Cor a Primeira Vista - Volume...

بواسطة BrancaMiss

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Depois de cinco anos, Jade Marquart volta para a cidade onde vivenciou um romance conturbado com o intenso He... المزيد

PRÓLOGO - A culpa me transformou
Capitulo 01 - Depois que você se foi
Capitulo 02 - Por você
Capitulo 03 - Meu retorno
Capitulo 04 - Cara a cara com você
Capitulo 05
Capitulo 06
Capitulo 07 - Mais uma primeira vez
Continuação Capitulo 07
Capitulo 08
Continuação Capitulo 08 - Primeiro encontro
Capitulo 09 - Henri x Lucas
Continuação capitulo 09
Capitulo 10 - Explicações
Capitulo 11 - Adequações
Continuação capitulo 11
Capitulo 12 - Compromisso
Capitulo 13
Continuação capitulo 13
Capitulo 14
Continuação capitulo 14
Capitulo 15
Continuação capitulo 15
Final capitulo 15
Capitulo 16
Continuação capitulo 16 - Henrique
Capitulo 18
Recadinho da Autora
Continuação da Série
ESPECIAL FIM DE ANO

Capítulo 17

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بواسطة BrancaMiss


Depois de tentar explicar para o pequeno August o motivo da minha ausência durante todos esses anos, Jade contou-me que voltou lá para pedir desculpas a minha irmã e que não esperava me encontrar.

-Estou envergonhada.

-Ora Jade, foi graças a sua língua afiada que estamos juntos agora - Bella disse enquanto colocava suco para Baeta. Estávamos tomando um breve café esperando meu jatinho particular chegar para nos levar embora. - Me espanta muito Henri voar novamente.

-Por quê?

-Não usa seu avião particular desde o acidente.

-Como sabe disso? - perguntei curioso.

-Tenho meus contatos irmãozinho - riu - Sei de tudo que se passa naquele lugar.

-Verdade? - Jade indagou incrédula, por certo relembrando tantas outras coisas que voltei a fazer desde que a conheci.

-Sim. É a primeira vez que voo depois do que houve. Comprei esse avião por necessidades da empresa, tanto é que Bruce já fez muitas viagens a negócio sozinho.

-Em uma delas ele fisgou sua ex. - Bella cutucou brincando, depois arregalou os olhos dando-se conta da presença de Jade - Oh, desculpe. Não quis dar uma de implicada, ou insinuar algo.

-Tudo bem - Jade riu - Não nos damos muito bem, mas não me importo com isso. O que ela e Henri teve parece ser muito irreal hoje em dia, não me incomoda.

-Quero ficar assim, poder ter essa mesma visão das ex do meu marido.

-Valentina não é minha ex. É a mãe das minhas afilhadas e mulher do meu amigo. - expliquei.

-Eu sei, e fico admirada com esse seu lado moderno.

Rimos. Daria qualquer coisa para ficar sentado conversando o dia todo, estava gostando desse momento.

-E seu marido? - Jade perguntou ressabiada.

-Está viajando, mas acho que daremos conta de conciliar uma folga no dia do casamento. Borges é muito dedicado.

-Papai sempre trás presentes - Baeta alegrou-se em dizer.

-É, dedicado e atencioso né princesa?

-E ausente.

Todos nós fomos capturados pela declaração insatisfeita de August, que mantinha a cara fechada, pediu licença encarando sua mãe e sumiu. Jade me fitou com um pedido de desculpas nos olhos, como se o motivo da cena constrangedora fosse sua. Minha irmã tentou não demonstrar descontentamento, mas eu a conhecia muito bem para deixar seu jeito sem graça passar.

-Borges tem estado muito ausente ultimamente por causa das novas franquias, infelizmente está perdendo a infância das crianças. Ele tenta compensar com seus presentes, mas August é turrão demais.

-E como você está com essa situação? - perguntei sério.

-Ele sempre volta, é o que importa.

Assim encerramos nosso café. Prometi a mim mesmo não deixaria Bella e os meninos sozinhos mais. Despedimos uns dos outros, as mulheres choravam enquanto eu e August combinávamos encontros futuros para jogarmos videogame. Dentro do avião Jade segurou minha mão com força, cativando meu olhar, beijei sua testa procurando acalma-la.

-Tudo bem? Tem medo de avião?

-Não - sorriu fraco - Tenho medo de passarmos por isso também, sua irmã é feliz porque tem você e as crianças, não porque se sente amada por um homem.

-Ei! Nunca vamos passar por isso entendeu? Eu te amo, e você se sentirá amada todos os dias.

-Não acreditei quando saiu do hotel pra cancelar tudo.

-Eu não ia cancelar nada.

-Então por que saiu daquele jeito? - perguntou dando-me um tapa no braço. Ri.

-Eu disse que ia tomar um ar. - ela abriu a boca fazendo uma cara de incredulidade - Mas então percebi que só respiro em paz com você bem pertinho de mim - puxei seu corpo em um abraço sufocante - Caso contrário, não consigo respirar direito.

-Ahhhhhh que fofo gente! - riu livrando-se do meu abraço desajeitado, passando a mão no meu cabelo - Não sei se você é um delicioso romântico brega, ou um puta mentiroso cheio de migué.

-Que isso! - me defendi apertando seu queixo - Sou apenas sincero... Pimentinha.

Completamos a viajem loucos pra chegar em terra firme e saciar nosso desejo.

O resto dos dias passaram rápido demais, já era nosso casamento, estava extremamente nervoso e ansioso. Achava que só as noivas que sofriam com isso, mas me enganei profundamente. Se há dez anos alguém me dissesse que eu me casaria, provavelmente procuraria internar essa pessoa. Mas só pensamos dessa maneira antes de conhecer alguém que faça nosso coração acelerar sem o menor esforço, que faça nossas mãos suarem, que nos deixe inseguros e com medo de dizer qualquer coisa que possa estragar um momento especial. Antes de conhecer Jade, eu não tinha relacionamentos. Usava as mulheres sem um pingo de pudor. Não descobri um jeito para tentar explicar como a culpa nos definha. Ela simplesmente inunda nossa alma e nos coloca em um mar de pecados. Eu tinha dentro de mim esse pensamento de que a morte dos meus pais era minha culpa, e que não era a toa que perdi o contato com minha irmã. Acreditei nisso. Abracei essa ideia e a fiz minha moradia.

Sei o quanto agi como idiota com Jade, como a tratei mal nos primeiros meses. Mas era assim que eu fazia. Era assim que me defendia de viver algo proibido para mim. Só pessoas que já sentiram a culpa poderão tentar compreender minhas ações. Por outro lado, se eu não tivesse afastado todas as outras, talvez não teria essa historia para compartilhar. E se Jade não fosse tão insistente e cabeça dura, ela não teria conseguido arrancar de mim um pedaço de luz. Estava feliz, ansioso e feliz. Minha irmã estava presente junto com seu esposo e filhos. Ela havia me ligado praticamente a semana inteira, contando sobre os meninos, sobre o serviço e mais um monte de coisas que ela achou importante dizer.

-Está nervoso cara? - olhei para o reflexo de Bruce no espelho atrás de mim. Estava todo engomadinho em seu terno preto, rindo de orelha a orelha. Era meu padrinho - Lembro do meu casamento como se fosse hoje, fiquei pilhadão! Até o momento em que Valentina entrou na igreja, eu tive sérias dores de barriga.

-Estou tendo um ataque de Parkinson - rimos.

-Toma um gole desse negocio aqui - pegou uma garrafinha de vidro em cima do criado - Vai te ajudar amigão.

Levei a garrafa na boca e virei uma golada. Desceu rasgando. Quase cuspi tudo de volta. Não era bom, era horrível.

-Que merda é essa Bruce?

-Uma pinga que seu sogro me arrumou.

-Só podia... Joe não faz agrado pra ninguém, aprenda.

Olhei o relógio, já estava na hora. Bruce saiu na frente. Meu coração deu uma descompassada só de pensar em vê-la vestida de noiva. Sai de dentro do quarto que estava, contornando o pequeno lago que havia no meio da casa de Joe. Atravessei o jardim da frente e avistei as cadeiras brancas no meio do gramado, com um tapete vermelho envolto de grandes velas e arranjos de flores brancas. O altar ficava em baixo da grande arvore onde havia o balanço. Quando apontei na passarela, vários olhos lacrimejados me cercaram, ao meu lado Sal surgiu com um sorriso largo, ansiosa para me acompanhar ao altar. O grupo de músicos que se encontravam do outro lado, começaram a tocar e não me aguentei. Ao som de Unchained Melody cruzei a passarela emocionado. Imaginando meus pais vivenciando esse momento comigo. Era para minha mãe estar me apoiando, ao meu lado agora. Essa música representava isso. Só de pensar o carinho que Jade teve ao escolhê-la para minha entrada só me fez amá-la ainda mais.

-Não sabe a honra que é isso tudo menino! - Sal cochichou limpando uma lagrima solitária.

-Você sempre foi uma mãe Sal, obrigado.

-Está tão lindo, chega a doer os olhos.

-Não tanto quanto você - Sal riu - Estou quase correndo nessa passarela sem fim.

-Calma, o momento de vê-la vai chegar.

Fui recebido por Bruce e Valentina, que já haviam entrado. Do lado de Jade estavam Elisa e Joseph, que nem se olhavam direito.

Quase arranquei meus dedos esperando que ela aparecesse na ponta da passarela, roubando um sorriso meu. Até agora não consegui sorrir. Entrei nervoso, emocionado, serio. Esse poder de roubar um sorriso meu a qualquer momento pertencia á ela. Somente a ela. Então aquele som da velha marcha nupcial arrancou arrepios da minha nuca. Minha bela amada estava no fim da passarela sorrindo como uma borboleta. Não vi mais nada além dos seus lindos cabelos soltos entre aquele véu leve que a rodeava. Não vi mais nada além dos seus lábios fartos tentando segurar o largo sorriso. Só existia ela. Vendo-a vindo ao meu encontro, para ser minha pelo resto de nossas vidas.

"Inferno! Essa passarela não acaba mais?"

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