Eu e o Carl estávamos na cozinha fazendo uma cadeira elétrica pra uma barbie.
— Vitamina– A Debbie fala entregando um copo pra mim e pro Carl.
— Obrigado– O Carl diz.
— Obrigada– Falei.
— Oi, Liam. Você está se divertindo?– A Debbie perguntou pro Liam na cadeirinha.
Em seguida a Debbie foi até o fogão.
— A Fiona não disse pra vocês pararem de eletrecutar as bonecas?– A Debbie perguntou.
— Elas tem qua pagar pelos pecados dela– O Carl respondeu.
Em seguida a gente juntou os dois fios que iam fazer elas serem eletrocutada. Mas de repente tudo ficou escuro.
Nos dois fomos até a janela e vimos o Hector.
— Carl! Ayla!– A Fiona gritou nossos nomes.
— Não foi a gente!– Eu gritei.
— O Hector 'tá no poste de novo!– O Carl gritou.
A Fiona desceu, a gente colocou nossos casacos, saímos da casa e fomos até o Hector.
— Hector!– A Fiona o chamou- Será que tem algum jeito de você...
— Dessa vez não dá, é a terceira notificação esse ano– O Hector disse.
— Não foi a primeira vez que aconteceu e não vai ser a última– A Debbie falou.
— Tem como você aranjar o dinheiro hoje?– O Hector perguntou.
— A gente tem, ela que esqueceu de pagar– A Debbie respondeu.
— Eu tive um turno extra ontem e me esqueci completamente– A Fiona diz.
— Liga no meu celular quando pagar. Eu ligo a luz de volta no fim do dia– O Hector falou e entregou o papel.
— Obrigada, Hector– A Fiona disse.
Então nós voltamos pra casa.
*Quebra de Tempo*
Eu estava sentada no balcão, o Carl 'tava do meu lado organizando os graos do cereal por cor, o Ian estava tirando as coisas da geladeira e colocando em um cooler e a Fiona 'tava fazendo o lanche.
Alguém bateu na porta, a Debbie atendeu e depois voltou pra cozinha.
— Carl, come depois organiza, no final vão todos pro mesmo lugar– A Fiona disse.
O Carl pegou alguns e comeu, em seguida ele me deu um pouco.
— Quem era na porta?– A Fiona perguntou.
— O Warren pro Lip– A Debbie respondeu.
— Deixa o Ketchup pra trás, só leite, carne pra não estragar– A Fiona disse pro Ian.
— Ainda tem água quente pra tomar um banho quente pelo menos– O Steve disse— O Carl e a Ayla explodiram a vizinhança outra vez?
— Porque sempre pensam o pior de nós?– Perguntei.
— Se vocês fizessem menos merdas talvez a gente pensaria coisas melhores de vocês– O Ian respondeu.
— Bom argumento– Falei.
— Eu esqueci de pagar a conta– A Fiona diz.
— Ai, acontece, 'tá bom?– O Steve falou.
— Não comigo– A Fiona disse- Eu não sou assim.
— Assim como?– O Steve perguntou.
— Distraída– A Fiona respondeu.
— Distraída por quê?– O Steve perguntou.
— Bom, você é a única coisa nova por aqui– A Fiona respondeu.
— Pera aí, eu consegui distrair Fiona Gallagher?– O Steve perguntou— Sério?
A Fiona pegou a jarra da cafeteira mas não tinha café, ela quase deu um surto mas o Steven segurou a jarra.
— Aí, eu vou buscar café depois que eu terminar. Beleza?– O Steve disse.
— Tá bom– A Fiona falou— Eu só... Tá na hora da escola. Lip, levanta logo.
*Quebra de Tempo*
— Liam, você tem que usar o pinico, assim a gente pode usar o dinheiro das fraldas pra compra doces pra você e carros– A Fiona disse com o Liam no colo— Você não gosta de doces e carros?
— Ah, recompensar por cagar, bons tempos– O Carl diz.
— Se você pudesse voltar a ser um bebê você com certeza voltaria, né?– Perguntei.
— Sem sombra de dúvidas– O Carl respondeu.
— 'Tá, eu ajudo– O Steve diz.
— Ok, quando o Liam fechar os olhos e prender a respiração, coloca ele aqui– A Fiona disse e mostrou o pinico.
O Steve tirou uma contia em dinheiro.
— Paga a conta– O Steve disse.
A Fiona saiu andando sem pegar o dinheiro.
— Qual é, eu moro aqui, não moro?– O Steve perguntou.
— Não, não mora– A Fiona respondeu— O Lip me deu um dinheiro pra pagar ontem, eu peguei um turno extra e esqueci de pagar.
— $430 dólares? O Lip 'tá bem esse mês– O Steve disse.
— É a temporada de exames– A Fiona diz.
— Ele sempre ganha mais na temporada de exames– A Debbie fala.
— Exames?– O Steve perguntou.
— Teste pra faculdade– O Ian respondeu.
— Ele dá aula?– O Steve perguntou.
— Não, eu faço– O Lip repsondeu.
— Ta bom, vai brincar com o seu carrinho– A Fiona disse e entregou o Liam pro Lip e depois o carrinho.
— Ah, eu tenho outro cliente pra você– O Ian diz para o Lip.
— Pode marcar cara, vou fazer uma hoje, mas em 2 semans terá outro exame– O Lip falou.
— 'Tá legal– O Ian diz.
— Não leva o telefone hoje, eu vou precisar– A Fiona fala.
— Eu preciso dele hoje– A Debbie disse.
— Pra quê?– O Ian perguntou.
— Pra ver se eu discolo trabalhos como babá, eu pareço mais velha pelo telefone– A Debbie diz.
— Eu fico com o celular hoje, 'tá?– A Fiona falou— Andando, cambada, ou vão se atrasar.
— Eu levo vocês– O Steve disse.
— Carl, entrega o bilhete– Eu falei.
— Que bilhete?– A Fiona perguntou.
O Carl pegou o papel e entregou pra Fiona.
— Isso é de sexta-feira passada, hoje é quarta. Carl!– A Fiona diz.
— Eu disse pra ele entregar– Falei.
— Você sabe como ele é, Ayla, você tinha que ter me falado– A Fiona disse.
— Todo dia eu falo pra ele entregar isso, mas ele fica falando depois, depois. E eu não vou me arriscar a por a mão nessa mochila dele esquisita, só Deus sabe o que ele coloca lá– Eu falo.
— O que ele fez?– O Steve perguntou.
— Nada– A Fiona respondeu.
O Carl pego o taco e ia saindo mas a Fiona pegou.
— O taco fica aqui– A Fiona disse.
Em seguida a gente saiu de lá.
*Quebra de Tempo*
Eu entrei na sala de aula e vi o Carl mijando em uma planta.
— Carl! Fala sério, para com isso– Eu falei.
— Eu 'tô regando as plantas– O Carl diz.
— Guarda o seu pau dentro das calças, ninguém quer ver ele– Eu falo.
O Carl parou de mijar e guardou o pau.
— E por isso que eles querem falar com o seu pai hoje, idiota– Falei.
— Eu tenho quase certeza que é porque eu fechei a porta do armário muitas vezes no braço daquele menino– Ele disse.
— Por que você nunca leva nada a sério?– Eu perguntei e depois fui me sentar.
— Eu levo as coisas a serio– O Carl respondeu e se sentou na mesa ao lado.
— Você nunca vai arrumar uma namorada– Falei.
— Tenho certeza que vou arrumar uma namorada primeiro que você. Eu já ate beijei primeiro que você– O Carl diz.
— O quê? Quando?– Perguntei.
— Na festa do Carlos, no jogo da garrafa. Você não foi esse dia– O Carl respondeu.
Eu senti algo estranho naquele momento, não sei explicar mas eu nao fiquei nada feliz. Então tentei mudar de assunto.
— Carl, se você continuar agindo assim você vai ser expulso, mas parece que você não se importa– Falei— Você é meu único amigo na escola, as outras meninas não gostam de mim e se você for expulso eu não vou ter mais ninguém.
O Carl não disse nada.
— ...Eu gosto de quem você é, gosto do seu jeito bobo, mas você precisa maneira nessa drogas de brincadeira– Eu falo– É igual na tarefa de papel machê, era pra fazer uma coisa que você gosta em você e você fez um monte de merda de papel machê.
Em seguida eu comecei a pegar o meu caderno.
— Quem vai vim hoje na sua reunião?– O Carl me perguntou.
— Acho que a minha mãe– Respondo- Eu posso tentar falar com o meu pai e pedir pra ele fingir ser seu pai.
— O seu pai é policial, ele tem todo aquele lance moral, ele não vai fazer isso- O Carl diz.
*Quebra de Tempo*
Era hora do intervalo e... por alguma razão eu não tirava a voz do Carl falando que beijou uma garota da minha cabeça. Toda vez que eu pensava nisso me deixa mais estressada.
— 'Tá pensando no quê?–O Carl me perguntou.
— Em nada– Respondi— Mas assim... quando você disse que beijou alguém você beijou mesmo ou... foi um selinho de amizade igual o nosso?
— Um beijo, acho que eu toquei o peito dela por uns 5 segundos até ela perceber e tirar a minha mão– O Carl diz.
— Sei... tanto faz– Falei e sai andando.
— Onde vai sentar? Eu vou pegar o meu lanche– O Carl disse.
— Na mesa de sempre– Eu falo.
Então o Carl foi pegar o lanche e eu fui me sentar.
— Como você 'tá, Ayla?– O Giulio me perguntou.
— Bem– Respondo— Você foi na festa do Carlos, não foi?
— Fui– O Giulio disse.
— Todos vocês beijaram alguém?– Perguntei.
— Todo mundo que saiu no jogo da garrafa– O Giulio respondeu.
— Então você não?– Perguntei.
— Não, eu não sai com ninguém– O Giulio respondeu.
— Então você não beijou ninguém porque não saiu no jogo, e eu não beijei ninguém não fui...– Eu falei.
Em seguida eu puxei o Giulio pelo camisa e beijei ele. A gente mal tinha encostado as nossas bocas quando o Carl puxou ele e deu um soco.
— Carl! Por que você fez isso?– Perguntei.
— Ele 'tava te beijndo– O Carl respondeu.
— Eu beijei ele– Falei.
— Por que você fez isso?– O Carl me perguntou.
— Porque eu quis– Respondi.
— Você não deveria beijar ele– O Carl disse.
— Então você pode beijar alguém mas eu não?– Perguntei.
— ...É!– O Carl respondeu.
— Idiota– Falei e sai andando.
*Quebra de Tempo*
Eu e a minha mãe saímos da escola e eu vi a Fiona, o Carl e a Debbie.
— Mãe, eu posso ir pra casa com os Gallaghers?– Perguntei.
— Pode– A minha mãe respondeu— Mas eu não quero que você chegue em casa tarde.
— Tá bom– Falei.
Ela me deu um beijo no topo da cabeça e depois saiu. Eu me aproximei dos Gallaghers.
— Oi– Eu falei pro Carl.
— Oi– O Carl disse— Como foram suas notas?
— Tirei o suficiente pra passar, menos em matemática que eu fiquei com uma nota vermelha, mas nada que ferre tudo– Falei.
— Não vai embora com a sua mãe?–O Carl perguntou.
— Não, eu preciso saber o que vai rolar com o meu melhor amigo, por mais que eu esteja brava com ele por ele ser um idiota– Eu respondi.
Então o Lip se aproximou.
— Oi, desculpa pelo atraso– O Lip disse.
— Legal, me escutem. Vamos ficar unidos e mostraremos a eles que somos uma família que da certo– A Fiona fala.
— Beleza– O Lip diz.
Em seguida nós entramos.
Enquanto a Fiona e o Lip falavam com o diretor e a professora eu o Carl e a Debbie sentamos do lado de fora. Eu olhei pra dentro e vi pela expressão da Fiona que as coisas não estavam muito boas. Mas... O que eu 'tava rezando pra acontecer, aconteceu, o meu pai apareceu.
— Papai!– Falei e corri até ele.
Em seguida eu o abracei.
— O senhor veio– Eu falo.
— Eu tive que vim– O Meu pai disse.
Em seguida a gente se aproximou da sala, mas antes do meu pai entrar ele foi até o Carl.
— Depois eu quero falar você– O meu pai disse pro Carl.
— Sim, senhor– O Carl falou.
Em seguida o meu pai se aproximou da sala.
[Narradora Narrando oque aconteceu na sala]
Fabrício entrou no escritório do diretor.
— Com licença– O Fabrício disse.
Todos olharam pra ele.
— Desculpa a demora. Fiquei preso no trabalho. Os horários são sempre uma loucura quando se é policial– O Fabrício diz— Como falamos na delegacia, o crime não dormem, então a gente também não.
— Você é o pai deles?– O Diretor perguntou.
— É– O Lip é a Fiona concordaram.
— Eu sei, eu sou preto e eles são brancos, mas isso é graças a mãe deles que é branca. O senhor tem algum problema com a etnia da minha família?– Fabrício perguntou.
— Não senhor– O diretor respondeu.
— Vocês sabiam que o boletim do Carl tem sete "I"?– A professora perguntou.
— "I"?– A Fiona perguntou.
— De "insatisfatório"– A Professora respondeu.
— É, mas não pense no "I" como "Insatisfstorio", pense no "I" como "F"– O Diretor diz.
— De "falhou"?– A Fiona perguntou.
— De "Fudido"– O Diretor respondeu— Eu não sou um homem religioso. Só que de vez enquanto aparece uma criança que me faz acreditar na existência de Satanás. Algo drástico ou ele vai surtar e acabara no alto da torre do relógio com um rifle
— Dados os nosso recursos, ele está além da nossa ajuda– A Professora diz.
— Eu sei, mas agora que eu sei, eu posso...– A Fiona tentou falar até que o diretor bateu a mão na mesa.
— Esse teatro qualquer pode enganar outro mane, qualquer um que acredita que nenhuma merda de criança, nem mesmo os pisicoticos iniciantes podem ser deixados pra trás, mas quanto antes o Carl for para a prisão, mais seguro esse mundo vai ficar– O Diretor disse ate ser interrompido por Fabrício.
— Com licença, Senhor. Primeiramente eu quero exigir respeito, nenhum de nós gritou com o senhor então o senhor não tem direito de gritar com a gente– O Fabrício disse.
O diretor não disse nada.
— Segundo, o senhor não tem nenhuma formação que de o direito do senhor ditat quem deveria ou não ser preso. Aposto que o senhor não sabe nem a metade das leis e os fundamentos que são necessários pra acusar uma pessoa– O Fabrício falou— Então não quero ouvir o senhor desferir nenhum comentário de ódio que pode ser também entendido como calunua a um menino de 9 anos. E não sei se o senhor sabe, mas isso é um crime.
O diretor não disse nada novamente.
— Sei que o Carl é uma criança complicada, mas eu exigo respeito com a criança.
Se o senhor não acredita na educação, se vocês não têm capacidade de se adaptarem para diversos tipo de crianças, infelizmente vocês escolheram o nicho errado para estarem atuando.
Nem todas as crianças são iguais, nem todas as crianças aprendem no mesmo ritmo, a escola deveria ser um lugar de acolhimento e inclusão.
Eu concordo com você, o Carl precisa ser disciplinado, mas tratar ele como uma bandido não vai adiantar de nada. Vamos conversar com ele, vamos procurar um suporte pra auxiliar ele e consequentemente melhorar o desempenho dele. Mas o senhor não tem direito de expulsar uma criança por não ter capacidade de ensinar ela– O Fabrício diz— Amanhã ele voltaram pra escola e eu espero que a mesma vontade de ensinar os outros que vocês tem, vocês tenham com o Carl.
Ninguém disse nada.
— Acho que encerramos por aqui, então se me permite eu tenho que voltar para o meu trabalho que é prender verdadeiros criminosos e não acusar falsamente menores– O Fabrício disse e saiu
Em seguida o Lip e a Fiona saíram também.
[Ayla Narrando]
O Lip e a Fiona agradeceram o meu pai e depois e o Carl nos aproximamos dele.
— Acho melhor vocês dois melhorem essas notas se não eu vou levar vocês pra passar uma noite na cadeia– O meu pai disse.
Eu e o Carl concordamos com a cabeça.
— Tenta ficar longe de confusão por um tempo, Gallagher– O meu pai disse.
— Tudo bem– O Carl diz.
Em seguida o meu pai foi embora e a gente foi caminhando pra fora da escola muito felizes.
— Pai– A Debbie disse ao ver o Frank com a Karen.
— Debbie, tempos que ir– A Fiona disse.
— Eu quero falar "oi" pro papai– A Debbie falou— Papai!
O Frank viu a gente e se aproximou com a Karen.
— Oi– A Debbie disse e foi até ele.
— Oi, querida– O Frank falou.
— Karen, o que é que 'tá rolando?– O Lip perguntou.
— Você disse que reunião não é a sua, então eu achei que não viria, então pedi pro Frank substituir o inútil do meu pai– A Karen respondeu.
— Eles expulsaram o Carl?– O Frank perguntou.
A Fiona negou com a cabeça.
— O que foi que eu disse? Drama e ameaças por nada– O Frank diz.
Todos nós ficamos sérios, mas a Fiona deu um sorriso com os olhos cheios de lágrimas.
— Vamos, pessoal– A Fiona disse.
Então nos começamos a sair.
— Tchau, papai– A Debbie falou.
— Até mais– O Frank diz.
*Quebra de Tempo*
Nós já estávamos em casa.
— Carl, é sério, os riscos são muito altos. Nós amamos você e precisamos de você nessa família, nessa casa. Você precisa parar de morder, socar e machucar as pessoas– A Fiona disse.
— E como é que eu faço pra elas chorarem?– O Carl perguntou.
— Fofoca e calúnia– O Lip respondeu.
— Sabe, quando eu fico muito bravo, conto até dez– O Steve diz.
— Eu sei o que a gente pode fazer. Vamos te arranjar protetores, patins e te colocaremos no gelo. Resolve essa sua raiva com um taco de hokei– O Lip falou.
— É, pode ir ao karatê comigo– O Ian disse— Lembra de quando eu quebrei a perna do Kyle? Precisaremos de três pinos pra pôr de volta.
— Nada melhor do que karatê quando se trará de violência regulamentada para crianças– Falei— E a gente pode sempre brigar, a gente já faz isso diariamente.
— A Ayla tem razão, vocês dois já vivem brigando– O Lip diz.
*Quebra de Tempo*
Eu e o Carl estávamos no quarto dele. A gente não 'tava falando nada, só estávamos nos olhando.
— Não me olha assim– O Carl diz— Eu ainda 'tô brigado com você.
— Você 'tá brigado comigo? O que eu fiz?– Perguntei.
— Beijou aquele babaca na escola– O Carl respondeu.
— Nossos lábios mal se tocaram. Você chegou achando que eu era sua propriedade e bateu nele– Falei— Eu que deveria 'tá mal. Você pode beijar alguém e eu não? Quer que eu morra sem dar o meu primeiro beijo.
— Você só beijou ele por que queria da seu primeiro beijo?– O Carl me perguntou.
— É- Respondo– Eu não gosto dele, só não queria ser a única sem beijar.
De repente o Carl me puxou e me beijou. Não foi um beijo de língua e nem foi um beijo demorado, mas me pegou muito de surpresa.
Quando nós nos afastamos ambos pareciam meio... surpresos e sem jeito.
— Não quero te ver beijando esses babacas– O Carl disse.
Eu não falei nada.
*Quebra de Tempo*
Era um pouco mais tarde e eu, o Carl, o Ian e a Debbie estávamos na sala vendo TV.
— Se você tivesse que comer um olhou ou bosta de cavalo, qual você comeria?– O Carl me perguntou.
O Ian olhou pra mim e pro Carl um pouco enojado.
— Eu posso escolher o tipo do olho? Tipo a especi?– Perguntei.
— Pode– O Carl respondeu.
— Eu comeria o olho– Falei.
— É, o olho é a melhor opção– O Carl diz.
— Vocês são nojentos– O Ian falou.
De repente bateram na porta. A Debbie se levantou e foi abrir.
— Oi, cadê o Lip? Eu vim pagar ele pela nota do exame– Um cara disse.
A Debbie apontou pra dentro e foi se sentar. O cara entrou fechou as portas e viu o Lip perto da gente.
— Pescoço– O Lip disse.
— Lip, meu mano– O Cara disse.
O cara fingiu que ia cumprimentar o Lip mas tentou bater nele, porém por sorte o Lip esquivou.
— Eles invalidaram a minha nota– O pescoço falou.
— Eu ia te ligar– O Lip diz.
— Eu vou tirar tipo uns 6 nesse exame– O Pescoço fala.
— Pelo menos ganha uns cem pontos só por escrever o nome corretamente– O Lip disse.
O pescoço tentou ir para cima do Lip mas ele correu pro outro lado.
— Merda! Eu posso arrumar isso, tá?– O Lip falou.
— Eu não vou mais jogar na faculdade– O pescoço diz e depois foi pra cima do Lip.
— Então vai direto pra liga profissional– O Lip falou e subiu as escadas correndo.
O pescoço correu atrás do Lip e quando a gente ouviu um barulho alto a gente subiu as escadas correndo.
Quando a gente chegou no quarto da Debbie a gente viu o pescoço segurando o Lip pela janela de cabeça pra baixo.
— Lip!– A Debbie disse.
— Trás ele pra dentro– O Ian falou tentando puxar o pescoço.
— Solta ele– O Carl diz com o taco.
— Solta ele ou o moleque vai usar o taco– O Ian diz.
— Tá bom, fica calmo, eu vou trazer ele pra dentro– O Pescoço falou.
— Vai logo– O Ian disse.
— O que 'tá acontecendo?– A Fiona perguntou.
— O Carl já respondeu– O Ian respondeu.
O pescoço então trouxe o Lip pra dentro.
— Eu 'tava brincando, 'tá? Tabom?– O pescoço disse.
De repente o Carl acertou o taco na perna do pescoço e com certeza quebrou. Então enquanto o pescoço se agoniava de dor, nós todos começamos a comemorar.