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#pandagravidinho 🐼
🌑🌘🌗🌖🌕🌔🌓🌒🌑
"Jungkook"
O dia de Jimin estava cheio.
Ele já havia participado de uma reunião sobre os preparativos de sua primeira turnê e até praticado um pouco para todas as coreografias que apresentaria diante o público, entretanto, nesse segundo, eu sentia sua mão apertar a minha e ele já não tinha mais a marra do idol Park. Ele era apenas o meu Jimin, assustado e com um sonho prestes a realizar.
Caminhávamos pelos corredores do hospital no qual ele havia marcado uma visita para conhecer o lugar que possivelmente faria sua cirurgia, e assim que fomos atendidos, caminhando pelos corredores com curiosidade.
Quando enfim chegamos ao quarto, pude ouvir o baixo ofegar de Jimin quando uma nova atendente surgiu e abriu a porta.
ㅡ Sejam bem-vindos à nossa área VIP. Meu nome é Min-ha, e ficarei feliz em guiá-los pelo quarto que preparamos para o Sr. Park. Por favor, me acompanhem.
Jimin apertou minha mão com ainda mais segurança e caminhou cômodo adentro.
ㅡ Este é o modelo de quarto onde o Sr. Park ficará durante sua estadia. Queremos garantir o máximo conforto e tranquilidade para ele. ㅡ Jimin a agradeceu baixo, olhando ao redor ㅡ Como podem ver, as paredes são pintadas em tons suaves para criar uma atmosfera relaxante. A iluminação foi cuidadosamente escolhida para proporcionar um ambiente acolhedor, sem ser muito brilhante. A cama escolhida, é maior que a padrão, visando sempre mais conforto, com lençóis de alta qualidade e uma variedade de travesseiros para garantir o máximo conforto. Ao lado, temos uma mesa de cabeceira com controles intuitivos para ajustar as preferências de iluminação e temperatura. Ao lado da janela, temos uma poltrona estilizada para momentos de relaxamento, e as cortinas podem ser ajustadas para permitir a entrada de luz natural ou proporcionar total privacidade, conforme desejar.
Jimin parecia perdido na imensidão do quarto e seus detalhes. Quando a mulher se aproximou do cômodo extra do quarto, segui ao lado de Jimin, observando o banheiro.
A mulher abriu a porta do banheiro, revelando um espaço amplo e elegante.
ㅡ É... é incrível. ㅡ Jimin falou.
A mulher sorriu.
ㅡ Fico feliz que você esteja gostando. ㅡ a mulher falou ㅡ Aqui temos uma banheira de imersão, uma ducha com chuveiro de alta pressão e uma pia dupla. Os produtos de higiene pessoal são fornecidos pelo hotel, mas você também pode trazer os seus próprios.
ㅡ E então? ㅡ perguntei baixo a ele?
ㅡ É exatamente o que eu estava procurando, Jun.
A mulher sorriu e continuou mostrando os detalhes do banheiro, sinalizando que até mesmo a temperatura da água dali poderia ser regularizada num painel digital perto da entrada.
Observando a forma em como Jimin parecia encantado até mesmo com aquilo, eu sabia que talvez aquele fosse o lugar que ele escolheria.
Quando saímos juntos, ele ainda se aproximou das janelas, abrindo as cortinas e apreciando a paisagem do alto.
ㅡ É realmente perfeito. ㅡ ele falou, olhando a atendente.
ㅡ Se ainda houver alguma dúvida, senhor Park, não exite em perguntar.
ㅡ Obrigado. Mas acho que não. Tudo o que eu preciso saber são os valores.
ㅡ Claro, senhor. Nós fizemos um gráfico, mas, não se preocupe, os valores serão lhes enviados por e-mail também.
A atendente entregou o gráfico a Jimin. Ele o olhou atentamente, mas eu percebia como ele não conseguia se concentrar. Seus pensamentos estavam em outro lugar.
Jimin sorriu para ele, certamente o valor estava no orçamento que ele estipulou.
Quando seus olhos voltaram para os meus, ele respirou fundo e sorriu, sussurrando em seguida:
ㅡ É real agora. Eu vou fazer isso.
Sorri para ele, assentindo, louco para lhe abraçar naquele momento.
ㅡ Senhor Park? ㅡ A atendente lhe chamou, fazendo-o sair da nossa particular bolha, sorrindo para ela. ㅡ Restam-lhes dúvidas? Eu entendo que essa é uma decisão importante e quero deixar tudo o mais claro para o senhor.
ㅡ Tudo já está claro, senhora. Essa é a decisão mais certa para mim no momento. Quero fazer minha cirurgia aqui. Quando acha que conseguirão uma vaga? Preciso preparar tudo antes.
ㅡ Fico feliz com a sua decisão de nos escolher, senhor Park. E não se preocupe, também enviaremos os horários disponíveis para o senhor escolher o que melhor se encaixar na sua agenda.
ㅡ Ok. Muito obrigado.
ㅡ Não há do que, senhor. Gostaria de me acompanhar até a sala de reuniões privadas? Vou entregar todos os documentos necessários que o senhor precisa assinar antes do procedimento.
ㅡ Claro.
Segurei na cintura de Jimin e o acompanhei até o outro cômodo também. Ele demorou lendo cada um dos documentos, assinando após ouvir também as explicações.
Eu me sentia eufórico por dentro, mas não conseguia sequer presumir como ele mesmo estava se sentindo.
ㅡ Você terá uma consulta marcada com o médico responsável pela sua cirurgia em uma semana. Após receber o encaminhamento, poderá escolher entre as datas que enviarei. ㅡ A atendente entregou a pequena pasta de couro com a logo do hospital.
ㅡ Ok, obrigado novamente. ㅡ Jimin agradeceu, levantando-se para sair. Fiquei ao seu lado, ajudando-o quando busquei a pasta e o entreguei o boné e máscara para usar e irmos até o carro sem sermos reconhecidos, já que estávamos sem motorista naquele momento.
E ao adentrarmos o veículo, pude sorrir livremente, vendo meu noivo respirar fundo e celebrar, me abraçando com força pelo pescoço enquanto gritava baixinho em pura euforia.
ㅡ Tá acontecendo, Jun! ㅡ Ele me olhou, iluminado pela animação, segurando pelas minhas bochechas. ㅡ Eu tô me sentindo no céu!
Sorri enquanto ele me forçou a fazer um bico e me beijou, rindo quando minha própria risada escapou involuntariamente.
Observar a energia contagiante que Jimin emanava me proporcionava uma sensação revigorante, como se estivesse recebendo uma dose alta de vitamina.
ㅡ Eu amo tanto te ver feliz, Jimin. ㅡ o segurei com mais firmeza, o trazendo para o meu colo ㅡ te ver feliz me faz feliz.
ㅡ Eu amo tanto você também, bebê, obrigado por estar comigo nesse momento.
ㅡ É claro que eu estaria. Sabe que eu nasci para amar você, e estar nos seus momentos mais importantes é a realização do meu propósito. ㅡ Respondi, acariciando carinhosamente seu rosto, o apreciando sorrir e fechar seus olhos até se tornarem duas pequenas linhas ㅡ Vou sempre estar ao seu lado, até o fim.
Jimin buscou minha mão com a aliança e a beijou. Em seguida, ele me beijou nos lábios novamente, partindo enfim para o banco de corona, suspirando quando falou:
ㅡ Eu quero ir a um lugar especial.
ㅡ Mesmo? ㅡ mantive meu sorriso, prendendo o cinto de segurança ㅡ Para onde quer ir?
ㅡ Vamos ao orfanato ㅡ ele falou, me causando um espanto imediato. Quando voltei a lhe olhar, ele sorriu e disse: ㅡ eu quero conhecer ele, Jun.
ㅡ Você tem certeza? Aparecer assim, do nada, não será um problema?
ㅡ Não seria do nada. Eu só quero conhecer o lugar que me levou a fazer minha primeira grande doação.
ㅡ Ainda assim, Jimin, as pessoas podem criar tumulto. Além disso, não seria mal visto visitar um local logo após fazer uma notória doação? Eu sei que você fez de coração, eu ainda trabalho lá e vi como a senhora Kin comprou muitos novos materiais para as crianças, incluindo roupas e cobertores, mas seria muito do nada a sua visita.
ㅡ Poxa, Jun ㅡ Jimin murchou ㅡ eu quero mesmo conhecer ele. Você sabe, a gente fala tanto dele... Quase todos os dias.
Suspirei, o observando com aquele biquinho.
Deveria me controlar, mas não conseguia resistir aquele biquinho emburrado e simplesmente tive que dar partida no carro, percebendo seus olhos arregalados e curiosos sobre mim.
ㅡ Coloque o cinto, também. ㅡ pedi.
Jimin o fez, em silêncio, mas animado.
O trajeto até o orfanato transcorreu em silêncio, embora a ansiedade de Jimin fosse evidente em sua postura.
Quando o carro enfim estacionou, eu o pedi para esperar e adentrei o lugar, observando a típica movimentação de criança que percorria por todos os corredores.
ㅡ Olá, Jungkook! ㅡ Senhora Kin se aproximou ㅡ por que está aqui? Hoje não é sua folga?
ㅡ É sim, senhora. Mas eu queria pedir algo especial.
ㅡ Especial? Como o quê?
Eu olho ao redor, causando ainda mais curiosidade na senhora Kin.
ㅡ A senhora lembra da última doação que o orfanato recebeu?
ㅡ A do cantor Park? Sim, ela nos ajudou muito. Você viu como a ala feminina ficou fofinha com os lençóis novos todos iguais?
ㅡ Ah, sim, eu vi. Eu mesmo varri aquele quarto ontem. ㅡ ri baixo, fazendo-a assentir e me acompanhar na risada. ㅡ mas não é sobre isso, senhora Kin, na verdade, é sobre o cantor Jimin. Eu não sei se a senhora o conhece, mas Jimin é...
ㅡ Ele é muito talentoso. ㅡ ela me interrompeu ㅡ eu ainda não tinha ouvido a música dele, mas ouvi quando a Lana me mostrou. Fiquei surpresa por ele ter escolhido nosso orfanato, nossa instituição será sempre grata.
ㅡ Com certeza, senhora Kin. Mas... há outra coisa sobre o idol Park.
ㅡ Outra coisa?
ㅡ Uhum... como a senhora sabe, eu também sou produtor musical, e por mais incrível que pareça, eu trabalho junto dele, e além disso, eu... eu tenho uma família com ele.
ㅡ Uma família? Vocês são parentes?
ㅡ Na verdade, nós somos noivos. ㅡ sorri sem jeito, mostrando-lhe minha aliança.
ㅡ Ah... eu... eu não sabia.
ㅡ Poucas pessoas sabem, na verdade, eu não sou uma pessoa pública como ele.
ㅡ Ah... ㅡ a senhora Kin parecia um pouco sem jeito, e isso me deixou com medo, afinal, ela era a pessoa responsável por me avaliar no final do meu trabalho no orfanato, mas além disso, eu tinha um propósito ali, e nada, jamais, me faria ter vergonha de assumir que sim, eu tinha um relacionamento com um homem.
ㅡ Pois é, senhora Kin, e nós temos dois filhos lindos, eu te mostrei uma foto, lembra?
ㅡ Eu me lembro, sim.
ㅡ Enfim, o que eu quero pedir de especial é que o meu noivo, ele está comigo hoje e quer conhecer o orfanato. Mas ele é uma celebridade, a senhora poderia permitir essa visita, além de manter a descrição?
ㅡ Ele está aqui? Agora?
ㅡ Uhum.
ㅡ Mas, rapaz, o orfanato está uma desordem, tem tantas crianças brincando nesse horário, não daria uma má impressão a ele que nos ajudou tanto?
ㅡ Tenho certeza que não, senhora. Afinal, Jimin ouve sobre esse lugar todos os dias que chego em casa. Ele adora a alegria que trabalhar aqui me traz.
Senhora Kin sorriu mais simplista, me dando um pouco de esperança. A olhei com expectativa, esperando por uma decisão.
ㅡ Tá, eu acho que tudo bem. Estacione na parte de trás, ele pode entrar por lá, será melhor.
ㅡ Ok, muito obrigado, senhora Kin!
Praticamente corri de volta a Jimin, que assim que entrei no carro, me olhou cheio de expectativas.
ㅡ E então, Jun? Eu posso ir? Fala logo!
Ri baixo, mas assenti, vendo-o cobrir a boca quando volta a sorrir.
ㅡ Eu vou estacionar na parte de trás, vai ser melhor.
ㅡ Tá, eu vou continuar usando a máscara e o boné. ㅡ ele falou, apertando o tecido entre os dedos. ㅡ eu nem acredito que vou conhecer o Hawoo!
ㅡ A senhora Kin ainda não sabe disso, ok?
ㅡ Ok, relaxa. Eu vou ganhar ela com meu papo e logo, logo vou estar com o Hawoo, você vai ver.
Sorri assentindo novamente, e conduzi o carro até a parte de trás e sorri quando vi que a senhora Kin já esperava lá, completamente nervosa.
Quando acompanhei Jimin até a entrada, o vi fazer uma breve reverência, até que a senhora Kin ergueu a mão e o cumprimentou com um breve aperto de mão.
ㅡ Senhora Kin, este é um prazer enfim conhecê-la.
ㅡ Ah, o prazer é inteiramente meu, senhor Park! Nem acredito que estou conhecendo uma celebridade ㅡ ela disse, rindo baixo, completamente sem jeito.
Jimin riu baixinho, ele também parecia sem jeito, mas ainda mais nervoso.
ㅡ Por favor, senhora Kin, pode me chamar apenas de Jimin. É uma honra estar aqui. ㅡ Jimin respondeu.
ㅡ É muito bom te receber. Mas bem, entrem, entrem! Vamos até minha sala para podermos conversar melhor. ㅡ a senhora Kin disso, nos conduzindo para dentro do orfanato.
Jimin organizou a máscara e me olhou. Eu toquei em sua cintura quando caminhamos e pude observá-lo com os olhos atentos, principalmente quando algumas crianças começaram a aparecer.
Senhora Kin nos levou até a sala e nos ofereceu um pouco de chá.
Quando Jimin retirou a máscara e aceitou a xícara, pude percebê-lo tremendo um levemente, quase imperceptível, então toquei sobre sua mão livre e sorri lhe olhando, antes de olhar para a senhora Kin.
ㅡ É uma surpresa saber que vocês são um casal. Eu nunca imaginei algo assim.
ㅡ As pessoas geralmente esperam que super estrelas da música namorem outras estrelas. Eu fui sortudo ㅡ disse, sorrindo quando a senhora Kin assentiu, mas voltando a Jimin.
ㅡ Mas era inevitável que eu não me apaixonasse por ele. A senhora acredita em almas gêmeas?
ㅡ Alma gêmeas? Claro! Eu mesma encontrei a minha, sou casada há trinta e cinco anos.
ㅡ Woah... eu espero poder viver tanto tempo assim ao lado do Jun. ㅡ ele me olhou, e naquele ponto, eu mesmo me sentia sem jeito. ㅡ e eu sou muito grato por ele estar num lugar tão bom, pagando por tudo o que tem que pagar.
ㅡ É, o Jeon é um rapaz de ouro. Quando o recebemos, eu fiquei com um pouco de medo quando soube que ele havia sido condenado por agressão, mas eu soube dos detalhes e não aceito de maneira nenhuma o fato da agressão ser usada como arma, mas ele está buscando melhorar e é um amor com todo mundo. Principalmente com a Hana. Você já ouviu falar sobre ela?
ㅡ Ah, sim. ㅡ Jimin me olhou novamente, desta vez apertando minha mão com um pouco de força ㅡ Jungkook me fala muito sobre esse anjinho.
ㅡ É, a Hana adora ajudar nas tarefas, ela quase nunca brinca com as outras crianças senão de bola. Então ela passa muito tempo com o Jungkook. Antes ela passava muito tempo com a Lana, mas quando o Jungkook chegou, foi como se estivessem se conectando. É um amor.
ㅡ O Jun realmente fala muito desse anjinho todos os dias. E eu gostaria de conhecê-lo, senhora Kin. Claro, se for possível.
ㅡ Claro que será. Você quer conhecer mais o orfanato? Hana deve estar no quarto, ela fica lá quando o Jungkook está de folga.
Arqueei minha sobrancelha, daquela parte eu não sabia.
Bebi o chá com Jimin, levando um tempo menor que o previsto e segui ao seu lado e da senhora Kin, ouvindo-a apresentar cada um dos setores do orfanato, inclusive o berçário, que felizmente passava mais tempo vazio do que com bebês à espera de uma família.
ㅡ Olhe lá, aquela é Hana. ㅡ Senhora Kin falou quando paramos em frente a um dos quartos do setor das meninas.
Jimin o olhou com calma, eu pude sentir. Ele usava a máscara outra vez, mas seus olhos sorriam por seus lábios. Meu coração se aqueceu. Hawoo estava na cama com as pernas para cima, apoiadas na parede. Ele lia um livro infantil, mas parecia entediado.
ㅡ Querem conversar com ela? ㅡ Senhora Kin perguntou. ㅡ eu posso chamá-la.
ㅡ Na verdade, senhora Kin ㅡ Jimin sorriu sem jeito ㅡ será que eu posso falar a sós com o Jun?
ㅡ A sós? Vocês... ㅡ a senhora Kin se aproximou um pouco, olhando ao redor ㅡ estão pensando em adotar? ㅡ e sussurrou a pergunta, novamente me fazendo erguer as sobrancelhas.
O que teríamos que falar naquele momento? Não era um plano nosso ter um filho naquele momento, mas sem um rumo para uma confissão ou uma mentira melhor, ouvi Jimin lhe responder:
ㅡ Sim, mas, por favor, ainda não queremos falar para todos. A senhora sabe como a mídia é nesses casos, e a segurança das crianças é a nossa prioridade.
ㅡ Claro, eu entendo muito. ㅡ ela sorriu abertamente ㅡ fiquem a vontade. Eu estarei na recepção, Jungkook sabe como chegar lá.
ㅡ Claro.
ㅡ Muito obrigado, senhora Kin ㅡ agradeci.
Ela acenou, ainda parecendo animada demais por ter Jimin ali.
Mas quando enfim ficou apenas Jimin e eu ali, ele me olhou nos olhos, apertando minhas mãos, enquanto mantinha o silêncio. Parecia que ele estava se enchendo de forças, e se eu pudesse, lhe dava toda a que ainda existia em meu corpo.
ㅡ Ok ㅡ ele sussurrou, retirando a máscara novamente. ㅡ vamos lá, Jun.
Assenti.
Caminhamos devagar, Hawoo ainda não havia nos percebido, mas quando nos aproximamos da cama no qual ele estava, seus olhos escuros e curiosos vieram para nós dois.
E foi instantânea a forma em como ele sorriu, ficando de pé e correndo em minha direção, me abraçando pela cintura.
ㅡ Você voltou!
ㅡ Olá, pedaço de gente. ㅡ sorri e o busquei do chão, vendo enfim seus olhos redondos irem até Jimin ㅡ esse é Park Jimin.
ㅡ Olá, senhor. ㅡ Hawoo fez uma reverência ainda no meu colo, levando o indicador até a boca, tímido.
ㅡ Olá... Você é Hawoo, não é? ㅡ Jimin sorriu.
Ele assentiu sem jeito, me abraçando pelo pescoço.
ㅡ Mas a senhora Kin diz que eu não posso me chamar assim, então pode me chamar de Hana se quiser.
ㅡ Não tem problema, eu acho Hawoo lindo. Combina com você.
ㅡ Obrigado, senhor. ㅡ ele riu baixinho.
Nós nos sentamos sobre a cama de Hawoo, ele recolheu o livro e Dobrou as pernas, nos olhando ainda com curiosidade.
ㅡ Você quem escolheu esse nome? O Jun me contou.
ㅡ Jun? ㅡ ele franziu o cenho.
ㅡ É, o Jungkook. ㅡ Jimin riu sem jeito.
Hawoo assentiu, compreendendo.
ㅡ Então, foi você quem escolheu? ㅡ Jimin perguntou.
ㅡ Uhum. Igual o personagem na novela.
ㅡ Woah, que legal! E por que você escolheu outro nome tão legal?
ㅡ Porque Hana é de menina. Eu não gosto.
ㅡ Ah... ㅡ Jimin me olhou, mordendo o lábio inferior ㅡ entendi. E você não é uma garota, é isso?
Hawoo negou com os cabelinhos curtos.
ㅡ Eu não sou. Mas ninguém entende isso. Só o Jungkook, ele me chama de Hawoo e de rapaz!
Jimin sorriu e me olhou novamente, tocando sobre a minha mão quando a afagou.
ㅡ Que legal. Você é um rapaz muito bonito e inteligente.
ㅡ Obrigado, senhor. ㅡ ele agradeceu novamente.
ㅡ Nossa, e é tão educado. Você é muito legal, Hawoo.
Eu vi as pequenas bochechas redondas dele ficarem rosadas. Ele riu completamente tímido.
ㅡ Sabe, quando eu tinha a sua idade, eu também descobri que era um menino.
Os olhos de Hawoo dobraram de tamanho.
ㅡ Mesmo? Como?
ㅡ Eu não sei, só descobri.
ㅡ Então você mudou o seu nome também?
ㅡ Não, eu fiquei com o mesmo nome que a minha mãe me deu porque gosto muito de me chamar Jimin. Mas eu amava usar as roupas de menino do meu irmão mais velho e brincar com os carrinhos dele.
ㅡ Mesmo? Eu também! ㅡ ele disse, cheio de entusiasmo ㅡ a tia Jun não deixa eu usar roupa de menino, mas eu ganhei essa camisa depois que a tia Lana me deu com o trato de eu não contar pra senhora Kin ㅡ ele falou, se esgueirando para buscar na gaveta que ficava na parte debaixo da cama, a camisa no qual eu o vi usando no meu primeiro dia aqui. ㅡ olha só. ㅡ ele a entregou a Jimin.
ㅡ Woah, que camisa legal. Olha Jun, têm chamas de fogo ㅡ Jimin me mostrou, piscando um dos olhos, me pedindo arrego naquela empolgação.
ㅡ É muito legal mesmo, Hawoo estava usando ela quando eu o vi pela primeira vez. É uma camisa muito bonita.
ㅡ E ela é de menino! ㅡ Hawoo falou, erguendo ainda mais as bochechas rosadas naquele sorriso. ㅡ Mas, senhor, como o senhor conseguiu fazer todo mundo acreditar que você era um menino? Eu até já cortei meu cabelo, mas ninguém acredita.
ㅡ Bem, Hawoo, eu acho que não tem um segredo. Cada pessoa tem sua própria jornada. Eu escolhi vestir roupas que faziam eu me sentir bem e contei para minha mãe, mesmo ela não acreditando em nenhuma das vezes que eu contei ser um menino. Mas é normal, às vezes, as pessoas demoram um pouco para entender, o que não significa que você precisa se importar se elas aceitam ou não. O mais importante sempre será o que você mesmo sente e que você esteja confortável sendo quem é.
Hawoo franziu o cenho, pensativo.
ㅡ Então mesmo a senhora Kin, a Lana e todos os outros não acreditando que eu sou um garoto, eu ainda sou?
ㅡ Se for isso que faz você ser quem é, claro que é. Você ainda é muito novinho, mas terá muito tempo para aprender sobre gêneros. Não é porque dizem que nascemos meninas, por exemplo, que nós somos. Que nos sentimos assim. É tudo sobre como nós mesmo nos reconhecemos e isso precisa ser respeitado.
ㅡ Woah, o senhor é tão legal. ㅡ Hawoo falou, ainda sorrindo, ainda com seus olhos brilhantes encantados em Jimin.
ㅡ Você também é. Eu estava muito empolgado para finalmente te conhecer. Jungkook falou muito sobre você.
ㅡ Você e o Jungkook são amigos?
ㅡ Bem... ㅡ Jimin me olhou, sorrindo ㅡ sim, nós somos. Mas também somos uma família.
ㅡ Família? Como papai e... ㅡ Hawoo franziu o cenho novamente.
ㅡ Papai. ㅡ Completei, sorrindo. ㅡ é exatamente isso. Jungkook é um papai e eu sou outro. Nós vamos nos casar em breve, também. E já temos dois filhos.
ㅡ Dois filhos? E qual a idade deles? Já sabem brincar?
ㅡ Eles brincam, sim, mas ainda são pequenos demais. Vão completar um ano.
ㅡ Woah, então não devem saber jogar futebol. ㅡ ele fez um pequeno bico, quase tão idêntico a Jimin quando fica frustrado.
E lhe observando naquele segundo, foi estranho perceber como Hawoo parecia tanto com ele além de suas questões com o próprio gênero.
Ele parecia com Jimin esteticamente também.
Jimin e ele adentraram numa conversa legal, falando sobre os brinquedos favoritos e até os inúmeros livros que Hawoo tinha na sua gaveta. Afinal, ele não consumia TV, então além de brincar de bola, aquele era sua forma favorita de passar o tempo.
ㅡ O tempo passou bem depressa. ㅡ Jimin falou, olhando para o relógio.
ㅡ Já está quase no horário do jantar das crianças. ㅡ falei baixo, o ouvindo suspirar.
Jimin voltou o olhar para Hawoo, ele parecia com o coração esmagado por ter que deixá-lo.
ㅡ Eu preciso sair rapidinho, Jun, pode me acompanhar?
Franzi o cenho, mas assenti.
ㅡ Hawoo, nós voltamos já, tá? ㅡ ele falou ao garoto.
ㅡ Tá bem.
Jimin praticamente me levou quarto afora, apertando minha mão quando descemos as escadas e antes de adentrarmos a sala da senhora Kin, ele parou, respirou fundo e me olhou nos olhos.
ㅡ Você concorda em passar um tempo a mais com Hawoo?
ㅡ O quê? ㅡ arregalei meus olhos ㅡ como assim? Eu... ㅡ olhei ao redor e me abaixei ㅡ eu pensei que você não quisesse uma criança, Jimin. A gente conversou sobre isso.
ㅡ Eu não queria um bebê, é diferente. Ter que passar por uma gestação, todos os hormônios, as mudanças extras, etc. É diferente de ter essa escolha como tivemos, e ter um tipo de... conexão? Eu acho que é isso. Eu acho que nos conectamos com aquele garotinho, Jun.
ㅡ Você tem certeza absoluta disso, Jimin? Não é algo que pode ser voltado atrás. Até pode, na verdade, mas eu não admitiria isso.
ㅡ Jun ㅡ ele tocou meu rosto, se aproximando quando olhou dentro dos meus olhos ㅡ me olhando assim, diz que isso não passou pela sua mente também.
Suspirei, umedecendo meus lábios.
ㅡ Eu apenas não verbalizei ㅡ desviei meus olhos.
ㅡ Viu? Eu sabia. Não é à toa que você fala tanto dele todos os dias.
ㅡ Mas o que quer fazer?
ㅡ Vou entrar com um pedido temporário.
ㅡ Um pedido temporário?
ㅡ Sim, um pedido para levar Hawoo conosco para casa por um prazo de tempo temporário. Eu já vi isso, ele fica conosco e então podemos entrar com um formal pedido de adoção se for isso que queremos mesmo. Mas ele ficaria perto de nós, sendo quem é, amando sua existência, a vivendo com tanta liberdade que com certeza eu quero comprar um closet inteiro de roupas de menino para ele. Eu quero que ele tenha apoio em tudo o que precisar, Jun. Quero dar a ele tudo o que não tive.
Sorri, mas tive que rir baixo, era inacreditável vê-lo tão animado, mas era ainda mais sentir dentro de mim toda aquela euforia que ele emanava.
ㅡ Caramba... ㅡ cobri minha boca, ainda extasiado. ㅡ então nós saímos de casa com dois filhos e voltaríamos tendo três?
Jimin assentiu, respirando fundo novamente.
ㅡ O que você diz? Você me apoia nisso?
Ainda surpreso com tudo, eu assenti. Jimin me abraçou com força, limpando os próprios olhos quando se afastou e limpou os meus quando voltou a olhá-los.
Ele se aproximou rápido, me dando um beijo apertado, exalando sua felicidade plena.
ㅡ Ok, vamos lá. ㅡ falei, lhe dando coragem.
Ele assentiu novamente e tocou sobre a própria bochecha antes de se aproximar da porta e bater duas vezes, a abrindo em seguida.
ㅡ Com licença, senhora Kin.
ㅡ Oh, entrem, entrem. ㅡ ela voltou a sorrir, deixando alguns papéis de lado. ㅡ já estão indo?
ㅡ Na verdade, nós podemos conversar com a senhora? Algo sério.
ㅡ Claro. Vamos para a minha sala novamente.
Jimin a seguiu, se controlando em puro nervosismo. Novamente, nos sentamos em frente a senhora Kin.
ㅡ No que posso ajudá-los novamente? ㅡ ela perguntou.
ㅡ Como eu disse a senhora, Jun e eu pensamos em adotar. Mas eu tive uma conexão inexplicável com... a Hana ㅡ Maltratava o coração de Jimin ter que se referir ao garoto pela forma como ele menos gostava. ㅡ gostaríamos de saber se podemos entrar com uma solicitação de permissão para levar aquele anjinho para Casa temporariamente.
Senhora Kin arqueou as sobrancelhas, notoriamente surpresa.
ㅡ Nossa, eu não esperava por isso. ㅡ ela riu baixo.
ㅡ E então? Eu gostaria de tê-lo em casa conosco hoje.
ㅡ Hoje? Poxa, senhor Park, eu... eu não sei se será possível.
ㅡ O que eu preciso fazer? ㅡ Jimin parecia quase suplicar.
Novamente, busquei sua mão e a apertei.
ㅡ Senhora Kin, sabemos que é uma decisão repentina, mas sentimos que poderíamos proporcionar um ambiente acolhedor para aquele anjinho. Ele já passou por muita coisa, e queremos oferecer a ele um pouco de conforto.
A senhora Kin suspirou, expressando preocupação.
ㅡ Jimin, eu entendo a sua intenção, mas levar uma criança para casa, mesmo que temporariamente, requer uma série de procedimentos. Precisamos garantir que seja no melhor interesse da criança. Não é algo que possamos decidir de uma hora para outra.
ㅡ Eu compreendo, senhora Kin, mas nós estamos dispostos a passar por todos os procedimentos necessários.
ㅡ Vou ser honesta com vocês, isso será um pouco complicado, especialmente para hoje. Mas eu farei o possível para agilizar o processo e garantir que seja uma transição segura para a Hana. ㅡ Ela disse, seu tom sério agora misturado com compaixão.
Eu me sentia à beira de um precipício naquele segundo. Tão incerto se conseguiríamos, mas com expectativas de que talvez o universo pudesse estar ao nosso favor, e fazer aquele milagre acontecer.
ㅡ Me aguardem aqui, vou fazer algumas ligações.
ㅡ Muito obrigado, senhora Kin. ㅡ Jimin a agradeceu, quase não conseguindo se conter.
Quando a mulher saiu da sala, eu pude vê-lo buscar por ar e tive que fazer o mesmo. Ele me olhou, apertando ainda mais minha mão quando perguntou:
ㅡ É a coisa certa, não é, Jun?
ㅡ Claro que é, amor.
ㅡ Não estamos sendo impulsivos?
ㅡ Nós estamos ㅡ ri baixo ㅡ mas que mal há nisso? O amor às vezes é assim, você sabe, foi assim conosco e continuará sendo. Só vamos garantir que, se essa decisão sair, vamos ser mesmo o melhor para a vida dele.
ㅡ Com certeza seremos, vida, é uma promessa que eu faço agora mesmo. Assim como somos para Ariel e NamHa, vamos ser para Hawoo, ok?
ㅡ Ok ㅡ me aproximei de si, lhe beijando com suavidade.
Era tão louco e gostoso viver uma vida com Jimin que eu desejava naquele segundo que todas as minhas próximas vidas fossem ao seu lado.
Eu me sentia plenamente bem.
E demorou um tempo até que a senhora Kin enfim retornasse.
Foram algumas horas e muitas xícaras de chá. Até cogitamos retornar para a companhia de Hawoo, mas ficamos num impasse entre deixá-lo esperando e parecer um pouco desesperados demais em voltar lá sem uma resposta ainda.
Mas quando a senhora Kin retornou para nós, sentado à nossa frente, ela olhou estritamente nos olhos de Jimin, lançando-lhe um sorriso.
ㅡ Preciso dizer, antes de tudo, que você é mesmo uma celebridade, rapaz. E além disso, é conhecido por seu carisma, doçura e educação, fora o amor que sempre demonstra pelos filhos, mesmo os privando de serem públicos, o que ressalta uma preocupação ainda maior.
ㅡ Meus filhos decidirão no futuro se querem ser figuras públicas ou não, mas é claro, sempre há paparazzis que não controlamos.
ㅡ Mas isso realmente já não é mais um problema seu ou do seu noivo. O que falamos aqui é sobre essa preocupação, e pelo tempo que eu já passo ao lado de Jungkook, tenho certeza que ele também é bastante cuidadoso.
ㅡ Com certeza é. ㅡ Jimin me olhou com seus olhos doces.
Mas ele voltou a observar a senhora Kin, assim como eu mesmo, já não aguentava mais esperar.
ㅡ Ok ㅡ ela falou, talvez notando como estávamos ansiosos ㅡ eu tentei fazer uma loucura, mas infelizmente não deu.
ㅡ Não deu? ㅡ Perguntei.
ㅡ Não nos deram a permissão? ㅡ Jimin perguntou.
ㅡ Ah, eles deram sim. O que foi surpreendentemente rápido. Mas eu tentei conseguir uma autorização temporária de sessenta dias, mas só consegui para trinta. Vocês terão que entrar com um novo pedido em três semanas e caso queiram mesmo adotar Hana, terão que entrar com um pedido oficial. Isso demora um pouco, mas o bom é que a solicitação temporária pode sempre ser renovada. Mas uma entrevista é feita a cada quinze dias e caso Hana demonstre que não quer ficar com vocês, eu mesma posso pedir o cancelamento, tudo bem?
ㅡ Bem? Tudo maravilhoso, senhora Kin! ㅡ Jimin ficou de pé, apertando os dedos em punho.
Senhora Kin riu, ficando de pé também e não se surpreendeu quando Jimin a abraçou com força, me chamando para participar do abraço. E por mais que eu estivesse feliz, eufórico como ele, me senti tímido ao abraçar a senhora Kin, pois nunca havíamos chegado a tal intimidade.
ㅡ O que precisamos fazer? ㅡ Jimin perguntou.
ㅡ Precisam esperar um pouco mais, pois terão que assinar um monte de documentos e declarações, mas podem ir até a Hana, podem ajudá-la a fazer as malas, por exemplo.
ㅡ Então podemos mesmo levar aquele anjinho hoje? Vamos poder levar as coisas dele?
ㅡ É claro. Podem ir.
ㅡ Obrigado. Muito obrigado mesmo, senhora Kin.
ㅡ Muito obrigado, senhora Kin. ㅡ busquei sua mão e a agradeci verdadeiramente.
Quando Jimin e eu voltamos para o quarto de Hawoo, o encontramos ainda sobre a mesma cama, mas ele parecia realmente ter nos esperado, pois não lia mais livro algum.
ㅡ Temos uma novidade. ㅡ Jimin falou, sentando ao lado dele. ㅡ você poderá vir para casa conosco.
ㅡ Para casa? Com você e o Jungkook?
ㅡ Uhum.
ㅡ Quando?
ㅡ Hoje mesmo.
ㅡ HOJE? ㅡ Ele gritou a pergunta, sorrindo.
ㅡ Uhum. Você virá conosco, Hawoo ㅡ falei, tocando em seus cabelos, bagunçando ㅡ o que acha?
ㅡ Eu acho muito legal! ㅡ ele ficou de pé sobre a cama ㅡ eu nunca saí do orfanato para ir na casa de ninguém. Como é a sua casa? Tem piscina?
Ri alto, divertindo a ele e a Jimin.
ㅡ Tem uma enorme, mas você vai ver ela pessoalmente.
ㅡ E nós vamos brincar lá? ㅡ Hawoo perguntou.
ㅡ Com certeza vamos ㅡ Jimin falou, tocando sobre os cabelos dele também. ㅡ Que tal começarmos a fazer as malas?
Hawoo assentiu e pulou da cama. Ele buscou as roupas que tinha ali, apenas as de cor preta e que não aparentavam ser femininas. Ele também nos pediu autorização para levar os livros e alguns brinquedos, como dinossauros de plástico e uma bola.
ㅡ Você tem uma mala? ㅡ Jimin perguntou.
Hawoo negou, mas olhamos para a entrada quando vimos a movimentação na entrada e eu pude sorrir ao ver a Lana.
A apresentei a Jimin, mas me atentei na pequena mala em sua mão.
ㅡ Eu soube da novidade e trouxe a malinha do Hawoo, todas as crianças do orfanato tem uma, e é sempre uma euforia entregá-las. Espero que todas as suas coisinhas caibam aqui, Hawoo.
ㅡ Obrigado, tia Lana! ㅡ ele buscou a mala e a abriu sobre a cama.
Jimin o pediu para colocar tudo bem organizado para caber tudo, e foi uma graça ver como Hawoo o obedecia com tanta facilidade, diferente de como era com Lana e até com a senhora Kin.
E quando descemos juntos, Hawoo estava completamente quieto, atento e pertinho de mim, quase agarrado a minha perna.
Jimin foi quem assinou os papeis primeiramente, e enquanto eu assinava, ele contou um pouco mais sobre como era nossa casa e até nossos bebês a Hawoo.
Ele já parecia completamente disperso de esconder quem ele era, para ele, parecia que naquele segundo só existia Hawoo.
E era lindo observá-los juntos.
Quando enfim terminei, recebi o termo que nos permitia ficar com Hawoo e a permissão para provar que éramos seus responsáveis por aquele curto prazo de tempo. Além de entregar os documentos de Hawoo também.
E curioso, eu observei se existia o nome de um pai ou uma mãe ali. E não existia nada.
Me preocupava que Hawoo tivesse chegado ali ainda como um bebê, e vivido esses anos todos sem uma família.
ㅡ Vamos lá? ㅡ Jimin chamou, lhe oferecendo a mão.
Hawoo a agarrou com firmeza, sorrindo.
ㅡ Se divirta muito, Hawoo! ㅡ Lana falou, acenando.
ㅡ Espero que tudo ocorra bem ㅡ Senhora Kin falou ㅡ até mais, Jungkook. Foi um prazer conhecê-lo, Jimin. E Hana, se comporte, ok?
Hawoo assentiu e acenou. Eu e Jimin também nos despedimos. E quando chegamos enfim no carro, ele fez questão de organizar Hawoo no banco de trás, pedindo para ir à viagem inteira ali, ao seu lado.
Eu pude apreciá-los e ouvi-los novamente, e foi um prazer.
Estranhamente, mesmo que talvez não me passasse na minha cabeça quando acordei na manhã desse dia que Jimin e eu teríamos mais uma responsabilidade, era como se Hawoo já fosse nosso.
Nosso pedacinho, sabe?
Nosso novo e pequeno mundo que teríamos que amar e ensinar, que teríamos que ouvir e respeitar.
E eu ansiava para tê-lo enfim na nossa casa, ao lado de Ariel e NamHa.
Ao lado dos pequenos que certamente se tornaram seus irmãos.
[Continua]
🌑🌘🌗🌖🌕🌔🌓🌒🌑
O que falar dessa autora que está com o coração derretido?
Gente de Deus, esses Jikook são meus amores e meus surtos, literalmente!!!
Mas o que vocês acharam? ME CONTEEEEEM! Eu quero saber se vocês acharam que a decisão foi destinada ou tomada no impulso, quero ouvi-los 🤍