Anna Estrella ✨
O que ela quis dizer com aquilo? Sim, eu fiquei pra escutar a conversa. Depois que eu vi que a irmã da Bella estava de alguma forma debochando de mim, não aguentei e fiquei.
Não é difícil notar quando uma pessoa não gosta de você, e aquela confirmação da Luísa não gostar de mim por conta do Filipe, só fez mais sentido agora.
Ela gosta dele, e pra ela não é só uma transa como o Filipe gosta de constatar. Fico é triste por ela, não se valoriza e tá passando por essa humilhação.
Após me ajeitar, dou um suspiro um pouco nervosa. Na verdade, não sei o porquê disso, não é como se eu nunca fosse pra uma escola. Só perdi o último ano, e posso terminar agora.
Conferindo se não tou esquecendo de nada, deixo um sorriso transparecer agora e saio do meu quarto. Estava com um pouco de fome, e não sei se o Filipe já foi pra boca.
Provavelmente deve ter ido.
Passando pela a sala, arqueio a sobrancelha vendo ele sentado, agora no novo sofá. Depois de ter dito que não ia mais se sentar no antigo, nem demorou três dias e ele já havia achado um, e bem mais bonito.
Deve ter sido caro.
Anna: O que tu tá fazendo aí? - pergunto chamando sua atenção pra mim.
Ret: Te esperando, pô. - Me olhou e se levantou. - Vou te levar.
Anna: Não precisa. - Falei negando. - A escola não é aqui no morro, é fora. Quer mesmo se arriscar? - perguntei e ele revirou os olhos.
Ret: Idai? Não me importo de sair daqui. - Deu de ombros. - Vai ser rápido, não é? Então deixa de onda e me deixa te levar. - Falou.
Anna: Sei não, ainda acho que é arriscado e a Bella... - falei mas fui interrompida.
Ret: Já falei pra ela que vou te levar. - Se aproximou de mim, e pude reparar mais nele agora.
Tinha tomado banho, e estava cheiroso, e infelizmente gostoso também. Meu jesus!
Ret: Ou tu só tá desse jeito, por causa do Daniel? - Zombou e eu revirei os olhos.
Havia só passado quatro dias, mas pra ele não é nada, já que passou esses dias me perturbando só por está sendo amiga do Daniel.
Eu admito que ele é lindo, mas nunca ficaria com ele. Não o vejo dessa forma. E aliás, eu só o vejo no restaurante da mãe dos dois.
O que me faz questionar, porque ele vai tanto lá. Claro que sua mãe tá lá, mas ela disse que ele nunca foi tão frequente assim por lá. E é verdade, agora eu estou curiosa.
Anna: E o que ele tem haver com isso? - Arqueei a sobrancelha.
Ret: Ué tu não virou amiguinha dele? Só vive com ele agora. - Balançou os ombros, e quase pude jurar ver uma pitada de ciúmes passar entre seus olhos.
Anna: Continua sendo nada haver. - Ajeitei a alça da minha bolsa, e soltei um suspiro. - Tá, tá, se eu falar que não, tu vai insistir de qualquer maneira. - Falei e ele deu um sorriso de lado.
Ret: Boa escolha, agora vamos mandada, não temos o dia todo. - Pegou na minha mão, me puxando dali para sairmos de casa.
Filho da puta, eu nem tomei café da manhã.
Passamos pelos vapores e dei um bom dia que nem foi correspondido, então morre tudinho.
Tou sendo educada pra nada.
Ret: Sobe aí. - Falou subindo na moto dele, colocou o capacete e me entregou um. - Vai ficar parada olhando pra minha cara? - Perguntou.
Dei no seu braço e subi resmungando, nem queria ir de moto, mas fazer o que.
Anna: Eu nem comi! Deveria ter me esperado. - Falei agarrando sua cintura.
Ret: Eu conheço um lugar aonde podemos tomar café da manhã. - Deu partida na moto, e quase me arrependi de ter aceitado vim com ele.
Anna: Vai devegar filipe, quer nos matar? - Reclamei e ele acelerou mais. - Não,pode deixar, que quem vai te matar sou eu quando pararmos. - Disse e pude escutar sua risadinha.
Ret: Medrosa! - Falou alto, por conta do vento que estava muito forte, também né, essa velocidade.
Anna: Não é medrosa, só tenho amor a minha vida. - Exclamei.
Ret: Continua sendo medrosa, mas uma medrosa gostosa. - Falou alto.
Anna: Cala a boca! - Gritei e ele riu.
Alguns minutos se passou e ele parou em frente a uma lanchonete. Não conhecia ela, mas parece que ele sim, pois uma garçonete de longe estava sorrindo pra ele.
Anna: Deve vim aqui sempre, né? - Falei saindo da moto e tirando o capacete.
Ret: Só de vez em quando. - Falou também saindo e tirando o capacete. - vamos? - Me olhou.
Anna: Vamos.
Começamos a andar mas paramos assim que ele viu uma mesa vazia. Ainda estávamos do lado de fora, e a garçonete que havia visto não demorou e veio nos atender, assim que sentamos.
Xxx: Olá, lindo. Vai querer o de sempre? - Perguntou olhando pra ele, com um sorriso enorme no rosto.
Ele deu um pequeno sorriso e disse.
Ret: Vou querer o de sempre, e você morena? - Ele me olhou dessa vez.
Anna: Vou querer só um café preto com torradas e ovos. - Falei olhando pra garçonete, que assentiu.
Xxx: Ja volto! - Disse olhando pro Filipe e depois se afastou.
Anna: Ela é afim de você. - Falei pra ele que riu.
Ret: Eu sei! - falou simplesmente e eu revirei os olhos.
Anna: Você fica com ela? - Perguntei curiosa.
Ret: Só as vezes. - Semicerrou os olhos pra mim. - Porque?
Anna: Porque ela gosta de você e você se aproveita disso pra tirar uma casquinha. - Falei a ele que sorriu divertido.
Ret: Ela sabe que não sou de namorar, não a obrigo a ficar comigo, falo? - deu de ombros.
Anna: Só tou dizendo isso, porque senão vai acontecer a mesma coisa com a Luisa. - Balancei os ombros.
Ret: A Luisa é problemática, se alguém olhar pra ela, ela já acha que é dela. - Revirou os olhos. - A julya não é assim. Ela é uma garota boa, só é meio doida.
Anna: Se você tá falando. - me ajeitei na cadeira ainda olhando pra ele.
Alguns minutos se passou e a tal de julya voltou novamente, dessa vez, com os nossos pedidos. Deixou eles e depois saiu para atender outras mesas.
Pegando meu celular vi as horas e depois guardei começando a comer.
Ret: Depois da escola você vai trabalhar com a minha mãe né? - falou e eu assenti. - Então vou passar lá.
Anna: Pra que? - Perguntei comendo.
Ret: Ué, pra te ver. - deu de ombros.
Anna: Mas você vai me ver quando eu chegar em casa, qual a diferença? - Perguntei não entendendo.
Ret: Porque eu aproveito e como lá, pô. - Disse.
Anna: Então tá né. - Voltei a comer dessa vez prestando atenção na minha comida, enquanto ele fazia a mesma coisa.
De vez em quando ele fazia algumas perguntas e com muita calma eu respondia, gostava de comer concentrada, mas pelo visto ele não. É esquisito, sim, mas eu gosto.
(...)
Não vou mentir que o primeiro dia de aula é maravilhoso, porque não é. Tou na metade do ano, e as coisas aqui não é como o início.
Não é como eu lembrava.
Já cheguei fazendo muita tarefa, e quase me arrependi de ter voltado. Depois, eles passaram trabalho pra fazer em casa e nos liberaram para o almoço.
Se as primeiras aulas são assim no dia, imagine os outros dias.
Lara: Então, o que tá achando da escola? - Falou uma menina que conheci na aula de história. Nas primeiras aulas ela só ficou me encarando, depois veio falar comigo.
Anna: Até que tá legal. O último ano é mais pesado né? - falei e ela assentiu.
Lara: Infelizmente temos que terminar, senão não teremos chances para entrar na facul. - Falou suspirando. - eu quero ser medica, só espero poder ter nota boa pra entrar em alguma faculdade boa.
Anna: Pelo que vi nas aulas, você é boa. Até parece uma nerd. - Rir ela me empurrou,já que estávamos lado a lado na mesa.
Lara: Eu não sou uma nerd, só tenho notas boas. - Falou dando de ombros.
Anna: E ainda tá preocupada. - Balancei a cabeça rindo. - Você vai conseguir. - Encorajei a mesma.
Lara: Obrigada, eu espero. - Suspirou e voltou a comer ao seu lanche.
Voltei pro meu também, e peguei meu celular pra ver algumas mensagens da Bella, Daniel, dona Vanda e Filipe. Sorri respondendo cada um.
Eles estavam perguntando como estou indo.
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A Anna ouviu a conversa 🤭
É bom ver ela se enturmando❤️
Nossa bebê tá vivendo agora.
Vcs acham mrm que ele vai lá só pra comer? A Anna é ainda um pouco ingênua 🤣♥️
E o ciúmes do gato? 🤣
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