Corte De Trevas E Sombras | •...

Galing kay Shayury_Darling

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Mavis, uma jovem leitora nordestina que vive sua vida difícil em seu estado, a única escapatória são seus ami... Higit pa

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43

Capítulo 4

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Galing kay Shayury_Darling

Mavis

Quando acordei eu sentia frio e uma certa dor, muita, por todo o meu corpo. Desorientada vejo a enorme bola prateada que é a lua acima de mim, vejo pedras...

Estou caída em uma posição torta e dolorosa, em pedras lisas, longe das pontiagudas e ásperas das montanhas ao redor.

Eu devagar me movi, primeiro um dedo da mão, depois um do pé, um pouco dos braços e pernas, mechi minha cabeça e sinto o pescoço latejar.

Uma queda de talvez cem metros ou mais, muito mais, como ainda estou viva?

Eu devagar me ergo desajeitada e torta, eu olho ao redor sentindo gosto de sangue na boca, só pedra, rochas grandes e... uma cidade.

Eu olho para uma cidade brilhante ao longe, brilhante como as estrelas naquele céu noturno.

— Velaris. -murmuro.

Eu olho para baixo, vendo que ainda estou a uma distância considerável do chão.

Eu me agacho estremecendo com a altura que pareceria me engolir.

Você tem sangue de Maria bonita, isso é só uma distância pequena...

— Não tão pequena. -sussurro.

Eu começo a descer, minhas unhas raspando a pedra. Ofego baixo fechando os olhos, se eu não descer eles irão me achar aqui, e eu preciso correr, quando o Sol surgir ficará mais fácil de eu ser vista.

E eu continuei.

.

Quando os meus pés finalmente tocaram terra firme e poderia me ajoelhar e agradecer a todos os santos e anjos. Eu percebi que ainda não havia acabado.

Ainda havia um longo percurso para mim, e minhas chances de sobrevivência diminuem a cada segundo que demoro.

Foi quando eu avancei na noite fria, em passos mancos e dolorosos eu enfrentei o meu maior medo que era o escuro, tendo apenas as estrelas e a lua como luz e guias.

Rezando para que eu sobrevivesse a tudo aquilo e achasse um meio de ir para casa, porque por mais que eu tenha lido e visto a bondade daqueles personagens nas páginas, aqui ao vivo e a cores não era assim, eu não chegaria logo de cara e seria a melhor amiga deles, não seria bem recebida ou posta para ficar em sua casa.

Aqui eu era uma estranha de outro mundo, um mundo que eles não conhecem e acham ser uma ameaça, sou alguém que não conhecem e não sabem se podem confiar, não sabem se serei uma ameaça em suas vidas. Então eles me tratariam como o mestre espião até descobrir como cheguei aqui, quem sou e porque vim parar justamente aqui.

Eu me agarro a uma árvore, cansada, ouvindo os barulhos estranhos da noite, para mim que já ouvi onça, lobo guará, cachorro do mato e rasga mortalha não era nada de tão novo.

O problema é que eu não encontraria nenhum desses animais aqui ou os ouviria, eu poderia dar de cara com uma criatura que jamais vi e ser morta por ela em segundos, me tornando a sua refeição, não que eu estivesse tão cheia de corpo para isso, estava magra dos dias sem comer direito, desidratada pelo pouco de água que recebia.

Olho para cima em busca de uma luz, quando percebo que a árvore que estou agarrada é um pinheiro.

Ouço o som baixo de água corrente e me alerto, pinheiros e água, um rio ou córrego. Signfica que eu estava perto do córrego onde Lucien encurralou Feyre com os sentinelas. Então signfica...

— Estou em illyria. -sussurro.

Estou nas terras illyrianas da corte noturna. Então eu poderia chegar ao acampamento...

O que poderia até ser pior do que a prisão mas eu não tinha o luxo de escolher.

Eu manquei às cegas, talvez por horas mas tinha um foco agora, um ponto para achar naquele escuro.

E ele veio cedo demais, enxerguei luz e fumaça.

Me apoio em um tronco e olho para uma cabana iluminada, as luzes acesas e sua chaminé fumaçava como um trem.

Eu cambaleei escorregando pela pequena declinagem de terra até a cabana, em passos arrastados eu chego a sua porta.

Cansada e com a vista turva eu bato contra a madeira rústica e forte.

Silêncio, ouço sons de passos e a pesada porta foi aberta revelando uma silhueta feminina... com asas.

— Pela mãe...

— Por favor, me ajuda.

E eu despenquei, eu fui segurada a tempo antes que fosse ao chão.

— Céus, calma, qual é o seu nome?

— Mavis.. -sussurro.

— Mavis, não desmaie, está bem? Fique comigo um pouco.

— Eu vou tentar...

Ela me arrastou para dentro, a porta se fechado.

— Você está terrivelmente machucada, o que aconteceu?

— Eu caí...

— De onde?

— De uma montanha.

Um xingamento.

— Como pode ainda estar viva? —ela questiona— agradeça às forças que lhe protegem, garota.

Ela me pôs deitada em um sofá.

— Você é humana. —ela disse receosa— é das terras humanas?

— Pode-se dizer que sim. -murmuro.

Ela assentiu, vejo apenas vultos.

— Vou te ajudar, espero que eu não me dê mal fazendo isso... ei.. ei! Fiquei acordada!

Eu apaguei.

.

Ao abrir os olhos eu senti como se tivesse dormido além da conta, aquela sensação de que você dormiu mais horas do que é recomendado para seu corpo, o que resulta em uma dor de cabeça e uma certa irritadiça.

Estava irritada por sempre desmaiar mesmo que meu consciente dissesse que pular de uma montanha e caminhar léguas machucada e quebrada eram motivos bem cabíveis para os desmaios.

Olho para um teto de madeira, ouço estralos de madeira sendo consumida por fogo e sinto o breve cheiro dela sendo queimada, minha visão se estabilizou e eu ergui pouco a cabeça sentindo dor imediata.

— Ai,fi do cabrunco. -murmuro.

— Você acordou!

Eu olho em direção a uma mulher com asas de morcego e pele morena, cabelos castanhos presos em uma trança.

— Achei que fosse morrer e eu teria que  lhe enterrar, ainda bem que não morreu! -ela sorriu.

Foi a primeira pessoa que sorriu para mim, mesmo com situações tão caóticas.

— Tome esse chá, vai se sentir melhor. —ela disse— prometo que não fará mal.

Eu seguro a caneca que ela pôs em minha frente, sinto o cheiro e então o bafo quente do líquido lá dentro em meu rosto, ao dar um gole sinto minha língua queimar e faço careta, para o ardor e o gosto forte.

— Só não disse que seria bom. -ela riu.

Ela me observou.

— Você passou por algo bem ruim, por pouco perdi você, perdi seu pulso duas vezes. —fala— ainda bem que consegui te trazer de volta e cuidar dos seus ferimentos.

Olho para baixo, meu corpo todo enfaixado, pareço uma múmia do Egito.

Eu puxo voz.

— Obrigada por me ajudar. -murmuro.

— Não tem o que agradecer. —ela coçou a cabeça aparentemente desconfortável— de onde você veio? E como conseguiu chegar até aqui sem morrer? Das terras humanas até illyria na corte noturna é um longo percurso, longo mesmo.

Eu suspiro, se eu disser a verdade ela vai chamar o grão-senhor e então voltarei para aquela prisão, ser torturada pelo mestre espião e dessa vez será pior, e tenho certeza de que não sobrevivo a isso.

— Você tem um acordo. -ela franze o cenho.

Eu olho para ela e então em direção onde estava sua atenção. O dorso da minha mão, havia um sol tatuado ali. Eu toco o mesmo, quando esfrego a tinta foi borrada, mas então ela serpenteou, magicamente voltando ao normal, ao desenho do Sol ali.

— Alguma criatura te forçou a um acordo? —ela pergunta com certa cautela e preocupação— isso pode explicar muito de como está aqui.

— Pode-se dizer que sim, não tinha escolhas, tive que aceitar, as circunstâncias me obrigaram. -falo baixo.

Ela assente.

— Qual foi o preço?

— Eu não sei, ele disse que cobraria depois.

Ela xinga baixo.

— Está condenada, garota, ele pode pedir qualquer coisa. —ela disse— se ele não lhe contou o que era e nem você exigiu ao fechar acordo, ele vai vir te cobrar e o preço pode custar sua vida se duvidar.

— Eu não pensei na hora. -nego.

— Claro que não. —ela suspira— você é humana, com toda a certeza houve encantamentos para te manipular para aceitar. Eu não a culpo.

Ela leva a mão ao queixo.

— Eu posso tentar ajudá-la a voltar para as terras humanas. -fala.

Eu travo.

— N-não, eles não vão me aceitar lá de novo. —minto e então puxo pela memória— os abençoados me jogaram aqui.

Ela pisca.

— Esses humanos tolos. —ela nega— sem ofensas. São burros ao ponto de achar que serão salvos aqui, aqui é praticamente uma armadilha de pássaros, bonita por fora e predatória por dentro. As terras humanas são o lugar mais seguro para vocês, por isso existe a muralha.

— Eles acham que os grão-senhores irão nos receber de braços abertos. -aumentei a mentira.

— Se conseguirem chegar até alguma corte antes de serem mortos por alguma criatura no caminho. —ela disse— e outra que os grão-senhores os jogariam de volta em suas terras, ou usariam de brinquedo sexual, se você for para a Outonal, você pode ser titulada a conculpina de Helion, ou de um feérico inferior, chegar até um grão-senhor é algo bem difícil.

Ela me olha.

— Não sei de fato como posso ajudá-la, se não te aceitam de volta, você estará em Pythrian com a certeza de que pode vir a morrer a qualquer momento. -fala.

— Você poderia me deixar ficar? E-eu posso te ajudar! Eu sei cozinhar, costurar, limpar, lavar, passar, eu sei fazer de tudo um pouco mas o suficiente. -digo alarmada com a ideia de ela me pôr para fora.

Ela suspira.

— Ai,ai, eu vou me encrencar com isso. -ela disse com a mão no pescoço.

— Eu não deixarei ninguém saber que estou aqui, será como se eu fosse invisível aqui dentro, uma parte da sua cabana. -digo.

Ela me olha por alguns segundos.

— Eu ando precisando de ajuda para costurar as armaduras de couro dos illyrianos faz uns meses. —ela olha para uma pilha enorme de couro e eu observo junto— e algumas calças e botas.

— Meu avô foi sapateiro! Posso ajudar. -digo.

Ela suspira.

— Ok, você pode ficar, espero que eu não me arrependa. -ela disse.

Eu suspiro aliviada e sorri um pouco.

— Não vai, eu juro.

— Aliás, meu nome é Leah. -ela disse se erguendo.

— Mavis. -inclino a cabeça.

— Mavis, você tem um jeito estranho de falar, é diferente, suas pronúncias são um pouco ásperas e... é difícil explicar, só não parece com o dialeto das terras humanas. -fala.

— Eu já fui mandada para outros continentes, de tudo peguei um pouco para o meu vocabulário. -menti.

Ela assentiu.

— Bem, vou trazer uma sopa, para você recuperar suas energias e matar a sua fome.

Em resposta a minha barriga roncou e eu corei acertando um tapinha nela.

A illyriana riu.

— Correção, vou trazer bem rápido.

Eu sorri amarelo a vendo sair.

Eu suspiro aliviada.

— Quem diria que anos assistindo o alto da compadecida e sendo discípula de Chicó e João grilo me serviriam tão bem na lábia e na mentira. -murmuro baixinho.

Ai que vida.

*Até o próximo capítulo, deixem seu comentário e seu voto pfvr ❤️*.

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