Just a Case

Por wrtranonmous

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Uma investigação, variadas vítimas, duas detetives. Camila e Lauren são detetives de diferentes departamento... Más

It had to be You
I'm fine
I miss You so much
What the fuck is going on?
Butterfly
You're my Heroine
Unknown Sea
Good night
Together
I won't go without you
Allow to be free
Family
Pinky promise
You're mine
Peace
The mission
L-O-V-E
Mors
Choices
Gratefulness
Recuminitiare

Traitor

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Por wrtranonmous


Camila Pov'

Abri os olhos devagar, suspirando ao sentir minha cabeça latejar e meus olhos pesarem. Me sentei naquela cama, daquele quarto que eu não conhecia muito bem e cocei os olhos.

Noite passada Lauren me trouxe para seu apartamento e ficou acordada quase a noite inteira comigo, me ouvindo chorar e eu serei eternamente grata a ela por isso, pois provavelmente se eu estivesse sozinha eu iria surtar e fazer coisas que me arrependeria depois.

Passei as mãos pelo rosto, massageando minhas têmporas e logo olhando para o colchão ao lado da cama onde Lauren dormiu, mesmo eu insistindo para que ela ficasse em sua cama.

Notei estar vazio e devidamente arrumado, me levantando e indo até o banheiro que tinha em seu quarto. Ao adentrar o cômodo, notei uma escova de dentes, ainda na embalagem, em cima de uma toalha e uma muda de roupa.

Tomei um banho demorado, sentindo a água quente relaxar meus músculos que pareciam doer. Ao terminar, escovei meus dentes, penteei meu cabelo e vesti uma calça jeans e uma camisa de seda que Lauren havia deixado para mim.

Parei para observar seu banheiro, soltando um risinho ao perceber que era exatamente a cara da de olhos verdes, assim como o restante de seu apartamento que mantinha tudo em um tom mais escuro e tão organizado.

Deixei aquele cômodo, ajeitando a cama onde havia dormido e logo deixando o quarto, caminhando com calma pelo extenso corredor até a sala que tinha divisória com a cozinha.

Observei Jauregui de costas para mim, abaixada enquanto retirava algo do forno e me deixei sorrir por um momento.

— Bom dia, Lauren.

Chamei sua atenção, tendo a mais alta olhando por cima dos ombros e um pequeno sorriso nascendo no canto de seus lábios.

— Bom dia, Cabello. – Se levantou com uma forma em mãos – Gosta de torta de framboesa?

— Eu adoro – Sorri – Está acordada a quanto tempo para fazer uma torta?

— Acordei acho que tem quase duas horas – Colocou a forma em cima da mesa.

— Então você não dormiu quase nada. Desculpe por alugar seu tempo noite passada.

— Não se desculpe por isso, Camila.

Lauren conectou seus olhos aos meus e a forma na qual aquele verde estava completamente clarinho me encantou totalmente.

Sempre achei Lauren uma mulher incrivelmente bonita. O cabelo escuro, que dia estava ondulado e dia estava totalmente liso. A pele álva feito a neve de um dia frio. Os olhos tão verdes como pedras de esmeraldas e às vezes tão claros que poderiam ser confundidos com o azul do mar das praias no Caribe. Os lábios cheios e que sempre mantinham um tom rosado natural. As sobrancelhas grossas que se encaixavam tão perfeitamente bem em seu rosto. Os dentes de coelho…

Era linda e isso eu não poderia negar.

— Camila?

Ouvi sua voz chamar por meu nome, o que me fez balançar a cabeça e franzir o cenho.

— Você pareceu se perder por um tempinho.

— Desculpe – Soltei um riso.

Se controla, Camila.

— Eu separei remédio para você, caso estivesse com a cabeça inteira pesada.

— Obrigada, Jauregui!

Sorri para a mais alta quando ela me entregou um comprimido e um copo com água. Observei Lauren ir até a mesa, puxando uma cadeira e se sentando em uma outra, de frente para a que ela havia puxado.

Lauren sendo cordial? Isso era tão novo para mim.

Seus olhos voltaram para mim e céus, tinha alguma coisa alí que me passava um tipo de paz, um lugar seguro.

Me sentei na cadeira que ela puxou, tendo a de olhos claros colocando um pedaço de torta no meu prato e alguns cookies.

— Eu realmente estava precisando de coisa doce – Sorri – Obrigada!

Lauren acenou com a cabeça, servindo o seu próprio prato agora e logo colocando suco para nós duas. A mais alta pegou sua colher, olhando para mim e me analisando.

Entendi o que ela queria e logo peguei minha própria colher, pegando um pedaço de torta e a levando até a boca.

Fechei os olhos ao sentir o gosto suave e adocicado de encontro com minha língua, suspirando profundamente ao ter aquele pedaço do céu em minha boca.

— Está bom? – Indagou Lauren.

— Isso está maravilhoso.

Tornei a abrir os olhos, vendo um singelo e quase imperceptível sorriso aparecer em seus lábios.

— Não sabia que você cozinhava tão bem.

— Eu assisto muito programa de culinária e acabou servindo de algo – Enfim pegou um pedaço de torta e levou até a boca. – Você está bem?

— Bem eu não estou, mas não me sinto tão mal assim.

— Desculpa a pergunta, foi idiota.

— Claro que não. – Sorri sinceramente – Obrigada por perguntar, a propósito.

— Quando será o enterro dela? Precisa de alguém para ir contigo?

Mordi o lábio inferior ao ter a percepção que ela realmente estava querendo fazer algo de bom por mim.

— Minha mãe queria ser cremada, então eu fiz o que ela desejava. – Sorri triste – Ela pediu para que eu jogasse suas cinzas em uma pequena montanha aqui na cidade, onde jogamos a do meu pai e onde ela teve o primeiro encontro com ele.

— Isso é fofo.

— É sim – Suspirei – Posso te perguntar uma coisa extremamente invasiva?

— Pode sim – Soltou um riso, bebericando de seu suco.

— O que aconteceu com seus pais?

Ao ouvir minha pergunta, Lauren tensionou o corpo, colocando o copo de volta na mesa e limpando a garganta. Os olhos correram para o prato a sua frente, se focando ali por alguns segundos que para mim, pareceram infinitos.

— Me desculpe. Não precisa me responder.

— Relaxa, está tudo bem.

Jauregui respirou fundo, girando sua colher no prato e logo me olhando.

— Eu tinha quatorze quando meus pais morreram. Eram policiais também e trabalhavam com Dean, eram sempre os três, parceiros em quase tudo – Sorriu minimamente – Eles começaram a investigar um caso novo e então, um dia eles não voltaram para casa.

Lauren negou com a cabeça, deixando-me prestar atenção em sua história.

— Tudo o que eu sei é que alguma coisa deu super errado no meio de uma chamada que receberam referente ao caso e então eles se foram. – Suspirou – Dean levou um tiro, mas conseguiu sair dali vivo e ele, mesmo ferido, veio em casa e me contou que meus pais haviam partido.

— Sinto muito. – Sussurrei e ela desviou o olhar para o prato.

— Aquele foi o pior dia da minha vida. Perdi os dois de uma vez só e se não fosse Dean, eu teria ficado louca.

— Vocês são bem amigos, não é?

— Eu considero ele um segundo pai – Sorriu – Dean era amigo dos meus pais desde que eu tinha cinco anos de idade e sabe, começamos a desenvolver um carinho mútuo um pelo outro. Dean não pensou duas vezes em ficar comigo quando meus pais se foram. Cuidou de mim como se eu fosse sua filha de verdade e eu sei que ele não tinha essa obrigação, e sou extremamente grata por tudo o que ele fez por mim.

— Eu vejo como ele olha pra você com carinho, como ele se preocupa genuinamente com você – Foi minha vez de sorrir.

— Dean foi e continua sendo incrível para mim – Tornou a me olhar – Ele me deu tudo o que eu precisei, incluindo amor e quando eu disse que queria entrar para o mundo policial, ele surtou mas foi o primeiro a me apoiar – Soltou um riso – Dean chorou mais do que tudo quando eu entrei para o departamento e essa é uma boa lembrança que eu tenho.

— Eu sinto muito de verdade pelos seus pais e fico feliz de saber que você tem alguém assim como Dean.

— Eu sinto muita falta dos meus pais, mas de alguma forma Dean supre essa falta. Cobre um pouco do buraco que tenho no peito.

Seus olhos brilharam, se inundando com lágrimas que ela, como esperado, não deixou cair. Piscou várias vezes, tornando a comer e logo eu fiz o mesmo.

— Desculpa a curiosidade, mas que caso seus pais estavam investigando?

— Um caso de um homem que foi assassinado em casa – Olhei rapidamente para ela, vendo-a dar de ombros – Eu não sei muito bem sobre isso, mas ele foi assassinado quando a esposa e a filha estavam em um parque de diversões.

— Espera, o que você disse? – Senti meu coração acelerar.

— Em qual parte? – Franziu o cenho.

— Sua mãe se chamava Clara e seu pai Michael?

— Como você sabe? – Ergueu uma sobrancelha.

Como isso poderia ser possível?

— Lauren, quando eu era mais nova, morávamos aqui na cidade – Comecei – Quando eu tinha treze, um novo parque de diversões abriu na cidade e minha mãe ficou animada para me levar.

Lauren umedeceu os lábios ainda de cenho franzido.

— Meu pai disse que não poderia ir com a gente porque tinha que resolver algumas coisas e então fomos só eu e minha mãe. – Engoli em seco, podendo ouvir meu coração em meus ouvidos – Tinha alguma coisa nos seus olhos que, desde a primeira vez que nos vimos, me fez sentir diferente…

Neguei com a cabeça e sorri incrédula com a coincidência estranha.

— Quando minha mãe e eu voltamos pra casa, estava lotada de policiais e ambulância… Minha mãe correu até a casa e eu fiz o mesmo, vendo meu pai lá, no chão totalmente cheio de sangue.

Senti que choraria ao lembrar daquilo e logo balancei a cabeça para afastar minhas lágrimas.

— Minha mãe se jogou por cima do meu pai, chorando como eu nunca vi antes e gritando… foi então que uma policial me tirou de lá. Eu estava em choque e sentia como se meu coração fosse sair de dentro do meu peito – Sorri ao focar os olhos no de Lauren – Foi então que a policial me abraçou. Tão forte como se pudesse segurar todos os pedaços do meu coração que eu estava deixando cair… Ela me olhou nos olhos, dizendo que tudo ficaria bem e aquele brilho tão sincero e gentil…

Os olhos de Lauren também voltaram a se encherem.

— Logo um policial se aproximou e ele tinha um sorriso tão singelo enquanto tentava me distrair do surto que eu estava tendo – Senti uma lágrima escorrer de meus olhos – Eram eles, Clara e Michael. Seus pais estiveram ali para mim quando o meu mundo desmoronou, Lauren.

Lauren deixou com que uma lágrima escorresse por sua bochecha e logo ela limpou, tão rápido como se não pudesse se permitir chorar.

— Eu não fazia ideia – Sussurrou ela.

Ousei segurar em sua mão que estava esticada na mesa e suas orbes verdes logo seguiram meu movimento, se focando naquele singelo toque.

— Seus olhos me passam tanta paz e eu não fazia ideia do porque, mas agora eu sei – Sorri quando ela me olhou, o verde tão intenso que me atingiu em cheio – Eles têm o mesmo brilho que os da sua mãe.

Mais uma solitária lágrima trilhou o rosto pálido e então a mais alta logo tirou sua mão do meu toque, se levantando e se apoiando na bancada, ficando de costa para mim.

— Desculpe se eu disse algo que não deveria – Sussurrei.

— Está tudo bem. Isso só me pegou desprevenida – Limpou o rosto.

Seu celular tocou estridente e essa foi a deixa perfeita para que ela se afastasse, dando uma corridinha até a sala e atendendo o aparelho.

Lauren ficou tensa na mesma hora e logo me olhou, deixando-me entender que não era coisa boa. A mais alta falou algo sobre estarmos no departamento o mais rápido possível e logo desligou, pegando seu coturno que estava em um canto da sala.

— O que houve? – Indaguei ao me levantar.

— Austin está morto.

— O que? Como assim?

— Eu não sei. Alguém de dentro do departamento está trabalhando com James e evitou com que soubessemos de mais coisas pelo Austin – Lauren respirou fundo – Ele era a melhor opção que tínhamos.

Mas que merda!

Peguei meus sapatos que estavam ao lado da porta e logo os calcei, pegando meu coldre e vendo Lauren fazer o mesmo, logo pegando suas chaves.

Deixamos seu apartamento rapidamente, descendo até sua garagem e adentrando seu carro. Cerca de alguns minutos depois já estávamos estacionando no departamento e não enrolamos para adentrar o lugar.

Ao passarmos pela recepção, avistamos alguns federais revistando alguns dos policiais, outros em suas salas.

— Acabamos de entrar no inferno. – Sussurrou Lauren.

Observei dois dos federais virem até nós duas, nos impedindo de adentrar o saguão do departamento.

— Nome e distintivo, agora!

— Isso é mesmo necessário? – Lauren soltou um riso sem humor.

— Não me faça pedir duas vezes.

Pegamos nossos distintivos, mostrando para os policiais e dizendo nossos nomes. Logo avistei Dean vindo até nós duas, se colocando entre os dois agentes e entre nós duas.

— Ei, o que estão fazendo? – Indagou parecendo indignado – Essas são as detetives Jauregui e Cabello!

— Todo cuidado é pouco agora que encontramos uma falha entre seu pessoal.

Dean deixou claro em suas expressões o quanto ele odiou ouvir aquilo, engolindo a seco uma discordância para o assunto. Esperou com que revistassem Lauren e eu, para logo em fim nos guiar até sua sala, a trancando assim que adentramos.

— O que você faz aqui, Cabello? – Indagou ele – Eu te disse para ficar uns dias em casa por conta do que aconteceu.

— Se eu ficar em casa eu enlouqueço, Dean. Trabalhar é realmente a minha melhor opção – Suspirei.

Dean foi até sua mesa, se sentando em sua cadeira e levando as mãos ao rosto, massageando e logo bufando, mexendo em seu pote de doces e pegando uma boa quantidade de bala.

— Dean, que merda que aconteceu? – Lauren quem perguntou, se aproximando de sua mesa e logo eu fiz o mesmo.

— Eu não sei o que aconteceu, Lauren. Cheguei hoje cedo e fui checar como ele estava, afinal era hoje que ele iria ser transferido para o presídio e voltaria para ser interrogados mais vezes – O mais velho coçou a cabeça – Eu cheguei lá na cela dele e ele estava caído no chão com a garganta cortada.

Bem, parece que deram o troco como ele costumava fazer.

— O que temos nas câmeras de segurança? – Foi a minha vez de dirigir a voz para o mais velho.

— Nós não temos nada. Foi tudo apagado e agora não temos nada para ver quem foi – Bufou outra vez – Agora teremos que ficar com os federais na nossa cola.

— Você já falou com o Jack? Ele pode resolver isso e tirar eles daqui.

— Eu falei com ele sim, Camila mas ele disse que só fala com você – Observei Lauren erguer uma sobrancelha – Ele disse que amanhã vem pra cá e que precisa de você a disposição dele.

— Tudo bem.

— Jack está certo em só querer falar com você. Eu agora, nesse momento, só confio em vocês duas e na Jane. – Suspirou, pegando mais balas – Eu sinto que agora todos são suspeitos de algo e isso é uma merda.

— Nós agradecemos sua confiança, Dean e nós iremos investigar isso e…

— Hoje eu não quero vocês atrás de ninguém – Começou Dean – Na verdade disseram que ninguém poderia fazer nada até que o superior deles dissessem que podemos.

— Mas Dean, como iremos resolver algo assim?

— Eu não sei, Lauren. Eu não sei – Respirou fundo – Eu quero vocês duas e a Jane no laboratório dela hoje. Fiquem lá o dia inteiro se for preciso, mas eu quero que revisem cada pequeno pedaço das coisas que já temos sobre esse caso. DNA, tecidos, a papelada do caso… eu quero que vocês refaçam tudo de novo e tentem achar algo que não vimos.

— Tudo bem. – Concordei e logo olhei para Lauren – E o Alex? Temos que interrogá-lo ainda.

— Quando estiver tudo bem, nós voltamos para essa questão, mas agora tudo o que precisamos é saber que porra está acontecendo.

— Pode deixar, Dean.

Lauren quem pegou algumas balas dessa vez, me oferecendo e me tendo negando.

— Vamos pegar quem quer que esteja jogando para o outro lado.

Meus olhos doíam, minha cabeça faltava explodir e meus ossos pareciam que iriam atrofiar. Lauren estava de pé, andando de um lado para o outro enquanto lia um dos arquivos do caso.

Parou por alguns segundos, estalando todo o seu corpo e dando alguns pulinhos no lugar. Dinah estava refazendo algumas pesquisas de DNA e de tecidos, refazendo também algumas digitais para ver se achava algo de novo.

— Deus, eu vou enlouquecer! – A mais alta resmungou, nos olhando e logo estalando suas costas – Vocês não estão de saco cheio disso aqui não?

— Eu estou e muito, fora que eu estou morrendo de fome – Respondeu Lauren, me arrancando um risinho.

Os olhos verdes caíram sobre mim e um quase que imperceptível sorriso apareceu no canto direito de seus lábios. Notei Dinah olhar de Lauren para mim, erguendo uma sobrancelha e logo eu limpei a garganta.

— O que vocês vão fazer depois daqui? – Indaguei – A gente pode sei lá, sair pra comer e beber alguma coisa.

Joguei a sugestão no ar, já que eu estava mesmo precisando sair e encher a cara. Precisava tirar da minha cabeça a perda da mulher mais importante da minha vida.

Hoje por estar atolada em trabalho, eu quase não pensei nela, mas quando ela me vinha na cabeça, meus olhos se enchiam de lágrimas que eu tratava de disfarçar.

Cada vez que aquele sorriso aparecia em minha cabeça, eu sentia um pedaço a mais do meu coração se ir junto do ar que nos rondava. Sentia que meu peito se estraçalhava um pouco mais a cada instante que eu conseguia ouvir, nitidamente, sua voz quando ela dizia que me amava. Céus!

— Eu queria, mas não posso. Normani e eu vamos no casamento de alguma amiga dela que eu nem conheço. – Dinah foi a primeira a responder e logo eu olhei para Lauren.

A de cabelos negros ergueu a sobrancelha, se preparando para dizer algo mas nesse mesmo momento a porta do laboratório foi aberta, me impedindo de ouvir o que ela diria.

— Como estamos aqui? – Indagou Dean ao adentrar o laboratório.

— Estamos já acabando e Dean, não deixamos passar nada. – Lauren o dirigiu a voz, vendo ele bufar – Você sabe que nas ruas, eu encontraria alguma informação rapidinho, não sabe?

— Eu sei, mas como eu deixaria outra pessoa cuidar disso aqui? Eu não sei em quem confiar. – Suspirou – Amanhã quem sabe eu mande você e a Cabello atrás de algumas respostas, mas hoje eu precisava disso aqui.

— Os federais ainda estão aí? – Indaguei.

— Estão e eu estou quase surtando com eles na minha orelha o dia inteiro.

— Eu irei falar com Jack amanhã e ele vai dar um jeito de os tirar daqui.

— Obrigada, Camila. – Sorriu o mais velho – Bem, vocês podem ir agora.

— Mas já? – Perguntou Dinah.

— Como assim já? Dinah, já passamos das onze da noite.

Observei a loira arregalar os olhos, tirando rapidamente as luvas que usava e pegando seu celular em sua bolsa.

— Eu estou super atrasada e minha mulher vai me matar – Soltei um riso pela sua afobação. – Gente, eu vou correr agora, então tchau e até amanhã.

Dinah pegou suas coisas, juntando tudo de qualquer jeito e jogando dentro da bolsa, saindo da sala como se fosse um enorme furacão e isso arrancou risadas de Dean.

— Essa garota é uma figura. – Nos olhou – Vocês podem deixar isso aí e irem embora.

— Tudo bem – Concordei com a cabeça e ele sorriu.

O mais velho adentrou totalmente a sala, indo em direção de Lauren e a puxando para um abraço apertado. Notei a forma na qual os dentes de coelho de Lauren apareceram, tão lindamente, quando ela abriu um enorme sorriso.

Recebeu um beijo no topo de sua cabeça e outro em sua testa, me fazendo sorrir por ver como os dois pareciam tão apegados um ao outro.

— Você se cuida, viu? – Dean falou ao olhar a mais nova nos olhos. – Tchau Camila, se cuide você também, ok?

— Pode deixar! – Acenei para o mais velho que deixou o laboratório.

Jauregui sorriu para si, parecendo ser atingida com algo em sua mente e foi tão fofo o jeito que ela sorriu sem mostrar os dentes e aquele seu brilho no olhar. Por Deus!

Começou a ajeitar suas coisas em sua bolsa, me olhando por alguns segundos para então voltar a atenção para o que fazia. Segui seu exemplo, começando a arrumar minhas coisas e parando na porta para espera-la.

Mais uma vez os olhos de esmeraldas pousaram em mim, me encarando por alguns longos segundos antes de ela começar a andar em minha direção.

Engoli em seco ao tê-la caminhando diretamente para mim, sem desviar aquela sua arma poderosa que suas íris pareciam ser. Parou a poucos centímetros de mim, umedecendo os lábios e meu 'eu' traiçoeiro desceu o olhar para sua boca.

— É… – Limpou a garganta e sorriu – Com você na frente eu não consigo passar, Camila.

Arregalei os olhos, abaixando o olhar, dando-a espaço e limpando a garganta. O que está havendo comigo nessas últimas horas?

Noite passada eu quase beijei Lauren e saber que ela não iria se afastar apenas me aguçou mais. Agradeço por um lado que Alex tenha aparecido na hora, porque acho que eu estaria super sem graça agora e algo dentro de mim diz que Lauren estaria mais estranha do que o normal.

Depois da noite passada e de hoje mais cedo, algo em mim anda soando algum tipo de sinal para que eu olhe para ela. De alguma forma, parece que seu rosto e seu corpo chamam por meus olhos.

Eu de fato devo estar muito carente para estar pensando dessa forma, mas o que eu posso fazer?

Retornei minha atenção para a mais alta, vendo um sorriso ladinho em seu rosto e logo ela passou a andar, fazendo um movimento com a cabeça para que eu fosse com ela.

Caminhamos lado a lado, em silêncio e dessa vez, de alguma forma, esse silêncio não era desconfortável e isso era bom.

Saber que eu não estava mais em um tipo de guerra com ela, pelo menos até agora, era ótimo. Espero que nada daquele clima de merda volte.

Fomos revistadas outra vez para que pudéssemos sair do departamento, avistando Dean no estacionamento. Falava com alguém em seu celular e parecia irritado, adentrando seu carro e saindo rapidamente dali.

— Ele parece muito nervoso. – Comentei.

— Dean fica nos nervos quando alguma coisa dá errada e ele não sabe como resolver – Lauren deu de ombros, me olhando – Então, sobre sair para beber e comer algo… o que você acha de…

Antes que sua fala fosse terminada, senti um peso contra meu corpo e aquele perfume, que agora eu odiava, me invadiu as narinas. Seus braços me enlaçaram com força, como se ainda fossemos as mesmas de antes, mas estávamos bem longe disso.

— Amor, eu vim assim que eu soube! – Sua voz um tanto quanto anasalada tomou conta do lugar.

— O que você está fazendo aqui? – Indaguei ao me desvencilhar de seu abraço.

— Como assim? Eu vim te dar apoio. Amor, eu sinto muito.

— Dá pra você não me chamar assim?

Os olhos de Lauren pousaram em nós duas e logo uma de suas sobrancelhas se ergueu. A mais alta limpou a garganta, atraindo a atenção da ruiva a nossa frente.

— Me desculpe a falta de educação. – Maddie sorriu, estendendo a mão para Lauren. – Olá, tudo bem com você?

— Olá – Lauren, parecendo nem querer, apertou a mão da ruiva.

— Você trabalha com Camila?

Revirei os olhos pela forma que ela sempre fazia isso, tentava forçar conversa com que ela nem conhecia.

— Nesse caso sim – Lauren me olhou, tornando os olhos para Maddie – Lauren Jauregui.

Lauren se apresentou, retirando a mão do toque de Maddie, essa que sorriu animada.

— Muito bom conhecer as pessoas que trabalham com essa linda mulher – Revirei os olhos outra vez – Eu sou Maddie, noiva de Camila.

— Noiva? – Jauregui me fitou rapidamente.

Ex noiva. – Tratei de explicar – Por que você veio? Como você sabia que eu estava aqui?

— Eu fui perguntar na clínica sobre sua mãe e descobri o que tinha acontecido, então perguntei para Ruth onde você estava dessa vez.

— É… eu vou indo nessa. – Lauren chamou nossa atenção. – Boa noite.

Antes que eu pudesse a pedir para não ir, ela saiu andando com tanta rapidez que faltava de fato correr. Droga!

— Que merda, Maddie!

— O que eu fiz?

Enfiei os dedos entre os fios do meu cabelo, os jogando para o lado e observando o carro de Lauren sair do estacionamento, a levando para longe.

Agradeci que meu carro ainda estava no estacionamento por noite passada ter ido com Lauren e então logo passei a caminhar até ele.

Fechei os olhos ao ouvir os saltos de Maddie baterem contra o asfalto, dando a impressão que cada batida vinha diretamente para minha cabeça.

Parei ao lado do carro, o destravando e abrindo rapidamente, tendo Maddie segurando meu braço antes que eu pudesse entrar.

— Não vai falar comigo direito?

— O que você quer que eu fale? Eu não pedi para você vir, Maddie.

— Você não pediu, mas eu sei que você precisa de mim.

— Eu não preciso! – Revirei os olhos.

— Eu sou sua noiva, Camila. Eu vou estar sempre aqui para te levantar quando estiver para baixo.

— Maddie, você não é minha noiva. Nós terminamos há três meses e eu estou muito bem sem você.

— Porque você é sempre tão grossa comigo? – Tentou tocar meu rosto e eu desviei – Eu sei que nós terminamos, mas eu te amo e eu sei que nós vamos voltar.

— Maddie, você me traiu e ainda com minha psicóloga.

— Ela era mais velha e você sabe que ela se aproveitou de mim.

Soltei um riso sem humor, negando com a cabeça e adentrando o carro. Essa louca só pode estar com algum tipo de problema para me dizer uma coisa como essa.

A ruiva bateu no vidro da janela cruzando os braços e esperando que eu abrisse, coisa essa que eu não fiz e logo ela bateu novamente.

— Eu não tenho onde passar a noite! – Sua voz meio abafada invadiu meu cérebro – Eu vim sem dinheiro pra pagar hotel.

Encostei a cabeça no volante, apertando com força como se eu pudesse descontar minha raiva ali.

— Você não vai me deixar dormir na rua, não é?

Destravei a porta do carona e ela deu alguns pulinhos antes de dar a volta no carro e entrar, sorrindo mais do que a cara poderia aguentar.

— Escuta Maddie, eu estou ficando em uma pousada e eu vou pedir um chalé para você, ok? – Seu sorriso murchou – E não se preocupe que eu pago.

A de olhos escuros abriu a boca para falar, sendo impedida pela música que tocou assim que eu liguei o rádio, aumentando o volume para que ela não tivesse nenhuma  chance de falar.

O caminho que parecia ser rápido todos os dias, pareceu demorar uma eternidade hoje e tudo o que eu queria era um banho e ficar em paz.

Estacionei e logo desci, esperando a ruiva fazer o mesmo e logo travei o carro, indo rapidamente até a recepção e pedindo um chalé para Maddie mas, como se o universo me odiasse, o cara me disse que estavam todas lotadas. Ótimo!

O sorriso de Maddie ao ouvir que não teria outro lugar foi de orelha a orelha e eu logo bufei, começando a andar e ter ela em meu encalço. Adentrei o belo chalé que eu estava e esperei a ruiva entrar também, respirando fundo e pedindo paciência assim que ela passou, se jogando no sofá.

— Isso aqui é muito bonito. Ficaria aqui por meses e meses.

— É, mas não vai ficar.

Larguei minhas chaves na mesa, revirando os olhos quando ela se levantou e começou a vir em minha direção.

— Madd…

— Ei! – Me impediu de falar, segurando-me pelos braços e olhando em meus olhos – Como você está?

— Eu estou bem! – Tentei me soltar e ela não deixou

— Você sabe que pode contar comigo, não é? – Indagou e eu bufei – Tenta abaixar essa sua guarda um pouquinho, por favor.

Sua mão esquerda subiu até meu rosto, o tocando com o polegar e logo acariciando minha bochecha.

— Nós ficamos juntas por três anos e você sabe que eu amava sua mãe – Suspirei quando ela tocou naquele assunto – Ela era uma mulher maravilhosa e ela ainda continuará sendo em nossos corações. Eu fiquei louca quando soube que ela se foi, porque ela não merecia isso. Você não merecia, Camila!

Senti meus olhos marejarem, relaxando os músculos que antes estavam tensos, tendo a mais alta acariciando meus braços.

— Eu sei o quão você a amava e o quanto ela te amava também. Sei que tudo o que deve estar passando por sua cabeça agora é que você queria trocar de lugar com ela. – Uma lágrima escorreu, tendo Maddie a limpando e sorrindo – Eu sei que você quer dar uma de durona, mas também sei que você está um caco por dentro. Sei também que sua mãe não iria gostar de ver você assim e que iria querer que você fosse cuidada e amada…

O toque quente de sua mão voltou para meu rosto, acarinhando com o polegar e logo mais um sorriso carinhoso apareceu em seu rosto.

— Me deixa cuidar de você… – Ajeitou os fios do meu cabelo – Tenta esquecer tudo o que passou, apenas por hoje e me deixa cuidar de você. Por favor, amor!?

A ruiva passou a aproximar seu rosto do meu e eu não me afastei, tendo minha carência de afeto falando mais alto e então ela me beijou. Não parecia nenhum pouco certo e não era mais aquele beijo que me prendia, mas tudo o que eu precisava hoje era de amor.

Mesmo que ele fosse o amor mais falso que existe no mundo.

Acordei assustada, ouvindo o toque do meu celular e logo o pegando, notando ser uma ligação de Lauren. Atendi, pedindo que ela esperasse um pouco e logo me levantando da cama, olhando para o corpo nu de Maddie que parecia estar no último sono.

Peguei um robe, deixando o quarto e indo até a cozinha, enchendo um copo de água.

— Pode falar agora.

— Eu recebi uma informação sobre quem matou Austin.

— O que? De quem? – Larguei o copo na mesa.

— É uma fonte confiável que eu tenho. Essa fonte não me disse muito, mas disse que quem matou o Alex, está agora em um restaurante chinês no centro da cidade.

— Você está pensando em ir lá?

— Com certeza! – Falou convicta – Estou na frente da sua pousada agora e se você quiser ir me diga logo, senão eu irei sozinha.

Quase corri até a janela do chalé, vendo seu carro parado um pouco mais afastado e logo ela piscou os faróis para mim.

— Eu irei me trocar e já saio.

— Certo, não demore!

Encerrei aquela chamada, correndo até o quarto e entrando em silêncio para não acordar Maddie.

Senti a realidade me atingindo em cheio e bufei. Eu não deveria ter transado com ela depois de tudo isso. Não deveria tentar tirar minha dor com algo que eu sabia que não era certo. Eu não deveria deixar minha carência fodida me dominar.

Parece que tudo o que eu faço é errado.

Neguei com a cabeça, afastando aqueles pensamentos e logo pegando uma calça jeans e uma blusa qualquer. Troquei de roupa rapidamente, deixando um bilhete para Maddie ir embora assim que acordasse, correndo de volta para a sala e pegando minha arma dentro da bolsa, saindo do chalé logo em seguida.

Dei uma corridinha até o carro de Lauren, adentrando e logo ela deu partida, ligando o rádio para que uma música qualquer soasse no carro. Sorri.

— Você vai me dizer quem te deu essa informação? – Indaguei.

— Eu não revelo minhas fontes, Cabello. – Me olhou ao parar no sinal vermelho – Parece ter tido uma noite boa.

— O que? – Franzi o cenho e ela apontou para meu cabelo.

— Está todo desgrenhado.

Senti meu rosto pegar fogo com a vergonha que me atingiu, começando a passar os dedos entre os fios para ajeitar. Lauren se calou o resto do caminho, olhando para mim hora ou outra quando parava em algum sinal vermelho.

Seus olhos, quando pousaram em mim, analisavam cada canto que podiam tocar e era como se ela estivesse buscando algo, agora o que eu não faço a mínima ideia.

Cerca de 25 minutos depois, Lauren estava estacionado perto de um beco, tirando o cinto e descendo, fazendo com que eu a acompanhasse.

Coloquei minha pistola na parte de trás em minha cintura, ajeitando minha camiseta ao andar lado a lado com Lauren.

— Minha fonte me disse que James e alguns de seus homens estão aqui e o traíra do departamento também está. Parece que estão tendo algum tipo de reunião ou sei lá.

— Podemos mesmo confiar nessa fonte?

— Sim, ela sempre me deu belas pistas para que eu solucionasse alguns casos – Suspirou ao parar no meio do beco – Ela me disse que tem uma porta aqui pelos fundos que leva para uma sala exclusiva.

— Vamos entrar?

— Não, vamos esperar aqui. – Me olhou – Ela disse que o nosso cara está de jaqueta branca e que ele sempre é o primeiro a ir embora.

— Certo!

Lauren me puxou para um cantinho mais afastado no beco, encostando-se na parede e olhando para a porta. Cruzei os braços abaixo dos seios, olhando de um lado para o outro e vendo um carro estacionar do outro lado da rua, um pouco longe do beco.

— Acho que ele já vai sair – Lauren olhou seu relógio de pulso, atraindo minha atenção.

Voltei a olhar para a porta, vendo um cara extremamente alto sair por ali e logo um de altura normal vir atrás. Usava uma enorme jaqueta branca e em seu rosto uma máscara de dragão Deus.

— Na hora certa! – Lauren sorriu, se preparando para pegar sua arma.

Um gato pulou bem onde estávamos, derrubando algumas latas e garrafas que tinha no chão e logo a atenção dos dois caras vieram para nós e nesse momento eu agradeci por estar escuro onde estávamos.

O cara mais alto pegou uma arma, começando a vir para onde estávamos e eu não pensei duas vezes.

— Não surta!

Foi tudo o que falei para Lauren antes de me colocar em sua frente e segurar seu rosto, colando nossos lábios em um selinho.

As mãos de Lauren, que até então estavam ao lado de seu corpo, vieram parar em minha cintura, apertando firme.

O que era pra ser só um selinho de encenação tomou outro rumo quando, eu, passei por cima de tudo e pedi passagem para aprofundar aquele contato.

Lauren pareceu recuar por um instante, mas logo ela entreabriu os lábios para receber minha língua. Serpenteei minha língua sobre a sua, sendo retribuída a uma altura deliciosamente boa.

O aperto em minha cintura, evoluiu para um abraço, puxando-me mais para si como se pudesse nos fundir em um corpo só.

Senti quando meu coração se sobressaltou em meu peito, pulando de euforia por estar beijando Lauren e por Deus, era um beijo tão bom.

Eu a beijava com vontade, vontade essa que eu nem sabia que realmente ainda existia. Tanto em mim, quanto nela que ainda fazia questão de se igualar a mim.

— Está tudo bem! – A voz do homem ecoou no beco – São só duas gostosas se pegando aqui no canto.

Ao notar que ele estava se afastando, encerrei aquele beijo a muito contragosto, tendo os olhos verdes brilhando em minha direção.

Sua boca estava vermelha e inchada, se destacando em seu lindo rosto. Suas bochechas coradas como eu nunca vi antes e céus, ficava tão bonita assim.

Olhei para o lado, notando ainda o mascarado olhando em direção de onde estávamos, como se pudesse ver e mesmo eu sabendo que ele não poderia, senti um calafrio percorrer por minha espinha.

Tornei a olhar para Lauren, notando enfim que seus braços ainda me abraçavam e era tão estranhamente bom ser enlaçada dessa forma por ela.

Me preparei para dizer algo, mas logo seu indicador parou em meus lábios, me impedindo de o fazer e então foi sua vez de se preparar para dizer algo.

— Detetive Cabello?

Aquela voz alta e grossa interrompeu o que ela diria e fez com que o mascarado corresse. Logo eu olhei para trás, vendo um homem qualquer se aproximando rapidamente de mim com uma faca em mãos, o que me fez fechar os olhos para sentir o impacto.

Senti meu corpo ser virado com força e o impacto não veio, ao invés disso ouvi Lauren grunhir de dor e minhas costas colidirem com a parede fria.

Abri os olhos a tempo de ver o homem olhar assustado para o que tinha feito, e eu mesma arregalei os olhos ao ter as orbes verdes me olhando nos olhos, pareciam tão assustados e agora carregavam dor.

Sustentei o corpo de Lauren quando ele desmoronou, me deixando agarrar sua cintura de qualquer jeito.

— Lauren…?

Sussurrei com a voz trêmula, tendo todo o meu corpo sendo dominado pelo medo e tudo o que eu recebi em troca foram seus olhos cheios de temor.

-X

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