostasse de mim teria me chamado pra sair de novo– Respondo.
— Onde você quer ir?– O Carl me perguntou.
— Não adianta mais, as aulas vão começar amanhã– Respondi.
— Então vamo sair hoje– O Carl diz.
— Me leva no cinema?– Perguntei.
— Pra assistir o quê?– O Carl me perguntou.
— Algum filme bem romântico– Respondi.
— Eu não gosto de filmes românticos– O Carl diz.
— Problema seu, porque eu gosto– Falei.
— Que tal algum filme onde eles matam um monte de gente?– O Carl perguntou.
— Romance– Eu falo.
— Comédia?– O Carl perguntou.
Eu dei um selinho nele.
— Romance?– Perguntei.
— Pode ser. Romance não é ruim– O Carl respondeu.
— Eu vou me arrumar, vê se coloca um boné pra tampar a parte do seu cabelo que caiu com a explosão– Falei.
— Eu vou ganhar outra beijo durante o filme?– O Carl me perguntou.
— Se for um filme bem melos, sim- Respondi e entrei em casa.
*Quebra de Tempo*
Eu e o Carl estávamos andando pela rua.
— A gente vai transar?– O Carl me perguntou.
— O quê?– Perguntei confusa, assutada e surpresa— Da onde você tirou isso?
— Toda vez que os meus irmãos vão pra um encontro eles transam– O Carl respondeu.
Eu peguei na mão do Carl e entrelacei os meus dedos no dele.
— A gente não é seus irmão, a gente é meio novo pra transar– Falei.
— Eu não me acho novo pra transar– O Carl diz.
— Isso porque você vê um peito e já fica de pau duro. Mas eu sou uma princesa, se você gosta de mim vai ter que aceitar que eu quero esperar– Eu falo.
— Ninguém me disse que ter uma namorada ia ser tão difícil– O Carl disse.
— Eu não sou sua namorada, ainda não— Falei– E namorar não é só transar. Olha o Lip e a Karen, eles vivem aquele relacionamento esquisito deles que é mais sobre sexo do que sentimento.
— Mas se eles fazem tanto aquilo deve ser bom– O Carl falou.
— Pode tentar achar outra garota pra transar porque a gente não vai fazer nada agora– Eu falo.
— Eu 'tô bem com você– O Carl diz.
— Não acredito que você vai voltar pra escola com o cabelo assim– Falei.
— Eu acho bem legal, quantas pessoas você conhece na escola que perdeu o cabelo por uma explosão em um laboratorio de drogas?– O Carl me perguntou.
— Você é lindo e tem algum problema sério na cabeça– Respondi— Mas eu gosto disso.
Então eu dei um beijo na bochecha do Carl. Ele não disse nada apenas sorriu pra mim.
*Quebra de Tempo*
Nós estávamos no cinema assistindo o filme mais brega, romântico, lindo que eu já vi. E enquanto eu 'tava apaixonada no filme, o Carl 'tava parecendo que estava pagando pelo pior castigo da vida dele.
— Eles não são lindos?– Eu perguntei.
— É... pode ser– O Carl respondeu meio dormindo.
— Quer ir embora? Eu vou pra casa sozinha– Perguntei.
— Não– O Carl respondeu.
— Que tentar me beijar?– Perguntei.
Os olhos do Carl que estavam quase fechados se abriram de repente.
— 'Tá falando de selinho ou de beijo, beijo?– O Carl me perguntou.
— Beijo, beijo– Resoondi.
— Eu quero isso– O Carl disse.
Eu ainda não sabia se era a hora de dar o meu primeiro beijo, mas... O Carl mesmo tendo a mente mais perturbada que eu já conheci, 'tava sendo tão fofo e paciente comigo... Então... por quê não?
— Não vou prometer que a gente vai fazer isso todo dia, ainda tenho que perder a vergonha e me acostumar... Tudo bem pra você?
— Tudo bem– O Carl respondeu.
— Então pode me beijar– Eu falo.
Eu 'tava com muito medo de fazer alguma coisa errada, de ser ruim, de eu e o Carl não termos nenhuma conexão e... com medo de me arrepender. Mas quando o Carl foi chegando perto de mim lentamente eu percebi que ele também 'tava nervos, porém, quando a gente se beijou... eu tive a sensação mais incrível da minha vida, foi perfeito, foi suave, foi intenso, teve uma conexão e conforme a gente se beijava o medo que eu 'tava sentindo sumiu.
Quando a gente parou de se beijar nenhum de nós dois disse nada, mas a gente 'tava sorrindo. Eu deitei a minha cabeça no ombro do Carl e continuei vendo filme.