Quando menos esperávamos recebemos notícias de onde o Frank estava.
— No Canadá?– A Fiona perguntou pro Tony.
— É. A embaixada disse que ele admitiu acusações de drogas, mas isso foi antes de acusarem ele, então acham que ele é só um doidão– O Tony respondeu.
— Acusaram ele?– O Steve perguntou.
— E que eles só queriam ele fora do Canadá o mais rápido possível. Mas o estado não vai deixar ele voltar sem o passaporte– O Tony respondeu.
— O Frank não tem passaporte– A Fiona disse.
— Ele vai ter que tirar um– O Tony falou.
— E quanto tempo isso demora?– O Lip perguntou.
— Dois meses– O Tony respondeu.
— Meses?– A Fiona perguntou.
— Ele pode fazer um pedido emergência na embaixada de Toronto– O Tony respondeu.
— E quanto tempo demora?– A Fiona perguntou.
— Eu não sei, uma semana talvez– O Tony respondeu.
— O kev tem passaporte– A V disse.
— O que isso tem a ver?– O kev perguntou.
— Você dirige até lá, ajuda ele na embaixada, compra uma pilha de remédios baratos, vende pros velhos locais, idosos, idosos do asilo– A V repsondeu.
— Podemos só...– O Kev diz para o Tony.
O Tony chegou pra frente, tampou os ouvidos e o Kev e a V começaram a cochicha atrás do Tony.
A Fiona se levantou e foi até a cozinha. O Steve foi atrás dela e pouco tempo depois eu ouvi o Steve gritando.
— Por que ele não dá valor na família que ele tem, Fiona. Ele deu uma cabeçada no Ian– O Steve disse gritando.
De repente eu só vi a Fiona dando um soco na cara do Steve.
— O que desrespeita o meu pai ou a minha família não tem porra nenhuma a ver com você– A Fiona falou— Você deixou ele lá, agora vai buscar.
Em seguida a Fiona saiu andando.
Rápidamente, no mesmo dia o Steve arranjou um modo dele e do Kev ir e trazer o Frank.
Quando saímos de casa vimos um trailer e um cara saindo dele.
— Mas que porra é essa?– O Kev perguntou.
— Nossa carona– O Steve respondeu.
*Quebra de Tempo*
Era de noite e eu estava deitada com o Carl na cama.
— Você ficou preocupado com o Frank?- Perguntei.
— Um pouco– O Carl respondeu.
— Eu ia entrar em desespero como a Debbie se o meu pai sumisse– Falei.
— O seu pai é policial e todo certinho, se ele fizesse isso seria estranho, mas agora quando o assunto é o meu pai a gente sabe que não é a mesma coisa– O Carl diz.
— Mas deve ser legal poder estar em outro país– Eu falo— Um dia eu quero ir no Canadá.
— O que você vai fazer no Canadá?– O Carl me perguntou.
— Eu não sei, mas eu aranjaria alguma coisa pra gente fazer– Respondo.
— Pra gente?– O Carl perguntou.
— É, ou você achou que eu ia sozinha?– Perguntei.
*Quebra de Tempo*
Era outro dia e estava lotado de gente na porta da casa dos Gallaghers com bandeirinhas do Canadá esperando o Frank, o Kev e a V chegarem.
Quando eles saíram do trailer todo mundo comemorou.
— Vão se fuder! Vai se fuder– O Frank disse bravo enquanto caminhava até a porta de casa.
— Bem vindo, pai– A Debbie falou.
O Frank olhou pra ela mas não a respondeu apenas entrou em casa.
*Quebra de Tempo*
Eu e o Carl estávamos no banheiro. A gente encheu a banheira e ficamos de joelhos ao lado dela.
— É o seguinte, eu vou te afogar nessa banheira durante 20 segundos. Se você continuar vivo vai ser legal– Falei.
— O que eu ganho com isso?– O Carl me perguntou.
— Continuar vivo já não é um presente e tanto?– Perguntei.
— Não– O Carl me respondeu.
— Eu deixo você ir até a casa abandonada onde os gaxinins estão– Falei.
— Eu vou poder fazer qualquer coisa?– Ele me perguntou.
— Qualquer coisa é de mais. Vode é muito malvado pra sua idade– Respondi.
— Eu faço experiências e tudo pra um bem maior– O Carl diz.
— Então me diz, cadê a evolução das experiências, as anotações e que bem maior é esse?– Perguntei.
— Você não entenderia– Ele disse.
— Que você é burro? Eu entendo, não é atoa que você 'tá quase bombando– Falei— Se você continuar desse jeito agressivo você vai acabar virando um Serial Killer.
— Eu teria muitas armas?– O Carl me perguntou.
— Sério isso, Carl?– Perguntei.
— O que foi? Eu quero ter muitas armas– Ele respondeu.
— Você 'tá me fazendo repensar a nossa amizade– Eu falo.
— Pensa comigo, se eu tivesse uma arma eu poderia proteger a gente. Já viu o bairro que a gente mora?– O Carl me perguntou.
Eu parei e pensei um pouco.
— 'Tá, a gente vai compra a nossas primeiras armas juntos– Falei.
— Por que você quer uma? Se eu tiver uma eu já vou te proteger– O Carl me questinou.
— Eu sou forte o suficiente pra poder me proteger sozinha, não preciso de homem nenhum pra fazer isso– Respondi.
— Ontem você correu até mim porque 'tava com medo de uma barata– O Carl disse.
— Mas aí é diferente, baratas são seres malignos, astutos, sorrateiro. Quando você pensa que não ela mostra a uma carta na manga e começam a voar. Acha que pode confiar em um bicho desse? Claro que não– Falei.
— Então você é mulher o suficiente pra se proteger de qualquer coisa, exceto baratas?– O Carl me perguntou.
— Exatamente, pra isso eu tenho você– Eu falo.
— Então eu sou tipo o seu protetor, seu cavaleiro, o homem forte que você procura quando 'tá com medo?– O Carl perguntou se achando.
— É... mais ou menos isso, tirando a parte do forte– Falei.
— Gostei disso– O Carl diz— Posso ganhar um beijo na bochecha?
Eu sorri e dei um beijo na bochecha dele.
— Posso finalmente te afogar agora?– Perguntei.
— Pode– O Carl respondeu.
— Será que os seus piolhos morrem se eu deixar a sua cabeça muito tempo dentro da água?– Perguntei.
O Carl me olhou e depois enfiou a cabeça na água.
*Quebra de Tempo*
Nós estávamos praticamente todos na sala vendo TV, exceto a diona que estava mais focada em tirar os piolhos do Carl.
— Decifrando o código genético humano, mas também é um dos mais controversos. Um iconoclasta com uma mente brilhante e um ego enorme que desdenha do conhecimento convencional que questinou as descobertas científicas em toda oportunidade...– O Cara da TV disse.
De repente escutamos o toque do telefone.
— Não 'tá comigo– A Fiona fala.
— Nem comigo– O Lip diz.
A Fiona procurou um pouco ao redor e achou do lado da Debbie. Ela pegou o telefone e atendeu.
— Alô?– A Fiona falou.
Não demorou muito até que a Fiona mudasse de afeição e desligasse o telefone. Depois ela se levantou e saiu pela porta da cozinha.
*Quebra de Tempo*
Era outro dia de manhã quando bateram na porta, eu fui até lá abri e me deparei com a minha mãe.
— Oi, minha linda– A minha mãe disse.
— Oi, mãe. Você voltou– Falei.
— Voltei, 'tá pronta pra ir pra casa?– Ela me perguntou.
Eu concordei com a cabeça.
— Eu só tenho que me despedir do Carl– Eu falo.
Eu entrei na casa e fui até o Carl que estava no sofá.
— A minha mãe voltou– Falei.
— Finalmente– O Carl diz.
— Sabe que eu volto pra dormir aqui, né?– Perguntei.
— Fiquei sabendo que a banda que a sua mãe gosta vai fazer um show na Califórnia na quarta, aposto que ela vai te deixar aqui pra ir– O Carl respondeu.
— Também aposto. Então até quarta– Falei e em seguida dei um beijo na bochecha do Carl e sai de casa.