Castlevania - Entre Vampiros

By __Baby__Jauregui__

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Drácula conseguiu o que queria, uma grande parte de Bucareste eram vampiros. Todos pensavam que o mundo estar... More

Prólogo - O inferno na terra
Capítulo Um - Belmont
Capítulo Dois - Uma profecia
Capítulo Três - Biblioteca Belmont e Feiticeiros
Capítulo Quatro - Vampire Killer
Capítulo Cinco - Mestre Forjador Demoníaco
Capítulo Seis - Cuidado Onde Pisa
Capítulo Sete - Parceiros de Batalha
Capítulo Oito - Ser Humano Infitetico
Capítulo Nove - Matar o Imortal
Capítulo Dez - Lauren Tepes
Capítulo Onze - Outros Olhos
Capítulo Doze - Uma Melodia Gritante
Capítulo Quatorze - Saint Germain e a Chave do Alquimista
Capítulo Quinze - Sedução e Desejo
Capítulo Dezesseis - Foi Só Uma Mordida
Capítulo Dezessete - Castelo do Conselho Vampírico
Capítulo Dezoito - Uma Amiga de Longa Data
Capítulo Dezenove - Conselho das Irmãs (Parte 1)
Capítulo Vinte - Conselho das Irmãs (Parte 2)
Capítulo Vinte e Um - Mensagens e Descobertas
Capítulo Vinte e Dois - Baile e Verdades Cruas

Capítulo Treze - Deixar Saber

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By __Baby__Jauregui__

Olá cubos de gelo ou eu deveria chamá-los de pequenos vampiros? Bom, é nesse capítulo que finalmente teremos coisas mais intensas, para deixar o clima mais agradável, escutem a música enquanto leem, se preciso, olhem a tradução dela. 

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Lauren Tepes Jauregui's Point of View

Mais uma semana se passou e eu olho você Belmont, mesmo quando fecho meus olhos você está lá, a cama que deito-me a noite é fria. Por quais motivos me deixou sozinha, por que não me diz o que sente? Quem é você de verdade? São tantas perguntas... Por que está me deixando queimar sozinha? O amanhã vem e vai antes que eu perceba.

Eu olho para você e só enxergo um belo anjo, e então eu só preciso que você saiba. Todas as vezes que tento contar o que sinto você esquiva, é como se percebesse meus planos antes mesmo que eu os execute. Você parece ser o sangue que escorre por entre meus dedos, não consigo segurar você em minhas mãos, isso me quebra.

Seus olhos falam comigo, sussurram que você é única para mim, preciso demonstrar isso. Acho que quando eu olhei para você e você olhou para mim sentimos o trovão, uma verdadeira conexão, eu colocaria montanhas aos seus pés se assim desejasse, devo ser mais direta? Olhe para mim, veja como meu rosto se torna ao encarar você. Nada mais que orgulho e amor, um amor proibido que brota em meu peito, quente de mais para tentar esfriar, quebrando minhas paredes, atravessando meus rios, você é impossível Belmont.

E aqui estou eu, deitada de lado em minha cama, olhando a parede branca e o vento soprando as cortinas, um vai e vem, uma dança. Me daria a honra de dançar com você? Posso compor uma música para nós, posso escrever poemas, um livro quem sabe? Os anjos estão cantando em meu ouvido, tornando-me impaciente, deixando-me maluca.

Eu queria que as horas passassem mais devagar, como já são seis horas da manhã? Em que universos pensar em você me levam? As vezes palavras não são o suficiente, talvez eu deva prender você, fazer com que seus lábios toquem os meus, leva-la a loucura, delírios de amor.

Eu só preciso te deixar saber.

[...]

Caminhei pelos corredores tentando encontrá-la, em minhas mãos uma rosa vermelha e uma adaga mágica, um presente. Lembro-me quando era criança e meu pai mostrou está adaga para mim, dizia ele que fazia parte da família Belmont e foi perdida há muitos anos com as tentativas de matá-lo.

A adaga ficou preservada e em segurança, sua lâmina já não era tão afiada como antigamente, mas creio que Camila irá saber o que fazer para concerta-la e deixar com que ela fique novinha em folha. Demorei para finalizar pequenos ajustes, a bainha da adaga foi completamente personalizada por mim nas noites em que meus olhos não fechavam para um descanso.

Estava tudo em ordem, pronto para chegar nas mãos da nova dona. Encontrei Ally pelo caminho concentrada, lia um livro da biblioteca que tínhamos neste castelo. Capa escura, livro mágico. Não atrapalhei ela como de costume e ela nem mesmo reparou que eu passava ao seu lado, todas duas em objetivos muito diferentes.

Já na sala principal Adrian estava sentado de frente para o piano, tocava uma melodia calma, porém não era ela. Suspirei alto o suficiente para atrair os olhos dourados do meu irmão para mim. Ele sorriu, as presas salientes.

- Deseja algo? - Apontou para o piano, como se me pedisse para escolher uma música.

- Uma das suas. - Falei. Adrian já compôs muitas músicas, era uma paixão de criança, nossa mãe Clara tentou ensinar para nós dois a arte do piano, mas como sempre, Adrian se interessou bem mais do que eu.

Cozinhar, tocar instrumentos, manter coisas organizadas... isso era Adrian. Eu era mais um furacão, nunca gostei de cozinhar, mesmo que eu soubesse como e quais ingredientes eram os melhores, toco apenas de vez em quando e em quesitos de organização eu era péssima. Eu e meu irmão poderíamos ser considerados filhos de pais diferentes.

- Sabe onde está Camila? - Perguntei após o final da música.

- Eu a vi saindo do castelo, deve ter ido até o comedor de grama. - Comedor de grama era Fúria, o cavalo que Camila tanto amava. Tentei ajudá-la com o medo do animal, mas não serviu muito, Fúria era o cavalo mais medroso que já encontrei. Porém tenho planos de mudanças para o medroso Fúria de Camila.

- Tudo bem... - Sorri e fui até a entrada do castelo. A avistei de longe, Fúria estava deitado no chão e ela sentada apoiada no tronco do animal, pareciam conversar sobre alguma coisa, como se o animal fosse respondê-la. Falava baixinho para não chamar a atenção de ninguém. Não forcei meus ouvidos para entender eles, seria muito desrespeito, hoje em dia eu não precisava xeretar mais nada da Belmont cabeça quente que tanto tomava conta de meu ser. - Olá! - Já perto dos dois pude ouvir o som assustado vazar dos lábios de Camila.

- Lauren! - Seu rosto ficou contorcido.

- Desculpe, não foi minha intenção assustar você. - Dei a volta em Fúria ficando agora cara a cara com a Belmont. - Posso me sentar? - Aponto para o lado dela com a cabeça, recebo apenas um balançar de cabeça em concordância dela e me sento.

Já ao lado dela estendo a rosa, sua mão captura-a da minha e cheira as pétalas.

- Obrigada. - Ela sorri, seus olhos diminuem e os dentes brancos chamativos tiram de mim um sorriso de volta. Me apoio no cavalo e respiro fundo enquanto encaro o rosto focado na rosa vermelha que eu trouxe.

Os raios de sol batiam na pele deixando-a brilhante, seu rosto fino e bem marcado puxavam de mim uma energia diferente, onde tudo que eu mais desejava era só olhar para ela, observar seus mais sutis movimentos como uma louca sem controle.

- Tenho mais uma coisa. - Estendo a adaga.

- Uma adaga? Não achou as espadas o suficiente?

- Para você eu daria qualquer coisa. - Nada. Sua face não demonstrou nada. Sem aberturas, uma pedra sem rachaduras. Talvez eu deva bater com mais intensidade. Socar até que rachasse.

- Bom.. - Ela desembainhou a peça. Seus olhos arregalaram ligeiramente.

- Onde conseguiu isso?

- Estava entre as coisas de meu pai. Ele contou para mim que era de um Belmont... Achei que seria ideal dar ela para você...

- Oh Lauren... Isto era do meu avô! - Ela sorriu. Seus braços circularam meu pescoço, o corpo magro apertou-se contra o meu. Sorri e a abracei de volta, sentindo o calor, o toque gentil de nossas peles e nossos peitos subindo e descendo pela respiração.

- Eu não sabia, mas agora ela volta para a família que pertence. - Falei depois que o abraço acabou, sua face ainda me encarava. Estávamos próximas o suficiente para que eu sentisse o respirar dela bater contra meu rosto.

Os olhos castanhos miravam os meus, misteriosos e silenciosos. Não aguentei em focar apenas nisso, abaixei meu olhar para os lábios vermelhos e carnudos, tinham a aparência macia e quente.

O silêncio agora não era incômodo, parecíamos pensar de mais, sentir de mais. Voltei meus olhos para os dela percebendo assim que ela também focou nos meus lábios. Era minha chance... Aproximei minha face devagar, como um felino caçando, ela não recuou, mas em resposta ao meu ato umedeceu os lábios.

Meus olhos fecharam e tomei eles para os meus. Um toque gentil, macio, sem pressa, um deslizar suave como o canto de um pássaro pela manhã. Ela levou as mãos ao meu rosto, os dedos quentes, minhas mãos tomaram a cintura dela para mim, uma posse subtendida.

Nunca senti-me tão bem antes, tê-la em meus braços, beijando seus lábios, sentindo-a retribuir, aquela sensação de calor no peito era algo nunca antes experimentado, mas que já estava marcado em minhas memórias e em minha alma.

Necessidade. Eu tinha necessidade de mais quando ela se afastou de mim. Seus olhos ainda fechados, como se tentasse crer que foi realmente aquilo que aconteceu. Respirei mais fundo quando os castanhos agora mais escuros me encararam.

- Lauren...

- Camila...

Falamos ao mesmo tempo, como se o tanque para lavarmos a roupa suja fosse estreito de mais, era como tentar apagar o fogo de uma casa com um único balde de água. Estávamos ainda abaladas com o rumo das coisas. Não esconderei tão pouco que isso já não existia em meus planos, beijá-la foi maravilhoso e eu esperava que nela o sentimento fosse o mesmo, intenso e sem brechas para conclusões erradas.

- Isso que aconteceu... - Ela continuaria, seu rosto finalmente formou algo. Percebi o medo rondando.

- Foi maravilhoso Camila, não ouse soltar mentiras, sei que gostou assim como também gostei! Pare de fugir de mim, fugir de si mesma, por favor... - Segurei uma das mãos dela entre as minhas, desespero claro vazando na minha voz. Depois de tantos passos dados, voltar até metade do caminho para mim já não era mais possível.

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Eita que eu não andei, corri. Espero as estrelinhas e os comentários, ajudando a autora aqui a crescer. Toda segunda um capítulo novo!

Vão todos me seguir no twitter, o link está no meu perfil.

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