Capítulo 56
Eunchae estava de braços cruzados sentada diante do diretor. O homem estava espumando de raiva, o baile que tinha organizado tinha sido totalmente arruinado, fora o prejuízo com as roupas que foram estragadas com tanto molho de tomate. Além disso, fotos e vídeos já circulavam pelas redes sociais e muitos tinham virado chacota, então seus pais não paravam de telefonar furiosos na diretoria da escola.
— Eu não fiz nada — ela deu de ombros.
— Senhorita Hong, todos te viram no topo da escadaria naquele momento — ele revidou.
— Vocês já verificaram que os baldes caíram com um sistema de controle remoto, mas não encontraram nenhum comigo ou próximo de mim — ela foi firme — Como eu teria ativado o sistema? Apenas aconteceu de eu ter a sorte de estar no topo da escada naquele momento.
Ao ouvir aquelas palavras, o homem reconsiderou. Realmente, não parecia um trabalho feito por uma garotinha como aquela. Além do mais, tinha visto o histórico da Hong e ela era uma aluna excelente, sua mãe também era muito presente em sua educação já que nessa semana mesmo tinha vindo lhe pedir para que a escola retomasse os treinos dos líderes de torcida em prol do esporte. Sendo assim, depois do interrogatório, a garota acabou sendo liberada. Teria que ir atrás da equipe para tentar descobrir qual funcionário foi comprado e por quem. No entanto, sabendo do poder e influência que aqueles alunos tinham, já imaginava que isso não seria nada fácil.
Enquanto isso, do lado de fora do salão, Xiaoting tinha organizado vans que iriam levar todos os convidados para o seu after party. Por sorte, os vizinhos tinham cedido suas mangueiras e quem estava sujo de molho de tomate tomou um banho para pelo menos não entrar sujo na van. Àquela altura ninguém ligava mais para o que tinha acontecido, todos só queriam ir aproveitar a "festa de verdade". Já na van colocaram música alta e começaram a beber, o after party prometia demais.
Levou quase trinta minutos até chegarem ao local, era uma mansão que ficava afastada da cidade, o aluguel tinha custado uma fortuna, mas ela não se importou. Cerca de oitenta alunos foram descendo das inúmeras vans e todos eles ficavam admirados com a magnitude do local: a mansão tinha mais de vinte quartos, uma dezena de banheiros, uma pista de dança gigante no quintal, piscina e um terraço com hidromassagem. Uma equipe de seguranças também tinha sido contratada para se certificar de que as coisas não passassem dos limites.
— Bem-vindos ao meu after party! — a ruiva posou diante de uma placa luminosa onde dizia "after da Xiaoting" e todo mundo comemorou — Certo, antes de entrar, todos vocês precisam deixar seus celulares com a equipe de segurança. É proibido filmar ou fotografar qualquer coisa que aconteça do lado de dentro, entendido? Vamos aproveitar ao máximo sem problemas!
Algumas pessoas reclamaram, mas muitos não se importaram e logo foram entregar seus celulares nas mãos dos seguranças. Depois disso, começaram a entrar na casa, Xiaoting foi indicando onde era o bar, disse que tinha várias geladeiras estufadas de bebidas, comida liberada e um DJ aguardando no quintal para começar a festa. Ela também informou sobre o quarto master da casa, que ficava no segundo andar e tinha um enorme terraço com a hidromassagem. Nesse quarto apenas garotas poderiam entrar, nenhum homem era permitido no segundo andar. Muitas meninas adoraram a ideia e os garotos ficaram irritados, mas o que poderiam fazer se a ruiva estava organizando tudo aquilo e tinha enchido de seguranças?
Assim, eles se dispersaram para ir dançar, as bebidas da festa se misturaram com as que alguns tinham trazido, o DJ começou a tocar no quintal e Xiaoting subiu com Sakura e outras meninas para a festa privada delas no segundo andar. Ela ainda perguntou se Yunjin não queria ir junto, mas a garota negou gentilmente. Sabia muito bem o que iria rolar naquele quarto e não era nada de sua preferência...
Por falar nela, a Sim estava se sentindo esquisita. Tinha tido uma pequena discussão com Hanbin na saída do baile, ela tinha dito que queria ir ao after party, mas ele não podia acompanhá-la, tinha alguns negócios para resolver com seu pai àquela hora. Além disso, não achava que era uma boa ideia ela ir para tal festa, ainda mais sendo de quem era, podia manchar sua reputação que estava impecável. No entanto, Yunjin vinha se sentindo presa ultimamente, tudo o que fazia era regulado por ele e por sua agência, tinha perdido sua liberdade, estava sempre prezando pela imagem que carregava agora. Não era justo ver seus irmãos irem se divertir e ter que voltar para casa, por isso disse que iria de qualquer jeito. Como Hanbin não podia ir junto, ele apenas pediu para que ela não aprontasse nada, não estava com vontade de ter que esclarecer qualquer coisa amanhã, sua imagem seria arruinada também. Yunjin prometeu que iria se comportar, só iria dançar e se divertir um pouco, mas o clima ficou meio ruim entre eles.
Ela tinha recém pegado uma bebida e ido para a pista dançar com os demais quando eles viram uma movimentação estranha dos seguranças, Xiaoting foi chamada e desceu para verificar o que era. Logo depois, voltou com Eunchae ao seu lado, a garota tinha chegado atrasada porque ficou presa na sala do diretor por muito tempo, porém como tinha recebido o convite queria participar. Assim que a viram, os questionamentos começaram:
— Por que você jogou molho de tomate em todo mundo? Meu vestido está arruinado e custou uma fortuna! — uma garota perguntou enquanto apontava para a mancha em seu vestido.
— Eu não fiz nada, por que vocês acham que o diretor me liberou? Não foi minha culpa — ela deu de ombros.
— Então por que você estava lá em cima na hora que tudo aconteceu? — outra pessoa perguntou.
— Eu só estava olhando, não tinha vontade de dançar.
— Já chega! — Bahiyyih se meteu — Eunchae jamais seria capaz de fazer algo assim, parem de atormentar ela.
A Hong achou irônico que logo aquela pessoa a estivesse defendendo, mas aproveitou a oportunidade para fugir daqueles questionamentos. De longe, Ricky apenas a observava sem dizer nada.
Enquanto isso, Jungwon e Jake estavam dançando também. O Park tinha dito que descansou bastante no caminho até a mansão e queria colocar suas pernas para jogo de novo. O Sim sabia que não podia impedi-lo e como ele estava muito feliz, ficou dançando ao seu lado o tempo todo. Para Jungwon momentos como esse eram como ouro puro, sentia que finalmente era igual a todo mundo ao seu redor.
Mas nem todo mundo estava no clima para dançar. Jay tinha pegado um uísque e estava bebendo enquanto observava os demais dançarem no jardim. Àquela altura a festa já estava caótica, algumas pessoas já vomitavam, drogas circulavam abertamente e alguns já estavam jogados no gramado. Taesan também não estava dançando, então ele foi sentar ao lado do Park.
— Como pode ser que o garoto mais bonito da festa esteja aqui dando sopa?
Jay o espiou com o canto do olho e deu uma risadinha.
— Você não desiste.
— Por que eu desistiria de alguém que vale a pena? — ele deu uma piscadinha.
— Porque eu não estou interessado em me relacionar com ninguém agora.
— E quem falou de relacionamento? Eu só quero dar uns beijos, podemos dançar juntos... e se você quiser mais do que isso, estou de acordo — ele sorriu.
Jay balançou a cabeça e não disse nada. Algumas pessoas ao redor deles tinham ouvido a conversa e ficaram provocando Taesan por ter levado um fora, mas o mais novo disse que não iria desistir de jeito nenhum, até o final daquela noite o conquistaria. O Park virou o que restava da bebida em seu copo e o deixou falar, duvidava muito que fosse se interessar nele, nem bêbado isso iria acontecer.
Depois que levou um fora de Jay, Taesan estava grudado em Heeseung tirando dúvidas sobre o pessoal da escola e escutando algumas fofocas que ele tinha. O Lee estava, como sempre, se gabando de suas experiências, então o mais novo começou a desafiá-lo.
— Você pode ficar com qualquer garota daqui? — apontou para alguma aleatória — Que tal aquela?
Heeseung deu uma olhada, assentiu despreocupado e foi até lá. Taesan ficou observando curioso e em menos de dois minutos os lábios do Lee já estavam colados nos da garota. Quando voltou para sentar ao seu lado, havia um sorrisinho convencido em seus lábios. Enquanto isso, Nicholas apenas observava e balançava a cabeça.
— Muito bem — o mais novo olhou ao redor novamente e apontou para outra garota — E aquela?
— Qualquer uma dessa festa, eu te disse — ele deu de ombros — Só não vou me meter com as comprometidas, não estou a fim de estragar relacionamentos hoje.
— Uma garota comprometida ficaria com você?
— É óbvio.
Ele deu um sorrisinho de cafajeste e então levantou, foi até a outra garota e logo estava com as mãos na cintura dela e a beijava com vontade. Taesan pensou que ele realmente era bom no que fazia, como podia ser que garota nenhuma o rejeitava? Devia ser ótimo ser bonito, rico e popular. Ele tinha as duas primeiras coisas, então precisava ficar ao lado dele para ser popular por ali também.
— Viu? Não é à toa que falam que eu sou o cara com mais pegada da escola — Heeseung disse quando sentou novamente ao lado dele — Mas só estou fazendo isso porque ninguém tem um celular. Se meu pai visse isso, daria um belo escândalo.
— Certo, e quanto aos caras? — o mais novo provocou — Você disse que é bi, não?
— Hum — o Lee olhou ao redor — Mas quem? A Xiaoting convidou um monte de heteros idiotas.
Taesan olhou ao redor e então teve uma ideia.
— Você disse que qualquer pessoa dessa festa ficaria com você, né? — sorriu e apontou para trás — Então beije o seu segurança.
Assim que ouviu aquelas palavras, Heeseung arregalou os olhos e olhou para Nicholas, que estava parado ali olhando para ele, mas não fazia ideia da proposta que ele tinha acabado de receber.
Beijar Nicholas...? Ele poderia fazer, claro que poderia, o segurança não teria escolha a não ser aceitar. No entanto, por algum motivo que não entendia, não queria fazer isso.
— Não — negou com a cabeça — O Nicholas não.
— Por quê? Vai arregar? — o mais novo provocou.
Heeseung estava se sentindo muito esquisito, então não respondeu nada. Para sua sorte, um barulho chamou a atenção de todos e ele logo viu que Kazuha tinha caído de bêbada no chão. Ele a tinha perdido de vista mais cedo, parecia que ela tinha bebido um monte e nem sequer estava se aguentando. Ele fez menção de levantar para socorrê-la, mas Chaewon estava perto e foi mais rápida. Quando o Lee se deu conta de que era a mesma garota que estragou seu aniversário, ele ficou irritado. No entanto, se fizesse qualquer coisa, chamaria ainda mais a atenção para a situação e como ninguém parecia ter prestado atenção em quem socorreu Kazuha, ele disfarçou.
Chaewon levou a garota até o banheiro porque ela estava enjoada e logo a bailarina colocou tudo para fora no vaso sanitário.
Depois que a assistiu vomitar, a Kim sentou ao seu lado no chão e lhe ofereceu um copo d'água que tinha ido correndo buscar na cozinha. Kazuha agradeceu e estava uma bagunça, sua pele estava pálida e algumas lágrimas escorriam pelas bochechas.
— Se sente melhor? — ela acariciou as costas da outra — Agora que você colocou tudo para fora vai melhorar.
A Nakamura a encarou um tanto confusa.
— Eu não sabia que você estava aqui, eu não tinha te visto no baile...
— O baile é um evento idiota, então eu preferi não aparecer. Além do mais, só tinha uma pessoa com a qual eu gostaria de ir...
Kazuha a encarou e se sentiu muito triste, parecia que sua vida vinha desmoronando sem qualquer controle desde que chegou em Nova York. Chaewon podia entender seus sentimentos, então deu um longo suspiro, apoiou as costas no azulejo do banheiro e começou a cantar baixinho uma música que a outra não conhecia. Kazuha ouviu com atenção e quando ela terminou o refrão, disse que aquela era uma música que tinha começado a compor.
— Então Kim Chaewon é uma romântica que escreve músicas de amor?
A outra sorriu um pouco sem jeito.
— Talvez eu só escreva elas para você.
Kazuha sorriu também e pegou na mão dela.
— Me desculpa.
— Não tem nada pelo qual você deva se desculpar. Eu só sinto muito que você tenha que viver uma vida como essa, você merece ser feliz.
A bailarina assentiu e apoiou a cabeça no ombro dela, logo ficando em silêncio. Elas ouviam a música da festa abafada pela porta trancada e o cheiro ali certamente não era nada bom, mas por algum motivo ela se sentia confortada. Talvez fosse porque a mão de Chaewon era calorosa, ou porque seu canto era bonito, ou ainda porque aquela música era a declaração de amor mais bonita que já tinha recebido na vida. Tudo o que mais queria era poder viver todas essas coisas...
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Ricky tinha chamado uma tímida Bahiyyih para dançar e ela o acompanhou até a pista. Wonyoung e Sunoo não paravam de comentar que a relação dos dois parecia estranha, tudo bem que só tinham ido a um encontro, porém ambos pareciam robôs um ao lado do outro, era quase hilário. Ricky não sabia o que fazer, tampouco a Huening, mas porque aquilo tinha a libertado um pouco de tantos problemas que vinha tendo ultimamente, seus amigos estavam aliviados. Era melhor vê-la confusa naquele pseudo-relacionamento do que vê-la triste pela morte do pai.
— Isso é estranho — ela começou — Acho que preciso de uma bebida.
— Nem pensar — ele a freou — Você não se lembra o que aconteceu da última vez que bebeu? — o loiro apontou para suas roupas de marca.
Bahiyyih parou por um instante e então pensou sobre algo:
— Ei, por que a sua roupa não está manchada de molho? Nós dois estávamos na pista quando aquilo aconteceu — ela mostrou a mancha em seu vestido.
Ricky deu um sorrisinho.
— É lógico que ordenei que meu segurança me trouxesse uma roupa limpa antes de vir a esse lugar — ele deu de ombros — Você acha que Shen Ricky iria lavar sua roupa com uma mangueira?
A garota balançou a cabeça e por fim deu uma risada.
— Você é a pessoa mais estranha que eu já conheci. E acredite, eu vim do mundo dos ricos e conheci muitas pessoas estranhas.
— Vou levar como elogio.
Os dois sorriam um para o outro um pouco sem jeito e deram as mãos para dançar, mesmo que não fosse uma música lenta. Bahiyyih tinha muita curiosidade sobre aquela situação, então depois de um tempo voltou a falar:
— Você gosta de mim?
— Você acha que eu estaria dançando com você se não gostasse?
— Eu sei, é só que... são tantas coisas.
Ricky a ergueu pelo queixo para que olhasse em seus olhos.
— Você ainda tem uma longa dívida a ser paga comigo, mas podemos ficar juntos quando você não estiver engraxando os meus sapatos — ele provocou.
— Você é terrível, sabia? — ela riu.
— Parece que você gosta.
As bochechas da garota ficaram vermelhas, mas ela não respondeu. De longe, Eunchae observava os dois e se sentia cada vez mais decepcionada. Se as coisas continuassem assim, talvez o The Outsiders Club estivesse com os dias contados...
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Depois que Jungwon se cansou de dançar, Jake o levou para descansar e eles ficaram bebendo, conversando e rindo por um bom tempo. Quando o Park já tinha bebido o suficiente para que seu cérebro estivesse sem travas e sua língua mais solta, a questão na qual tinha pensado a semana inteira voltou à tona. Se não falasse com o namorado sobre isso hoje, não sabia quando teria coragem de novo.
— Jake... — ele o chamou e deu um soluço.
O outro o encarou e apertou sua bochecha, ele estava todo vermelho agora pelo álcool e pelos pensamentos que tinha em mente.
— O que foi? Ah, você está tão fofo.
— Não estou — ele fez bico — Você só me acha fofo...
— O que eu devia achar?
Ele olhou para alguns garotos dançando ao longe, respirou fundo e então confessou:
— Sedutor. Aposto que você não fica excitado quando me vê...
Jake ficou pensando se ele estava bêbado o suficiente para não estar entendendo o que o outro dizia ou se ele tinha mesmo dito isso. Era tão inesperado que ele teve uma crise de riso e isso deixou Jungwon ainda mais irritado.
— Vê? Você não me leva a sério... Vai dormir com o Heeseung então, aposto que você sente saudade! — ele fez bico de novo.
— Eu achei que você estava brincando...
— Eu pareço estar?
Quando percebeu que aquilo era sério, ele mudou sua postura.
— Desculpa, eu não devia ter dado risada. Eu estou bêbado...
Jungwon ficou em silêncio depois disso, estava muito envergonhado agora e não sabia o que dizer. Por isso, quem retomou a conversa foi o Sim.
— Eu, na verdade, não tinha pensado sobre isso — foi sincero — Por causa da sua condição... não tem nada a ver com te achar fofo.
As bochechas do Park coraram ainda mais.
— Esses dias quando estávamos dormindo juntos... eu senti umas coisas — confessou tímido.
Jake não esperava ouvir isso, então seus olhos se arregalaram.
— Então você pode... fazer isso?
— Eu acho que posso... mas não sei se você vai gostar... eu não sei fazer nada e você namorou o Heeseung...
— Ei, para de trazer o meu ex-namorado para a conversa — Jake pediu, odiava quando ele se comparava.
— Mas ele tem muita fama e eu sou... virgem... — confessou tímido.
O Sim deu um sorrisinho.
— Eu prefiro assim — ele limpou a garganta um pouco envergonhado — É legal ser o seu primeiro.
Jungwon não esperava ouvir isso, então ele ficou surpreso.
— E eu também não sou nada experiente — ele logo se corrigiu — Então não espere muito.
— Eu nem sei o que esperar...
Jake sorriu travesso, mordeu o lábio inferior e então olhou ao redor.
— Quer tentar?
Como o outro queria, nem conseguiu negar. No segundo seguinte, o Sim o pegou pela mão e os dois foram procurar um quarto vazio no imenso corredor. Depois de várias tentativas, acharam um que não tinha ninguém. A essa altura, metade das pessoas já estava desmaiada pelos cantos, dormindo pelo jardim, no chão da sala, tinha gente até por cima do balcão da cozinha. Jake não estava pensando em mais nada quando pegou o namorado nos braços e o jogou na cama. Ele tinha certeza absoluta de que era graças ao álcool que não estava nervoso, se sentia confiante e excitado. Se fosse em qualquer outra situação, estaria morrendo de vergonha e tremendo, não era como se nunca tivesse pensado sobre isso ou que não tivesse ficado excitado quando o beijava, mas sabia as condições dele e não queria forçar nada.
— Que bom que você falou sobre isso — disse quando subiu por cima dele na cama — Eu estava morrendo por esse momento.
— É sério? — o Park ficou surpreso.
— Bobo, você acha que eu não sinto coisas quando te beijo? — ele confessou e colou os lábios aos dele para um beijo mais sensual do que costumavam dar.
Enquanto se beijavam, ele começou a desabotoar a camisa do mais novo, botão por botão, até por fim conseguir se desfazer dela. Depois, tirou a própria camisa de qualquer jeito e a jogou longe, logo avançando para o pescoço dele para enchê-lo de beijos e deixar algumas marcas ali. O Park sentiu aquilo de novo, a parte debaixo de seu corpo estava tão viva agora, podia sentir suas pernas e algo dentro da cueca. Era a primeira vez na vida, então não podia deixar de se sentir maravilhado por isso.
Perto dali, um segurança tinha se aproximado de Jay e o chamado para o lado de fora. Eles disseram que seu celular não parava de tocar e tinham descoberto que o aparelho era dele porque estava junto de sua carteira com os documentos. O Park pegou o celular confuso e viu que havia mais de quinze chamadas de seu pai e logo ficou preocupado, será que tinha acontecido alguma coisa?
No quarto, Jake tinha descido pelo peitoral do namorado e removeu sua calça com cuidado. Ele ficou satisfeito quando viu que o outro tinha razão no que confessou, pelo visto seu corpo agora estava funcionando — e muito bem — como o de qualquer pessoa. Sendo assim, não pensou duas vezes antes de tirar sua cueca e lhe proporcionar sensações que não conhecia.
Jay estava procurando um quarto silencioso para poder falar com seu pai no telefone, não conseguia nem entender o que ele dizia porque a música daquele after estava alta o tempo inteiro. Ele começou a abrir as portas dos milhares de quartos daquela mansão e alguns estavam trancados e em outros apenas se deparou com pessoas bêbadas nuas em situações que preferia não ter visto. Estava quase desistindo de encontrar algum espaço silencioso naquela casa quando abriu a última porta do corredor.
Assim que viu quem estava ali, pôde jurar que aquela tinha sido a pior escolha que fez em seus quase dezoito anos de idade. Para seu completo pavor, viu o ex-namorado nu deitado na cama, com Jake por cima dele fazendo algo que era a última coisa que esperava ver em vida. Aquilo foi tão chocante que ele travou no lugar e os outros dois também estavam com os olhos arregalados, tanto que nem tiveram tempo de se cobrir ou algo assim. Quando Jay finalmente voltou a si, ele pediu desculpas sem jeito e saiu correndo, batendo a porta atrás de si.
Então Jungwon podia fazer coisas assim agora? Ótimo, teria pesadelos com isso pelo resto da vida.
Nada, absolutamente nada no mundo era pior do que pegar seu ex-namorado fazendo sexo com outra pessoa.
Jake e Jungwon estavam paralisados enquanto olhavam um para o outro. Não era possível, aquilo só podia ser uma piada do destino, não fazia o menor sentido. Tinha mais de oitenta pessoas naquele after party e justamente Park Jay tinha entrado por aquela porta e pegado Jake com as partes íntimas de seu ex-namorado dentro de sua boca. Quase dava para rir.
— A porta... — Jungwon engoliu em seco — Por que a gente não trancou?
O Sim não soube dizer, provavelmente era porque estavam bêbados e entusiasmados e nem pensaram nisso. Nos outros quartos tinha gente na mesma situação, mas tinha sido uma grande burrada mesmo, uma tão grande que estragou completamente o clima. Depois disso, nenhum dos dois tinha vontade de mais nada.
— É melhor assim... — Jungwon falou enquanto colocava suas roupas de volta — Vamos fazer isso quando não estivermos bêbados, eu prefiro me lembrar de tudo depois.
Jake assentiu, mas aquilo não fazia aquela situação embaraçosa nem um pouco melhor. O pior de tudo era que nenhum deles tinha coragem de sair do quarto depois disso, por isso ficaram um bom tempo sentados na cama em silêncio...
Jay tinha conseguido falar com seu pai, ele tinha ouvido falar sobre a situação do molho de tomate no baile e estava preocupado, especialmente por Wonyoung, sabia que a filha poderia cometer um crime se alguém sujasse o vestido de marca que ele havia dado a ela de presente. Ficou ainda mais nervoso quando não conseguiu falar com ela pelo telefone, então Jay explicou que era porque no after eles não podiam usar o celular e que Wonyoung não matou ninguém porque felizmente não estava na pista na hora que o molho de tomate caiu.
Depois que ele levou o celular de volta aos seguranças, voltou para a sala e ficou pensando no que tinha acontecido. Como sua expressão estava muito esquisita e seus amigos acharam que algo sério tinha acontecido, ele confessou a cena que tinha acabado de ver. Assim como esperava, os dois deram risada.
— Vão rindo, queria ver se fosse você — apontou para o Lee — Vendo o seu ex chupando o pau de outro, ou você — apontou para o Park — Vendo o seu irmãozinho ganhando uma mamada.
Ao pensar sobre isso, o sorriso dos dois se desfez. Era realmente perturbador, quase uma cena de filme de terror, como podia ser que o destino tivesse feito Jay presenciar logo algo assim?
Heeseung ainda estava refletindo quando algo lhe chamou a atenção: havia duas garotas ao redor de Nicholas e estavam puxando assunto com ele. No mesmo instante seus pensamentos se dispersaram e ele ficou prestando atenção, agora nem sequer ouvia mais o que Jay falava. Aquelas meninas estavam muito próximas e quando tocaram nos braços dele, ele levantou e foi até lá.
— Com licença — tirou as duas do caminho — Meu segurança está trabalhando.
As duas o encararam irritadas e depois saíram resmungando. Nicholas deu um sorrisinho fraco e agradeceu.
— Desculpe senhor, elas que vieram conversar... eu sei que não devo me distrair no meu trabalho, por isso peço desculpas.
Não tinha nada a ver com isso, o Lee não ligava a mínima que ele se distraísse no trabalho. No entanto, podia ser qualquer distração, menos aquela. É claro que não iria admitir "Nicholas, estou com ciúmes dessas mulheres bonitas ao seu redor", então entrou no jogo dele.
— Sim, você está proibido de conversar com qualquer pessoa que não seja eu nessa festa — ordenou.
— Sim, senhor — ele assentiu.
Heeseung não queria admitir isso também, mas adorava essa submissão dele.
Jay, obviamente, não lidou bem com aquela situação. Não tinha como ficar de boa e estava tendo pensamentos que o perturbavam. Estava se esforçando para superar aquele relacionamento, mas não conseguia parar de pensar que Jungwon estava perdendo sua virgindade com outra pessoa. Sabia que era estúpido, por isso tentou afugentar bebendo tudo o que via pela frente.
Quando ele foi para a pista de dança, Taesan foi atrás. Ele não tinha ouvido sobre a situação pela qual ele tinha passado, achou apenas que o Park tinha finalmente decidido se divertir naquela festa e pensou que poderia tirar algum proveito disso. Ele dançou ao seu lado e Jay retribuiu, não estava pensando muito sobre nada, apenas queria deixar de pensar naquelas coisas. Assim, eles dançaram colados um no outro, para a alegria do mais novo.
Algum tempo depois, ouviu falar de um tal "quarto dos garotos", tinham organizado isso para imitar o que Xiaoting tinha feito no quarto de cima. Era um quarto só para gays ou bissexuais, é claro, como todo mundo desse círculo se conhecia, sabiam quem era hetero e não deixaram entrar — tinha hetero querendo entrar só para ser preconceituoso. Jay não era do tipo que fazia essas coisas, não dormia com caras aleatórios — tinha feito só com EJ, mas considerava diferente porque o namorou depois. Ali, se fosse para o tal quarto, iria só para transar e acabou, não queria se envolver com ninguém. Ainda munido da necessidade de tirar aqueles pensamentos de sua mente, ou no fundo achar que doeria menos pensar que Jungwon estava perdendo sua virgindade com outro cara se ele mesmo estivesse transando com alguém, foi até o quarto dos garotos.
Ele ficava do outro lado da mansão, um que estava mais silencioso agora porque era mais distante. Quando entrou lá, viu que na verdade era uma sala que tinha três quartos dentro. Aquela casa era tão imensa que tinha todo o tipo de coisa, então ele ficou surpreso. De cara viu alguns garotos ficando aqui e ali, outros conversando e duas portas dos quartos estavam fechadas. Tinha bebida e música própria ali dentro, não era um ambiente ruim. Tão logo tinha entrado, Taesan apareceu e atrás dele veio um outro garoto. Ele sabia que o Park mais novo iria tentar de novo e ficou pensando se deveria dar o troco, será que Jungwon se sentiria incomodado se soubesse que ele dormiu com seu meio irmão? Ou será que ele era o único bobo achando que ele ligava para com quem ele fosse passar a noite?
Estava prestes a ir na direção de Taesan quando o garoto que entrou atrás dele o segurou pelo braço. Ele não o conhecia, talvez fosse do segundo ano. Era um garoto bonito, bem do seu tipo, então ficou interessado. Eles logo começaram a conversar e pegaram uma bebida, Jay estava se sentindo um pouco perturbado, ele não sabia se era porque já tinha bebido demais e passou do seu limite, mas estava até um pouco tonto. A conversa era puro flerte, o garoto era bom de lábia e logo tinha caído em sua conversa. Estava tão bêbado que quando ele indicou o quarto vazio com a cabeça, não pensou duas vezes antes de acompanhá-lo até lá.
Tinha finalmente conseguido o que queria.
Taesan esteve tirando fotos de Jay escondido o tempo todo, não apenas ali dentro, como durante o after inteiro. Ele tinha conseguido enganar os seguranças e entrou com seu celular, porém não estava interessado em mais ninguém além daquela pessoa, por isso o fotografou e filmou escondido diversas vezes. Até mesmo ali dentro, enquanto ninguém via, tinha tirado fotos dele. Tinha até pensado em avançar, porém outra pessoa tinha se metido em sua frente e como era novato não quis causar confusão, precisava manter uma boa reputação em Nova York, não queria ter que fugir de lá como fugiu de Londres. No entanto, estava fervendo de raiva quando viu Jay ir para o quarto com aquela pessoa, tanto que até deu as costas e saiu de lá.
Parecia que todo mundo estava se dando bem naquela noite, menos ele. Assim que voltou para a sala, viu seu meio irmão mais velho aos beijos com uma garota bonita. Wonyoung tinha arranjado uma companhia para Sunghoon assim como prometeu e o loiro tinha achado a garota atraente, então aceitou ficar com ela. Se sentia quase enferrujado, fazia tempo que não ficava com alguém em uma festa, tinha vivido os últimos meses obcecado em tudo que envolvia a ex-namorada. Aquilo, no fim das contas, não significaria nada, é claro. Era só aproveitar para beijar uma menina bonita mesmo.
Yunjin estava sentada perto dali e olhava enquanto os dois se beijavam. Depois de um tempo disso, Wonyoung sentou ao seu lado com uma bebida em cada mão e colocou uma delas na mão da garota. A Sim agradeceu, mas só bebeu um gole.
— Não vou te envenenar — a Park riu.
— Não tinha pensado nisso — Yunjin revidou e deu um sorrisinho.
— Você está vivendo uma vida glamourosa agora, né? Eu te vi na passarela, você estava muito bonita — Wonyoung sorriu de volta — Sabe, eu sempre quis ser modelo, tenho altura para isso e tudo, mas o daddy disse que é uma profissão muito difícil e não queria que eu tivesse que sofrer...
— Hum — a Sim assentiu — É difícil. Há muita pressão, preciso fazer dieta o tempo inteiro, tiram as minhas medidas toda a semana e sempre tem esse discurso de que eu preciso melhorar.
— E por que você está fazendo isso?
— Eu não odeio isso e eu gosto de estar na passarela, sinto que finalmente sou boa em algo e que posso ajudar a minha família com o meu trabalho.
Wonyoung ouviu em silêncio e então assentiu. Agora que trabalhava na loja de roupas para poder criar sua filha, ela entendia perfeitamente qual era o sentimento no coração da outra.
— Espero que você realize todos os seus sonhos.
— Obrigada — Yunjin sorriu — Você também.
— Eu já estou — ela sorriu de volta e então olhou para Sunghoon, que ainda beijava aquela menina — É isso que está te deixando triste?
A Sim não esperava falar diretamente disso, então desconversou.
— Eu tenho um namorado agora.
— Mas você ainda gosta dele, né? Eu posso ver nos seus olhos.
Yunjin não respondeu, apenas abaixou a cabeça e ficou olhando para a bebida dentro do copo.
— Ele não vai estar disponível para sempre — Wonyoung continuou — Sunghoon é uma pessoa incrível, mesmo com os defeitos dele. Eu espero que vocês possam ficar juntos de novo...
— Agora é difícil... — o semblante da Sim estava bem fechado.
— É porque o seu atual namorado pode te dar mais coisas, não é?
Ela não imaginou que a Park pudesse entender, então ficou bastante surpresa. Wonyoung deu um sorrisinho e pegou em sua mão.
— Fazemos o que temos que fazer pela nossa família, eu entendo.
— Você amadureceu bastante — Yunjin sorriu.
— Você também.
Dito isso, as duas olharam novamente para Sunghoon. A vida estava passando muito depressa, dentro em breve seriam adultos. Aqueles dias da adolescência nunca mais voltariam, será que valia a pena deixá-los passar desse jeito?
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Estava quase amanhecendo e agora a maioria das pessoas dormia pelos cantos, alguns tinham caído de bêbados ou por conta de drogas, outros tinham dormido e acordado de novo, tinham até voltado para dançar com a música que ainda tocava mesmo que o DJ já tivesse ido embora. Xiaoting tinha considerado o seu after party um sucesso, especialmente o seu "quarto das garotas" tinha entregado tudo o que ela queria.
Heeseung ainda não tinha dormido, ele estava sentado no gramado e tinha obrigado Nicholas a sentar ao seu lado. Talvez porque tinha bebido demais, sua mente estava cheia de pensamentos estranhos. Ele não queria falar sobre eles, por isso apenas apoiou sua cabeça no ombro do outro e fechou os olhos. Nicholas engoliu em seco por conta da proximidade, mas não se mexeu.
Eles ficaram um longo tempo em silêncio daquele jeito até que o Lee ouviu uma voz que conhecia muito bem. Quando abriu os olhos, viu Jake e Jungwon andando de mãos dadas, os dois sentaram na beira da piscina para molhar os pés e conversar, depois do que aconteceu finalmente tinham criado coragem para ficar do lado de fora, mas nenhum deles conseguia dormir. Heeseung ficou olhando para as costas dos dois e lembrou do que Jay tinha visto mais cedo.
Depois de vários minutos apenas os observando, ele viu quando o Park levantou para buscar algo para comer. Seus olhos ainda estavam nas costas de Jake quando se voltou para o segurança:
— Nicholas, você tem pensamentos intrusivos?
— Hum, às vezes — o segurança foi sincero — Por quê?
— Eu tenho um agora — ele confessou — E ao contrário dos demais, preciso colocá-lo em prática.
Sem dizer mais nada, ele levantou e correu. Antes que Jake pudesse se dar conta de qualquer coisa, foi jogado dentro da piscina.
— Ei! — o Sim reclamou quando colocou a cabeça para fora da água.
Heeseung estava parado na borda da piscina dando risada, por algum motivo aquilo tinha lavado sua alma. No entanto, ele não tinha visto que Jungwon tinha se aproximado, tampouco que usou toda a sua força para empurrá-lo por trás e jogá-lo dentro da piscina. Assim que ele afundou, Jake caiu na gargalhada e fez sinal positivo para o namorado, que estava satisfeito, sempre quis aprontar para cima do Lee. Quando voltou para a superfície, ele estava irritado, perguntou por que Nicholas não fez nada e já tinha saído para correr atrás de Jungwon quando foi empurrado de novo, dessa vez por alguém que veio do outro lado. Dessa vez, era Sunghoon quem estava rindo na borda da piscina, mas ele nem teve tempo para rir muito porque o irmão mais novo logo o tinha empurrado na água também. Jungwon estava se gabando de ter empurrado os dois quando sentiu as pernas fraquejarem e logo já tinha sido arremessado dentro d'água por um Niki que dava risada. Mas o Sim não ficou muito tempo ali, logo foi empurrado pela irmã na água, que depois foi empurrada por Wonyoung. Parecia que a brincadeira tinha atraído as pessoas ainda acordadas até ali e uma a uma elas estavam enchendo a piscina. A Park foi empurrada por Sunoo, que se jogou na água logo atrás dela. Taesan ainda conseguiu jogar Jay antes de se jogar também, para finalizar a situação caótica. Todos estavam jogando água e se divertindo, era o final de festa perfeito. Ali, enquanto dividiam aquele momento — mesmo que fosse até um pouco brutal pelo tanto de água que jogavam um no outro e as brincadeiras de se afogar — parecia que todos os problemas que tiveram nos últimos tempos tinham sumido e agora eram apenas adolescentes bobos brincando no final de uma festa.
O sol já estava nascendo quando eles saíram da água e se secaram para dormir um pouco. À essa altura não tinha mais ninguém acordado além deles e a música tinha finalmente parado. Jay ainda estava estranho enquanto olhava para Jungwon e Jake e Yunjin ainda tinha um olhar pesado na direção de Sunghoon, mas as coisas estavam menos ruins agora.
Quando finalmente pegaram no sono, pareceu que pouco tempo tinha se passado, mas já eram duas da tarde quando Jay ouviu uma perturbação e foi acordado por alguém o sacudindo. Ele estava sonolento, por isso ficou confuso quando se deparou com vários olhares ao seu redor, especialmente o de sua irmã mais nova. O que tinha acontecido? Tudo o que sentia agora era sua cabeça latejar.
— Irmão — ela o sacudiu pelo braço e parecia a ponto de chorar.
— O que aconteceu? — ele tinha adormecido no sofá, então sentou confuso.
— Uma coisa bem chata... — Sunghoon pegou seu celular e entregou na mão dele — Infelizmente você tem que ver isso, está por todo canto.
O Park pegou o aparelho e deu uma olhada. A princípio, não entendeu o que era, até por fim se deparar com a imagem mais chocante que poderia ver, muito pior do que o ex-namorado na cama com outro: ali, diante de todo mundo, ele estava nu e sentado em um cara, que não aparecia na filmagem. Era uma sex tape, mas apenas ele tinha sido estrategicamente filmado e agora aquilo tinha sido espalhado por toda a internet.
Ele rapidamente largou o celular e olhou confuso e envergonhado para todos à sua volta, sem saber o que dizer ou o que fazer. Tinham armado para ele, é óbvio. No entanto, ele nem sequer se lembrava quem era aquela pessoa com a qual tinha dormido noite passada...