The Prostitute | Freenbecky G...

By noahscriptdois

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Rebecca Armstrong é uma prostituta que vive sua vida com o dinheiro que ganha através do seu corpo. Freen Sar... More

Apresentação dos Personagens
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By noahscriptdois

Acordei depois de um bom tempo de sono. Uma chuva forte estava caindo no lado de fora, a tv estava ligada, passando o Dorama que eu indiquei para Becky.

Sentí um peso sobre o meu corpo. Becky estava deitada em cima de mim, abraçando minha cintura, com a cabeça enterrada nas curvas do meu pescoço. Metade do seu cabelo estava em minha boca. Tentei cuspi-los para fora. Não tendo tanto sucesso, tirei-os com a mão mesmo.

A respiração de Becky estava tranquila.

Eu nunca dormi tão bem na vida como eu dormi agora. Acho que ninguém nunca me abraçou até eu pegar no sono, a não ser meu avô, é claro.

Não faço ideia em que momento chegamos nessa posição, eu só sei que ela parece estar muito confortável.

Não irei me mexer, não quero acorda-la.

Estiquei um pouco o braço para pegar meu celular. Já era pouco mais de duas da tarde.

Dormimos tanto tempo assim?

Eu estou dormindo desde as oito, mais ou menos. Eu dormi por sete horas seguidas?

Se eu não recuperei todas as noites que eu passei em claro, pensando se a Becky acordaria, do que pareceu ser um coma, eu não sei quando eu vou conseguir recuperar ele, então.

Fiquei mexendo no meu celular até Becky resolver acordar.

Senti ela se mexer um pouco, pensando que ela iria acordar, me preparei para o sermão que iria levar. Tenho certeza que ela pensaria que eu fiz ela dormir em cima de mim de propósito. Porém, diferente do que eu pensava, ela apenas foi um pouco mais para cima, se ajeitou de uma forma mais confortável para ambas, e voltou a dormir, porém, desta vez, com a cabeça virada para a tv.

A minha única reação foi: sorrir e começar a fazer um cafuné em seus cabelos com a mão livre. O cheiro dela estava indo direto para as minhas narinas. Não estou reclamando, só estou aproveitando ao máximo esse cheiro tão perto de mim.

Nam me enviou uma mensagem de voz. Ela disse que não chegaria no horário previsto, pois as ruas alagaram por conta da chuva forte. Então não dá para usar nem o metrô e nem o ônibus ou Táxi.

Mandei uma mensagem dizendo que ficaria com Becky até que ela chegasse. Mesmo se eu não quisesse, teria que ficar, a chuva está muito forte para sair dirigindo por aí.

O tempo passou e eu resolvi desligar o celular para assistir ao Dorama que estava passando na tv.

Eu amo ele.

Sou completamente apaixonada pela Shin Ha-ri.

Ela é bonita!

Eu estava tão distraída que nem percebi quando um raio caiu perto do apê. Não foi tão perto, mas ainda sim deu para sentir o impacto.

Becky deu um pulo e acordou assustada. Eu me assustei com ela acordando assustada.

- O que foi? - perguntei.

- Que barulho foi esse?

- Foi só um raio, relaxa.

- Por que você ainda está aqui? Que horas são? Cadê a Nam? - ela pegou seu celular que estava na mesinha de centro.

Aproveitei que ela levantou e me sentei de qualquer jeito no sofá. Apenas observei a garota em cada movimento que ela fazia.

Becky estava com um short bem curto preto, uma camiseta branca que era duas vezes o tamanho dela e o cabelo solto.

- Alô, Nam?! - ela esperou respostas do outro lado do telefone. - Onde cê tá? No trabalho ainda? Ok. Eu não vi a hora, desculpa. Se estiver chovendo muito forte, fique aí e espere a chuva passar, ok? Tchau! Se cuida - ela desligou o celular e viu a hora em seguida. - Já é quase três horas. Eu pulei o horário do almoço.

Ela se jogou no sofá.

- O que tem? Podemos comer alguma coisa agora.

- Eu tenho que ter uma alimentação regulada agora que estou grávida - ela bufou e colocou as mãos em seus olhos, demonstrando preocupação. - Você sabe de quem eu tô grávida? Fizeram um teste de DNA?

- Não é possível ainda. Ou é, e eu não tô sabendo - ela não riu. - MAS, eu andei pesquisando e, o gameta masculino e o gameta feminino demoram no mínimo dois dias para gerar o embrião, que é o seu filho, no caso.

- E, de quem eu tô grávida?

- Daquele velho lá - disse meio sem jeito.

- Puta merda! Ele disse que era infértil

- E você acreditou nisso? - eu ri e ela me deu um beliscão. - Isso machuca, tá? - passei a mão onde ela beliscou.

- A parte boa é que ele tem 98 anos. Ou seja, vai morrer logo, logo - ela disse, sorrindo.

- 98? - ela assentiu. - Nossa! Mas você não acha melhor contar pra ele sobre isso?

- Não. Vai que ele queira casar comigo. Sei lá, vai que ele ainda vive no século 19.

- Meu Deus, Patricia!

- Que foi? Não disse nada demais - ela deu de ombros. - Você sabe cozinhar?

- Não - dei um sorriso amarelo e ela revirou os olhos.

- Como você vai cuidar de mim o resto da semana?

- Corrigindo: até você melhorar - sorri e ela bufou com os braços cruzados.

- Vamos. Me ajude a levantar. Irei fazer a comida.

- Certeza? Não tem nada pra requentar, não?

- Não. Não tem nada. Agora me ajuda, porra! - peguei ela no colo e coloquei na cadeira de rodas que estava ao lado do sofá. - Você é forte! Como aguenta um tribufu desse.

- Você não é gorda.

- Eu sei. Mas agora tem outra vida dentro. Segundo a ciência, eu fico mais pesada.

- Fica?

- Fico.

Ela começou a andar até a cozinha. Andar com a cadeira de rodas. Ou melhor, ela começou a rodar até a cozinha.

- Tá louca, garota? - ela me tirou do transe e eu percebi que estava rindo sozinha.

- É que eu lembrei de uma piada que me contaram.

- Hum.

- Dois.

- Menina, vai rezar - ri enquanto ela me olhava chocada. - Me ajuda a levantar. Preciso ficar na frente do fogão.

- Como você vai se equilibrar?

- Você vai ficar me segurando, tonta - encarei ela com o cenho franzido. - Não me olhe assim. Se você soubesse cozinhar, seria tudo mais fácil. Abre aquele armário e pega arroz. Tô com vontade de comer comida brasileira.

- Você sabe fazer? - perguntei enquanto pegava o pacote de arroz.

- Sim. Minha vó é brasileira. Ela me ensinou várias receitas.

- Ela mora no Brasil ou aqui? - seu rosto ficou sério e eu comecei a rir de mim mesma. - É óbvio que ela é brasileira, Sarocha!

- Meu Deus do céu, me ajude a aguentar essa garota até eu melhorar, por favor!

- Que isso? Eu sou gente boa.

- Ha, ha! Me ajuda a levantar agora! - levantei ela e a deixei na frente do fogão. - Quer saber, eu vou ensinar você a cozinhar.

- Como?

- Pega uma panela ali naquele armário - ela apontou o dedo para o móvel atrás de mim.

Peguei a panela e segui todas as instruções dela.

Ela ainda estava na frente do fogão, então decidi pegar ela de surpresa.

Enquanto ela estava distraída mexendo no celular, pensando que eu estava pegando a panela, eu a peguei no colo, fazendo ela se assustar e quase deixar seu celular cair.

- Eu já entendi que sou mais leve que um papel, Sarocha! ME PÕE NO CHÃO, PRAGA! - comecei a rir enquanto ela me batia.

Coloquei ela sentada no balcão ao lado do fogão.

- Você estava atrapalhando o meu caminho - disse enquanto pegava a panela e colocava no fogão.

- Pedia licença, porra!

- Você ia sair da frente como?

- Andando.

Nos encaramos por 5 segundos, eu estava segurando o riso enquanto Becky queria me matar.

- Ora, sua - ela respirou fundo. - Eu não vou te xingar, sua filha da puta!

- Cê falou que não ia me xingar e me xingou na frase que você falou que não ia me xingar.

- Eu sei. Eu mudei de ideia na metade dela. - revirei os olhos. - Agora pega e coloca o óleo e o alho e deixa fritar.

Peguei o que ela pediu - que já estava ao lado do fogão -, coloquei ambos na panela, liguei o fogão e deixei fritar.

Fiquei na frente dela enquanto ela mexia no celular.

- Tá fazendo o que de tão importante nesse celular, que faz você não estar preocupada comigo colocando fogo na sua cozinha?

- Você o quê? - ela arregalou os olhos e me olhou assustada.

- Era só pra você me dar atenção.

- Sarocha, a panela! - olhei para a panela e o alho estava todo queimado. Desliguei o fogão e olhei para Becky, com um sorriso envergonhado.

- Perdão - pedi e ela riu, mas depois fechou a cara.

- Eu acho bom você não ter queimado a minha panela - ela se esticou um pouco para observar o estrago.

- Não queimou nada.

- Me ajuda a levantar. Pelo visto, se eu for parar pra te ensinar a cozinhar, além de você botar fogo na minha cozinha, eu ainda iria morrer com fome.

Encarei ela com uma cara estranha e ela riu enquanto batia no meu ombro.

- Me ajuda a descer logo. Você vai ficar me segurando. AÍ DE VOCÊ SE ME SOLTAR, SAROCHA CHANKIMHA! - me assustei quando ela gritou.

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