Just a Case

By wrtranonmous

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Uma investigação, variadas vítimas, duas detetives. Camila e Lauren são detetives de diferentes departamento... More

It had to be You
I'm fine
I miss You so much
Butterfly
Traitor
You're my Heroine
Unknown Sea
Good night
Together
I won't go without you
Allow to be free
Family
Pinky promise
You're mine
Peace
The mission
L-O-V-E
Mors
Choices
Gratefulness
Recuminitiare

What the fuck is going on?

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By wrtranonmous

Camila Pov'

Respirei fundo, me olhando pelo espelho do retrovisor e terminando de limpar meu rosto.

Saber que Lauren estava puta comigo, e com razão, com toda certeza havia piorado o meu dia em 100%. Não queria ter deixado que as coisas de minha vida pessoal atrapalhassem meu trabalho, mas com certeza tinha alguma coisa de errada comigo por deixar isso acontecer.

Desci do carro, olhando sem graça para alguns dos policiais que passavam pela entrada do departamento, como se eles soubessem o que eu tinha feito.

Caminhei, sem falar ou olhar para alguém, até minha sala, respirando aliviada ao finalmente chegar.

Fechei as persianas, apagando a luz e deixando apenas a janela que dava para a rua com persianas abertas para que eu não ficasse totalmente no escuro.

Me sentei em minha cadeira, massageando minhas têmporas e pegando mais dois comprimidos, olhando bem para eles antes de tomar e logo decidi que seria melhor não o fazer, guardando de volta em minha bolsa e bufando irritada.

Girei a cadeira, ficando de frente para a janela e logo pude observar o carro de Lauren estacionar do outro lado da rua. A de olhos verdes encostou a cabeça no volante, respirando por alguns segundos para só enfim adentrar o estacionamento, sumindo assim de minha visão.

Me levantei, ficando ao lado da janela com as persianas fechadas e abrindo apenas um pequeno vão, vendo exatamente o momento em que Lauren adentrou o saguão. Seus óculos escuros e sua inseparável jaqueta de couro.

A mais alta jogou o cabelo para o lado, o deixando mais bagunçado do que arrumado e logo ouvi a voz de Dean a chamando enquanto descia as escadas.

Se aproximou da de olhos verdes, falando algo que não conseguia entender e logo tirando os óculos dela, deixando-a puxar a cabeça irritada na tentativa falha de evitar.

Lauren revirou os olhos enquanto Dean falava e logo o mais velho olhou em direção à minha sala, fazendo com que eu corresse de volta para minha cadeira e com que eu abrisse o notebook para fingir estar fazendo alguma coisa.

Alguns poucos segundos depois, minha sala foi aberta rapidamente por Dean.

— Na minha sala agora, Cabello! – Foi a única coisa que disse antes de sair.

Limpei a garganta, me levantando e ajeitando a roupa que eu usava. Caminhei rapidamente até a sala de Dean, respirando profundamente antes de bater na porta e abri-la.

Assim que entrei notei Lauren sentada em uma das cadeiras e logo eu me aproximei para sentar na outra ao seu lado. Lauren mantinha os braços cruzados e uma cara de poucos amigos.

Observei embaixo de seu olho o corte com o sangue seco, enquanto em volta se mantinha bem avermelhado. Eu sou uma idiota.

— Saímos de uma bela recriação no laboratório para um suspeito foragido e uma de minhas detetives com um ferimento no olho e com uma carranca maior do que o mundo. Posso saber o que aconteceu lá?

— Dean… – Iniciei, tomando coragem para assumir a merda que havia feito – Eu sinto muito mas…

— Eu já te disse que não tínhamos como pegá-lo – Lauren me interrompeu. – Camila estava na rua de trás, cercando a porta dos fundos e eu entrei pela frente. Eu me aproximei dele e falei com ele, dizendo que ele deveria vir comigo, mas ele ficou bravo.

Dean respirou forte enquanto prestava atenção no que a de olhos verdes dizia, assim como eu.

— Alex veio pra cima de mim e eu bati nele primeiro, sendo acertada logo em seguida e então ele correu. Eu avisei para Camila que ele iria para a porta dos fundos e ela se colocou em posição – Franzi o cenho.

Que merda Lauren estava fazendo?

— Mas então um cara jogou uma mesa no chão, me impedindo de passar e tudo o que eu vi foi Alex entrar em um tipo de parede falsa, sei lá. Como nós iríamos saber daquilo? – Indagou e Dean se ajeitou na cadeira – Eu fui atrás e quando eu cheguei ele já estava arrancando com sua moto. Foi isso que aconteceu, Dean.

Lauren tomou fôlego depois de falar, me olhando enquanto eu mantinha a cara de uma besta ridícula em sua frente.

— Foi isso o que aconteceu mesmo, Camila?

Olhei de Dean para Lauren, observando a mais alta concordar com a cabeça de forma sutil.

— S-sim. Foi isso que aconteceu lá.

O mais velho se recostou em sua cadeira, olhando para Lauren e logo para mim em seguida, deixando-me sorrir sem graça, enquanto Lauren se mantinha séria.

— Achem Alex ou eu vou ficar uma fera. – Limpou a garganta – Saiam!

Lauren e eu nos levantamos, deixando a sala de Dean em silêncio. Observei Lauren andar rapidamente até as escadas, descendo-a e indo em direção ao banheiro.

Quase corri para descer as escadas também, andando com pressa até o banheiro e adentrando rapidamente, vendo Lauren lavando o rosto na pia.

Passei a me aproximar devagar, observando ela erguer o rosto e logo me encarar através do reflexo, revirando os olhos.

— O que você quer?

— Porque você mentiu? – Indaguei e ela pegou algumas toalhas de papel para limpar o rosto.

— Dean iria acabar com você se soubesse o que aconteceu e eu não iria deixar.

— Porque? – Deitei levemente a cabeça para o lado, tentando entender.

— Queria que eu te deixasse com a fera que ele vira? – Riu sem humor – Você não pode só dizer obrigada?

— Uh… – Mordi o lado interno da minha bochecha – Obrigada, Lauren.

Ela nada disse, apenas tornou a olhar para si mesma no espelho, checando o corte abaixo de seu olho.

— Eu tenho uma pomada para cortes e eu posso pegar se você quiser.

— Não precisa! – Falou sem ânimo algum, fazendo-me suspirar – Não vem achando que só porque salvei sua pele, quer dizer que eu quero ser sua amiguinha.

Abaixei a cabeça para ouvi-la falar. Eu realmente merecia isso hoje e eu não iria revidar.

— Vê se dá próxima vez faz a porra do seu trabalho direito e me poupa de tanto estresse!

A mais alta passou por mim, batendo seu corpo no meu em um esbarrão e me fazendo fazer uma pequena careta por ter sido bem no meu lado machucado.

Fui em direção da pia, me apoiando naquele mármore e encarando meu reflexo pelo espelho. Ouvi um barulho de descarga e na mesma hora gelei, vendo a porta de uma cabine se abrir e a imagem de Dinah preencher minha visão.

— Pode ficar tranquila. Sou apenas eu. – Sorriu gentil, parando ao meu lado e lavando as mãos – Quer ir até o laboratório? Lá tem algumas coisas bem legais.

Concordei com a cabeça, analisando ela secar as mãos e logo começar a andar, deixando-me segui-la. Adentramos seu laboratório e Dinah fechou a porta, abaixando as persianas também.

— Eu gosto do seu laboratório – Comentei e ela sorriu largo.

— Eu adoro ele também. Aqui eu me sinto sei lá, estranhamente bem – Soltou um riso enquanto começava a procurar algumas coisas – O clima tava meio tenso no banheiro, uh?

— Um pouquinho, mas Lauren estava com razão em estar irritada.

— Posso fazer uma pergunta? – Indagou ao colocar algumas coisas na mesa.

— Fique à vontade – Me sentei perto de onde ela estava.

— Porque vocês se odeiam?

Curta e direta!

— Eu não odeio a Lauren. – Limpei a garganta – Ela quem do nada começou a me tratar mal e tudo o que eu faço é revidar as coisas que ela faz – Dei de ombros.

— Então Lauren é a pilhada da relação de ódio entre vocês? – Me deixei rir pela forma na qual ela havia dito aquilo.

— Posso dizer que sim – Dinah começou a misturar alguns produtos enquanto me escutava – Nós trabalhamos juntas em alguns casos e no primeiro deles, Lauren foi uma parceira muito gentil e diferente, sabe? Mas do nada ela virou alguma chave dentro dela e começou a ter raiva de mim.

Novamente dei de ombros.

— Ela começou a implicar com tudo o que eu fazia e olha, eu sei que eu sou um pouquinho atrapalhada e que sou meio desligada, mas eu sou boa no meu trabalho. Consigo ver coisas que muita gente não percebe e eu sei que Lauren é dessa mesma forma – Dinah me encarou por alguns segundos, logo voltando a fazer o que fazia – Eu sei que ela acha que eu quero roubar os casos dela, mas pelo contrário, Jack quem me manda para onde ele quer e eu não escolho isso.

— Eu sabia! – Dinah estalou o dedo – Desculpa, pode continuar.

— Quando Jack me mandou a primeira vez, eu realmente fiquei feliz em ter trabalhado com Lauren e muito satisfeita por termos concluído aquele caso, mas depois que ela começou a me odiar, eu praticamente insistia para Jack não me mandar pra cá – Soltei um riso sem humor – Jack diz que somos uma bela dupla e que vai me mandar sempre que achar necessário, porque ele acha que temos uma boa química no trabalho.

— Isso eu concordo totalmente – Dinah tornou a me olhar – Vocês foram incríveis aqui hoje enquanto encenavam aquilo tudo. Eu fiquei abobada com o quão bem vocês trabalham juntas.

— Eu não vou negar que também acho que somos uma boa dupla, mas ter alguém te odiando e te jogando farpas 100% do tempo é um saco. Eu não queria ficar batendo de frente com ela, mas eu preciso me defender de alguma forma e para se defender de Lauren, você precisa se igualar à altura.

— Eu entendo você. Sei que Lauren não é muito fácil de lidar, mas ela só se sente ameaçada por você e pelo quanto você é boa no que faz – Dinah sorriu – Não ligue para as coisas que ela diz, okay? Ela só está cega para não ver o quão gente boa você é e eu sei que ela vai ver isso com o tempo, então só tente ignorar a hostilidade dela.

— É muito difícil fazer isso, principalmente quando ela fica nervosa e seus olhos transparecem isso. – Dinah riu, me fazendo sorrir – Eu vou tentar manter a paz da minha parte daqui pra frente. Eu tô cansada de ter que lidar com esse tipo de coisa no trabalho.

— Você faz certo. Eu estarei aqui para você, okay? – Limpou a garganta para continuar – Não sei porque mas eu sinto algo muito bom vindo de você, Cabello e minha esposa diz que se eu sinto isso é porque eu estou certa – Sorri ao ouvi-la mencionar Normani – Gosto de você, Camila e estarei aqui para o que você precisar.

— Obrigada Dinah. Ouvir isso vindo de você é muito importante para mim.

Senti meu coração bater mais forte pela vontade de chorar. Eu não recebia muito afeto e carinho das pessoas, e agora com o estado de minha mãe, qualquer coisinha já me deixava à beira das lágrimas.

— O que você está fazendo aí? – Mudei de assunto para que eu não me deixasse vulnerável.

— Estou fazendo uma pequena coisa que você consegue identificar bebidas que contenham algum tipo de veneno.

— Isso é bem legal – Me inclinei na mesa para observá-la melhor.

— Agora eu só preciso misturar esse aqui.

Jogou um pouco de um líquido verde num frasco que já continha algumas coisas e no mesmo instante ele mudou a cor para cinza.

— Certo, pegue dois copo de água para mim – Pediu a mais alta e logo eu fiz o que ela queria – Então jogamos um pouquinho de veneno aqui dentro.

Pegou um pequeno frasco na prateleira e colocou algumas gotas dentro da água de um dos copos.

— Agora a gente coloca essa mistura que eu fiz.

Pegou o conta gotas, colocando três gotinhas dentro da água, deixando-me ver uma enorme mancha azul se formar na mesma.

— Se ficar azul, está com veneno – Sorriu orgulhosa, colocando algumas gotas na água limpa – E quando não tem veneno, nenhuma cor aparece e o melhor é que você pode ingerir mesmo depois de colocar essas gotinhas mágicas.

Dinah bebeu a água limpa e abriu os braços, dando uma giradinha enquanto eu batia algumas palminhas para ela.

— Isso é muito incrível, Dinah!

— É só uma pontinha que meu trabalho pode fazer – Sorriu, tampando o frasco com sua mistura e logo me entregando – Fica pra você. Nunca se sabe quando vamos precisar.

— Muito obrigada, Dinah – Sorri largo para a loira.

Antes de mais algo a porta se abriu, nos fazendo olhar rapidamente para ela e vermos Lauren parada ali.

— Cabello, vamos pra sala de interrogatório. Austin está pronto.

E assim, sem mais nem menos, ela saiu, me deixando respirar fundo e Dinah logo sorriu.

— Boa sorte, Camilinha.

— Eu irei precisar – Brinquei e ela soltou um riso.

Deixei o laboratório de Dinah, caminhando até minha sala e guardando o frasco em minha bolsa, indo rapidamente até a sala de interrogatório e vendo Lauren parada na porta, enquanto lia alguma pasta.

— Toma, começa você.

A mais alta me entregou a pasta e eu logo limpei a garganta, me perguntando o porquê de ela não querer começar o interrogatório.

— Eu quero apenas ouvir ele falar primeiro. Preciso organizar algumas coisas em minha cabeça.

Concordei, puxando uma forte respiração para enfim abrir a porta, vendo Austin sentado com as mãos algemadas na mesa.

— Olá, Austin.

Me sentei em sua frente, o vendo sorrir diabólico e logo observar Lauren que escolheu ficar de pé no canto da sala.

— Acho que você já deve saber pra onde tudo isso vai levar, uh?

— Eu não tenho nada pra falar.

— Ah, você tem sim – Espalhei algumas fotos dele com James e do corpo de Lilah. – Pode começar nos dizendo o porquê Lilah está morta.

— Okay. Eu vou te dar o prazer de achar que esta no controle – Sorriu – Lilah era uma testemunha contra meu pessoal e então eles a eliminaram.

Abaixou a cabeça para perto da mesa, passando seu polegar no pescoço e fazendo um barulho com a boca, enquanto me olhava no fundo dos olhos.

— Foi tão prazeroso ouvir ela se engasgando com o próprio sangue – Umedeceu os lábios e soltou um riso – Você tem um pescoço tão bonito, detetive.

Tentou provocar e tudo o que eu fiz foi rir, desabotoando mais um botão da minha camisa. Se ele achava que me colocava medo, estava bem errado.

— Me diga porque Asla foi assassinada.

— Era apenas uma típica vadia que não se contentava com o que tinha. Procurou se meter onde não devia e apenas recebeu o que ela merecia – Tornou a sorrir, olhando para Lauren – Você não vai falar nada?

— Onde está Alex Belfort? – Indaguei, tentando chamar sua atenção, mas ele continuou observando Lauren.

— Você realmente não sabe o que está acontecendo, não é? – Se ajeitou na cadeira – Não sabe o porquê não podem te ferir. Não sabe o quão metida nisso você está.

— De que merda você tá falando? – Lauren se aproximou.

— Você realmente não sabe o que aconteceu com seus pais, né?

— Cala a boca! – A mais alta aumentou o tom de voz.

— Não sabe quem fez aquilo – Sorriu sarcástico – Seus pais mereceram tanto o fim que levaram.

— Não fala dos meus pais.

Lauren em um ato rápido acertou um soco em Austin, fazendo com que eu me levantasse em alerta.

O rapaz apenas riu, cuspindo o sangue de sua boca e tornando a olhar para a de olhos verdes.

— Quer saber? Eu cansei. Eu iria deixar que isso fosse feito da maneira mais calma, mas acho que o meu jeito será necessário.

Lauren pegou seu celular, mexendo em alguma coisa e logo o colocando na mesa. Pegou um revólver, ao invés de sua pistola, esvaziando as balas e colocando apenas uma no tambor, girando e sorrindo.

— Eu vou te dar 40 segundos para falar e a cada 10 segundos passados, eu aperto o gatilho e quando o tempo acabar, irei apertar até a porra da bala sair e acertar sua cabeça.

— Detetive Jauregui… – Tentei e ela levantou o indicador para que eu ficasse quieta.

— Vamos ver se a sorte está do seu lado, Austin. Eu quero saber onde Alex está.

Lauren acionou o timer, girando o revólver em mãos enquanto ele fazia sua contagem. Dez segundos se passaram e a mais alta apertou o gatilho, me fazendo fechar os olhos.

— Você tá louca? – Austin soltou desesperado – Ela pode fazer isso? – Indagou para mim.

— Jauregui…

— Onde está Alex Belfort?

Mais dez segundos se foram e Jauregui apertou o gatilho mais uma vez.

— Que merda! – Austin exasperou ao fechar os olhos.

— Você tem mais vinte. Melhor se apressar.

Mais dez segundos correram e novamente Lauren apertou o gatilho, fazendo com que Austin suasse e encostasse a testa na mesa.

— Tudo bem, eu falo! Só por favor, para com isso.

Lauren parou o timer, colocando o revólver na mesa e cruzando os braços abaixo dos seios.

— Tem um motel de estrada perto da Grolver Trill que Alex sempre fica quando estão atrás dele. – Austin desembuchou – É na rua Wennx.

— Obrigada por falar a troco de nada – Lauren sorriu e abriu o tambor do revólver, mostrando que estava vazio.

Como ela tirou a bala sem nem eu mesma ver?

— Desgraçada! – O tom de Austin era raivoso – Tudo bem. Nós vamos acabar com você igual fizeram com seus pais.

Tornou a provocar tocando naquele ponto que Lauren deixou claro que a incomodava. O que aconteceu com os pais dela?

— Fiquei sabendo que sua mãe gritou tanto e chorou tanto pelo seu pai – Sorriu diabólico enquanto vi no rosto de Lauren que ela estava ficando irritada – Seu pai ficou lá, se debatendo no chão e grunhindo igual um porco.

Austin imitou um porco e Lauren partiu pra cima dele, o segurando pela camiseta e distribuindo socos em seu rosto. Arregalei os olhos, me aproximando de Lauren e tentando tira-la de perto de Austin, falhando lindamente.

Lauren bateu a cabeça de Austin algumas vezes contra a mesa de metal, fazendo o sangue respingar por toda a sua extensão.

A porta se abriu com força e rapidamente Dean se aproximou, agarrando os braços de Lauren e a puxando bruscamente para longe dele.

— Para Jauregui! – Dean falou alto enquanto ela tentava se soltar de seu aperto – Você enlouqueceu? Perdeu a porra do juízo?

— Me solta Dean!

— Que merda você tem na cabeça?

Dean soltou Lauren, empurrando-a para longe de Austin, esse que ria enquanto o rosto estava completamente sujo de sangue.

— Ele falou dos meus pais Dean – Lauren empurrou Dean pelo peitoral – Porque ele sabe dos meus pais? Que porra está acontecendo, uh? – Mais um empurrão – Você estava lá, então me diz que caralhos está acontecendo!

— Jauregui, para – A segurei pelo braço.

— Que merda você está me escondendo, hein? – Tentou empurrar outra vez mas eu a puxei para trás.

— Para Lauren!

A impedi pois sabia que ela se arrependeria depois, afinal Dean continuava sendo nosso chefe, eles sendo próximos ou não.

— Tira ela daqui, Cabello.

Me coloquei na frente de Lauren, empurrando seu corpo para fora da sala enquanto ela encarava seriamente Dean, parando apenas quando estávamos fora de sua visão.

Lauren bufou, saindo rapidamente de perto de mim e logo eu a segui, vendo-a sair do departamento.

Acompanhei seus passos, saindo no meio de uma chuva que eu nem sabia que estava acontecendo e vendo-a abrir seu carro e pegar alguma coisa.

Me aproximei dela, observando ela levar, com a mão trêmula, um cigarro até a boca, pegando um isqueiro de dentro do carro e o jogando contra o chão quando ele não funcionou.

— Aqui.

Peguei um isqueiro do bolso da minha calça, entregando para ela que acendeu o cigarro e tragou.

— Não sabia que você fumava. – Sussurrou depois de um longo tempo em silêncio.

— Eu não fumo.

— Porque carrega um isqueiro então?

— Peguei essa mania da minha mãe que dizia que alguém sempre vai querer um cigarro depois de algo estressante e não ter um isqueiro apenas a faria explodir de uma vez – Dei de ombros.

— Isso é estranho – Lauren sorriu ao me olhar – Obrigada.

— Não me agradeça.

Olhei para o céu, sentindo as gotas de chuva molharem meu rosto. Não era uma chuva terrível de forte, era apenas uma chuvinha de leve e eu gostava.

— Você pode entrar se quiser. Não precisa ficar na chuva comigo.

— Relaxa, eu gosto de chuva – Sorri.

Fechei os olhos por alguns segundos, os abrindo e abaixando a cabeça para olhar Lauren, mas tudo pareceu girar a minha volta e tudo o que eu vi foi Lauren largar o cigarro no chão a tempo de segurar meu corpo.

-X

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